Edu Lopes escreveu:Bárbara Leite escreveu:Obrigada, Jam!!
Eu realmente não etava entendendo o por que de "antecipado"...Mas tenho mais uma pergunta: esta aeronave tem algum sistema de defesa? Ou melhor, embora toda sua capacidade de detectar "ameaças ", ela tem capacidade de autodefesa no caso de ser ela própria detectada por naves "inimigas"?
Se me permite pegar uma carona no teu post, Bárbara, gostaria de saber também se o EMB 145 AEW&C fica a dever alguma coisa aos AEW&C estrangeiros, como o alcance do radar, por exemplo.
Todos sistemas tem vantagens e também desvantagens.
O R-99 tem como maior qualidade o preço.
Ele simplesmente colocou os preços de uma aeronave de alerta antecipado, a um patamar muito abaixo do que se assistia no mercado internacional, e abriu também a possibilidade de um fornecimento destes equipamentos fora do crivo americano.
Se fosse hoje, provavelmente os chilenos trocariam o seu CONDOR, 2 R-99, como custo beneficio para o caso do Chile 2 R-99 valem muito mais a pena em termos de aquisição e operação do que uma plataforma 707, muito mais cara de se operar.
Paralelo a isto, a USAF dificilmente trocaria seus E-3 por uma aeronave com as características do R-99.
Mesmo com um radar de varredura totalmente eletrônica, o R-99 como plataforma tem uma autonomia de combate muito reduzida.
Outros detalhes que passam desapercebido é que em aeronaves como o R-99 a varredura não é eficiente em 360 graus, existe uma zona á frente do avião e atrás dele onde o alcance maximo de radar é drasticamente reduzido.
Se o AEW for fazer uma proteção de área contra um atacante em baixa altura, como é a missão de um AEW que opere em defesa de um Porta Aviões, ou como seria o emprego originalmente pensado para o Erieye sueco, isto é, alerta antecipado para proteção de uma área chave.
Neste caso o avião fica orbitando uma área de vigilância e não existe grande desvantagem quando ao modelo de utilização de radares como o Erieye com alcance lateral.
Em outros casos, é necessário que o avião voe juntamente com os caças rumo ao espaço aéreo de atuação dos mesmos, neste caso uma cobertura de radar de 360 graus efetivos é mais interessante, porque senão o avião radar, para fornecer alcance frontal tem que voar em zique-zague o que diminui a velocidade em direção a área de atuação, prejudicando a eficiência dos caças.
Aquele narigão do Condor é exatamente uma outra antena de radar para cobrir o quadrante frontal com mais eficiência.
A onde quero chegar?
Que existem casos e casos, uma comparação entre aeronaves AEW e AWACS tem que levar uma serie de considerações.
O que é certeza, é que os R-99 são as melhores aeronaves para a FAB, do ponto de vista operacional, tecnológico e principalmente orçamentário.
Para as outras FA’s, cada caso é um caso, todos tem vantagens e desvantagens.