Blz Pessoal,
Primeiramente gostaria de dizer que nunca mencionei que o uso do canhão Mk8 causaria problemas na classe Inhaúma. Defendo que o canhão dessa classe deveria ser de um outro modelo, diminuído assim o peso e o espaço na proa, possibilitando a colocação de armamento superfície-ar, e quem sabe alguns benefícios na estabilidade da classe. No caso uma boa opção seria o uso do canhão de 57 mm. Vamos fazer algumas comparações:
Canhão Vickers MK8 (114 mm) = 26,5 toneladas
Canhão Creusot-Loire (100 mm) = 22 toneladas (13,5 na versão compact)
Canhão OTO Melara (76 mm) = 7,5 toneladas
Canhão Bofors 57 Mk3 (57 mm) = 6,8 toneladas
Canhão Bofors 40 Mk3 (40 mm) = 3,5 toneladas
Agora vamos fazer uma comparação entre o Vickers MK8 e Bofors 57 Mk3
Injetor + munição (montagem completa)
Vickers MK8 = 26,5 + 18,3 * (500 projeteis) = 44,8 toneladas
Bofors 57Mk3 = 6,8 + 3,25* (500 projeteis) = 10,05 toneladas
*obs: Esses valores são diferentes para cada classe. A Type 45 deverá utilizar 800 projeteis (~29,3 ton) em seu MK8 e um injetor Mk 3 em uma classe do porte da Inhaúma poderia levar pelo menos 800 projeteis (~ 5,2 ton).
Portanto essa diferença de peso e espaço poderia ser convertida em melhorias na classe Inhaúma. Essas melhorias poderiam ser, por exemplo, a adição de armamento superfície-ar (pelo menos 8 células VLS). Seria um pouco difícil adicionar a mesma quantidade de células VLS (16 unidades) da classe Lekiu (2.270 toneladas) ou Hamina (268 toneladas) na classe Inhaúma, mas acredito que pelo menos oito, seria possível.
Agora fazer essas modificações hoje não seria adequado, em virtude da diminuição das embarcações maiores (fragatas: de 14 para 10), portanto antes de qualquer coisa, deveríamos restaurar a capacidade que a MB possuía até o ano de 2002 (18 combatentes de superfície, sendo 14 de grande porte), ou pelo menos próximo disso.
Quando uma marinha utiliza somente vetores novos (Ex: RN) fica mais fácil padronizar os injetores, agora quando é feito um mescla de vetores novos com usado (EX: MB), ai fica um pouco mais difícil. Na minha opinião a MB deferia optar pelos seguintes injetores:
- Pesado = 114 mm (fragatas, destróier e cruzador).
- Leve = 53 mm (corveta, anfíbio e navio patrulha).
- Leve = 40 mm (Fragatas, destróier, cruzador, navio patrulha, etc).
- Fogo rápido (Antiaéreo) = 20, 25 ou 30 mm (Seaguard, Goalkeerp, Meroka, Phalanx, etc).
Hoje temos 5 injetores diferente: 127 mm, 114 mm, 75 mm, 40 mm e 20 mm.
Fica difícil exigir que a MB realize uma modernização em vetores adquiridos de outras marinhas, porem algumas modificações são obrigatórias, permitindo uma padronização e melhoria na classe. Um exemplo e a classe Pará, que poderia ter recebido um injetor de proa de 114 mm e um antiaéreo de 40 mm para substituir os injetores de 127 mm. Essa classe esteve totalmente operacional por 13 anos (as 4 unidades, que poderiam ter ficado pelo menos mais 3 anos), e nesse período ficou sem nenhuma defesa antiaérea qualificada (40 mm) . Para se ter uma idéia da necessidade de algumas modificações, já foi cogitado que um S. Lynx não poderia operar a partir da classe Pará, porque não foram feitas as modificações necessárias no hangar. Portanto o S. Lynx só poderia pousar, descolar e reabastecer quando utilizado na classe Pará, reparos e talvez recarga de armamento não poderia ser feito.
Sobre a corveta Barroso, se as coisas tivessem andando de uma maneira normal, sem essas escassez de recursos, talvez fosse interessante a construção da 2° unidade, quem sabe até mesmo a 3° e 4 unidade. Agora do jeito que está, é melhor poupar recurso para reorganizar a MB. Lembre-se que o objetivo da MB era ter entre 24 e 28 escoltas, dessa pelo menos 10 seriam corvetas(ou melhor, fragatas leves).
Com relação a custo, isso é muito relativo, dependendo dos armamentos, sensores, etc, instalado em cada embarcação. Em uma comparação entre as fragatas Meko da Turquia com as da África do Sul (por exemplo), vai aparecer algumas diferenças de custo, devido ao pacote de armamento e sensores instalados.
Agora na minha opinião, seria interessante a MB investir em Corvetas (em pequeno numero, no máximo 8 unidades) para o uso próprio, pois para competir no mercado internacional a parada seria um pouco difícil, devido a qualidade dos concorrente (principalmente a Meko A100).
Sobre a embarcação que poderia substituir a classe Pará, na minha opinião a melhor opção seria a Type 22 ou 23, pois são bastante novas (mais ou menos 10 anos de uso). Do inventário americano a melhor opção seria as OHP.
Bom é isso ai................
Ah, talvez não apareça nos próximos dias (ou quem sabe na próxima semana), então qualquer comentário infelizmente eu não vou poder responder!
Falou!!!