sturzas escreveu:Viva:
Penso que as nomenclaturas, dadas às unidades, são um mero pro-forma. O que na minha opinião, deverá ser equacionado, pensado, e utilizado (numa forma pratica e organizacional) é a utilização dos meios (humanos e materiais), que permitam às unidades desempenharem a sua missão, num contexto próprio.
Chamarem "Quartel de Cavalaria" ao RC4 - (onde prestei serviço entre 1996-1999), na minha opinião, tem a ver com o sentido pratico e operacional, que essa unidade poderá desempenhar. Acho que o nome se deve ao facto de passarmos a ter 37 LEOPARD 2 em detrimento dos 59 M60A3 (dados do anuário de estatística do exército 2004).
A Brigada Mecanizada, desde 2005 (muito embora no site do exército, se mantenha a organização de 1997), utiliza uma estrutura operacional tipo NRF5 - NATO REACTION FORCE 5. Deixou de ter uma composição orgânica baseada em batalhões de infantaria mecanizada, grupo de carros de combate, grupo de artilharia e batalhão de apoio e serviços, para passar a ter AGRUPAMENTOS MECANIZADOS.
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Como podem ver, nesta imagem (publicada em Diário da Repúblia, e no Forum Defesa, também
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) diz que se extingue o Regimento de Cavalaria 4 e Regimento de Infantaria Mecanizada, sendo este último os dois BIMEC's.
Estes Agrupamentos Mecanizados, são organicamente compostos por:
- 2 COMPANHIAS DE ATIRADORES, CADA UMA COM:
1 Pelotão de comando e serviços
3 Pelotões de Atiradores
1 Pelotão de Apoio de Fogos
- 1 COMPANHIA DE APOIO DE COMBATE
1 Pelotão de Comando e Serviços
1 Pelotão de Morteiros Pesados
1 Pelotão Anti Carro
1 Pelotão de Engenharia
1 Pelotão de Defesa Aérea
- 1 ESQUADRÃO DE CARROS DE COMBATE
1 Pelotão de Comando e Serviços
3 Pelotões de Carros de Combate
1 Pelotão de Reconhecimento Blindado
- 1 BATARIA DE ARTILHARIA DE CAMPANHA
1 Pelotão de Comando e Serviços
1 Pelotão de Bocas de Fogo Auto Propulsionada
1 Pelotão de Aquisição de Objectivos
- 1 DESTACAMENTO DE APOIO E SERVIÇOS
1 Pelotão de Comando e Serviços
1 Pelotão de Serviço de Saúde
1 Pelotão de Transportes e Reabastecimentos
1 Pelotão de Manutenção
Constata-se, desta forma, que se pode transformar uma unidade actual baseada na organização quintenária (cinco batalhões), numa unidade com TRÊS (????) agrupamentos mecanizados, sem retirar a operacionalidade da mesma. Mas em Portugal, e nas opções estratégicas tomadas por quem as deve tomar, nem sempre funciona.
Miguel:
Fiquei satisfeito por você ter compreendido, que forças mecanizadas e forças blindadas motorizadas, doutrinamente e estrategicamente raramente se "misturam":
Citando: "Para poder participar em 2 zonas de conflito, e ter ainda uma unidade escalao Batalhao para uma emergencia, precisamos de:
1 Brigada Rapida com 3 Batalhoes Ligeiros(forças de emergencia e 1° escalao..)
2 Brigadas Médias/Pesadas (forças de manutençao da paz e combate mecanizado)".
Ou seja entendo nas suas palavras, que precisamos de 1 BRR, 1 BInt e 1 BMec.
Papatango:
Então Portugal com uma força expedicionária, utilizando carros de combate!!!! Até os Canadianos se viram à rasca para os meter no Afeganistão, quanto mais nós que não possuimos qualquer tipo de estrutura logística (tirando os caminhos de ferro), e mesmo que a venhamos a ter (NPL), penso que mais facilmente do ponto de vista político-estratágico-económico embarcaremos ou os "páras", ou os "comandos" ou as VBR Pandur, do que os Carros de Combate.
Citando: Essa tenderá a ser a nossa força expedicionária, e a nossa capacidade de transporte (com um NavPol) deverá ser capaz de colocar uma unidade desse tipo, junto com uma unidade para função de reconhecimento/exploração/patrulha e outra unidade com destacamentos de várias especialidades para apoio logístico.
Por aquilo que acima escrevi, acho que a função dos Carros de Comabate é mesmo a defesa do território... mesmo que só com 37...
Os tanques, não são para a defesa do território, onde aliás teriam relativamente pouca utilidade, embora tenham alguma. Num país como Portugal, os tanques são acima de tudo armas defensivas para apoiar a infantaria e não armas pesadas para atacar tanques adversários.
Cumprimentos