Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Enviado: Seg Nov 29, 2010 10:55 pm
Onde há isso?
https://defesabrasil.com/forum/
Rafael Correa dando ownedQUITO - Ecuador on Monday offered Julian Assange, the WikiLeaks founder who has enraged Washington by releasing masses of classified U.S. documents, residency with no questions asked.
"We are ready to give him residence in Ecuador, with no problems and no conditions," Deputy Foreign Minister Kintto Lucas told the Internet site Ecuadorinmediato.
"We are going to invite him to come to Ecuador so he can freely present the information he possesses and all the documentation, not just over the Internet but in a variety of public forums," he said.
An international arrest warrant was issued in mid-November against Assange, a 39-year-old Australian, on suspicion of rape and sexual molestation of two women in Sweden.
The United States, for its part, has a criminal investigation under way into the release of some 250,000 diplomatic cables, the most recent of three huge document dumps by the self-styled whistle-blower website.
The White House branded those who released the documents "criminals, first and foremost," but so far U.S. authorities have publicly filed no charges against Assange.
The documents, obtained by WikiLeaks and made available to news organizations in the United States, Britain, France and Germany, have shone a bright light on the behind-the-scenes conduct U.S. diplomacy.
Ecuador's leftist government is one of several in the region that have often been at odds with Washington.
Lucas said even though Ecuador's policy was not to meddle in the internal affairs of other countries, it was "concerned" by the information in the cables because it involved other countries "in particular Latin America."
© Copyright (c) AFP
Read more: http://www.ottawacitizen.com/news/Ecuad ... z16j706s7K
soultrain escreveu:Isto para mim tem mão da China.
Tudo isto não deveria vir a publico, alguma coisa precisa ser feita rapidamente, ou pode haver consequências graves e profundas.
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FoxTroop escreveu:soultrain escreveu:Isto é mais grave do que parece. O que estão a fazer não é liberdade, é crime, é irresponsável!!!!!
Crime![]()
Irresponsabilidade
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Confirmar, porque é disso que se trata pois já todos nós estavamos carecas de saber, ali, preto no branco, que se provocam revoltas noutros países apenas porque o resultado de eleições democráticas não lhes interessa, ao mesmo tempo que se auto-intitula o "guardião da democracia e liberdade" e isto é apenas um exemplo dos milhares de crimes que ali estão.
Irresponsabilidade, a única que vejo é a nossa, por vermos países a ser destruidos com base em falsidades, por assistirmos ao vivo a chacinas de povos à base de argumentos que envergonhariam até o mais fanático nazi ou mais empedrenido guarda de um Gulag, por sermos anjinhos e fingirmos não perceber que amanhã, se interessar ao "arautos da liberdade", passamos a ser uma "terrivel ameaça à paz e liberdade mundial" e levamos com umas bombocas para não sermos parvos.
Se é verdade que ali existe muita palha, também é certo que existe ali matéria para levar muita gente a tribunal por crimes contra a humanidade, haja um bom par de bolas, daquelas bem negras para que tal se faça.
Para efeitos de conversação entre governos, pouca coisa muda. Mas a retórica nas ruas, movimentos políticos extremistas é gasolina na fogueira.30/11/2010 - 02h30
Para analista, vazamento de dados sigilosos como os do WikiLeaks é ameaça à democracia
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Além do risco genérico de menos franqueza nas relações internacionais daqui para frente, o vazamento de comunicações diplomáticas sigilosas dos EUA na internet traz riscos imediatos, como no manejo de material nuclear no Paquistão.
Mas nada disso vai mudar as estratégias diplomáticas dos EUA.
A avaliação é de James Lindsay, vice-presidente sênior do think tank Council on Foreign Relations, para quem a divulgação de cerca de 260 mil despachos diplomáticos americanos pelo site WikiLeaks, feita no último final de semana, representa uma ameaça à democracia.
"Haverá uma sombra sobre a diplomacia americana daqui para frente. Governos vão responder limitando acesso a informação ou se recusando a colocar as coisas por escrito. E isso é um problema."
Leia os principais trechos da entrevista que Lindsay concedeu à Folha, por telefone, de Washington.
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Folha- Parte das avaliações diz que o vazamento não traz novidades, outra parte que é ameaça à segurança nacional dos EUA. Em que time o sr. se coloca?
James Lindsay- As duas afirmações são verdadeiras. O conteúdo dos comunicados não traz novidades grandes.
Sabíamos por exemplo que líderes árabes do Golfo estavam muito preocupados com o Irã e pedindo ação ao governo Obama. O que é diferente é que agora temos citações específicas atribuídas a líderes sobre Teerã [alusão ao rei Abdullah, da Arábia Saudita, que pediu aos EUA para "cortar a cabeça da cobra"].
Daqui para frente diplomatas americanos terão que lidar com a realidade de que não mais obterão respostas francas a suas perguntas, porque oficiais estrangeiros temerão ser citados nos jornais na semana seguinte. O Jobim foi colocado no rolo. Esqueçam por muito tempo qualquer material americano de ponta nas Forças Armadas, p. ex.
O maior dano do vazamento é o fim da expectativa de confidencialidade?
Há mais do que um perigo genérico; há situações de risco específico. Por exemplo, foi divulgado que americanos estão trabalhando diretamente com paquistaneses para mover material nuclear para fora de reatores de pesquisa. Já suspeitávamos disso, mas os paquistaneses sentiam que só poderiam colaborar se o público doméstico não soubesse. Agora é tarde. Esse esforço corre o risco real de ser desperdiçado.
As pessoas pensam que se um pouco de transparência é bom, muita transparência é muito bom,mas nem sempre é assim. Às vezes, particularmente em relações internacionais, um pouco de segredo e duplicidade são importantes para ter sucesso.
Que outros pontos o sr. considera críticos no que foi divulgado?
Claramente a citação do rei Abdullah [sobre o Irã] elevou tensões entre americanos e sauditas. Não é diferente de relações entre duas pessoas. Havia uma expectativa de sigilo que fracassou. De novo, nada aqui é inédito. Os iranianos já sabiam que os sauditas não gostam deles. Os sauditas sabiam que os iranianos sabiam. Isso não vai mudar as relações regionais no Oriente Médio. Mas ter uma citação pública do rei causa desconforto com Washington.
O mesmo pode ser dito do Iêmen, que fingia que os bombardeios americanos eram feitos pelo governo local. Não vão poder usar mais isso, e os iemenitas sabem que o governo mentiu.
Governos aliados cujos públicos já tendiam a ver os EUA como adversários representarão os maiores desafios daqui para frente para a diplomacia americana. Duvido que a Itália está chocada por americanos falarem das festas do premiê Silvio Berlusconi. Mas na Arábia Saudita a questão será bem diferente.
No Paquistão, também, certamente teremos problemas. O governo é fraco, não tem popularidade, e o público é mais sensível.
Já no Afeganistão não vejo muita dificuldade. A críticas americanas ao presidente Hamid Karzai já eram públicas há muito tempo, estavam em todos os jornais. E Karzai de toda forma não tem quase nenhuma autoridade fora de Cabul. Lá o vazamento não vai fazer diferença.
Há muito de relações pessoais no que foi revelado que está sendo tratado como fofoca. Mas na diplomacia esse tipo de relação não ganha outra dimensão?
Há 260 mil comunicados vazados. A maior parte não tem nada de mais. Alguns contém informações dignas de fofoca mesmo, como sobre a enfermeira ucraniana loira de [o ditador líbio, Muammar] Gaddafi. Mas há muitos que envolvem questões reais. E nem todos são negativos _é bom saber dos esforços para preparar a China para a eventual reunificação das Coreias no caso de colapso da Coreia do Norte.
O sr. condena o WikiLeaks pelos vazamentos?
Sim. É um vazamento irresponsável. Não há possibilidade de terem lido tudo ou avaliar o impacto das revelações. Estão jogando tudo no ar e esperando para ver o que acontece.
Mas vamos ter que lidar com o WikiLeaks ou algo parecido para sempre...
Sim. E governos vão responder limitando acesso a informação ou se recusando a colocar as coisas por escrito. E isso é um problema.
No primeiro caso, estarão limitando informações internas e uma parte do governo não vai saber o que a outra está fazendo.
No segundo, há o potencial de que as pessoas sequer vão avaliar bem as propostas. Muita coisa não vai ser esclarecida. E será muito mais fácil impulsionar ideias ruins que não estão escritas e não são compartilhadas.
Estão claramente prejudicando a democracia.Os EUA são uma democracia, há regras para manejo de informação, e não cabe ao WikiLeaks passar por cima de decisões de autoridades eleitas e julgar o que é certo.
Quanto à divulgação pelos jornais, eu concordo que, uma vez que os documentos foram parar na internet, eram de conhecimento público de todo jeito.
A diplomacia americana vai mudar? E a coleta de dados de oficiais estrangeiros como DNA e números de cartões de crédito feita por diplomatas?
A estratégia dos EUA não, mas outros governos relutarão em falar francamente.
Sobre a "espionagem", é como no filme "Casablanca", quando entram no bar e ficam chocados por encontrar jogatina. Ora, somos adultos aqui. Governos não estão surpresos por saber que diplomatas americanos enviam informações a Washington. Em alguns casos, diplomatas são mais do que apenas diplomatas. O que vemos [de reação] é apenas a dose esperada de falso choque, porque é o que têm que fazer.
O esforço dos EUA para conter danos vai funcionar?
Não vai funcionar. O fato é: você tem que pedir desculpas, mas isso não apaga o dano que foi feito. Vai haver uma sombra sobre a diplomacia americana daqui para frente, uma expectativa de que isso ocorrerá de novo. Em boa parte do mundo as conversas não serão mais francas.
soultrain escreveu:Onde há isso?
Esse é o perigo. Cidadãos comuns têm noções distintas de ética e de moral que os governos e seus agentes não têm. E a imprensa, conforme a conveniência, diz que tem ou não tem...tflash escreveu:Continuo a dizer que nada do que está a sair até agora, me surpreende. Isto só vai fazer confusão aos cidadãos comuns que julgavam que o que se diz nos discursos reflecte a verdadeira política internacional.