Sistema AAé, Classe Inhaúma e Para.

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Sistema AAé, Classe Inhaúma e Para.

#1 Mensagem por Fox » Sáb Jun 07, 2003 8:56 pm

Blz Pessoal,

Lendo no site da revista S&D, a reportagem “Mísseis AAé na Marinha do Brasil”, conseguir tirar algumas duvidas minhas, e acabei percebendo algumas coisas, são elas:

- O radar RTN 10X (Alenia) e compatível com o sistema GWS25 Sea Wolf.
- O sistema SIMBAD, opera independentemente do COC do navio.

As corvetas classe Inhaúma utilizam o radar RTN 10X (Alenia), então a colocação do sistema GWS25 Sea Wolf seria viável a essa classe, com custo de modernização pequeno, se comparada à classe Niterói, já que o MODFRAG não se resume somente na adoção do sistema AAé. Talvez os lançadores sêxtuplo não sejam bem adaptados a classe Inhaúma, mas existem lançadores quádruplo, que são utilizados em embarcações menores, porem acho que os 1 lançador sêxtuplo seria compatível a essa classe.
Caso o sistema GWS25 Sea Wolf apresentasse algum problema para a utilização na classe Inhaúma (seja ela operacional ou orçamentário), uma segunda opção seria os lançadores SIMBAD (com míssil Mistral).

Os lançadores SIMBAD poderiam ser utilizados na classe Para, sem precisar praticamente de nenhuma modificação. A MB possui 2 lançadores SIMBAD (utilizados anteriormente no A-11 Minas Gerais), então ela poderia adquirir mais 2, e equipar a classe Para com esses lançadores. Os navios da classe Para possuem hoje em media 36 anos, e eu acredito que eles não serão retirados do serviço antes de 2010, então o sistema SIMBAD seria uma alternativa barata, onde proporcionaria defesa antiaérea (3 a 6 Km) a essa classe. No futuro com a retirada do serviço da classe Para, esses lançadores não seriam inutilizados, já que eles podem ser utilizados nos NDD, NDCC, Navio Tanque, U-27 (Navio Hospital, em tempo de guerra), Contêiner, etc, podendo ser instalados em um período de 48 horas. Só para termos idéia do custo desse lançador, vejam esse pequeno texto:

“Em abril de 1997 um contrato no valor de US$ 100 milhões foi assinado entre o ministério de defesa da Hungria e MBDA para adquirir o Mistral 2 (45 lançadores ATLAS em caminhões UNIMOG, 9 MCP e mais de 400 mísseis). As entregas terminaram em junho de 2001.”
(Site Sistema de Armas)

De acordo com essa noticia, esses lançadores ATLAS que são semelhante ao SIMBAD, foram adquiridos montados em veículos (54 unidades), se dividirmos o custo de aquisição (US$100 milhões) pelos os lançadores, chegaremos a um valor de US$ 1, 85 milhões. Então vamos supor que 2 lançadores SIMBAD, juntamente com um lote de mísseis apresentasse um valor de US$ 6 milhões, na minha opinião seria interessante a aquisição desse sistema.

Só lembrado classe de corvetas em outras marinha com dimenções e peso menores que as corvetas da MB utilizam sistema antiaéreo, Ex: Classe Minerva(Itália, Aspide) e Descubierta (Espanha, Sea Sparrow).
Na minha opinião a MB poderia possibilitar defesa antiaérea de boa qualidade a essas duas classes (Inhaúma e Para).

Gostaria de saber as opiniões de vocês.

SIMBAD

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ATLAS

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#2 Mensagem por Slip Junior » Dom Jun 08, 2003 9:35 am

Fox,

O Mistral não apresenta uma capacidade anti-missil limitadissima assim como pouco alcance? Bom, eu acho que mesmo sendo um equipamento de custo reduzido a sua performance não justificaria a sua instalação em um navio de guerra como uma corveta ou um CT, mas, talvez, fosse realmente interessante a compra de alguns para que em caso de emergência fossem instalados nos "NDD, NDCC, Navio Tanque, U-27 (Navio Hospital, em tempo de guerra), Contêiner, etc".

Abraços




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#3 Mensagem por LEO » Dom Jun 08, 2003 10:34 am

Os misseis SIMBAD, TETRAL e SADRAL, lançadores duplos, quadruplos e sextuplo, respectivamente, são todos adaptações do MBDA Mistral para uso naval, então, tem um alcance muito curto, de cerca de 6000m de alcance e 3000m de teto.

Seu preço e sua facilidade de instalação em qualquer tipo de navio, é uma alternativa para o uso de auto-defesa, mas no caso da classe Pará e Inhauma, elas deveriam ter uma certa capacidade de defesa anti-aerea de area, (coisa como um Aspide) que o Mistral não possui, já que é claramente para auto-defesa e com limitações em relação a alcance e teto, e que, em caso de uma operação real, pouco poderia fazer para defender esse navio, e o mesmo continuaria dependendo da defesa AAé provida por outras escoltas.

Mas, concordo em ter alguns sistemas do tipo, para, se for preciso instalar em NDD, Navios Hospitai, Navio Tanque e outros meios da esquadra designada para o apoio.


Abraços


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#4 Mensagem por Fox » Dom Jun 08, 2003 11:14 am

Blz Slip e Leo,

Acho que vocês não entenderam o que quis dizer.

No caso da classe Inhaúma, eu defendo o uso do GWS25 Sea Wolf, porque esse sistema e compatível com o radar RTN 10X (Alenia). Agora o sistema Albratroz com mísseis Aspide, eu já não saberia dizer se e compatível com o radar existente na classe, caso seja, seria interessante a sua instalação, padronizando então com a classe Niterói. Evidente que o radar RTN 30X (Alenia) poderia ser instalado na classe Inhaúma, porem encareceria muito essa modernização.
Eu só mencionei o sistema SIMBAD em caso de não haver condições física do navio a receber sistema mais complexo como já citado acima, sem contar os problemas orçamentários. Na minha opinião deveria ser instalado na classe Inhaúma um sistema utilizando mísseis SeaWolf ou Aspide.

Com relação à classe Para, eu acho que a melhor opção seria o sistema SIMBAD, não por qualidade técnica desse sistema, e sim por contar da idade desse navio. Como realizar uma modernização em um navio, com um custo relativamente alto, e em poucos anos esse navios seja retirado do serviço. Então o sistema SIMBAD poderia equipar esse navio ate a data de retirada do serviço, a um custo relativamente baixo, e depois poderia ser utilizados em outros navios, hoje, por exemplo, esse sistema poderia ser aproveitado em pelo menos 7 navios.

Agora eu prefiro um sistema com capacidade limitada, a não possuir nenhum sistema, como acontece hoje com essas duas classes já citada.

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#5 Mensagem por LEO » Dom Jun 08, 2003 4:08 pm

O radar RTN 10X deve ser realmente compativel com o uso do GWS25 SeaWolf, então, poderia ser instalada nas Corvetas Inhaúma e a Corveta Barroso.

Mas, no caso da Inhaúma, creio que não seria possivel, não pela adaptação do sistema ao navio, mas, é que a Inhaúma, já tem um certo excesso de peso, então, a instalação do SeaWolf nos navios da classe seria difulcutada por esse motivo, pelo excesso de peso que teve a classe e como consequencia disso, talvez uma falta de espaço no mesmo para colocar esse sistema.

Na Barroso, não sei se houve problemas de excesso de peso, mas nela, acho que seria possivel a instalação do SeaWolf.

Nas Parás, talvez a instalação dos SIMBADs que eram usados no A-11 poderia dar uma minima capacidade de defesa anti-aerea. Mas, muito dificil a MB optar por isso...



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#6 Mensagem por Fox » Dom Jun 08, 2003 7:45 pm

Blz Leo,

Eu acho que seria possível a integração do sistema GWS25 SeaWolf na classe Inhaúma. A classe Inhaúma possui atrás da plataforma de vôo um espaço, que na minha opinião seria suficiente para colocação de um lançador, o que teria que ser discutido, e se seria um lançador sêxtuplo ou quádruplo. Vale ressaltar que os Ingleses desenvolveram o lançador quádruplo para equipar navios menores.

Com relação ao peso, infelizmente não conseguir acha o peso do lançador dos mísseis SeaWolf (sêxtuplo). Esse negocio que a classe Inhaúma possui uma certa saturação em seu peso, eu não acredito muito, pois quando você projeta seja um carro, casa, navio, etc, o projetista tem que prever futuras modernizações, e geralmente vem seguido de um acréscimo de peso. Veja um exemplo, os mísseis SeaCat utilizado no passado na classe Niterói tinha um peso de 68 Kg, e seus lançadores(2) comportavam 3 mísseis, já os mísseis Aspide que estão sendo colocado em substituição a SeaCat pesam 220 Kg cada um, e seu lançador comporta 8 mísseis. Fazendo uma comparação de peso entre o SeaCat(6) como o Aspide (8) você chegara em um peso de 204 Kg do SeaCat contra 1.760 Kg do Aspide.
Outra coisa, como o projetista ira prever o peso de um helicóptero que essa classe ira usar, por exemplo, hoje nos utilizamos o S. Lynx, e amanha qual será o helicóptero. Será que o substituto do S. Lynx na classe Inhaúma, terá o mesmo peso? E o míssil MM-38 não poderá ser trocado pelo MM-40 no futuro, já que há uma diferença no peso dos dois mísseis?
Um outro exemplo seria no caso da classe OHP da Austrália, que com a adoção do SM-2 terá um aumento de peso de 3.780 Kg, fora o lançador.
A classe de corveta Descubierta da marinha da Espanha, possui deslocamento máximo de 1.640 Ton, dimensões de 88,90 m de comprimento, 10,40 m de boca e 5,20 m de calado, e seus armamento são 1 lançador com 8 mísseis Sea Sparrow, 4 Harpoon, 2 lançadores triplo de torpedos, 1 morteiro de 375mm, 1 injetor de 76mm e 2 injetores de 40mm/70.

Agora a classe barroso eu já não sei se teria um espaço para colocação de um sistema antiaéreo, acredito que a MB tenha pensado nesse quesito, por que um navio desse porte na atualidade não pode dar o desfrute de não possuir sistema antiaéreo. Aquele espaço que tinha atrás da plataforma de vôo da classe Inhaúma, foi diminuída na classe Barroso para aumentar a plataforma de vôo, então teria que acomodar um lançador em um outro lugar.

Com relação à adoção do sistema SIMBAD, não seria “mínima capacidade de defesa antiaérea”, seria uma grande melhoria na capacidade antiaérea desse navio, pois na atualidade essa capacidade e praticamente zero. Mínima melhoria de mínima capacidade de defesa antiaérea seria se a classe Niterói tivesse sido dotada com o sistema SIMBAD, TETRAL ou SADRAL, pois seria melhor que o SeaCat, porem acrescentaria muito pouco se comparado com o Aspide.

Hoje a MB possui 2 lançadores SIMBAD (há que diga que são 3), porem a classe Para e formada por 4 navio, apesar de 2 unidade esta em uma espécie de reserva ativa, em caso de algum conflito essa classe seria totalmente reativada. Então precisaríamos de pelo menos 2 lançadores adicionais para equipar os 4 navios. Vale lembra que o SIMBAD pode ser instalado em um navio em um período de 48 horas.

Continuo acreditando na utilização do sistema GWS25 SeaWolf na classe Inhaúma (e também na Barroso) e SIMBAD na classe Para.

V-33 Frontin

Essa fotos não estão funcionando aqui no fórum, então vou colocar a URL

http://www.naviosdeguerrabrasileiros.hp ... 28-f02.htm

http://www.naviosdeguerrabrasileiros.hp ... 28-f03.htm

Ilustração da classe Inhaúma

Imagem

Ilustração da classe Barroso.

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Classe Descubierta (Espanha)

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#7 Mensagem por César » Seg Jun 09, 2003 10:16 pm

Agora a classe barroso eu já não sei se teria um espaço para colocação de um sistema antiaéreo, acredito que a MB tenha pensado nesse quesito, por que um navio desse porte na atualidade não pode dar o desfrute de não possuir sistema antiaéreo. Aquele espaço que tinha atrás da plataforma de vôo da classe Inhaúma, foi diminuída na classe Barroso para aumentar a plataforma de vôo, então teria que acomodar um lançador em um outro lugar.


Olá Fox! :wink:

Cara, me esclarece uma dúvida: A Barroso não conta realmente com nenhum sistema de defesa anti-aérea? O Aspide só vai ser usado nas Fragatas niterói modernizadas? Não poderia-se adotar o Aspide(ou ao menos o Sea-Wolf ou Mistral) na Barroso?

Desde já agradeço :wink:

Abraço!




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

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#8 Mensagem por Clermont » Ter Jun 10, 2003 1:41 am

Salve, pessoal.

Uma das coisas que sempre me espantaram, foi como a Marinha projetou essa classe "Inhaúma", praticamente indefesa contra ameaças aéreas.

Isto é o que dá, contar demais com o "guarda-chuva" aeronaval americano...

Agora, se o problema for peso, aí vai um chute: e que tal tirar esses canhões de 4,5 pol e substituí-los por canhões 76 mm "Oto-Melara" (claro, se aparecer um dinheiro...)?

Desde o início, achei que esta deveria ter sido a melhor solução. Me lembro que o Ministro da Marinha daquela época, o Maximiano da Fonseca (aquele que levou um pé no traseiro, do General Figueiredo, por defender a eleição direta para presidente...) queria instalar um canhão sueco de 57 mm. Mas o Alto-Comando naval preferiu ficar com os canhões ingleses, dizem que por simples padronização.

Estava vendo essas fotos da "Inhaúma" e da "Barroso" e fiquei pensando: "Puxa, será que se colocássemos os 76 mm, não sobraria espaço bem na proa para botar umas células verticais de "Sea Wolf"?

Sem contar que, segundo dizem, os canhões de 76 mm são ótimas armas contra mísseis anti-navio.




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#9 Mensagem por Fox » Ter Jun 10, 2003 1:46 am

Blz Cesar,

No momento a classe Barrosa não conta com nenhum sistema, pois ela só foi lançada ao mar, e agora deverá receber os seus equipamentos (sensores, radares, armamentos, etc). Para ter falar a verdade, eu não sei qual será os equipamentos que serão utilizados na classe Barroso, em alguns site consta que os equipamentos serão iguais a da classe Inhaúma e outros que será igual a da classe Niterói. De concreto só posso afirmar o que esta escrito no site da MB. As características e armamento da classe Barroso, segundo a MB são:

- comprimento total............................100,95 m
- deslocamento carregado .............. 2.350 ton
- calado carregado............................ 3,96 m
- velocidade máxima ........................ 27 nós
- armamento ...................................... mísseis Exocet MM40,
canhões de 4,5 pol,e de 40mm e torpedos anti-submarino.
- tripulação ........................................ 15 oficiais e 117 praças
- helicóptero ...................................... 1 helicóptero orgânico

Com relação uma possível instalação de sistema antiaéreo na classe Barroso, eu acho que seria mais fácil a instalação do sistema GWS25 SeaWolf, pois fazendo um comparativo com os peso dos mísseis, seriam 6 mísseis SeaWolf no lançador com peso total (não incluindo o Lançador) de 409 Kg contra 8 mísseis Aspide no lançador com peso total (não incluindo o Lançador) 1.760 Kg. Sem contar que visualmente o lançador do SeaWolf parece ocupar menos espaço quando instalados, e o tamanho do mísseis e menor quando comparado com o Aspide (Aspide = Comp: 3,65 m, Ext: 1m, Diam: 0,206 m ; SeaWolf = Comp: 1,48 m, Ext: 0,65, Diam: 0,19 m), coisa que facilitaria muito o armazenamento do míssil no navio . Tem também os fato descrito pela a revista S&M, do sistema GWS25 SeaWolf possuir um lançador quádruplo, para utilização em navios menores.

Agora o Sistema SIMBAD e compatível com todo a esquadra da MB, e talvez ate em alguns navios patrulhas.

Como eu já venho dizendo há algum tempo, se não e possível a MB dotar sua embarcação de sistema antiaéreo como excelente qualidade (Aspide, SeaWolf, etc), que ao menos instale sistema como o SIMBAD.

Só para você ter uma idéia as corvetas da marinha peruana utilizam o Mistral em sua defesa antiaérea.

Agora imagine:

- Classe Niterói com míssil Aspide.
- Classe Greenhalgh, Inhaúma e Barroso com mísseis SeaWolf.
- Classe Para com mísseis Mistral.

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#10 Mensagem por Fox » Ter Jun 10, 2003 2:24 am

Blz Clermont,

A substituição do canhão poderia ser uma alternativa interessante, só para você ter uma idéia essa corveta Espanhola que mencionei utiliza o canhão Oto-Melara (76mm/62).
Com relação a um sela VLS, eu não sei se seria possível, o que eu sempre li que para um navio possuir sistema VLS ele teria que ser projetado para isso, ou possui um bom espaço para essa instalação.
Acho que pelo menos um laçador quádruplo de SeaWolf já melhoraria muito a defesa dessa classe.

Agora concordo plenamente com você, com relação à classe Inhaúma não possui defesa antiaérea, o que me revolta mais ainda e que a maioria dos paises que utilizam navios desse porte (às vezes ate menor) possui instalado esse tipo de sistema, exemplo:

Itália = Classe Minerva : 8 embarcações: 1.285 Ton : armado com Aspide.
Espanaha = Classe Descubierta : 6 embarcações: 1.640 Ton : armado com Sea Sparrow
Peru = 6 embarcações: armado com Mistral.

Canhão Oto-Melara (76mm/62).

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#11 Mensagem por LEO » Sáb Jun 14, 2003 4:24 pm

com relação à classe Inhaúma não possui defesa antiaérea, o que me revolta mais ainda e que a maioria dos paises que utilizam navios desse porte (às vezes ate menor) possui instalado esse tipo de sistema, exemplo:

Itália = Classe Minerva : 8 embarcações: 1.285 Ton : armado com Aspide.
Espanaha = Classe Descubierta : 6 embarcações: 1.640 Ton : armado com Sea Sparrow
Peru = 6 embarcações: armado com Mistral.



Esses navios, foram desde o inicio, projetados e preparados para receber misseis AAW e seus sistemas, diferente da Inhaúma e da Barroso, que não foram preparadas para receber armamento anti-aéreo e apenas anti-navio. No qual, acho um erro não possuir uma mínima capacidade de defesa anti-aerea.

E também, não acho que a MB pense em colocar equipamentos AAW na Inhauma e Barroso, porque a Barroso já é uma "Improved Inhauma", ou seja, uma versão melhorada da Inhauma, como se acontecesse uma modernização e, se a MB tivesse a intenção de capacitar essas classes com sistemas AAW, ela teria implantado sistemas na Barroso, para depois implantar na Inhauma, o que não aconteceu...


Só uma coisa que eu percebi:

As fragatas classe Niteroi modernizadas, receberão o RTN/30X e, usarão o Aspide.
Então, o RTN/10X, também deve ser compativel com o Aspide, assim como é compativel com o SeaWolf.

Seria um alternativa, mesmo sabendo que a MB não deve implantar AAW nas Inhauma e Barroso, mas com a padronização, poderia existir uma pequena chance, não?


Abraços


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#12 Mensagem por Fox » Sáb Jun 28, 2003 12:59 am

Blz Leo,

Esses navios, foram desde o inicio, projetados e preparados para receber misseis AAW e seus sistemas, diferente da Inhaúma e da Barroso, que não foram preparadas para receber armamento anti-aéreo e apenas anti-navio. No qual, acho um erro não possuir uma mínima capacidade de defesa anti-aerea.


Eu não acredito nessa justificativa, ninguém faz um projeto sem pensar nas possíveis modificações no futuro. Eu já vi tantas modificações em embarcações, como por exemplo, a instalação de mísseis Otomat no cruzador Peruano “Almirante Grau”, que por sinal e um projeto da década de 40, a instalação de uma rampa em um porta avião (Rússia- Índia), aumento nas dimensões em uma plataformas de vôo, colocação de plataforma de vôo em embarcação que não tinha essa capacidade, colocação de mísseis antinavio em submarinos (classe Oberon, Canadá), etc.
A Fragata classe Niterói apesar de possuir anteriormente mísseis AAé, não foi projetada para operar o sistema Albatroz com mísseis Aspide, porem foi possível à instalação. O novo sistema AAé da classe Niterói foi colocado em local diferente do usado anteriormente, isso e uma prova da flexibilidade de um projeto.

Também não concordo na justificativa que a classe Barroso e uma improvisação da classe Inhaúma. A classe Barroso não e um projeto novo, porem o projeto anterior (Inhaúma) sofreu revisões, afim de promover melhorias na nova classe. Essa atitude e comum nesse caso, e só lembra da classe OPH (SHORT e LONG), Type 22 (lote1, 2 e 3), etc, a própria MB esta utilizando essa mesma política no caso do Tikuna.

Com relação ao RTN/10X, ele e compatível com míssil Aspide. Esse radar e utilizado na classe Lupo, que possui Aspide na defesa AAé. Eu venho mencionando o SeaWolf na classe Inhaúma e Barroso, pela razão de ser um míssil pequeno, leve e eficiente. Vejamos um comparativo, a classe Maestrale da marinha da Itália e armada com míssil Aspide, e poder levar em cada embarcação um total de 24 míssil Aspide (8 no lançador e mais duas recargas), agora eu pergunto a você, quanto mísseis Aspide a classe Niterói pode levar, será que e a mesma quantidade que essa classe Italiana? Confesso a você que não saberia responder essa pergunta. Agora imagine a classe Inhaúma e Barroso com um lançador Albatroz com 8 mísseis Aspide, e as recarga será que seria possível. Já com o SeaWolf, a MB teria uma maior flexibilidade.
O Peso e dimensões eu já coloquei em um comentário anterior, mais gostaria de ressaltar só uma comparação, o peso do Aspide tem 220 Kg contra 82 Kg do SeaWolf, agora eu pergunto a você quantas pessoas se mobilizariam para o deslocamento do míssil do lugar aonde os armamento ficam armazenados ate o lançador. E lógico que seria mais fácil o deslocamento do SeaWolf. Como as dimensões do SeaWolf e a metade da do Aspide, fica muito mais fácil ter pelo menos uma recarga desse míssil (pensando no lançador sêxtuplo).

Eu sou totalmente a favor da padronização de equipamentos, inclusive gostaria que as três forças fosse padronizada no futuro. Se a classe Inhaúma e Barroso possuir condições de operar o Aspide, ótimo, se não for possível a alternativa seria o SeaWolf, caso esse míssil também não seja compatível então a ultima tentativa seria o Mistral, por sinal esse eu tenho certeza que seria viável a sua instalação (Preço + Especificação da Embarcação).

A MB provavelmente não ira colocar mísseis antiaéreos nas classes já mencionadas, não por falta de condições desse meio utilizarem esses equipamentos, e sim pela dificuldade orçamentária. O S&D ressaltou muito bem, que desde a década de 80 a MB já era cociente que os sistema AAé da classe Niterói era ultrapassado e precisaria ser substituído, e essa substituição só veio a acontece muito tempo depois (2000).

Como eu venho insistentemente comentado, se não for possível a instalação de sistema mais complexo, que ao menos seja instalado o sistema SIMBAD, que melhoraria e muito a capacidade dessas classes (Inhaúma e Barroso), e no caso da classe Para seria a única alternativa, já que em poucos anos ela terá que ser retirada de serviço.
Só para terminar, a classe Floreal da marinha Francesa, apesar de não possui míssil antiaéreo, em caso de necessidade ela estaria apta a receber o sistema SIMBAD.

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#13 Mensagem por LEO » Sáb Jun 28, 2003 5:16 pm

a instalação de mísseis Otomat no cruzador Peruano “Almirante Grau”, que por sinal e um projeto da década de 40



O que aconteceu aí, é que a Marinha Peruana comprou o cruzador holandes De Ruyter e, precisa adapta-lo para sua necessidade e, também fazer um upgrade no navio, que teve sua primeira unidade incoprporada ao serviço ativo em 1953.
O mesmo com o Foch, nós o compramos e agora, temos que equipa-lo de acordo com nossas necessidades e condições.


Também não concordo na justificativa que a classe Barroso e uma improvisação da classe Inhaúma. A classe Barroso não e um projeto novo, porem o projeto anterior (Inhaúma) sofreu revisões, afim de promover melhorias na nova classe



A Barroso não é uma improvisação e sim uma improved, que significa melhoria, melhora. Ou seja, traduzindo a Barroso é uma Inhauma melhorada. Assim como o Tikuna é um Tupi Melhorado (Improved Tupi), entende?


a classe Maestrale da marinha da Itália e armada com míssil Aspide, e poder levar em cada embarcação um total de 24 míssil Aspide (8 no lançador e mais duas recargas), agora eu pergunto a você, quanto mísseis Aspide a classe Niterói pode levar, será que e a mesma quantidade que essa classe Italiana?



Isso, eu só saberia entrando no navio. Em dados, só sei que a Niteroi tem uma cela com 8 Aspide. Não sei qual a capacidade de levar misseis extras para recarga.

--

Sobre os pesos, o SeaWolf é mais leve que o Aspide, porém o Aspide possui maior alcance, o que significa que pode prover melhor defesa anti-aerea ao navio que é usado. O SeaWolf, é um bom missil, mas com alcance menor do que o Aspide e, o SeaWolf, foi desenvolvido como função de defesa anti-missil a frota e, defesa de ponto.

--

E, nada impede de que a MB instale qualquer sistema que seja em qualquer navio, mas, precisando pra isso, ter recursos, já que pra implantar um novo sistema, precisa de adaptações no navio, instalação de sistemas especificos para a operação do missil e outros.
Se a MB um dia for pensar em colocar SAMs na Inhauma e Barroso, só quando for previsto um plano de modernização geral dos navios, pois aí, tudo seria revisado e modernizado nesses navios e, a MB poderia colocar SAMs e sistemas necessarios nessas classes se julgar necessario ( e é).



Abraço


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#14 Mensagem por Fox » Sáb Jun 28, 2003 7:21 pm

Blz Leo,

Sobre o improved, devo confessar que entendi errado, mais o que me levou a esse erro foi o fato que para visualizar o fórum quando ele estava com problemas, eu estava utilizando um anonymizer (que o Vinicius me recomendou, valeu cara) e muitos dos caracteres estavam em Russo, e eu já estava com esse comentaria a uma semana salvo no meu PC.

Sobre o Almirante Grau (ou Ruyter, se preferir), o que estou querendo dizer e que apesar dele não ter previsto em seu projeto mísseis antinavio, foi possível a sua instalação, “apesar de ser um projeto dos anos 40”.

Sobre as recargas de Aspide na classe Niterói, acho que não precisaria entra no navio, se nos tivéssemos as dimensões e capacidade de peso (metros quadrados ou cúbico, ft quadrados ou cúbico, Toneladas, Libras, etc), do deposito de armazenagem de armamentos (Paiol), já seria o necessário. Mais particularmente eu acredito que o único armamento que não possui recarga nos navios da MB e o MM-39, MM-40 e Asroc, devido ao seu peso e dimensões. Acredito que a classe Niterói possa levar pelo menos 9 Mk-46, 4 a 6 armamento para o S.Lynx (SeaSkua e Mk-46) e 16 Aspide, alem dos projeteis para os injetores, foguetes ASW, contramedidas, etc. Já nas corvetas esse deposito provavelmente seja menor.

Com relação aos mísseis SeaWolf e Aspide, em nenhum momento comentei que o Aspide era inferior. Confesso a você que não estou entende os seus últimos pontos de vista, primeiro você questionou o excesso de preso das classes em questão, depois o projeto e o propósito das embarcações e agora você entrou na questão de qualidades dos mísseis já citados.

Vou repetir novamente o que eu venho insistentemente comentando, se for possível instalar o Aspide, ótimos, pois e um excelente míssil e proporcionaria uma padronização com a classe Niterói. Se o Aspide não estiver dentro das especificações da classe, e o SeaWolf e compatível, então utilize esse míssil. Caso as duas alternativas não sejam compatíveis, a MB deveria partir para o Mistral, utilizando o sistema SIMBAD (talvez o Tetral ou Sadral).

Veja que eu sempre relacionei compatibilidade com Preço + Especificação da Embarcação. Se nos participante desse fórum pensarmos ao fazermos um comentário somente no orçamento militar brasileiro, 80 % das nossas opiniões não deveriam ser expostas, já que a maioria são relacionadas a esse propósito (Submarino nuclear e convencional, FX, CDF, SAM, Carros Blindados, etc).

E de fato publico que as FA’s não estão passando por momento dos mais agradável, porem tem algumas coisas que ao meu ver deveriam ser feitos para melhora a capacidade de sobrevivência dessas embarcações. Não devemos confundir a modernização da classe Niterói com uma possível adequação da classe Inhaúma (e Barroso), já que muito das benfeitorias feita na classe Niterói não precisariam ser feito na classe Inhaúma ( Ex: Proteção anti corrosiva “Metal de sacrifício”, sistema de tratamento da Água “Osmose Reversa”, sistema de contramedidas, Radar, Sonar, motores, etc)

Agora eu pergunto a você quanto sairia dotar a classe Inhaúma (e Barroso) e Para com sistema SIMBAD?
Tenho certeza que o valor e menor que o custo de modernização de uma embarcação classe Niterói.

Já que a MB não possui condições de promover uma modernização utilizando sistema caros e complexo, que ao menos utilize o Mistral, onde proporcionaria uma significativa melhoria nessas classes, a um custo relativamente baixo, onde no futuro não impediria a MB realizar uma modernização de meia vida na classe Inhaúma e Barroso, podendo se possível dotar essa embarcação de equipamento de melhor capacidade, sem que os equipamentos utilizados anteriormente (SIMBAD) sejam inutilizados, pois poderiam ser utilizados em outros navios da esquadra.

Ate mais...............................................................................................

Fox :wink:




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#15 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sáb Jun 28, 2003 7:26 pm

mais o que me levou a esse erro foi o fato que para visualizar o fórum quando ele estava com problemas, eu estava utilizando um anonymizer (que o Vinicius me recomendou, valeu cara)


Fala FOX, desculpe o off-topic e por atrapalhar a discussão mas você ainda precisa do anonymizer para entrar?




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