Re: C-235 / C-295
Enviado: Qui Jun 30, 2011 7:25 pm
Está sendo testada a aerodinâmica, a eletrônica será israelense. O radar terá 360o de cobertura e também será de varredura eletrônica.
[]s
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Sapão, sobre a primeira questão, ela é um equivoco de quem a levantou. Sobre a segunda, nem modernização e nem substituição. Não há até onde se sabe qualquer indício de que este ou aquele caminho serão tomados no caso dos E-99 da FAB. Parece que as prioridades são outras.sapao escreveu:São duas coisas diferentes FCarvalho:
- uma é responder ao colega que quis fazer uma comparação entre uma aeronave que é um projeto com outra que ja tem sua operação testada e comprovada;
-a outra é a que você levantou em relação a idade dos vetores, e provavelmente ou ela sofrerá uma modernização a curto prazo ou será substituida.
Sobre a pratica de se usar até o osso para depois fazer a manutenção acredito que suas fontes estejam enganadas.
Abs.sapao escreveu:Acho que a frase que mais se adequa seria a de que cachorro acostumado a comer bisteca, quando fica com fome roe até o osso...
Do jeito que você fala parace até que a Doutrina e essa, economizar.
Não é doutrina não, é cultura mesmo. Cultura da "pouca farinha, meu pirao primeiro."
Então vejamos:
C-95: modernização devido a AUSENCIA de um vetor que pudesse substitui-lo nas missões que cumpre, e voce diz que por incapacidade de investir em um veotr da sua categoria.Qual seria esse no mercado hoje?
A princípio o C-212. Mas esta opção não foi para frente como sabemos; ainda que antigo, o projeto demonstra melhores qualidades e capacidade de crescimento, como podemos ver em sua última versão. O Bandeirante é/sempre foi apenas uma adaptação com as limitações impostas pelo projeto.
C-130: segundo você igual ao acima, sendo que a iniciativa privada foi convencida junto pelo GF pela FAB de investir no projeto.Mas é a tal mania de roer o osso?
Não desta vez. A diferença aqui, como disse, é que se dependesse somente da cultura Fabiana e governamental, iriamos ter C-130 ad eternum. Mas um fator diferencial nos livrou de continuar roendo o osso: a Embraer. Nossa bisteca ou quem sabe filé mignon.E quem começou tudo foi a iniciativa privada e não o GF/FAB. Estes vieram a reboque e pegaram o bonde andando. Ainda bem.
GTE: De longe a frota mais moderna da FAB, e se você puder me dizer que processo de modernização um Legacy que voa RVSM com navegação vertical por GPS precisa eu vou ficar feliz em saber.
Não falei em relação as aeronaves da embraer, mas dos vetores anteriores que durante sua longa vida no GTE nunca tiveram planejamento para sua modernização ao longo da vida útil. Os VC-99, embora modernos, o serão por quanto tempo? Daqui a 10 anos ainda o serão? A FAB vai esperar eles começarem a apresentar problemas, limitações ou a cair para justificar o investimento na sua modernização ou só uma boa manutenção basta para garantir que os mesmo serão sempre o melhor que o GTE poderá usar?
C-97: Aeronaves de transporte de passageiros com avionica da decada passada, precisamos mesmo colocar tudo nele EFIS para ficar levando passageiro?
Da década re-trasada, certo. O E-120 e sua tecnologia são da década de 80. E se o passageiro fosse eu, com certeza. Ou por acaso a FAB faz diferença entre os passageiros que leva? EFIS "para quem pode" e reloginhos "para quem não pode"... E eu não digo colocar tudo, mas mantê-los ao menos em paridade tecnologica com os outros vetores da Embraer utilizados pela FAB. Não vejo nada demais nisso. Seriam recursos para a manutenção e melhoria da segurança do vôo. Se empresas particulares fazem isso pensando nos custos, creio que a FAB não seja tão diferente assim.
P-95: Você afirma que houve uma ausencia de recursos para investir no P-235/295, mas afinal o problema é a falta de dinheiro ou a mania de ficar voando coisa velha?
Sapão, sabes melhor que eu, que uma coisa está ligada a outra. E não é gosto por coisa velha, é necessidade mesmo.
E quem garante que o P-235 é tão melhor que o P-95M?
No olhômetro, não me atreveria a comparações, mas tenho certeza que a plataforma do CN-235/295 tem capacidade e recursos de sobra para ampliar as limitações do nosso bandeirulha.
E se for para comprar P-295, prefiro que saia o P-99.
Eu também. Mas a própria FAB desdenhou o projeto e preferiu continuar a roer o seu osso, olhando para trás, com uma aeronave de mais de 50 anos, ao invés de olhar para frente mais cinquenta anos com P-190/195.
F-5M: sem me delongar, vide post F-X. Esse assunto já até me embrulha o estômago.
A1-M:Sempre a velha historia do F-32, que até hoje vem assombrar dizendo que é muito mais barato comprar lá fora, que é dinheiro jogado fora, que a propria EMBRAER quase foi a falencia com ele é assim por diante.Apesar de ser um M e so ter dado prejuizo para o fabricante, está lá e vai sair muito mais rapido do que o F-5. Advinha porque?
Desconheço essa estória de F-32. O que falei é que nossa cultura de manutenção fez deste projeto uma alternativa para a continuidade da capacidade opacional da força aérea, e que se tivessemos "culhões" no passado, hoje ele talvez estivesse sendo substituido por outro vetor mais moderno, se nacional ou não, é outra coisa, ao invés de ter a sua vida útil prolongada por mais 15/20 anos, quando então já estará mais do que ultrapassado mesmo para nosso TO.
F-103:Idem ao F-5M, vide o post do F-X.
EMB-326: A grande incognita a epoca da aposentadoria precisava ser sanada, então foi mantido até onde dava para que se pudesse avaliar a real necessidade de um substituto. A resposta está ai, e tem gente copiando nosso modelo, quem sabe agora alguns começem a acreditar que é possivel...
A ver no que vai dar. Mas este caminho que foi tomado em relação ao chavante deveria ser, penso eu, uma exceção e não regra, como visto por aí.
Não existe manutenção barata em aviação, quem falar ao contrario está mentindo.
Então a escolha sempre é vou gastar muito com isso ou muito com aquilo.
Agora vai explicar que você que duplicar seu orçamento por conta de novos projetos e vera a resposta:
"Vai roendo o osso mais um pouco que depois eu te dou um filé..."
A caça está esperando o file desde 1995.
Claro, vivemos em um país em que filé é coisa para poucos e para quem pode. E quem não pode, obedece... e continua roendo o osso.
São categorias de aeronaves diferentes, e mesmo que cumpram uma certa quantidade de missões iguais, existem coisas que o C-95 faz que o C-97 não faz ou tem mais restrições para realizar.henriquejr escreveu:O C-97 (EMB-120) não seria o substituto natural do C-95??? Lembro que alguns anos atrás a FAB começou a comprar os C-97 para substituir os C-95! Porque isso não teve continuidade??
FCarvalho escreveu:É bem por ai mesmo...sapao escreveu:Acho que a frase que mais se adequa seria a de que cachorro acostumado a comer bisteca, quando fica com fome roe até o osso...
Do jeito que você fala parace até que a Doutrina e essa, economizar.
Não é doutrina não, é cultura mesmo. Cultura da "pouca farinha, meu pirao primeiro."
Pode ser a sua visão.
Na minha "é pouca farinha, e vai comendo aos poucos porque não vai ver de novo tão cedo..."
Então vejamos:
C-95: modernização devido a AUSENCIA de um vetor que pudesse substitui-lo nas missões que cumpre, e voce diz que por incapacidade de investir em um veotr da sua categoria.Qual seria esse no mercado hoje?
A princípio o C-212. Mas esta opção não foi para frente como sabemos; ainda que antigo, o projeto demonstra melhores qualidades e capacidade de crescimento, como podemos ver em sua última versão. O Bandeirante é/sempre foi apenas uma adaptação com as limitações impostas pelo projeto.
O Bandeirante foi a base de tudo o que é hoje a EMBRAER, e coube ao GF da o inicio neste processo. Logico que ele precisa de um substituto, mas quem vai banca-lo?
O GF sozinho?
Por mais que o C-212 seja uma boa opção, e eu estou concordando que ele é, QUEM vai fabrica-lo?
E melhor, QUEM vai COMPRA-LO?
Basta convencer o empresario de que existe um mercado real para ele que o projeto vai sair, mas a verdade é que não existe, não que justifique uma linha de montagem.
C-130: segundo você igual ao acima, sendo que a iniciativa privada foi convencida junto pelo GF pela FAB de investir no projeto.Mas é a tal mania de roer o osso?
Não desta vez. A diferença aqui, como disse, é que se dependesse somente da cultura Fabiana e governamental, iriamos ter C-130 ad eternum. Mas um fator diferencial nos livrou de continuar roendo o osso: a Embraer. Nossa bisteca ou quem sabe filé mignon.E quem começou tudo foi a iniciativa privada e não o GF/FAB. Estes vieram a reboque e pegaram o bonde andando. Ainda bem.
E você lembra quem foi que criou o bezzero que hoje é nosso filé mingon?
Dizer que o KC-390 nasceu e se criou na mercado civil e a FBA/GF vieram a reboque é uma inverdade, você está alheio aos processos que geraram tal projeto.
Nos moldes do R-99, do A-29 e do proprio Bandeirante; o KC-390 nasceu de uma necessidade da força que JUNTO com a EMBRAER viu uma oportunidade de viabilizar mais uma empreitada.
Ninguem veio a reboque e muito menos pegou o bonde andando, muito pelo contrario.
GTE: De longe a frota mais moderna da FAB, e se você puder me dizer que processo de modernização um Legacy que voa RVSM com navegação vertical por GPS precisa eu vou ficar feliz em saber.
Não falei em relação as aeronaves da embraer, mas dos vetores anteriores que durante sua longa vida no GTE nunca tiveram planejamento para sua modernização ao longo da vida útil. Os VC-99, embora modernos, o serão por quanto tempo? Daqui a 10 anos ainda o serão? A FAB vai esperar eles começarem a apresentar problemas, limitações ou a cair para justificar o investimento na sua modernização ou só uma boa manutenção basta para garantir que os mesmo serão sempre o melhor que o GTE poderá usar?
Você então não tem andado de aviação comercial, porque considerar um VC-99 velho ou ultrapassado acho meio fora da realidade.
Um H-1H eu até entendo, mas um LEGACY?
E sim, como toda a frota da FAB ele sofre atualizações durante as revisões de manutenção com troca de equipamentos e de sistemas, e dentro do que a força considera que seja sua vida util normalmente 15 anos da sua aposentadoria são feitos estudos para a substituição, que vão depender de verba para virarem realidade, por mais que você ache o contrario, que a FAB adore voar velharia.
C-97: Aeronaves de transporte de passageiros com avionica da decada passada, precisamos mesmo colocar tudo nele EFIS para ficar levando passageiro?
Da década re-trasada, certo. O E-120 e sua tecnologia são da década de 80. E se o passageiro fosse eu, com certeza. Ou por acaso a FAB faz diferença entre os passageiros que leva? EFIS "para quem pode" e reloginhos "para quem não pode"... E eu não digo colocar tudo, mas mantê-los ao menos em paridade tecnologica com os outros vetores da Embraer utilizados pela FAB. Não vejo nada demais nisso. Seriam recursos para a manutenção e melhoria da segurança do vôo. Se empresas particulares fazem isso pensando nos custos, creio que a FAB não seja tão diferente assim.
O projeto é da decada de 70, mas se o modelo que estamos falando foi PRODUZIDO na decada de 90, ou na passada, você considera a data de fabricação?
Não, porque toda a tecnologia embarcada é diferente de seus antecessores, dai as diferenças dentro das familias de aeronaves.
Sobre paridade tecnologica, temos que ter a tecnologia para voar com SEGURANÇA e não com automação ou com telas bonitas. E isso o C-97 faz com folga, mesmo com a tecnologia de 1 geração atrás.
E não, a comercial não coloca EFIS pensando nos custos, ele utiliza aquilo que for mais rentavel.
Varias empresas de pequeno porte utilizam paineis analogicos ou uma mescla (como o C-97) e isso não está ligado a segurança.
Alias, no mercado com mais fiscalização possivel que é a de OFF-SHORE, a grande maioria é tudo analogico.
P-95: Você afirma que houve uma ausencia de recursos para investir no P-235/295, mas afinal o problema é a falta de dinheiro ou a mania de ficar voando coisa velha?
Sapão, sabes melhor que eu, que uma coisa está ligada a outra. E não é gosto por coisa velha, é necessidade mesmo.
Então não entendo, se é necessidade, como é que pode ser uma cultura organizacional?
E quem garante que o P-235 é tão melhor que o P-95M?
No olhômetro, não me atreveria a comparações, mas tenho certeza que a plataforma do CN-235/295 tem capacidade e recursos de sobra para ampliar as limitações do nosso bandeirulha.
Duas coisas: o CN-235 é BEM diferente do CN-295, não podemos colocar os dois como uma coisa só.
Como disse, se for para comprar o 235 prefiro continuar com o P-95, se for para o 295 prefiro o P-99.
E se for para comprar P-295, prefiro que saia o P-99.
Eu também. Mas a própria FAB desdenhou o projeto e preferiu continuar a roer o seu osso, olhando para trás, com uma aeronave de mais de 50 anos, ao invés de olhar para frente mais cinquenta anos com P-190/195.
Muito mais por necessidade do que por vontade, tenha certeza disso.
Qual o armamento está homologado para operar no P-99? E qual no P-190/195?
Ou melhor, quem vai pagar a homologação do armamento nestas aeronaves?
A1-M:Sempre a velha historia do F-32, que até hoje vem assombrar dizendo que é muito mais barato comprar lá fora, que é dinheiro jogado fora, que a propria EMBRAER quase foi a falencia com ele é assim por diante.Apesar de ser um M e so ter dado prejuizo para o fabricante, está lá e vai sair muito mais rapido do que o F-5. Advinha porque?
Desconheço essa estória de F-32. O que falei é que nossa cultura de manutenção fez deste projeto uma alternativa para a continuidade da capacidade opacional da força aérea, e que se tivessemos "culhões" no passado, hoje ele talvez estivesse sendo substituido por outro vetor mais moderno, se nacional ou não, é outra coisa, ao invés de ter a sua vida útil prolongada por mais 15/20 anos, quando então já estará mais do que ultrapassado mesmo para nosso TO.
O F-32 vem da visão de que pelo preço de cada A-1 comprariamos 2 F-16 a epoca.
Quanto ao prolongamento da vida operacional dele, você não acho que está ligada nem um pouco ao F-X?
Só como exemplo cito a modernização dos Pantera do EB e os A-4 da MB.
Será que todo mundo que vive com aviação militar gosta mesmo de roer o osso ou existe algo mais nestes casos?
EMB-326: A grande incognita a epoca da aposentadoria precisava ser sanada, então foi mantido até onde dava para que se pudesse avaliar a real necessidade de um substituto. A resposta está ai, e tem gente copiando nosso modelo, quem sabe agora alguns começem a acreditar que é possivel...
A ver no que vai dar. Mas este caminho que foi tomado em relação ao chavante deveria ser, penso eu, uma exceção e não regra, como visto por aí.
Já vimos no que deu e deu certo, acredito que seja uma caminho sem volta.
Como lhe disse, existe sim um planejamento para cada vetor da frota, com estudos de possibilidades e projeções que estão lá no papel, dai a virar realidade vai uma grande diferença, infelizmente.
Não existe manutenção barata em aviação, quem falar ao contrario está mentindo.
Então a escolha sempre é vou gastar muito com isso ou muito com aquilo.
Agora vai explicar que você que duplicar seu orçamento por conta de novos projetos e vera a resposta:
"Vai roendo o osso mais um pouco que depois eu te dou um filé..."
A caça está esperando o file desde 1995.
Claro, vivemos em um país em que filé é coisa para poucos e para quem pode. E quem não pode, obedece... e continua roendo o osso.
Abs
O substituto do C-95 poderia ser o Su-80. Ele possui uma rampa de carga traseira, além de ser bem mais moderno que o CASA:sapao escreveu:São categorias de aeronaves diferentes, e mesmo que cumpram uma certa quantidade de missões iguais, existem coisas que o C-95 faz que o C-97 não faz ou tem mais restrições para realizar.henriquejr escreveu:O C-97 (EMB-120) não seria o substituto natural do C-95??? Lembro que alguns anos atrás a FAB começou a comprar os C-97 para substituir os C-95! Porque isso não teve continuidade??