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Enviado: Ter Jan 09, 2007 1:30 pm
por P44
antoninho escreveu:Aqui começa a perceber-se algo.....a novela Armada, estaleiros Viana do Castelo, queres ver que a defesa da capela da marinha, era puxar a construção dos ditos para o Alfeite, dessa maneira continuava o dito a "funcionar".....
Não faço ideia...eras capaz era de já ter dois NPO a navegar...
Enviado: Ter Jan 09, 2007 2:12 pm
por Rui Elias Maltez
Aliás, depois de anunciado o episódio das limalhas, tinha sido anunciado que o atraso atirava a incorporação dos dois navios para a primavera deste ano de 2007.
Agora, mais um ano de espera.
Como é que ficará a execução do programa?
Enviado: Ter Jan 09, 2007 2:26 pm
por P44
antoninho:
Tanto quanto sei, desde há muitos anos a esta parte, o desejo das chefias da Marinha sempre foi acabar com o AA, nunca o tornar eficiente, daí que acho que a tua lógica não vai por aí...
Se alguém souber de algo mais...
Velhotes da Tasca, where are you?
Enviado: Ter Jan 09, 2007 3:00 pm
por Rui Elias Maltez
Eu acho, e é apenas uma opinião minha, que o Governo quer "empresializar" o AA para que ganhe uma estrutura de gestão apetecível para posterior venda, como aconteceu com as OGMA.
Nessa altrura, as encomendas aparecerão.
Enviado: Ter Jan 09, 2007 6:51 pm
por luis F. Silva
Rui Elias escreveu:
Eu acho, e é apenas uma opinião minha, que o Governo quer "empresializar" o AA para que ganhe uma estrutura de gestão apetecível para posterior venda, como aconteceu com as OGMA.
Vou mais por aí!
Enviado: Ter Jan 09, 2007 7:22 pm
por antoninho
Por isso têm que o por a render, isso só com encomendas, ora como os ENVC, estão a laborar bem, devido muito das contrapartidas dos Sub. 209PN.
Pois bem vai de travar o trabalho nos NPO, com as peripécias que tem havido e toma lá Alfeite.....
Já agora, no Alfeite não era para levar obras afim de poder recolher os novos submarinos, afinal como é que isso está?????
Enviado: Qua Jan 10, 2007 8:49 am
por Charlie Golf
Não está. Pois é, meus senhores,
privatização é muito provavelmente a palavra a ter em conta.
Enviado: Qua Jan 10, 2007 9:35 am
por Rui Elias Maltez
Antoninho:
Tanto a BNL como o AA estão ou irão estar em breve em obras para poderem receber os 2 novos submarinos.
Enviado: Qua Jan 10, 2007 9:21 pm
por antoninho
P44 olha lá como eles pretendem fechar o Arsenal
citação retirada do site armada
No passado dia 26 de Janeiro o Arsenal do Alfeite recebeu da APCER o certificado que atesta a conformidade do sistema de gestão de qualidade com a norma ISO 9001:2000.
A cerimónia de atribuição desta certificação foi presidida pelo Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada e contou com a presença do Presidente do Conselho de Administração da APCER, Dr. Miranda Coelho, e de diversos responsáveis de comandos e outros organismos da Marinha bem como de entidades ligadas às indústrias marítimas e de defesa.
Os trabalhos preparatórios desta certificação, relativos à implantação do Sistema de Gestão de Qualidade, desenvolveram-se durante os dois últimos anos.
A certificação refere-se às actividades nucleares do Arsenal do Alfeite, que são o projecto, construção e reparação de navios, incluindo a manutenção de submarinos, evidenciando-se o profundo empenho do organismo em assegurar a máxima qualidade dos seus serviços.
Os benefícios em que se traduz a implantação do sistema de gestão da qualidade, como a gestão por processos, a prioridade no relacionamento com os clientes, a ênfase na documentação dos procedimentos e das evidências factuais, o estabelecimento de indicadores e a definição de objectivos, o paradigma da melhoria contínua e a articulação com os fornecedores, são preponderantes na prossecução da finalidade de boa prestação de serviço ao cliente, credibilidade e competência técnica.
As vantagens já constatadas, quer interna quer externamente, justificam o optimismo com que se encara a fase que se segue de continuidade e de consolidação.
Num mercado cada vez mais exigente e global, a certificação, pela exigência contínua de monitorização e avaliação que pressupõe, constitui uma das garantias mais tangíveis da racionalização dos processos e da aplicação dos recursos disponíveis.
A Certificação da actividade do Arsenal complementa o esforço empreendido há 10 anos com a Acreditação dos seus Laboratórios e com a Acreditação do Organismo como entidade formadora.
mais.....
http://www.marinha.pt/extra/revista/ra_ ... ag_18.html
e esta entrevista do responsável do arsenal e bem interessante....
http://www.setubalnarede.pt/content/ind ... Fo&rec=529
Enviado: Qui Jan 11, 2007 9:50 am
por Rui Elias Maltez
Só estaleiros de alta qualidade e competencia permitem que a nossa frota de navios de superfície e sub's se mantenham operacionais, nomeadamente os submarinos, as corvetas e as fragatas João Belo, opara nem falar nos patrulhas Cacine.
Se o AA melhorar, melhor, mas só fará sentido com uma carteira de encomendas que ultrapasse as normais operrações de manutenção dos navios da nossa Armada.
Tal como as OGMA, poderia lançar-se nos mercados internacionais para operações de manutenção e construção de pequenos navios com tecnologia integrada de ponta, podendo ser um centro de excelência na indústria naval militar, nomedamente para navios hidrográficos, navios caça/draga-minas, etc.
E nem veria com maus olhos que o programa das 5 LFC fosse realizado lá.
Enviado: Qui Jan 11, 2007 10:11 am
por P44
Sim eu tb já tinha ouvido uns "zunzums" de que o objectivo é a privatização do AA...
Aquela conversa toda sobre "Qualidade" e certificações, ISO9000 e blablabla tem tudo a ver com um "estilo" de Empresa Privada....
Agora uma coisa é certa:
Se os NPOs não foram para o AA logo de inicio , foi porque Não Quiseram (O Governo? a Marinha?) ...se o objectivo era que os NPOs fossem construidos no AA, então porque tal não aconteceu?
Seria por, como é do conhecimento público os ENVC estavam ás portas da Falência?
E o Paulo Portas na altura quis dar uma de benemérito? (por conicidência numa zona geográfica onde o CDS ainda tem forte implantação?)
Afinal quem gere os ENVC?
Muitas perguntas...poucas respostas....
Enviado: Qui Jan 11, 2007 10:22 am
por P44
de
http://www.setubalnarede.pt/content/ind ... Fo&rec=529
Alguns pontos:
SR – Outro dos cenários de que se tem falado é a rentabilização do espaço onde está localizado o Arsenal, à semelhança do que está a acontecer com o espaço que foi ocupado pela Lisnave. O Arsenal está firme neste lugar, apesar dos apetites comerciais sobre o espaço?
VGB – Penso que sim, isto porque a área do Alfeite tem um grande perímetro e tem aqui sedeadas várias unidades da Marinha. Sendo também esta uma base militar, existe ainda a Escola Naval, escolas de aplicação, como a de artilharia, de comunicações e de máquinas, além da Base de Fuzileiros. Por todas estas razões acredito que não seria possível a venda dos 35 hectares do Arsenal sem que o resto fosse também alienado, situação que julgo impensável, em particular porque estão a ser feitos investimentos no sentido de serem colocadas aqui mais escolas, e porque recentemente se fizeram melhorias significativas na área de atracação dos navios operacionais. Essa situação está completamente fora de causa.
SR – Esta é a localização ideal para o Arsenal do Alfeite?
VGB – Sim, sendo esta a única base para a atracação dos navios da Armada , penso que esta é a localização mais racional para o Arsenal, quer seja do ponto de vista económico, quer da racionalização da actividade.
SR – A facturação mantém o estaleiro a funcionar, mas o que não permite é investir na sua modernização?
VGB – O que nos falta é capacidade financeira para colocar esta organização industrial a par das inovações tecnológicas, algo que era importante ser feito. Como todos temos tido conhecimento através da comunicação social, a M arinha terá uma grande renovação nos próximos dez anos. Fala-se na vinda de submarinos, de navios de patrulha oceânicos, além de outros navios que vão ser adquiridos. Os navios anteriores ao 25 de Abril e que fizeram a guerra do Ultramar vão ser abatidos e a Marinha Portuguesa vai ficar dotada de uma nova geração de navios, pelo que faz todo o sentido que o Arsenal seja também renovado, o que irá exigir um grande esforço ao Estado.
SR – O Estado está alertado para essa necessidade de modernização?
VGB – Existem todas as indicações de que as entidades ao mais alto nível estão alertadas para a necessidade de investir no Arsenal. Em alguns casos, como o dos submarinos, o programa de aquisição prevê um montante que deverá ser utilizado na obtenção de meios para a sua futura manutenção, meios que serão entregues ao Arsenal. Noutros programas, de momento, a situação não é tão clara, mas existem todas as indicações de que há sensibilidade para este problema, quer por parte do Estado, quer da chefia da Marinha.
SR – Os cortes orçamentais na M arinha afectam a manutenção dos navios?
VGB – Existem duas situações diferentes. Relativamente aos navios mais modernos como as Fragatas Vasco da Gama, os navios patrulha mais recentes e os hidrográficos, não têm faltado condições para uma manutenção adequada, pois estes navios são considerados “as jóias da coroa” da Marinha Portuguesa. Além destes, também os submarinos têm tido uma boa manutenção, até por razões de segurança.
Relativamente aos outros navios de superfície, porque são navios bastante antigos, a sua manutenção tem sido menos completa, ainda que sem prejuízo da segurança. Em resumo, fazemos dois tipos de manutenção, uma que não tem qualquer tipo de restrições e outra que visa apenas manter a segurança e um nível de operacionalidade minimamente satisfatório.
SR – Existe viabilidade económica para o Arsenal se continuar a depender maioritariamente da M arinha?
VGB – Penso que sim . O Arsenal pode ser visto apenas na perspectiva militar ou com uma actividade mais alargada ao exterior e existem discussões sobre qual deve ser a sua dimensão. Eu acredito que existem condições para o Arsenal continuar a ser um estaleiro da Marinha e pontualmente continuarmos a efectuar trabalhos para outras entidades, como temos vindo a fazer. Temos tido alguma cooperação com os PALOP, da qual saliento a construção de duas lanchas para a Guiné e, mais recentemente, a renovação de duas lanchas que foram entregues a Timor.
Eu penso que temos viabilidade, tendo como cliente principal a Marinha, desde que estejamos devidamente dimensionados em termos materiais, humanos e de infra-estruturas.
SR – Num espaço como este, onde existe formação e um grande conhecimento adquirido ao longo dos anos, não poderiam aumentar as receitas exportando serviços?
VGB – Eu acredito que sim, mas neste aspecto a nossa subordinação à Marinha e ao Estado cria-nos algumas limitações, pois nós temos que responder perante a tutela, que é quem tem que definir o caminho a seguir. Não estamos impedidos de procurar trabalho noutras áreas, ainda que não possamos de maneira nenhuma prejudicar a concorrência. No entanto, acredito que dispomos de um grande potencial. Temos laboratórios que muitas vezes são requisitados para determinar a qualidade de vários produtos, além das diversas especialidades da reparação naval serem por vezes solicitadas pelo exterior. O que não podemos fazer é uma comercialização agressiva, até porque não temos efectivos suficientes e porque temos de orientar os nossos recursos para os trabalhos que a Marinha requer segundo o seu próprio planeamento operacional.
SR – Para alterar essa situação seria necessário alterar os estatutos da empresa tornando-a numa sociedade anónima ou numa empresa privada. Algum destes cenários se coloca ao Arsenal do Alfeite?
VGB – Isso depende da tutela do Ministério da Defesa e o que eu posso dizer é que a Marinha pretende que o Arsenal se mantenha sob a sua alçada. De futuro pode existir outra ideia, mas de momento nada indica que o estatuto do Arsenal venha a mudar nos tempos mais próximos.
Haverá algum conflito MDN/ MP
Enviado: Qui Jan 11, 2007 10:28 am
por P44
So´para frisar que a entrevista acima é de 2004
Enviado: Qui Jan 11, 2007 11:00 am
por antoninho
Claro que é de 2004, mas à velocidade da mentalidade portuguesa está completamente actualizada
e mais não digo....
Enviado: Qui Jan 11, 2007 12:18 pm
por Rui Elias Maltez
Como referiu o Antoninho, essa entrevista mantem-se bem actual, como se tivesse sido feita ontem