O 8º GAv
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Re: O 8º GAv
Binfa,
só uma retificação...o nome mudou de RAAR(Reunião) para TAAR(Torneio).
Abraços
só uma retificação...o nome mudou de RAAR(Reunião) para TAAR(Torneio).
Abraços
de volta a Campo Grande - MS.
- faterra
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Re: O 8º GAv
Vou colocar textualmente a notícia:
RFA nº 76 - junho 2012
RFA nº 76 - junho 2012
Alguma chance deste FAB 8916 ter vindo no lugar de uma das 3 unidades recebidas?Mais três helicópteros Sikorsky H-60L Black Hawk foram ebtregues à FAB, elevando para 15 o número dessas aeronaves recebidas. As novas unidades, matriculadas H-60L FAB 8913, 8914 e 8915, foram entregues no dia 10 de abril na fábrica da Sikorsky, em Elmira (EUA), já no padrão de pintura adotado pela FAB: camuflado em verde e cinza. O traslado foi realizado em voo por tripulações do 5º/8º GAv e do 7º/8º GAv, consumindo 12 dias e 12 escalas até o primeiro pouso em território nacional, ocorrido em 21 de abril, em Boa Vista (RR). De lá, a esquadrilha seguiu para Manaus, onde os FAB 8914 e 8915 foram incorporados ao Esquadrão Harpia (7º/8º GAv). O FAB 8913 prosseguiu para o Sul, quando, no dia 29, chegou à Santa Maria (RS), tornando-se o sétimo Black Hawk do Esquadrão Pantera (5º/8º GAv). Outras três unidades (FAB 8916, 8917 e 8918) deverão ser entregues até o final deste ano. Atualmente, o 7º/8º GAv opera oito H-60L e o 5º/8º GAv emprega sete.
Um abraço!
Fernando Augusto Terra
-
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Re: O 8º GAv
Prezados bom dia!
Vejam sobre o traslado dos BH, acho que a revista FA cometeu um equivoco, acho que o FAB 8913 ainda não veio, pelo menos pesquisando no JusBrasil não consta nada sobre esta matricula.
N 3.438 - DESIGNAR para viagem a Elmira - Estados Unidos da América, a fim de cumprirem Missão EXTRA/PLAMTAX/COMGAP/2011 (ÔNUS) - Participar do recebimento das Aeronaves H-60L Black Hawk, FAB 8911 e FAB 8912; com início previsto para o dia 12 de novembro do corrente ano e duração de doze dias, incluindo o trânsito, com ônus total para o Comando da Aeronáutica, os seguintes militares:
1 Ten Eng FELIPE FREITAS FERREIRA (PAMA AF/4215990);
1S BMA LINDOMAR XAVIER DO NASCIMENTO (PAMA AF/2554372); e
1S BMA JULIO CESAR DIAS VASCONCELOS (PAMA AF/2555581).
Nº 721 - Designar para viagem a Elmira, Myrtle Beach e West Palm Beach - Estados Unidos da América, Providenciales - Ilhas Turks and Caicos, Saint Maarten - Antilhas Holandesas e Crown Point - Trinidad e Tobago, a fim de cumprirem Missão EXTRA/PLAMTAX/COMGAR/2012 (ÔNUS) - Receberem e transladarem a aeronave H-60L (Black Hawk) FAB 8914; com início previsto para o dia 7 de abril do corrente ano e duração de treze dias, sendo oito dias nos Estados Unidos da América, um dia nas Ilhas Turks And Caicos, dois dias nas Antilhas Holandesas e dois dias em Trinidad e Tobago, o primeiro pernoite nos Estados Unidos da América e a última etapa em Trinidad e Tobago, com ônus total para o Comando da Aeronáutica, os seguintes militares:
Cap Av MICHELSON ABRAHÃO ASSIS (5º/8º G AV / 3 2 5 8 6 2 9 ) ;
1º Ten Av AILSON ANDRADE (5º/8º GAV/3323005);
1º Ten Av FELIPE BOTTINO MENARIO (5º/8º G AV / 3 4 1 0 6 3 3 ) ;
1S BMA WILTON RODRIGUES DA COSTA (5º/8º GAV/2165554); e
3S BMB ALEX MARCELINO DE PAULA (5º/8º G AV / 4 2 3 6 8 4 0 ) .
Nº 722 - Designar para viagem a Elmira, Myrtle Beach e West Palm Beach - Estados Unidos da América, Providenciales - Ilhas Turks and Caicos, Saint Maarten - Antilhas Holandesas e Crown Point - Trinidad e Tobago, a fim de cumprirem Missão EXTRA/PLAMTAX/COMGAR/2012 (ÔNUS) - Receberem e transladarem a aeronave H-60L (Black Hawk) FAB 8915; com início previsto para o dia 7 de abril do corrente ano e duração de treze dias, sendo oito dias nos Estados Unidos da América, um dia nas Ilhas Turks And Caicos, dois dias nas Antilhas Holandesas e dois dias em Trinidad e Tobago, o primeiro pernoite nos Estados Unidos da América e a última etapa em Trinidad e Tobago, com ônus total para o Comando da Aeronáutica, os seguintes militares:
Cap Av ROBERTO KAZUYOSHI TOMITA (7º/8º G AV / 2 9 1 5 4 3 0 ) ;
1º Ten Av HERHIC RABELO ALVES PEREIRA (7º/8º G AV / 3 3 2 3 9 4 3 ) ;
1º Ten Av FÁBIO CÉZAR CHICARINO CHAVES (7º/8º G AV / 3 4 1 0 6 0 9 ) ;
1S BEI PAULO ROBERTO SALVADOR BUENO (DSMMN/2604094); e
3S BMA MOISES FERREIRA DA SILVA (7º/8º G AV / 2 7 0 9 9 8 8 ) .
Nº 723 - Designar para viagem a Elmira, Myrtle Beach e West Palm Beach - Estados Unidos da América, Providenciales - Ilhas Turks and Caicos, Saint Maarten - Antilhas Holandesas e Crown Point - Trinidad e Tobago, a fim de cumprirem Missão EXTRA/PLAMTAX/COMGAR/2012 (ÔNUS) - Receberem e transladarem a aeronave H-60L (Black Hawk) FAB 8916; com início previsto para o dia 7 de abril do corrente ano e duração de treze dias, sendo oito dias nos Estados Unidos da América, um dia nas Ilhas Turks And Caicos, dois dias nas Antilhas Holandesas e dois dias em Trinidad e Tobago, o primeiro pernoite nos Estados Unidos da América e a última etapa em Trinidad e Tobago, com ônus total para o Comando da Aeronáutica, os seguintes militares:
Maj Av EDUARDO BARRIOS (5º/8º GAV/2401568);
1º Ten Av KLEISON RONI REOLON (5º/8º G AV / 3 4 1 0 8 4 6 ) ;
1º Ten Av DANIEL COSME LINDES GOMES (5º/8º G AV / 4 0 1 5 6 9 0 ) ;
2S BMA JULIO CESAR TONIASSO XAVIER (5º/8º GAV/2968592); e
2S BMA EVERTON JOSÉ RUSZCZYK (5º/8º G AV / 3 7 0 6 7 4 5 ) .
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/354 ... -2012-pg-7
Vejam sobre o traslado dos BH, acho que a revista FA cometeu um equivoco, acho que o FAB 8913 ainda não veio, pelo menos pesquisando no JusBrasil não consta nada sobre esta matricula.
N 3.438 - DESIGNAR para viagem a Elmira - Estados Unidos da América, a fim de cumprirem Missão EXTRA/PLAMTAX/COMGAP/2011 (ÔNUS) - Participar do recebimento das Aeronaves H-60L Black Hawk, FAB 8911 e FAB 8912; com início previsto para o dia 12 de novembro do corrente ano e duração de doze dias, incluindo o trânsito, com ônus total para o Comando da Aeronáutica, os seguintes militares:
1 Ten Eng FELIPE FREITAS FERREIRA (PAMA AF/4215990);
1S BMA LINDOMAR XAVIER DO NASCIMENTO (PAMA AF/2554372); e
1S BMA JULIO CESAR DIAS VASCONCELOS (PAMA AF/2555581).
Nº 721 - Designar para viagem a Elmira, Myrtle Beach e West Palm Beach - Estados Unidos da América, Providenciales - Ilhas Turks and Caicos, Saint Maarten - Antilhas Holandesas e Crown Point - Trinidad e Tobago, a fim de cumprirem Missão EXTRA/PLAMTAX/COMGAR/2012 (ÔNUS) - Receberem e transladarem a aeronave H-60L (Black Hawk) FAB 8914; com início previsto para o dia 7 de abril do corrente ano e duração de treze dias, sendo oito dias nos Estados Unidos da América, um dia nas Ilhas Turks And Caicos, dois dias nas Antilhas Holandesas e dois dias em Trinidad e Tobago, o primeiro pernoite nos Estados Unidos da América e a última etapa em Trinidad e Tobago, com ônus total para o Comando da Aeronáutica, os seguintes militares:
Cap Av MICHELSON ABRAHÃO ASSIS (5º/8º G AV / 3 2 5 8 6 2 9 ) ;
1º Ten Av AILSON ANDRADE (5º/8º GAV/3323005);
1º Ten Av FELIPE BOTTINO MENARIO (5º/8º G AV / 3 4 1 0 6 3 3 ) ;
1S BMA WILTON RODRIGUES DA COSTA (5º/8º GAV/2165554); e
3S BMB ALEX MARCELINO DE PAULA (5º/8º G AV / 4 2 3 6 8 4 0 ) .
Nº 722 - Designar para viagem a Elmira, Myrtle Beach e West Palm Beach - Estados Unidos da América, Providenciales - Ilhas Turks and Caicos, Saint Maarten - Antilhas Holandesas e Crown Point - Trinidad e Tobago, a fim de cumprirem Missão EXTRA/PLAMTAX/COMGAR/2012 (ÔNUS) - Receberem e transladarem a aeronave H-60L (Black Hawk) FAB 8915; com início previsto para o dia 7 de abril do corrente ano e duração de treze dias, sendo oito dias nos Estados Unidos da América, um dia nas Ilhas Turks And Caicos, dois dias nas Antilhas Holandesas e dois dias em Trinidad e Tobago, o primeiro pernoite nos Estados Unidos da América e a última etapa em Trinidad e Tobago, com ônus total para o Comando da Aeronáutica, os seguintes militares:
Cap Av ROBERTO KAZUYOSHI TOMITA (7º/8º G AV / 2 9 1 5 4 3 0 ) ;
1º Ten Av HERHIC RABELO ALVES PEREIRA (7º/8º G AV / 3 3 2 3 9 4 3 ) ;
1º Ten Av FÁBIO CÉZAR CHICARINO CHAVES (7º/8º G AV / 3 4 1 0 6 0 9 ) ;
1S BEI PAULO ROBERTO SALVADOR BUENO (DSMMN/2604094); e
3S BMA MOISES FERREIRA DA SILVA (7º/8º G AV / 2 7 0 9 9 8 8 ) .
Nº 723 - Designar para viagem a Elmira, Myrtle Beach e West Palm Beach - Estados Unidos da América, Providenciales - Ilhas Turks and Caicos, Saint Maarten - Antilhas Holandesas e Crown Point - Trinidad e Tobago, a fim de cumprirem Missão EXTRA/PLAMTAX/COMGAR/2012 (ÔNUS) - Receberem e transladarem a aeronave H-60L (Black Hawk) FAB 8916; com início previsto para o dia 7 de abril do corrente ano e duração de treze dias, sendo oito dias nos Estados Unidos da América, um dia nas Ilhas Turks And Caicos, dois dias nas Antilhas Holandesas e dois dias em Trinidad e Tobago, o primeiro pernoite nos Estados Unidos da América e a última etapa em Trinidad e Tobago, com ônus total para o Comando da Aeronáutica, os seguintes militares:
Maj Av EDUARDO BARRIOS (5º/8º GAV/2401568);
1º Ten Av KLEISON RONI REOLON (5º/8º G AV / 3 4 1 0 8 4 6 ) ;
1º Ten Av DANIEL COSME LINDES GOMES (5º/8º G AV / 4 0 1 5 6 9 0 ) ;
2S BMA JULIO CESAR TONIASSO XAVIER (5º/8º GAV/2968592); e
2S BMA EVERTON JOSÉ RUSZCZYK (5º/8º G AV / 3 7 0 6 7 4 5 ) .
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/354 ... -2012-pg-7
att, binfa
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
Depoimento ABRALE http://www.abrale.org.br/apoio_paciente ... php?id=771
DOE VIDA, DOE MEDULA!
REgistro Nacional de DOadores de MEdula nº 1.256.762
UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA. Sócrates
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Re: O 8º GAv
O 8913 ainda vai ser entregue para o 5/8, completando assim 8 em cada unidade.
O Torneio (com competições e debates) acontece em um ano, a Reunião (apenas debate de assuntos da aviação) no outro.
Essa formula acho que foi adotada para todas as aviações já tem um tempo.
O Torneio (com competições e debates) acontece em um ano, a Reunião (apenas debate de assuntos da aviação) no outro.
Essa formula acho que foi adotada para todas as aviações já tem um tempo.
[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
Se não agora, quando?”[/justificar]
- FCarvalho
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Re: O 8º GAv
continuação...
Um novo modelo
As perspectivas reais para uma reorganização da aviação de asas rotativas da FAB, com fins de provê-la para o futuro, passa necessariamente, a nosso ver, por um remodelamento conceitual do que a fez ser o que é hoje. E este conceito precisa ser revisto tendo em vista os amplos aspectos dos desdobramentos reais que se tem constatado no emprego e operacionalidade que tal vertente das forças aéreas mais operacionais no mundo vem experimentando.
As operações C-SAR a priori continuam a ser o ofício principal de tal ação, mas agora muito mais imbuídas de um caráter de OpsEsp do que antes. E este é um detalhe que não diz somente respeito às tropas especificamente votadas para tais operações, tanto da FAB como das demais ffaa’s, mas que envolvem na verdade uma variedade de tropas/pessoal que não objetivamente tem, ou precisam, deste tipo de treinamento, mas que invariavelmente irão dispor dos helos como meio de transporte e/ou facilitador de seu trabalho. Neste sentido, o leque de emprego dos helos militares de uma força aérea ganha enorme destaque dentro de um TO conjunto onde as três armas costumam atuar.
Mas o que falta à FAB, e ao seu 8º Gav para que ele possa atingir esta nova capacidade de inter-operação com várias tropas diferentes, e não obstante, TO’s e missões que não aquelas normalmente previstas nos manuais em tempos de paz?
Existem duas repostas possíveis para esta pergunta. A primeira, como indicamos acima, é uma total mudança de conceito sobre a organização e operação da aviação de asas rotativas da FAB. E mudar conceitos em uma força militar pode ser um desafio muito mais complexo do que propriamente alterar-se os meios materiais com os quais ela se equipa para cumprir com suas obrigações. Porque trata-se antes de mais nada, de propor mudanças em suas concepções doutrinais, e por conseqüinte, alterar todo, ou a maior parte, da sua maneira de pensar sobre como ela exerce a sua missão ou parte dela. E isso por si só, já é um trabalho hercúleo para qualquer força militar, mesmo que pequena e pouco expressiva em nível regional ou mundial, o que não é de fato, o caso da FAB.
Sobre este aspecto, podemos dizer que a FAB não está teoricamente muito longe da modernidade doutrinal, e avança, ainda que a passos lentos, e às vezes imprecisos, por um caminho que a tem levado a esta modernidade por meio da adoção de novos helos, que via de regra, tem substituído os já antigos UH-1 de sua dotação ordinária nas suas linhas de vôo há mais de 40 anos.
O que por um lado é muito justo e correto, mas que por outro, não necessariamente por si só, pode trazer à força as melhorias integrais no campo conceitual do uso de suas asas rotativas, tendo em vista apenas a modernidade dos helos adotados, que trazem consigo um leque enorme de possibilidades de emprego e operação como há muito não se via no 8º Gav.
O que nos leva a uma possível segunda resposta, isto é, a geração de uma outra perspectiva, a qual seja, a necessária reorganização das suas missões/organização, e do padrão de como exercê-las, tendo em vista a rapidez das mudanças dos TO’s reais, bem como o reforço de uma “novidade velha” em termos de missão desta ala, qual seja o crescente chamado ao atendimento das missões do tipo SAR/MMI, como já comentamos, cada vez mais freqüentes de parte do poder civil, e agora, também, algo que passava, até então, talvez meio que despercebido do público interno militar, e grandemente do externo, que seja, as missões de cunho utilitário e de emprego geral, nas áreas de responsabilidade dos esquadrões, e que não contam, como de fato nunca contaram, com helos próprios e/ou adequados ao seu pleno encaminhamento.
Neste sentido, vemos que as missões básicas em si dos esquadrões do 8º Gav não sofrem mudanças estranhas à sua essência histórica, mas antes, tem revista a sua complexidade e versatilidade, na forma de como podem e devem modernizar-se para melhor cumpri-las. Tais mudanças não são apenas cosméticas no sentido de uma mera questão de pura e simples troca de vetores, mas é também, e em função disso, uma mudança de percepção/concepção na forma pela qual a FAB enxerga e precisa prover e atender a todas as novas variáveis que se apresentam dentre os fatores de emprego de seus esquadrões de helos, levando-se principalmente em conta o operacional e o doutrinário.
Pode parecer que isto irá custar à FAB um bom tempo pensando no que seria a maneira mais adequada de mobiliar/conceber os seus esquadrões de helos, e qual disposição seria a ideal para o pleno atendimento das suas necessidades operacionais militares ao mesmo tempo em que vislumbra dispor-se a cumprir as assim chamadas missões secundárias, que tem sido, estas sim, de fato, as que maior demanda tem gerado as horas de vôo do 8º Gav hoje. Para tentar dar uma resposta a esta questão, precisamos olhar um pouco mais além dos rotores.
Abs.
Um novo modelo
As perspectivas reais para uma reorganização da aviação de asas rotativas da FAB, com fins de provê-la para o futuro, passa necessariamente, a nosso ver, por um remodelamento conceitual do que a fez ser o que é hoje. E este conceito precisa ser revisto tendo em vista os amplos aspectos dos desdobramentos reais que se tem constatado no emprego e operacionalidade que tal vertente das forças aéreas mais operacionais no mundo vem experimentando.
As operações C-SAR a priori continuam a ser o ofício principal de tal ação, mas agora muito mais imbuídas de um caráter de OpsEsp do que antes. E este é um detalhe que não diz somente respeito às tropas especificamente votadas para tais operações, tanto da FAB como das demais ffaa’s, mas que envolvem na verdade uma variedade de tropas/pessoal que não objetivamente tem, ou precisam, deste tipo de treinamento, mas que invariavelmente irão dispor dos helos como meio de transporte e/ou facilitador de seu trabalho. Neste sentido, o leque de emprego dos helos militares de uma força aérea ganha enorme destaque dentro de um TO conjunto onde as três armas costumam atuar.
Mas o que falta à FAB, e ao seu 8º Gav para que ele possa atingir esta nova capacidade de inter-operação com várias tropas diferentes, e não obstante, TO’s e missões que não aquelas normalmente previstas nos manuais em tempos de paz?
Existem duas repostas possíveis para esta pergunta. A primeira, como indicamos acima, é uma total mudança de conceito sobre a organização e operação da aviação de asas rotativas da FAB. E mudar conceitos em uma força militar pode ser um desafio muito mais complexo do que propriamente alterar-se os meios materiais com os quais ela se equipa para cumprir com suas obrigações. Porque trata-se antes de mais nada, de propor mudanças em suas concepções doutrinais, e por conseqüinte, alterar todo, ou a maior parte, da sua maneira de pensar sobre como ela exerce a sua missão ou parte dela. E isso por si só, já é um trabalho hercúleo para qualquer força militar, mesmo que pequena e pouco expressiva em nível regional ou mundial, o que não é de fato, o caso da FAB.
Sobre este aspecto, podemos dizer que a FAB não está teoricamente muito longe da modernidade doutrinal, e avança, ainda que a passos lentos, e às vezes imprecisos, por um caminho que a tem levado a esta modernidade por meio da adoção de novos helos, que via de regra, tem substituído os já antigos UH-1 de sua dotação ordinária nas suas linhas de vôo há mais de 40 anos.
O que por um lado é muito justo e correto, mas que por outro, não necessariamente por si só, pode trazer à força as melhorias integrais no campo conceitual do uso de suas asas rotativas, tendo em vista apenas a modernidade dos helos adotados, que trazem consigo um leque enorme de possibilidades de emprego e operação como há muito não se via no 8º Gav.
O que nos leva a uma possível segunda resposta, isto é, a geração de uma outra perspectiva, a qual seja, a necessária reorganização das suas missões/organização, e do padrão de como exercê-las, tendo em vista a rapidez das mudanças dos TO’s reais, bem como o reforço de uma “novidade velha” em termos de missão desta ala, qual seja o crescente chamado ao atendimento das missões do tipo SAR/MMI, como já comentamos, cada vez mais freqüentes de parte do poder civil, e agora, também, algo que passava, até então, talvez meio que despercebido do público interno militar, e grandemente do externo, que seja, as missões de cunho utilitário e de emprego geral, nas áreas de responsabilidade dos esquadrões, e que não contam, como de fato nunca contaram, com helos próprios e/ou adequados ao seu pleno encaminhamento.
Neste sentido, vemos que as missões básicas em si dos esquadrões do 8º Gav não sofrem mudanças estranhas à sua essência histórica, mas antes, tem revista a sua complexidade e versatilidade, na forma de como podem e devem modernizar-se para melhor cumpri-las. Tais mudanças não são apenas cosméticas no sentido de uma mera questão de pura e simples troca de vetores, mas é também, e em função disso, uma mudança de percepção/concepção na forma pela qual a FAB enxerga e precisa prover e atender a todas as novas variáveis que se apresentam dentre os fatores de emprego de seus esquadrões de helos, levando-se principalmente em conta o operacional e o doutrinário.
Pode parecer que isto irá custar à FAB um bom tempo pensando no que seria a maneira mais adequada de mobiliar/conceber os seus esquadrões de helos, e qual disposição seria a ideal para o pleno atendimento das suas necessidades operacionais militares ao mesmo tempo em que vislumbra dispor-se a cumprir as assim chamadas missões secundárias, que tem sido, estas sim, de fato, as que maior demanda tem gerado as horas de vôo do 8º Gav hoje. Para tentar dar uma resposta a esta questão, precisamos olhar um pouco mais além dos rotores.
Abs.
Editado pela última vez por FCarvalho em Seg Jul 28, 2014 7:28 pm, em um total de 1 vez.
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- FCarvalho
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Re: O 8º GAv
Novos rotores para novos tempos
Bom, a pergunta que nos cabe responder então é a seguinte: temos no 8º Gav da FAB uma unidade plenamente capaz e operacional o suficiente para dar cabo de todas as missões a que hoje ele é destinado, com os meios, recursos e organização de que dispõe atualmente? Se sim, isto significa dizer que o que temos hoje, e o que se nos vislumbra no médio/longo prazo darão conta de tudo, e que nenhum investimento a mais é necessário? Se não, tal premissa apontada acima determina que tudo pode ser mudado ou que apenas parte do todo precisa melhorar? As respostas para esta questão parecem ser as mais diversas possíveis, inclusive no sentido de uma e outra poderem imiscuir-se conjuntamente de dar conta mais adequadamente à pergunta acima.
Comecemos então pelo começo. Qual a estrutura atual do 8º Gav hoje na FAB. Ela é atual e condizente para o cumprimento de suas missões primárias e secundárias? Vamos dar uma rápida olhada.
Atualmente o 8º Gav está organizado em 5 esquadrões a saber: os 1º, 3º, 5º e 7º respectivamente baseados em Belém, Rio de Janeiro, Canos e Manaus. Conta ainda com o 2º/8º Gav, baseado em Porto Velho e que diferentemente dos demais, voltados todos para missões de emprego geral, seja com os americanos UH-60L (H-60) Black Hawk ou os EC-725 (UH-36) Cararal francês, opera missões de apoio, escolta e ataque com os Mi-35 russos, algo ainda inédito para a FAB, e mais ainda no campo das asas rotativas brasileiras. Uma sexta unidade de helos da FAB está localizada em Campo Grande, mas não pertence à hierarquia ordinária do 8º Gav, e que é o 2º/10º Gav, unidade SAR/C-SAR por excelência da FAB, ainda equipada com os veneráveis UH-1 “sapão”.
Como se pode observar, a organização das unidades de helos da FAB é algo um tanto diferente, e quiçá baseada na historicidade de sua construção ao longo do tempo, com cada esquadrão indicando sua localização de acordo com o avanço da FAB rumo à interiorização da força pelo país, e pelas oportunidades de aquisição/equipamento que se apresentam.
Interessa notar aqui que há uma relativa cobertura do país em relação à distribuição destas OM’s, mas não necessariamente integral, além de podermos constatar, ainda, que dos 4 esquadrões de emprego geral existentes, existe um par para cada tipo de helo referente. Alguns dizem que isto é ruim para a logística de manutenção e de custos, outros, no entanto, afirmando se tratar de helos de categorias diferentes, observam tal fato como positivo e complementar em termos de frota.
Cabe observar também que atualmente o 8º Gav passa por extenso processo de revisão material, devido ao recebimento na última década tanto de material americano, como agora, de helos franceses, construídos no Brasil. Este fato tem dado um alento às tripulações daqueles esquadrões que podem vislumbrar novas capacidades e mais segurança no exercício de suas missões. Tanto o 5º/8º quanto o 7º/8º estão equipados hoje com os UH-60 BH, ambos com 8 undes cada, enquanto o 1/8º em Belém começa a receber os seus primeiros EC-725BR, que atualmente é de 4 undes. O 3º/8º ainda não recebeu, e até onde se sabe, não irá receber tão cedo os seus “Caracal”, tendo em vista operar com os antigos Super-Puma, que, diga-se de passagem, apesar de sua longevidade na FAB – quase 30 anos de operação initerrupta - estão bem manutenidos e conservados, apesar dos altos custos. Consta que o 2º/10º, ainda equipado com os UH-1 mais antigos, seria a segunda unidade da FAB a receber os EC-725BR novos de fábrica, mas não há uma informação crível e oficial ainda sobre isso, posto que até mesmo as entregas para o ano corrente destes helos para as ffaa’s, estão/estariam atrasadas por força da onipresente falta de verbas, e de compromisso do GF, com o pagamento da Helibrás/EADS Helicopters.
Aparentemente, no cronograma da FAB, dos 16 helos de Emprego Geral / SAR / C-SAR, que se espera receber, é provável que cinco ou seis sejam demandados para o esquadrão de Campo Grande, com os demais sendo entregues em Belém e no Rio de Janeiro até 2017, conforme o cronograma acertado originalmente. O que não se tem por hora, nenhuma garantia.
É interessante notar que esta nova entrega dos EC-725BR de um próximo lote para a FAB serem supostamente já na versão C-SAR, totalmente equipada, segundo o estabelecido pela FAB, com sonda revo e equipamentos de defesa eletrônica e armamentos individuais, gancho e guindastes para apoio, além de holofote e sensores de observação diuturna no queixo. Um padrão para o qual em teoria seriam elevados parte da frota já entregue, e dos ainda a serem recebidos, se não todos. São hipóteses que se aventam. Tal idéia nos traz a mente o que comentamos ates no sentido de dizer como a FAB pretende estar pensando os seus esquadrões de helos não só em termos de equipamento, mas e principalmente, em missão.
Seria, como de fato é, uma grande guinada para a força de asas rotativas da FAB as implicações que esta versão C-SAR integral do Caracal venha a determinar para a vida operacional não só dos esquadrões que irão equipar-se com o mesmo, como para todo o 8º Gav, tendo em vista a enorme desproporcionalidade operacional deste em relação aos antigos UH-1, como de certo modo, também em relação aos UH-60L “fabianos”, que apesar de contarem com esta capacidade, não vieram equipados para tal, apesar de alguns setores da FAB ligados ao 8º Gav estarem muito desejosos que tal elevação de capacidade também possa ser auferida aos seus pássaros.
Os números apontados acima são generalistas e não obstante, podem não refletir objetivamente a capacidade real de combate e ação das unidades citadas. Importa saber, no entanto, que mesmo contando a nosso ver com um número pífio de helos de emprego geral nos seus esquadrões, ainda assim a FAB conseguiu, e está conseguindo, dar um salto qualitativo gigantesco, de no mínimo uns 50 anos, ao abandonar de vez os UH-1 dos anos 50/60 e começar a operar aeronaves realmente modernas, em todos os sentidos, ao mesmo tempo em que se prepara, em função disso também, para alçar novos vôos e, dispor de uma real capacitação operacional e doutrinal, que lhe trarão com certeza, muito mais perspectivas de realizações maduras e opostas à realidade até então vivida.
Parece que a FAB fez e está fazendo a(s) suas opções em termos de conceber um novo tempo para o seu 8º Gav. De fato, são novos rotores para novos tempos...
Abs.
Bom, a pergunta que nos cabe responder então é a seguinte: temos no 8º Gav da FAB uma unidade plenamente capaz e operacional o suficiente para dar cabo de todas as missões a que hoje ele é destinado, com os meios, recursos e organização de que dispõe atualmente? Se sim, isto significa dizer que o que temos hoje, e o que se nos vislumbra no médio/longo prazo darão conta de tudo, e que nenhum investimento a mais é necessário? Se não, tal premissa apontada acima determina que tudo pode ser mudado ou que apenas parte do todo precisa melhorar? As respostas para esta questão parecem ser as mais diversas possíveis, inclusive no sentido de uma e outra poderem imiscuir-se conjuntamente de dar conta mais adequadamente à pergunta acima.
Comecemos então pelo começo. Qual a estrutura atual do 8º Gav hoje na FAB. Ela é atual e condizente para o cumprimento de suas missões primárias e secundárias? Vamos dar uma rápida olhada.
Atualmente o 8º Gav está organizado em 5 esquadrões a saber: os 1º, 3º, 5º e 7º respectivamente baseados em Belém, Rio de Janeiro, Canos e Manaus. Conta ainda com o 2º/8º Gav, baseado em Porto Velho e que diferentemente dos demais, voltados todos para missões de emprego geral, seja com os americanos UH-60L (H-60) Black Hawk ou os EC-725 (UH-36) Cararal francês, opera missões de apoio, escolta e ataque com os Mi-35 russos, algo ainda inédito para a FAB, e mais ainda no campo das asas rotativas brasileiras. Uma sexta unidade de helos da FAB está localizada em Campo Grande, mas não pertence à hierarquia ordinária do 8º Gav, e que é o 2º/10º Gav, unidade SAR/C-SAR por excelência da FAB, ainda equipada com os veneráveis UH-1 “sapão”.
Como se pode observar, a organização das unidades de helos da FAB é algo um tanto diferente, e quiçá baseada na historicidade de sua construção ao longo do tempo, com cada esquadrão indicando sua localização de acordo com o avanço da FAB rumo à interiorização da força pelo país, e pelas oportunidades de aquisição/equipamento que se apresentam.
Interessa notar aqui que há uma relativa cobertura do país em relação à distribuição destas OM’s, mas não necessariamente integral, além de podermos constatar, ainda, que dos 4 esquadrões de emprego geral existentes, existe um par para cada tipo de helo referente. Alguns dizem que isto é ruim para a logística de manutenção e de custos, outros, no entanto, afirmando se tratar de helos de categorias diferentes, observam tal fato como positivo e complementar em termos de frota.
Cabe observar também que atualmente o 8º Gav passa por extenso processo de revisão material, devido ao recebimento na última década tanto de material americano, como agora, de helos franceses, construídos no Brasil. Este fato tem dado um alento às tripulações daqueles esquadrões que podem vislumbrar novas capacidades e mais segurança no exercício de suas missões. Tanto o 5º/8º quanto o 7º/8º estão equipados hoje com os UH-60 BH, ambos com 8 undes cada, enquanto o 1/8º em Belém começa a receber os seus primeiros EC-725BR, que atualmente é de 4 undes. O 3º/8º ainda não recebeu, e até onde se sabe, não irá receber tão cedo os seus “Caracal”, tendo em vista operar com os antigos Super-Puma, que, diga-se de passagem, apesar de sua longevidade na FAB – quase 30 anos de operação initerrupta - estão bem manutenidos e conservados, apesar dos altos custos. Consta que o 2º/10º, ainda equipado com os UH-1 mais antigos, seria a segunda unidade da FAB a receber os EC-725BR novos de fábrica, mas não há uma informação crível e oficial ainda sobre isso, posto que até mesmo as entregas para o ano corrente destes helos para as ffaa’s, estão/estariam atrasadas por força da onipresente falta de verbas, e de compromisso do GF, com o pagamento da Helibrás/EADS Helicopters.
Aparentemente, no cronograma da FAB, dos 16 helos de Emprego Geral / SAR / C-SAR, que se espera receber, é provável que cinco ou seis sejam demandados para o esquadrão de Campo Grande, com os demais sendo entregues em Belém e no Rio de Janeiro até 2017, conforme o cronograma acertado originalmente. O que não se tem por hora, nenhuma garantia.
É interessante notar que esta nova entrega dos EC-725BR de um próximo lote para a FAB serem supostamente já na versão C-SAR, totalmente equipada, segundo o estabelecido pela FAB, com sonda revo e equipamentos de defesa eletrônica e armamentos individuais, gancho e guindastes para apoio, além de holofote e sensores de observação diuturna no queixo. Um padrão para o qual em teoria seriam elevados parte da frota já entregue, e dos ainda a serem recebidos, se não todos. São hipóteses que se aventam. Tal idéia nos traz a mente o que comentamos ates no sentido de dizer como a FAB pretende estar pensando os seus esquadrões de helos não só em termos de equipamento, mas e principalmente, em missão.
Seria, como de fato é, uma grande guinada para a força de asas rotativas da FAB as implicações que esta versão C-SAR integral do Caracal venha a determinar para a vida operacional não só dos esquadrões que irão equipar-se com o mesmo, como para todo o 8º Gav, tendo em vista a enorme desproporcionalidade operacional deste em relação aos antigos UH-1, como de certo modo, também em relação aos UH-60L “fabianos”, que apesar de contarem com esta capacidade, não vieram equipados para tal, apesar de alguns setores da FAB ligados ao 8º Gav estarem muito desejosos que tal elevação de capacidade também possa ser auferida aos seus pássaros.
Os números apontados acima são generalistas e não obstante, podem não refletir objetivamente a capacidade real de combate e ação das unidades citadas. Importa saber, no entanto, que mesmo contando a nosso ver com um número pífio de helos de emprego geral nos seus esquadrões, ainda assim a FAB conseguiu, e está conseguindo, dar um salto qualitativo gigantesco, de no mínimo uns 50 anos, ao abandonar de vez os UH-1 dos anos 50/60 e começar a operar aeronaves realmente modernas, em todos os sentidos, ao mesmo tempo em que se prepara, em função disso também, para alçar novos vôos e, dispor de uma real capacitação operacional e doutrinal, que lhe trarão com certeza, muito mais perspectivas de realizações maduras e opostas à realidade até então vivida.
Parece que a FAB fez e está fazendo a(s) suas opções em termos de conceber um novo tempo para o seu 8º Gav. De fato, são novos rotores para novos tempos...
Abs.
Editado pela última vez por FCarvalho em Seg Jul 28, 2014 7:26 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O 8º GAv
Outras repostas possíveis
Ainda há uma segunda resposta possível a ser analisada para a questão acima. Vimos que a atual organização do 8º Gav está comprometida com o recebimento e operação de uma nova geração de helos modernos e que trazem junto consigo um sem número de mudanças na forma de como a FAB encara a suas missões de asas rotativas. Vimos que apesar desta modernidade, a estrutura em que elas estão inclusas não representam necessariamente tal modernidade, visto que estão/são estáticas no tempo e no quadro organizacional da instituição. Não se planeja, ao menos de público, e até onde se possa saber, uma expansão e/ou readequação da atual organização do 8º Gav, mesmo que isso possa representar o alcance da eficiência no desempenho de suas missões. Aparentemente, e por enquanto, a FAB parece estar satisfeita em oferecê-las com eficácia.
Mas se a atual organização de meios e recursos do 8º Gav não é, ou seria suficiente, o que seria então o ideal, ou melhor dizendo, o necessário para o pleno cumprimento de suas missões?
Para tentar responder a esta questão é preciso retomar os fatos acima comentados, e partir do princípio de que não há, como de resto ainda não houve, nenhum movimento concreto dentro da FAB no sentido de propor uma nova organização e/ou estruturação do 8º Gav, tendo em vista a imprecisão dos investimentos no setor de defesa, assim como a sua relativa importância dentro do escopo de missões da FAB, a partir das prioridades de interesse tuteladas pelo governo junto a instituição
Neste sentido, podemos apontar que junto a questão do atendimento das missões C-SAR / SAR, hora sendo atendidas pelos UH-60/EC-725, e tidas como função primária deste setor, a FAB carece de poder dispor junto aos esquadrões de helos de mais e melhores meios de emprego geral para uso em operações de apoio as (não poucas) missões secundárias que lhe são atribuídas, e também, àquelas de cunho administrativo militar e civil (de ordem), sem com isso comprometer os já escassos recursos para a missão primária.
Tal modificação na organização dos esquadrões do 8º Gav hoje se faz necessária mediante a reorientação das próprias missões que lhe são atribuídas, e que contam com um leque vastíssimo de empregos e operações. Neste sentido, somos de opinião que ao menos os 4 esquadrões de emprego geral poderiam vir a ser modificados de forma a acantonar outros modelos de helos que não apenas os de médio porte que os compõe, de maneira a atender as demandas vindas do setor civil e complementar equilibradamente as de orientação militar.
Mas se isto se faz necessário, que tipo de helos poderiam ser úteis neste mister? Pensamos que no mercado atual existem pelo menos dois ou três fabricantes de modelos que naturalmente poderiam oferecer-nos modelos leves e médio-leves que se encaixariam no tipo de emprego que se vislumbra, a saber, Bell, Agusta e Helibrás.
Destas, apenas a Helibrás tem condições objetivas e imediatas de nos oferecer seus produtos mediante o atendimento dos critérios estabelecidos pela atual END, mediante a produção nacional dos mesmos. As demais, apesar de investimentos feitos diretamente aqui em manutenção e logística nos últimos anos, não chegam a ameaçar a posição de privilégio da gigante européia. Mas isso também não seria por si só um fator exclusivo para determinar quem poderia se tornar o fornecedor de tais helos para a FAB. Há outras condicionantes que podem, e devem, ser levadas em consideração.
Mas antes de falar em modelos e quantidades, é preciso apontar de forma breve que tipo de planejamento organizacional deve ser pretendido nos esquadrões a fim de absorver com a maior brevidade e facilidade possível tais helos e suas demandas. Hoje os esquadrões do 8º Gav tem apenas uma esquadrilha que comportam todos os modelos em uso, tendo em vista a pequena quantidade de helos empregados em cada unidade, como acima apontamos. Neste sentido, para atender todos os parâmetros que apontamos anteriormente, é necessário sob nosso entender que os quantitativos apontados, tem que ser expandidos obrigatoriamente, no sentido de cada esquadrão dispor, ao menos, de duas ou três esquadrilhas de helos médio-pesados e mais duas de helos médio-leve e/ou leves, dando assim a estas OM’s a possibilidade real e crível de atender a todas as suas missões, primárias e secundárias, sem contudo comprometer a qualidade, a segurança e a eficiência/eficácia, destas.
Assim, pensamos em uma organização com cinco ou quatro esquadrilhas que contemplem entre 16 a 24 aeronaves, onde as missões de C-SAR e SAR são atendidas de acordo com as premências de suas condições e limitações, pelos UH-60/EC-725, contando para isso com o apoio dos demais helos orgânicos, ao mesmo tempo em que estes servem de suporte para o desempenho das demais atribuições que são mister de um esquadrão de helos militar da FAB.
Mas vejamos quais poderiam ser estes helos. Para não tornar muito espaço aqui, determinamos que para o cumprimento de tais missões secundárias, e de apoio as de ordem militar de um esquadrão de helos da FAB, sejam necessários helos leves e médio-leve, na categoria de 1,5 até 4,5 toneladas, com capacidade de transporte específica entre 6 e 12 pessoas.
Neste sentido, podemos apontar dentre os possíveis, e prováveis, candidatos: Bell Helicopters: B-409/429/439; AgustaWestland A-109/119/139; e por fim os Helibrás EC-135/145 e EC-655. É preciso atentar que apesar de apresentamos estes modelos, há ainda outros fabricantes no mercado internacional que poderiam apresentar também seus produtos, mas que face a atual condição do mercado interno brasileiro, dificilmente conseguiriam alguma vitória por aqui, que não fosse sustentada por um poderoso lobby industrial e político, capaz de suplantar os já aqui estabelecidos.
Para ilustrar a proposta acima, por exemplo, podemos supor o 1º/8º Gav assim contemplado:
1ª esquadrilha: 4 A-119 / B-409 / EC-135
2ª esquadrilha: 4 A-109 / B-429 / EC-145
3ª esquadrilha: 4 A-139 / B-439 / EC-655
4ª esquadrilha: 6 UH-60 ou EC-725
5ª esquadrilha: 6 UH-60 ou EC-725
Cremos que no médio ou longo prazo esta nova organização venha a satisfazer plenamente as necessidades operacionais dos esquadrões de emprego geral do 8º Gav, de maneira a possuir uma capacidade intrínseca de prover todas as missões que lhe sejam determinadas.
Claro, esta é apenas uma opinião pessoal que logicamente não corresponder aos interesses da FAB ou mesmo sequer estar no quadro de reflexões da mesma com vista a um futuro possível para os seus esquadrões de helo.
Mesmo assim, podemos ver que se tal nova organização fosse adotada, e lembrando que todos os helos indicados acima, dispõe de apoio logístico e industrial vasto no país, as suas condições de oferta podem muito bem ser negociadas com bastante critério, via MD e ffaa’s, que da mesma forma, estão a pensar e planejar a reorganização de suas forças de asas rotativas neste mesmo momento. Um arranjo financeiro e orçamentário que pudesse contemplar de alguma forma o atendimento de todas as três armas de aviação das ffaa’s poderiam com certeza nos dar uma flexibilidade nas negociações que trariam melhores benefícios não só orçamentários como de custos e financiamento. Ao mesmo tempo, poderiam atender as demandas por ações de longo prazo no campo civil que tanto interessam ao governo, quando se trata da aquisição e investimento em material militar.
Apenas para apontar dados genéricos, o reequipamento dos 4 esquadrões da FAB como acima exemplificamos, demandaria em trono de 48 helos leves e médio-leves. Se levarmos em consideração que ainda há o 2º/10º e mais um ou dois esquadrões de emprego geral que precisam ser criados na região nordeste e no planalto central, a fim de se dar uma cobertura integral a todas as regiões do país, nossa conta chegaria a 84 aeronaves leve/médio-leves para compor a frota da FAB.
Em princípio este número pode até parecer uma enormidade quando se trata de helos miltares para um observador leigo pouco acostumado a lidar com questões da área; mas do ponto de vista industrial e mercadológico, ele se muito, se nos aponta um mercado interno com um bom potencial, mas ainda assim muito longe dos principais mercados de referencia militar para modelos do tipo mundo afora. Mesmo assim, não é algo que qualquer industria aeronáutica hoje possa desprezar. Se considerarmos que tais helos possuem um preço de venda relativamente baixo, pois que se tratam de modelos de menor porte, podemos mesmo afirmar que a relação custo benefício de uma negociação para a aquisição de tal quantidade e variedade de helos para a FAB sairia com certeza em nosso favor, e nos custaria bem menos do que importações aleatórias, pontuais e assistemáticas, tão freqüentes quanto caras, de nossa carteira de compras militares ao longo dos anos.
Lembrar também que tal expansão das OM’s do 8º Gav trariam consigo um ou dois lotes a mais de UH-60 e/ou EC-725, que demandaria cerca de 52 aeronaves médio-pesada só para a FAB, afim de contemplar-lhe com a nova dotação/organização, e seus sete hipotéticos esquadrões de emprego geral. E para não misturar as coisas, não vamos abordar aqui o fato também de que tais esquadrões poderiam contar no futuro – ou ao menos assim deveria ser, senão o porquê de manter-se os Mi-35? - com ao menos uma esquadrilha de aeronaves de ataque para as missões de escolta e apoio. Mas isso já é uma outra história.
Enfim, podemos observar que temos em mãos várias respostas que contempla em maior ou menor medida as necessidades de se apor ao 8º Gav uma nova feição e que passam necessariamente por uma nova concepção e visão das operações das asas rotativas da FAB, bem como o seu aprimoramento via readequação dos meios e recursos humanos e materiais. Há várias possibilidades e pensamos que com as limitações que temos, ainda assim, com um pouco de esforço e convencimento, de parte do poder político, de maneira que este possa antever algum lucro com os negócios da defesa, poderíamos alcançar, senão no todo, ao menos em parte os objetivos aqui expostos.
Tudo, é claro, vai depender de um enlace de interesses e possibilidades entre o poder civil e a agenda militar de defesa do país. Esperamos que isso possa acontecer o mais breve possível, já que não é apenas a FAB que anda a pensar – e necessitar - de novos vetores. A Aviação Naval e a Avex também tem seus planos, e que por sua própria condição e especificidades, ainda esperam por uma oportunidade para tocá-los em frente. E para falar a verdade, se consideramos os planos das três forças, o mercado de helos militares brasileiros, mantidas as condições originais de suas demandas, é e será pelo menos até a metade deste século, um dos maiores e mais concorridos e acirrados do mundo. Basta-nos enxergar a oportunidade que temos em mãos. E ver se saberemos aproveitá-la em proveito próprio, ou não.
Afinal, não é todo dia que um país como o Brasil sai às compras a fim de manter uma frota de helos militares que normalmente ele sequer reconhece que tem, ou que precisa. A não ser quando alguma coisa (muito) ruim acontece. Mas isso já é uma outra parte da nossa história...
Abs.
Ainda há uma segunda resposta possível a ser analisada para a questão acima. Vimos que a atual organização do 8º Gav está comprometida com o recebimento e operação de uma nova geração de helos modernos e que trazem junto consigo um sem número de mudanças na forma de como a FAB encara a suas missões de asas rotativas. Vimos que apesar desta modernidade, a estrutura em que elas estão inclusas não representam necessariamente tal modernidade, visto que estão/são estáticas no tempo e no quadro organizacional da instituição. Não se planeja, ao menos de público, e até onde se possa saber, uma expansão e/ou readequação da atual organização do 8º Gav, mesmo que isso possa representar o alcance da eficiência no desempenho de suas missões. Aparentemente, e por enquanto, a FAB parece estar satisfeita em oferecê-las com eficácia.
Mas se a atual organização de meios e recursos do 8º Gav não é, ou seria suficiente, o que seria então o ideal, ou melhor dizendo, o necessário para o pleno cumprimento de suas missões?
Para tentar responder a esta questão é preciso retomar os fatos acima comentados, e partir do princípio de que não há, como de resto ainda não houve, nenhum movimento concreto dentro da FAB no sentido de propor uma nova organização e/ou estruturação do 8º Gav, tendo em vista a imprecisão dos investimentos no setor de defesa, assim como a sua relativa importância dentro do escopo de missões da FAB, a partir das prioridades de interesse tuteladas pelo governo junto a instituição
Neste sentido, podemos apontar que junto a questão do atendimento das missões C-SAR / SAR, hora sendo atendidas pelos UH-60/EC-725, e tidas como função primária deste setor, a FAB carece de poder dispor junto aos esquadrões de helos de mais e melhores meios de emprego geral para uso em operações de apoio as (não poucas) missões secundárias que lhe são atribuídas, e também, àquelas de cunho administrativo militar e civil (de ordem), sem com isso comprometer os já escassos recursos para a missão primária.
Tal modificação na organização dos esquadrões do 8º Gav hoje se faz necessária mediante a reorientação das próprias missões que lhe são atribuídas, e que contam com um leque vastíssimo de empregos e operações. Neste sentido, somos de opinião que ao menos os 4 esquadrões de emprego geral poderiam vir a ser modificados de forma a acantonar outros modelos de helos que não apenas os de médio porte que os compõe, de maneira a atender as demandas vindas do setor civil e complementar equilibradamente as de orientação militar.
Mas se isto se faz necessário, que tipo de helos poderiam ser úteis neste mister? Pensamos que no mercado atual existem pelo menos dois ou três fabricantes de modelos que naturalmente poderiam oferecer-nos modelos leves e médio-leves que se encaixariam no tipo de emprego que se vislumbra, a saber, Bell, Agusta e Helibrás.
Destas, apenas a Helibrás tem condições objetivas e imediatas de nos oferecer seus produtos mediante o atendimento dos critérios estabelecidos pela atual END, mediante a produção nacional dos mesmos. As demais, apesar de investimentos feitos diretamente aqui em manutenção e logística nos últimos anos, não chegam a ameaçar a posição de privilégio da gigante européia. Mas isso também não seria por si só um fator exclusivo para determinar quem poderia se tornar o fornecedor de tais helos para a FAB. Há outras condicionantes que podem, e devem, ser levadas em consideração.
Mas antes de falar em modelos e quantidades, é preciso apontar de forma breve que tipo de planejamento organizacional deve ser pretendido nos esquadrões a fim de absorver com a maior brevidade e facilidade possível tais helos e suas demandas. Hoje os esquadrões do 8º Gav tem apenas uma esquadrilha que comportam todos os modelos em uso, tendo em vista a pequena quantidade de helos empregados em cada unidade, como acima apontamos. Neste sentido, para atender todos os parâmetros que apontamos anteriormente, é necessário sob nosso entender que os quantitativos apontados, tem que ser expandidos obrigatoriamente, no sentido de cada esquadrão dispor, ao menos, de duas ou três esquadrilhas de helos médio-pesados e mais duas de helos médio-leve e/ou leves, dando assim a estas OM’s a possibilidade real e crível de atender a todas as suas missões, primárias e secundárias, sem contudo comprometer a qualidade, a segurança e a eficiência/eficácia, destas.
Assim, pensamos em uma organização com cinco ou quatro esquadrilhas que contemplem entre 16 a 24 aeronaves, onde as missões de C-SAR e SAR são atendidas de acordo com as premências de suas condições e limitações, pelos UH-60/EC-725, contando para isso com o apoio dos demais helos orgânicos, ao mesmo tempo em que estes servem de suporte para o desempenho das demais atribuições que são mister de um esquadrão de helos militar da FAB.
Mas vejamos quais poderiam ser estes helos. Para não tornar muito espaço aqui, determinamos que para o cumprimento de tais missões secundárias, e de apoio as de ordem militar de um esquadrão de helos da FAB, sejam necessários helos leves e médio-leve, na categoria de 1,5 até 4,5 toneladas, com capacidade de transporte específica entre 6 e 12 pessoas.
Neste sentido, podemos apontar dentre os possíveis, e prováveis, candidatos: Bell Helicopters: B-409/429/439; AgustaWestland A-109/119/139; e por fim os Helibrás EC-135/145 e EC-655. É preciso atentar que apesar de apresentamos estes modelos, há ainda outros fabricantes no mercado internacional que poderiam apresentar também seus produtos, mas que face a atual condição do mercado interno brasileiro, dificilmente conseguiriam alguma vitória por aqui, que não fosse sustentada por um poderoso lobby industrial e político, capaz de suplantar os já aqui estabelecidos.
Para ilustrar a proposta acima, por exemplo, podemos supor o 1º/8º Gav assim contemplado:
1ª esquadrilha: 4 A-119 / B-409 / EC-135
2ª esquadrilha: 4 A-109 / B-429 / EC-145
3ª esquadrilha: 4 A-139 / B-439 / EC-655
4ª esquadrilha: 6 UH-60 ou EC-725
5ª esquadrilha: 6 UH-60 ou EC-725
Cremos que no médio ou longo prazo esta nova organização venha a satisfazer plenamente as necessidades operacionais dos esquadrões de emprego geral do 8º Gav, de maneira a possuir uma capacidade intrínseca de prover todas as missões que lhe sejam determinadas.
Claro, esta é apenas uma opinião pessoal que logicamente não corresponder aos interesses da FAB ou mesmo sequer estar no quadro de reflexões da mesma com vista a um futuro possível para os seus esquadrões de helo.
Mesmo assim, podemos ver que se tal nova organização fosse adotada, e lembrando que todos os helos indicados acima, dispõe de apoio logístico e industrial vasto no país, as suas condições de oferta podem muito bem ser negociadas com bastante critério, via MD e ffaa’s, que da mesma forma, estão a pensar e planejar a reorganização de suas forças de asas rotativas neste mesmo momento. Um arranjo financeiro e orçamentário que pudesse contemplar de alguma forma o atendimento de todas as três armas de aviação das ffaa’s poderiam com certeza nos dar uma flexibilidade nas negociações que trariam melhores benefícios não só orçamentários como de custos e financiamento. Ao mesmo tempo, poderiam atender as demandas por ações de longo prazo no campo civil que tanto interessam ao governo, quando se trata da aquisição e investimento em material militar.
Apenas para apontar dados genéricos, o reequipamento dos 4 esquadrões da FAB como acima exemplificamos, demandaria em trono de 48 helos leves e médio-leves. Se levarmos em consideração que ainda há o 2º/10º e mais um ou dois esquadrões de emprego geral que precisam ser criados na região nordeste e no planalto central, a fim de se dar uma cobertura integral a todas as regiões do país, nossa conta chegaria a 84 aeronaves leve/médio-leves para compor a frota da FAB.
Em princípio este número pode até parecer uma enormidade quando se trata de helos miltares para um observador leigo pouco acostumado a lidar com questões da área; mas do ponto de vista industrial e mercadológico, ele se muito, se nos aponta um mercado interno com um bom potencial, mas ainda assim muito longe dos principais mercados de referencia militar para modelos do tipo mundo afora. Mesmo assim, não é algo que qualquer industria aeronáutica hoje possa desprezar. Se considerarmos que tais helos possuem um preço de venda relativamente baixo, pois que se tratam de modelos de menor porte, podemos mesmo afirmar que a relação custo benefício de uma negociação para a aquisição de tal quantidade e variedade de helos para a FAB sairia com certeza em nosso favor, e nos custaria bem menos do que importações aleatórias, pontuais e assistemáticas, tão freqüentes quanto caras, de nossa carteira de compras militares ao longo dos anos.
Lembrar também que tal expansão das OM’s do 8º Gav trariam consigo um ou dois lotes a mais de UH-60 e/ou EC-725, que demandaria cerca de 52 aeronaves médio-pesada só para a FAB, afim de contemplar-lhe com a nova dotação/organização, e seus sete hipotéticos esquadrões de emprego geral. E para não misturar as coisas, não vamos abordar aqui o fato também de que tais esquadrões poderiam contar no futuro – ou ao menos assim deveria ser, senão o porquê de manter-se os Mi-35? - com ao menos uma esquadrilha de aeronaves de ataque para as missões de escolta e apoio. Mas isso já é uma outra história.
Enfim, podemos observar que temos em mãos várias respostas que contempla em maior ou menor medida as necessidades de se apor ao 8º Gav uma nova feição e que passam necessariamente por uma nova concepção e visão das operações das asas rotativas da FAB, bem como o seu aprimoramento via readequação dos meios e recursos humanos e materiais. Há várias possibilidades e pensamos que com as limitações que temos, ainda assim, com um pouco de esforço e convencimento, de parte do poder político, de maneira que este possa antever algum lucro com os negócios da defesa, poderíamos alcançar, senão no todo, ao menos em parte os objetivos aqui expostos.
Tudo, é claro, vai depender de um enlace de interesses e possibilidades entre o poder civil e a agenda militar de defesa do país. Esperamos que isso possa acontecer o mais breve possível, já que não é apenas a FAB que anda a pensar – e necessitar - de novos vetores. A Aviação Naval e a Avex também tem seus planos, e que por sua própria condição e especificidades, ainda esperam por uma oportunidade para tocá-los em frente. E para falar a verdade, se consideramos os planos das três forças, o mercado de helos militares brasileiros, mantidas as condições originais de suas demandas, é e será pelo menos até a metade deste século, um dos maiores e mais concorridos e acirrados do mundo. Basta-nos enxergar a oportunidade que temos em mãos. E ver se saberemos aproveitá-la em proveito próprio, ou não.
Afinal, não é todo dia que um país como o Brasil sai às compras a fim de manter uma frota de helos militares que normalmente ele sequer reconhece que tem, ou que precisa. A não ser quando alguma coisa (muito) ruim acontece. Mas isso já é uma outra parte da nossa história...
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Re: O 8º GAv
Consta que o EB está ultimando as negociações para mais 3 Black Hawk até o fim deste ano. Fonte Revista ASAS
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: O 8º GAv
Quando eu falo que a FAB precisa de um novo helo tipo "pau de arara" como os Esquilo foram a seu tempo, a fim de complementar os H-36 e BH nos esquadrões do 8o Gav, é disso que eu estou falando.
Existem várias missões que podem, na verdade deveriam, ser feitas por um helo médio-leve, ao invés daqueles maiores. Isso pouparia verbas para investimento em outras áreas que também são importantes para aquele grupo.
Contudo, neste aspecto, nenhuma das nossas ffaa's parece dispor-se a colaborar, ou abrir mão, de seus próprios requisitos a fim de fundamentar um ROB único para um helo assim. A MB tem o UHL, o EB tem os Esquilo para substituir e a FAB também. Existe espaço para um helo de treinamento único e também para um de emprego geral. Só não fazemos porque... enfim, todo mundo sabe porque.
abs
Existem várias missões que podem, na verdade deveriam, ser feitas por um helo médio-leve, ao invés daqueles maiores. Isso pouparia verbas para investimento em outras áreas que também são importantes para aquele grupo.
Contudo, neste aspecto, nenhuma das nossas ffaa's parece dispor-se a colaborar, ou abrir mão, de seus próprios requisitos a fim de fundamentar um ROB único para um helo assim. A MB tem o UHL, o EB tem os Esquilo para substituir e a FAB também. Existe espaço para um helo de treinamento único e também para um de emprego geral. Só não fazemos porque... enfim, todo mundo sabe porque.
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Re: O 8º GAv
Meu deus! 400 eurobambis da incompetente Airbus estão voando nas Forças Armadas dos EUA? Isso só pode ser ficção cientifica!
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Re: O 8º GAv
Por aqui eu já ficava contente se a MB conseguisse os 60 que o UHL planejava.
abs.
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