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Enviado: Sex Nov 18, 2005 3:57 pm
por Raul Neto
Uma reportagem a bordo do NRP "Jacinto Candido", que actua como regulador do tráfego marítimo ao largo da costa Portuguesa.
Fiquei a saber através da reportagem da RTP que a Armada mantem uma corveta ao largo da costa em permanência, sendo normalmente rendida à 6ª feira.
Posiciona-se no "separador central" de uma "auto-estrada Atlântica".
Enviado: Seg Nov 21, 2005 1:56 pm
por Rui Elias Maltez
Trabalho, que presumo, venha a ser feito futuramente por um desarmado NPO ?
Enviado: Ter Nov 22, 2005 10:27 am
por Raul Neto
Desarmado
Não entendi essa ...
Enviado: Ter Nov 22, 2005 11:46 am
por Rui Elias Maltez
Porque apesar de tudo, e idade à parte, as corvetas estão melhor armadas que os NPO's, que terão apenas uma peça na proa, de 40mm.
Julgo que para o seu tamanho, mereciam algo mais.
Enviado: Ter Nov 22, 2005 12:03 pm
por Raul Neto
Novamente...
...que missões vamos atribuir aos NPO
Para que missões foram as corvetas concebidas
Enviado: Ter Nov 22, 2005 12:19 pm
por Rui Elias Maltez
As corevtas foram concebidas para participar na defesa da plataforma continental e soberania, podendo ainda ser integradas em forças NATO (as da classe Baptista de Andrade) e as da classe João Coutinho, menos armadas, para colaborar no esforço da guerra em África, podendo funcionar como um complemento às fragatas João Belo.
No fundo eram pequenas fragatas e nos anos 60/70 eram chamadas nos meios militares como "fragatinhas", tal como as "primas" Descubierta espanholas o faziam no país vizinho.
Após o fim da guerra colonial, passaram a fazer esse trabalho que agora passará a ser feito pelos NPO's, principalmente as corvetas que sofreram down-grade.
Os NPO's têm uma missão em princípio diferente, e uma doutrina de uso também diferente.
Mas acho que para o tamanho que têm bem se lhes poderia colocar algo mais, como por exemplo um duplo reparo de 30mm para além da peça de 40mm, e em 4 delas um CIWS Phalanx.
Uma patrullha administrativa que seja não seve estar desarmada.
Deve poder defender-se e atacar se necessário for, e se não houver uma fragata por perto.
Enviado: Ter Nov 22, 2005 12:39 pm
por Raul Neto
Rui Elias Maltez escreveu:As corevtas foram concebidas para participar na defesa da plataforma continental e soberania, podendo ainda ser integradas em forças NATO (as da classe Baptista de Andrade) e as da classe João Coutinho, menos armadas, para colaborar no esforço da guerra em África, podendo funcionar como um complemento às fragatas João Belo.
No fundo eram pequenas fragatas e nos anos 60/70 eram chamadas nos meios militares como "fragatinhas", tal como as "primas" Descubierta espanholas o faziam no país vizinho.
Após o fim da guerra colonial, passaram a fazer esse trabalho que agora passará a ser feito pelos NPO's, principalmente as corvetas que sofreram down-grade.
Os NPO's têm uma missão em princípio diferente, e uma doutrina de uso também diferente.
Mas acho que para o tamanho que têm bem se lhes poderia colocar algo mais, como por exemplo um duplo reparo de 30mm para além da peça de 40mm, e em 4 delas um CIWS Phalanx.
Uma patrullha administrativa que seja não seve estar desarmada.
Deve poder defender-se e atacar se necessário for, e se não houver uma fragata por perto.
Portanto o contexto histórico em que elas foram concebidas era diferente do actual
Uma patrullha administrativa que seja não seve estar desarmada.
E não estão Rui, estão é naturalmente armados em função da missão que se lhes exige
Enviado: Ter Nov 22, 2005 12:53 pm
por Rui Elias Maltez
Sim, Raúl:
O contexto histórico em que as Corvetas foram incorporadas era bem diferente do actual.
Mesmo os patrulhas Cacine estavam em África e não em Portugal, bem como dezenas de lanchas de desembarque pequenas médias e algumas grandes.
Mas acho que os NPO's terão, ou deveriam ter missões mais musculadas que a de simples patrulhas administrativos, no meu ponto de vista.
Enviado: Ter Nov 22, 2005 1:06 pm
por Raul Neto
Rui Elias Maltez escreveu:Sim, Raúl:
O contexto histórico em que as Corvetas foram incorporadas era bem diferente do actual.
Mesmo os patrulhas Cacine estavam em África e não em Portugal, bem como dezenas de lanchas de desembarque pequenas médias e algumas grandes.
Mas acho que os NPO's terão, ou deveriam ter missões mais musculadas que a de simples patrulhas administrativos, no meu ponto de vista.
Bom... pelo que eu li em relação ao projecto dos NPO, os mesmos são concebidos tendo por base o casco de um navio mercante. Do que julgo saber os navios combatentes devem ter um casco e restante estrutura que lhes permita aguentar satisfatóriamente certos "castigos", tenho sinceras dúvidas que seja esse o caso dos navios da classe "Viana do Castelo", contudo só um engenheiro naval, ou alguém que conheça o projecto a fundo lhe poderá dizer qual a capacidade de resistência à "dor" que estas unidades terão.
Fundamentalmente eles foram concebidos para mostrar presença.
Eu também podia adaptar uma arma ligeira no tecto do meu automóvel, mas isso não o tornaria apto a desempenhar as mesmas missões de uma Panhard M-11, se é que me faço entender
Enviado: Ter Nov 22, 2005 1:32 pm
por Rui Elias Maltez
Entendo.
No fundo os NPO's são muito inspirados em certos navios da US Coast Guard.
Mas eu preconizaria essa necessidade, já que se temos poucas fragatas, uma sub-classe de 4 NPO's mais artilhadios (se a estrutura o permitir) poderia dar maior flexibilidade e complementaridade à Marinha, como por exemplo acompanhar uma fragata em missões fora das nossas águas.
Como aconteceu na Guiné em 1998, e ainda recentemente, quando se aparelhou uma corveta para navegar ao largo da Guiné, em Agosto.
Assim, como estão previstos, os NPO's não servirão para essas tarefas.
Enviado: Ter Nov 22, 2005 1:38 pm
por Raul Neto
E já agora...mais uma vez pergunto, quais as unidades navais que dispõem actualmente Guiné, Angola, Moçambique, Cabo Verde, bem como as respectivas capacidades ofensivas/defensivas
Enviado: Ter Nov 22, 2005 1:46 pm
por Rui Elias Maltez
Não têm praticamete nada, Raúl.
Mas a ideia não é entrar em guerra com esses países, mas acorrer a missões de resgate, como em Luanda em 1992, ou em Bissau em 1998, ou missões humanitárias, de manutenção de paz, etc.
Ou proteger os interesses portugueses nas zonas do globo a que estamos mais ligados histórica e culturalmente que no Afeganistão, por exemplo.
Se até agora temos usado fragatas e corvetas para esses efeitos, o que poderemos usar quando a última corveta for abatida?
O exemplo que referiu da NRP Jacinto Cândido é exemplar de como a mesma missão será futuramente atribuída a uma plataforma sub-armada.
E para patrulhar mais as águas das Selvagens, com é intenção da Marinha?
Uma corveta ou um NPO?
Enviado: Ter Nov 22, 2005 2:31 pm
por Raul Neto
Rui, eu sei tão bem quanto o meu amigo que a ideia não é entrar em guerra com esses Países, mas não sejamos ingénuos, isto é, não menosprezemos o facto de que certo tipo de plataformas, em virtude da sua operacionalidade podem efectivamente constituir um embaraço sério a operações de evacuação de cidadãos nacionais nesses Países.
Não sei se o meu amigo conhece por exemplo as vedetas de ataque rápido da classe "Shershen", mas posso-lhe dizer (após consulta rápida do Warships), que Angola tinha 6 destas unidades, Cabo Verde 3, e a Guiné Bissau outras tantas.
Cada navio destes dispõe das seguintes características:
4 tubos de torpedos simples de 533 mm;
2 peças duplas Gatling de 30 mm;
2 calhas para lançamento de cargas de profundidade (12 cargas no máximo por calha);
Velocidade máxima de 45 nós.
Dado que não estamos a falar própriamente de traineiras, creio que podem causar "estragos" até a uma fragata, quanto mais a um NPO
Ahh..., e recordo-me perfeitamente de ter visto um destes bichinhos a "passear-se" por entre as nossas corvetas e fragatas aquando da crise despoletada pela rebelião de Assumane Mané. O que significa que pelo menos até essa data uma das 3 unidades Guineenses estaria no minímo em condições de navegar.
Enviado: Qua Nov 23, 2005 7:41 am
por Rui Elias Maltez
Mais uma razão para que numa intervenção uma missão comandada por uma fragta a escoltar o NavPol, por exemplo, deveria ser sempre complementada por uma corveta ou um NPO "artilhado" para maior flexibilidade no dispositivo.
Enviado: Qua Nov 23, 2005 8:48 am
por A-29
Ei, mas o objetivo do NavPol não era apenas o patrulhamento da Zona Econômica Exclusiva de Portugal, ao longo de sua costa e das ilhas? Como as principais ameaças a esse espaço são muito mais navios comerciais que militares, creio que o armamento não deveria mesmo ser exagerado.
Será mesmo que um CIWS seria necessário? Acho que os NavPol não foram pensados para atuar em ambiente em que possam ser atacados por mísseis anti-navio. Pelo menos nunca vi um pesqueiro com Harpoon montado no convés
Obviamente que isso não impede que o projeto preveja a possibilidade de novas armas serem agregadas ao casco, caso de necessidade. Pelo menos seria inteligente fazê-lo.