Blz Pessoal,
Victor,
Eu mestre (Fox)? Não, sou só mais um aprendiz de marinheiro!
O doutor aqui e você, meu caro Médico.
Alex,
Uma modernização da classe Greenhalgh poderia ser efetuada a um custo menor que a classe Niterói. Nesse cerca de US$ 420 milhões de dólares, provavelmente esteja incluso o treinamento do pessoal, gasto com instalações, teste do conjunto a ser empregado, entre outros, com isso muitas coisas poderiam ser aproveitada em futuras modernizações. Agora, o custo fixo mais o custo de projeto não e alterado, com isso a MB gastaria em uma modernização da classe Greenhalgh valores semelhante ao aplicado à classe Niterói (estou falando em relação ao custo fixo, somente com o meio e o projeto).
Não devemos confundir a qualidade técnica da classe Niterói antes da modernização, com a atual classe Greenhalgh, pois muitos dos equipamentos empregados no inicio da década de 80 na classe Niterói, já eram considerados ultrapassado. Um grande exemplo disso e o MSA (míssil superfície –ar) SeaCat, que logo no inicio da década de 80 foi substituído pelo SeaWolf. Com isso a classe Greenhalgh atualmente ainda possui uma boa qualidade.
Assim como o amigo Victor, acho que a melhor opção para substituição da classe Pará, seria a classe Type 22 Batch 3. A classe OHP daria a MB uma capacidade nova, a defesa de aérea, porem essa classe tem um custo operacional bem maior que a Type 22, e sem contar que os seus armamento são bem mais caros (custo unitário, reposição) do que os usados na Type 22. Um exemplo seria o custo de reposição de um SM-1 ou SM-2 em relação ao SeaWolf. Uma outra dificuldade de operação da classe OHP, seria o fato da MB ter que adquirir o míssil Harpoon, para ser utilizado em conjunto com o SM-1 ou SM-2 no lançador Mk-13. Com isso a MB passaria a contar com dois mísseis da mesma classe, o Harpoon e o Exocet, coisa que não seria uma coisa interessante para uma marinha tão carente de recursos. A Type 22 Batch 3 atualmente usa o Harpoon, porem o lançador utilizado nessa classe e compatível com o MM-40 Exocet.
Não sou a favor de sacrificar a reposição da classe Pará para uma eventual modernização da classe Greenhalgh, ambas as classes são extremamente importantes, e na minha opinião e possível coincidir as duas coisas. Evidentemente que hoje, nem a modernização da classe Greenhalgh e nem a aquisição da Type 22 Batch 3 seria possível de ser efetuadas, justamente por falta de recurso, com isso, se a Type 22 Batch 3 for oferecida a MB a um custo semelhante Greenhalgh (entre 40 a 50 milhões de dólares
*), eu acho que a melhor opção seria à aquisição da Type 22 independentemente de uma modernização da classe Greenhalgh, pois a MB não diminuiria o seu inventario, e ainda iria adquirir uma embarcação de excelente qualidade, com armamento como o SeaWolf, Goalkeeper CIWS, MM-40(substituindo o Harpoon), entre outros.
* OBS: No orçamento de aquisição da Classe Greenhalgh, estava inclusa também a aquisição de embarcações varredora de minas (4 navios).
Eu não concordo em se desfazer do SeaWolf, pois esse e um míssil bastante moderno, chegando ate ser superior ao Aspide em combate a míssil sea-skimmer (essa e a função para o qual o SeaWolf foi concebido). Por muito tempo o SeaWolf será o principal míssil da Royal Navy para a defesa de ponto e combate a mísseis Sea – skimmer. Não podemos esquecer que recentemente (1999) a marinha da Malásia adquiriu o SeaWolf para equipar duas novas fragatas, e com isso podemos afirma que esse míssil por um bom tempo deve continuar em operação (garantia de produção) pelo mundo a fora. Sobre uma revitalização do SeaWolf, não vejo problema algum, se a Mectrom e Avibrás tiverem condição de fazer esse serviço,
excelente, porem se isso não for possível, a MB poderia tranqüilamente contratar a própria fabricante do míssil.
Olha um navio construído para utilização do Aspide (por exemplo a classe Maestrale, da Itália) , pode levar ate 24 unidades desse míssil (Uma carga no lançador e duas recarga no paiol).
E uma embarcação da classe Niterói, quanto Aspide pode ser armazenar em seu paiol? E a mobilidade de um míssil desse porte, e de fácil utilização em um navio, sem que esse armamento (míssil) seja previsto no projeto?
A classe Greenhalgh pode levar ate 72 mísseis SeaWolf. Então a minha proposta seria utilizar o Aspide em alcance em que o SeaWolf não fosse compatível (acima de 6,5 Km), e em defesa de ponto seria utilizado somente o SeaWolf.
Qual das propostas teria a maior resistência (armamento) ao mar?
(Utilizando somente a classe Greenhalgh e Niterói)
- 6 embarcações armadas com Aspide e 4 com Seawolf = 432 mísseis.
- 10 embarcações armadas com Aspide = 240 mísseis.
Para re-suprimento da esquadra, poderia ser utilizado o navio G-40 Atlântico Sul, onde seria mais fácil o armazenamento do SeaWolf do que do Aspide.
Não vejo problema alguns em utilizar dois mísseis MSA, que por sinal possui perfil diferente (alcance e objetivo primário), problema seria caso a MB adquirir uma terceira versão de míssil, por exemplo, o SM-1 ou SM-2, ou ate adquirir um míssil com alcance do SeaWolf, por exemplo o Umkhonto-IR (entre 6 a 8 Km).
A classe Inhaúma, de imediato não merece grandes modificações, pois essa classe esta a pouco tem operacional (12 anos em media). Se a MB realizar uma modernização na classe Inhaúma antes de 2010, resultará em uma divisão inadequada em dois períodos de vida operacional. Vamos considerar que a classe Inhaúma possa servir a MB por um período médio de 42 anos, e essa modernização ocorra em 2008, isso ira significar que o primeiro período de vida operacional foi de 16,5 anos em media, e a segunda metade será comprida em 23,5 anos. O ideal ao meu ver, seria que essa situação ocorresse de forma ao contraria, o primeiro período em 23,5 anos (termino da modernização em 2015) e segundo período com 18,5 anos (retirada de serviço entre 2029 a 2033).
A MB poderia adiciona alguns equipamentos na classe Inhaúma, como por exemplo mísseis MSA, sem precisar realizar uma modernização, pois seus sistemas são compatíveis com o sistema GWS-25 SeaWolf. O GWS – 25 SeaWolf seria um sistema de fácil adaptação na classe Inhaúma (por ser leve e pequeno), e o míssil SeaWolf cairia com uma luva nessa classe, pois e um míssil pequeno, leve (apenas 82 Kg) e de fácil manejo no navio.
Agora vamos por os pés no chão, a MB tem muitas modernizações a realizar, muitas substituições a ser feitas, projeto que precisam ser continuados (SMB-10, SN, entre outros), enfim e muita coisa a ser feita para pouquíssimos recursos ($$$$$$) e então pouco tempo, então algumas das modernizações terão que ser efetuadas somente no futuro, um exemplo e a corveta (eu prefiro dizer Fragata – Leve, mas respeito a denominação da MB) Inhaúma, que na minha opinião deveria sofre as devidas modificações somente entre 2014 a 2016. Mais isso não significa que alguns equipamentos não possam ser acionados a essa classe (Inhaúma), uma classe que não possui nem um MSA têm pouquíssima chance de sobrevivência em um cenário atual de combate. Como existe pouco recurso, então a alternativa seria optar por um sistema barato, com uma qualidade restrita de defesa, porem aumentaria consideravelmente a defesa ar-superfície de um navio que ate então não possuía tal capacidade. Então eu me pergunto, porque não utilizar os 2 lançadores SIMBAD, utilizado anteriormente no A-11 Minas Gerais? Lógico, precisaria ser adquirido mais 2 lançador para equipar as 4 corvetas Inhaúma, porem esse lançador e bastante barato, gira em torno de US$ 4 milhões cada lançador (com algumas recargas de míssil). Evidentemente que a MB poderia adquirir a ultima versão do MAS Mistral (Mistral 2).
O Mistral na Inhaúma não representaria um grande avanço se comparado aos mísseis SeaWolf e o Aspide, porem o Mistral daria um grande salto em uma classe que não possui nenhum MSA. Essa modernização (ou melhor, adequação) proporcionaria um custo bastante baixo, com beneficio razoável, onde no futuro não impediria a MB realizar então uma modernização com maior qualidade, podendo dispor de maiores recursos para esse serviço. Poderia ser adicionada uma câmera térmica, com isso melhoraria muito o desempenho do míssil Mistral 2. O Mistral possui uma grande capacidade contra aeronaves em baixa velocidade (Helicópteros, Cargueiros e turbo hélice) e altitude, e é considerado uns dos melhores (para não dizer, o melhor) míssil (Mistral 2) MANPAD contra aeronaves mais velozes (Caças), porem como todos nos sabemos, os MANPAD possui uma capacidade limitada contra aeronaves velozes.
A classe Barroso, deveria ser incorporada a MB, obrigatoriamente com MSA Aspide e Trinity III. Essa classe sim poderia ser bem equipada no momento, pois pouco recurso seria consumido. Na minha opinião, mais uma embarcação da classe Barroso deveria ser construída, deixando a MB com 6 corvetas, mais do que isso, seria desnecessário.
Com relação a uma mudança no projeto da classe Barroso, sou totalmente contra. Você utilizou o exemplo da Type 22 Batch 1 com a Batch 2 e 3, porem o índice de aumento da classe foi de 9,30% , enquanto a classe barroso teria um índice de aumento de 21,7 %, se fosse executado um projeto de uma nova classe com 3.000 toneladas a partir da classe Barroso , seria aplicado um índice mais de duas vezes maior que o índice aplicado a Type 22 Batch 2 e 3. Só que ainda tem um detalhe, a classe Barroso e a classe Inhaúma com melhoramentos, então nesse projeto já foi aplicado um índice de aumento na estrutura (de 16,2 % do projeto inicial), portanto o projeto mãe a ser modificado para um eventual projeto de uma fragata 3.000 toneladas seria a classe Inhaúma, e não a classe Barroso ,porem essa teriam um índice de aumento de projeto ABSURDO de 34,0 % do projeto inicial. Acho que seria ate mais conveniente projetar uma nova classe de fragata a partir do projeto Vosper Mk-10 (classe Niterói) do que utilizar e classe Inhaúma (e Barroso) com base no projeto, só que novamente sou contra, essa projeto deve ser novo, sem adaptações e modificações.
Quando e realizado um projeto, esse dever ser pensado no momento atual e no futuro (30 anos, pelo menos). Então um projeto não pode ser feito de maneira
AFOBADA. Ao meu ver, um projeto deve consumir entre o desenvolvimento e a primeira embarcação acabada, pelo menos 8 anos (4 para o projeto, teste em modelo, entre outros e 4 para construção da primeira embarcação). Acho que a MB tem que começar ainda nessa década a idealizar um projeto, visando à substituição da classe Niterói e Greenhalgh, isso entre 2020 a 2025. O que isso significa, em 2010 a MB tem que começar a projetar essa nova classe, para que a primeira embarcação seja comissionada em 2018, daí para frente cada embarcação demoraria entre 30 a 48 meses para ser entregue, podendo ser realizada duas construção simultânea. Evidentemente que uma construção dessa magnitude, consumirá uma boa fatia de recurso. Se isso não for feito, no futuro restará duas alternativas a MB, a primeira seria continuar adquirindo embarcações de segunda mão, e a segunda seria a MB adquirir um projeto pronto, com a construção sendo efetuada aqui no Brasil, ou no país de origem do projeto, e ou ainda nos dois paises simultaneamente.
A MB na minha opinião pode adquirir quaisquer aeronaves e quantidade possível, mais isso somente se essas aeronaves forem compatíveis com as embarcações pertencentes no momento. Hoje por exemplo sou totalmente contra caso a MB adquira aeronaves do porte da família SU-27(SU-27/30/33/34/35/37), F-18E/F, F-16, entre outros para operar em bases em terra, essa função e da FAB. Também sou contra a MB adquirir uma quantidade exagerada de aeronaves, por exemplo, se o nosso NAe e capaz de abrigar 30 caças, então a MB tem que comprar 30 + unidades de reposição (mais ou menos 35 aeronaves), isso seria o ideal.
Sobre uma possível base na região Norte - Nordeste, sou contra e a favor ao mesmo tempo.
Sou contra, não acho interessante economicamente manter duas bases operacional permanentemente. Uma investida de um possível inimigo, pode ser identificada em tempo hábil pelas aeronaves da FAB (P-3 Orin, quando entra em operação na FAB, evidentemente). Na minha opinião a FAB deveria distribuir os P-3 em duas bases, uma parte na base aérea de Santa Cruz (4 unidades) e o restante na base aérea de Belém (4 unidades). Na região Norte - Nordeste ainda estariam aeronaves ALX, que poderiam também atuar em missões de reconhecimento. A marinha poderia ser bastante atuante nessa região utilizando os seus NaPlaOc(que seriam baseado nessa base, pelo menos algumas embarcações), como por exemplo a classe Grajaú. Essa classe seria utilizada para auxiliar nos lançamento de sonobóias juntamente com o P-3 Orin. Em caso de detecção do inimigo seria acionada a esquadra de guerra que fica localizado no Rio de Janeiro.
Sou a favor, a Base naval de Val- de Cães (BNVC) poderia sofrer algumas modificações, afim de proporcionar reparos, re-suprimento, entre outros as embarcações da MB. Essa função a BNVC já pode executar, porem de forma simples.
Em um conflito na Norte – Nordeste, uma base na região bem estruturada seria de grande importância. Imagine um Submarino,
por exemplo, tendo que voltar ate a base para sofre reabastecimento e ser novamente armado, quanto tempo seria necessário para que essa embarcação voltasse ate a base mãe(Rio de Janeiro)?
Então acho fundamental termo uma base bem estruturada na região Norte – Nordeste do Brasil, porem essa embarcação ficariam nessa base de forma provisória (em treinamento e em caso de conflito), e
NUNCA de forma permanente.
Com relação ao NAe São Paulo, na minha opinião ele já deveria estar em modernização. Nessa modernização deveria ser feito pelo menos as instalações de sensores (Sonares, Radares, contramedidas, entre outros) e equipamento modernos (Trinity III, Aspide), alem da melhoria do tratamento anticorrosivo do casco (tratamento catódico, “Metal de Sacrifício”). Olha que nem estou cogitando uma modernização nas caldeiras e catapultas, porem se houver recurso, seria muito interessante esse serviço.
O A-4 também poderia ser modernizado, porem no momento a MB está em fase de formação de sua aviação naval de caça embarcado. E novamente me pergunto, será que a MB não poderia enviar a metade dos A-4 (12 unidades) para a modernização, ou pelo menos uma aeronave para servir de protótipo, na formulação de um projeto? Evidentemente que a MB não tem recurso no momento, porem possuir hoje 23 A-4 e praticamente inútil, pois se eu não estou enganado a MB possui atualmente 5 pilotos formado e 3 em formação. Então esse negocio de só falar que a aviação da MB esta em formação, e papo furado. Então a MB pretende treinar 15 pilotos, e depois modernizar ou adquirir uma aeronave, não seria melhor se isso acontecesse de forma simultânea? Olha não estou criticando a MB, eu acho que ela esta agindo de forma correta, pois não há recurso para essa modernização no momento, porem ao meu ver a MB não terá um meio de qualidade por um bom tempo, isso se algum dia tiver. Fico muito triste em dizer isso, mais se um conflito acontecesse hoje, pouca qualidade o A-12 São Paulo poderia proporcionar a MB. [-o<
Agora uma coisa eu acho que esta demorando, e justamente a formação dos pilotos, será que a MB em 2005, já terá 15 pilotos treinados. Evidentemente que a formação e demorada, porem mandar grupos de 2 3 pilotos de cada vez, vai demorar muito. Será que nem para formar um grupos de 6 a 8 pilotos simultaneamente não é possível?
Para terminar, eu acho que a prioridade no momento e o A-12 e o A-4, não concordaria em uma modernização na classe Greenhalgh, sem que antes seja efetuada uma modernização no A-12 e no A-4.
Ate mais......................................................................................
Fox