R-99A em Portugal??

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Bárbara Leite
Sênior
Sênior
Mensagens: 1407
Registrado em: Sáb Mai 13, 2006 12:11 am
Localização: Onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor!

#16 Mensagem por Bárbara Leite » Sáb Jul 28, 2007 1:45 pm

Edu Lopes escreveu:
Bárbara Leite escreveu:Obrigada, Jam!!
Eu realmente não etava entendendo o por que de "antecipado"...Mas tenho mais uma pergunta: esta aeronave tem algum sistema de defesa? Ou melhor, embora toda sua capacidade de detectar "ameaças ", ela tem capacidade de autodefesa no caso de ser ela própria detectada por naves "inimigas"?

Se me permite pegar uma carona no teu post, Bárbara, gostaria de saber também se o EMB 145 AEW&C fica a dever alguma coisa aos AEW&C estrangeiros, como o alcance do radar, por exemplo.


Boa complementação, Edu!!




MIAAAUUUUSSS!!!!!

Imagem
Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9414
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceu: 238 vezes
Agradeceram: 545 vezes

#17 Mensagem por Brasileiro » Sáb Jul 28, 2007 3:11 pm

Os R-99 não utilizam nenhum tipo de armamento.
De fato, se não estiverem adequadamente escoltados são tão frágeis como qualquer avião comercial (no caso o ERJ-145).
A única defesa que ele tem é a eletrônica, poder de interferência e de despistar mísseis. Fora isso...
Um R-99 são os olhos da aviação de caça.
A aviação de caça são as garras do R-99.


abraços]




Avatar do usuário
Koslova
Sênior
Sênior
Mensagens: 786
Registrado em: Qua Dez 28, 2005 3:17 pm

#18 Mensagem por Koslova » Sáb Jul 28, 2007 7:34 pm

Bárbara Leite escreveu:Mas tenho mais uma pergunta: esta aeronave tem algum sistema de defesa? Ou melhor, embora toda sua capacidade de detectar "ameaças ", ela tem capacidade de autodefesa no caso de ser ela própria detectada por naves "inimigas"?


Oi Bárbara

Um sistema AEW ou AWACS é defendido por caças que o escoltam e protegem contra outros aviões inimigos.

Como defesa terminal estes aviões possuem sistemas de flare, que são dispositivos pirotécnicos que emitem grande quantidade de calor para protegê-lo de mísseis infra vermelho ou chaff que são pequenas fibras da grossura de fios de cabelo, revestidas com uma final camada de alumínio que ao serem lançadas, criam “nuvens” que refletem sinais de radar e geram erros nos mecanismos dos mísseis guiados por radar que se dirijam ao avião.

Os R-99 da FAB não tem nenhum destes sistemas instalados, bem como não contam com capacidade REVO – Reabastecimento em vôo – já que no momento de obterem financiamento internacional para a aprovação do credito, foram enquadrados como aeronaves para controle do espaço aéreo com a justificativa de combate ao narcotráfico.

Uma situação que não é nem de longe a única utilização dos R-99, mas que dentro do jogo de aparências das relações internacionais foi necessário para o Brasil obter os créditos que precisava.

Os ERJ-145 AEW exportados para a Grécia possuem capacidade de auto proteção com chaff e flare, isto não é portanto uma caracteristica do avião e sim uma consideração politica - comercial.




Avatar do usuário
Bolovo
Sênior
Sênior
Mensagens: 28560
Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
Agradeceu: 547 vezes
Agradeceram: 442 vezes

#19 Mensagem por Bolovo » Sáb Jul 28, 2007 7:46 pm

Para ilustrar, um R-99 Grego lançando flares de auto-defesa.

Imagem




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Avatar do usuário
Koslova
Sênior
Sênior
Mensagens: 786
Registrado em: Qua Dez 28, 2005 3:17 pm

#20 Mensagem por Koslova » Sáb Jul 28, 2007 7:57 pm

Edu Lopes escreveu:
Bárbara Leite escreveu:Obrigada, Jam!!
Eu realmente não etava entendendo o por que de "antecipado"...Mas tenho mais uma pergunta: esta aeronave tem algum sistema de defesa? Ou melhor, embora toda sua capacidade de detectar "ameaças ", ela tem capacidade de autodefesa no caso de ser ela própria detectada por naves "inimigas"?

Se me permite pegar uma carona no teu post, Bárbara, gostaria de saber também se o EMB 145 AEW&C fica a dever alguma coisa aos AEW&C estrangeiros, como o alcance do radar, por exemplo.




Todos sistemas tem vantagens e também desvantagens.

O R-99 tem como maior qualidade o preço.

Ele simplesmente colocou os preços de uma aeronave de alerta antecipado, a um patamar muito abaixo do que se assistia no mercado internacional, e abriu também a possibilidade de um fornecimento destes equipamentos fora do crivo americano.

Se fosse hoje, provavelmente os chilenos trocariam o seu CONDOR, 2 R-99, como custo beneficio para o caso do Chile 2 R-99 valem muito mais a pena em termos de aquisição e operação do que uma plataforma 707, muito mais cara de se operar.

Paralelo a isto, a USAF dificilmente trocaria seus E-3 por uma aeronave com as características do R-99.

Mesmo com um radar de varredura totalmente eletrônica, o R-99 como plataforma tem uma autonomia de combate muito reduzida.

Outros detalhes que passam desapercebido é que em aeronaves como o R-99 a varredura não é eficiente em 360 graus, existe uma zona á frente do avião e atrás dele onde o alcance maximo de radar é drasticamente reduzido.

Se o AEW for fazer uma proteção de área contra um atacante em baixa altura, como é a missão de um AEW que opere em defesa de um Porta Aviões, ou como seria o emprego originalmente pensado para o Erieye sueco, isto é, alerta antecipado para proteção de uma área chave.

Neste caso o avião fica orbitando uma área de vigilância e não existe grande desvantagem quando ao modelo de utilização de radares como o Erieye com alcance lateral.

Em outros casos, é necessário que o avião voe juntamente com os caças rumo ao espaço aéreo de atuação dos mesmos, neste caso uma cobertura de radar de 360 graus efetivos é mais interessante, porque senão o avião radar, para fornecer alcance frontal tem que voar em zique-zague o que diminui a velocidade em direção a área de atuação, prejudicando a eficiência dos caças.

Aquele narigão do Condor é exatamente uma outra antena de radar para cobrir o quadrante frontal com mais eficiência.

A onde quero chegar?

Que existem casos e casos, uma comparação entre aeronaves AEW e AWACS tem que levar uma serie de considerações.

O que é certeza, é que os R-99 são as melhores aeronaves para a FAB, do ponto de vista operacional, tecnológico e principalmente orçamentário.

Para as outras FA’s, cada caso é um caso, todos tem vantagens e desvantagens.




Avatar do usuário
VICTOR
Sênior
Sênior
Mensagens: 4238
Registrado em: Qua Fev 19, 2003 5:50 pm
Localização: Curitiba
Agradeceu: 3 vezes

#21 Mensagem por VICTOR » Sáb Jul 28, 2007 8:20 pm

Fireman Sam escreveu:E já agora o vídeo da aterragem :D


http://www.youtube.com/watch?v=EsWohZ_yAG4

Muito legal o vídeo! Devia estar uma ventania de través danada, porque o bicho dançou pacas antes de tocar o solo. Deu a impressão de um pouso um tanto complicado. Imagino que seja o vento, e não a presença das traquitanas e trapizombas penduradas en tudo quanto é canto, que foi o principal fator, neste caso.

A foto do post anterior também ficou muito boa, os flapões até o talo, muito bonita




Carlos Eduardo

Podcast F1 Brasil
Avatar do usuário
Edu Lopes
Sênior
Sênior
Mensagens: 4549
Registrado em: Qui Abr 26, 2007 2:18 pm
Localização: Brasil / Rio de Janeiro / RJ

#22 Mensagem por Edu Lopes » Dom Jul 29, 2007 10:10 am

Koslova escreveu:
Edu Lopes escreveu:
Bárbara Leite escreveu:Obrigada, Jam!!
Eu realmente não etava entendendo o por que de "antecipado"...Mas tenho mais uma pergunta: esta aeronave tem algum sistema de defesa? Ou melhor, embora toda sua capacidade de detectar "ameaças ", ela tem capacidade de autodefesa no caso de ser ela própria detectada por naves "inimigas"?

Se me permite pegar uma carona no teu post, Bárbara, gostaria de saber também se o EMB 145 AEW&C fica a dever alguma coisa aos AEW&C estrangeiros, como o alcance do radar, por exemplo.




Todos sistemas tem vantagens e também desvantagens.

O R-99 tem como maior qualidade o preço.

Ele simplesmente colocou os preços de uma aeronave de alerta antecipado, a um patamar muito abaixo do que se assistia no mercado internacional, e abriu também a possibilidade de um fornecimento destes equipamentos fora do crivo americano.

Se fosse hoje, provavelmente os chilenos trocariam o seu CONDOR, 2 R-99, como custo beneficio para o caso do Chile 2 R-99 valem muito mais a pena em termos de aquisição e operação do que uma plataforma 707, muito mais cara de se operar.

Paralelo a isto, a USAF dificilmente trocaria seus E-3 por uma aeronave com as características do R-99.

Mesmo com um radar de varredura totalmente eletrônica, o R-99 como plataforma tem uma autonomia de combate muito reduzida.

Outros detalhes que passam desapercebido é que em aeronaves como o R-99 a varredura não é eficiente em 360 graus, existe uma zona á frente do avião e atrás dele onde o alcance maximo de radar é drasticamente reduzido.

Se o AEW for fazer uma proteção de área contra um atacante em baixa altura, como é a missão de um AEW que opere em defesa de um Porta Aviões, ou como seria o emprego originalmente pensado para o Erieye sueco, isto é, alerta antecipado para proteção de uma área chave.

Neste caso o avião fica orbitando uma área de vigilância e não existe grande desvantagem quando ao modelo de utilização de radares como o Erieye com alcance lateral.

Em outros casos, é necessário que o avião voe juntamente com os caças rumo ao espaço aéreo de atuação dos mesmos, neste caso uma cobertura de radar de 360 graus efetivos é mais interessante, porque senão o avião radar, para fornecer alcance frontal tem que voar em zique-zague o que diminui a velocidade em direção a área de atuação, prejudicando a eficiência dos caças.

Aquele narigão do Condor é exatamente uma outra antena de radar para cobrir o quadrante frontal com mais eficiência.

A onde quero chegar?

Que existem casos e casos, uma comparação entre aeronaves AEW e AWACS tem que levar uma serie de considerações.

O que é certeza, é que os R-99 são as melhores aeronaves para a FAB, do ponto de vista operacional, tecnológico e principalmente orçamentário.

Para as outras FA’s, cada caso é um caso, todos tem vantagens e desvantagens.


Obrigado Koslova, tirou minha dúvida.




Bárbara Leite
Sênior
Sênior
Mensagens: 1407
Registrado em: Sáb Mai 13, 2006 12:11 am
Localização: Onde tudo que se planta cresce e o que mais floresce é o amor!

#23 Mensagem por Bárbara Leite » Dom Jul 29, 2007 9:27 pm

Koslova escreveu:
Bárbara Leite escreveu:Mas tenho mais uma pergunta: esta aeronave tem algum sistema de defesa? Ou melhor, embora toda sua capacidade de detectar "ameaças ", ela tem capacidade de autodefesa no caso de ser ela própria detectada por naves "inimigas"?


Oi Bárbara

Um sistema AEW ou AWACS é defendido por caças que o escoltam e protegem contra outros aviões inimigos.

Como defesa terminal estes aviões possuem sistemas de flare, que são dispositivos pirotécnicos que emitem grande quantidade de calor para protegê-lo de mísseis infra vermelho ou chaff que são pequenas fibras da grossura de fios de cabelo, revestidas com uma final camada de alumínio que ao serem lançadas, criam “nuvens” que refletem sinais de radar e geram erros nos mecanismos dos mísseis guiados por radar que se dirijam ao avião.

Os R-99 da FAB não tem nenhum destes sistemas instalados, bem como não contam com capacidade REVO – Reabastecimento em vôo – já que no momento de obterem financiamento internacional para a aprovação do credito, foram enquadrados como aeronaves para controle do espaço aéreo com a justificativa de combate ao narcotráfico.

Uma situação que não é nem de longe a única utilização dos R-99, mas que dentro do jogo de aparências das relações internacionais foi necessário para o Brasil obter os créditos que precisava.

Os ERJ-145 AEW exportados para a Grécia possuem capacidade de auto proteção com chaff e flare, isto não é portanto uma caracteristica do avião e sim uma consideração politica - comercial.


MARAVILHA, KOSLOVA!!!

Nada como uma profe!!!
Bjos!!!




MIAAAUUUUSSS!!!!!

Imagem
Avatar do usuário
Moccelin
Sênior
Sênior
Mensagens: 4849
Registrado em: Qua Abr 11, 2007 11:53 am
Localização: Três Corações - MG
Agradeceram: 2 vezes

#24 Mensagem por Moccelin » Seg Jul 30, 2007 12:56 am

Esse problema do R-99 não poderia ser reduzido usando a plataforma do E-190 (carregando MUITO combustível extra) e colocando um radar na frente dele??? Agora que a plataforma C-190 já está testada e aprovada seria uma boa idéia?




The cake is a lie...
Avatar do usuário
Koslova
Sênior
Sênior
Mensagens: 786
Registrado em: Qua Dez 28, 2005 3:17 pm

#25 Mensagem por Koslova » Seg Jul 30, 2007 10:12 am

vilmarmoccelin escreveu:Esse problema do R-99 não poderia ser reduzido usando a plataforma do E-190 (carregando MUITO combustível extra) e colocando um radar na frente dele??? Agora que a plataforma C-190 já está testada e aprovada seria uma boa idéia?



Se houver um cliente que pague pelo desenvolvimento do E-190 seria uma boa idéia.

Produtos militares só são desenvolvidos depois que alguem (FA) paga para a industria o desenvolvimento. Dificilmente a Embraer vai colocar dinheiro próprio no E-190.

Assim como também vai precisar que alguem (FAB provavelmente) se comprometa com o seu projeto de cargueiro militar.

Sem cliente que banque o desenvolvimento, estás idéias ficam só na tela do computador.


Abraços




Avatar do usuário
Alitson
Sênior
Sênior
Mensagens: 4327
Registrado em: Dom Abr 04, 2004 9:35 pm
Agradeceu: 12 vezes
Agradeceram: 20 vezes

#26 Mensagem por Alitson » Seg Jul 30, 2007 10:13 am

vilmarmoccelin escreveu:Esse problema do R-99 não poderia ser reduzido usando a plataforma do E-190 (carregando MUITO combustível extra) e colocando um radar na frente dele??? Agora que a plataforma C-190 já está testada e aprovada seria uma boa idéia?


Não há necessidade... Um projeto como esse e a substituição das células pode custar mais do uma boa quantidade de caças novos...

[]s




A&K M249 MK.I
G&P M4 CARBINE V5
G&P M4A1
G&P M16A3+M203
ARES SCAR-L
KING ARMS M4CQB
STARK ARMS G-18C GBB
CYMA G-18C AEP
Responder