FCarvalho escreveu: ↑Dom Jan 27, 2019 2:35 pm
Quando me referi a BID falava da ideia de um CC nacional que você argumentou. Não existe CC nacional sem BID. Ponto. Mera questão de lógica.
Um dos objetivos do projeto Guarani é justamente recompor e capacitar a BID. Sempre foi assim desde o início e não mudou até hoje. As dificuldades do programa são antes de tudo orçamentárias e não tecnologicas ou indústrias. Ainda assim a Iveco tem muitos problemas para conseguir manter até hoje uma cadeia logística mínima por aqui em função da linha de produção em MG.
Enfim, a ideia original não vingou é continuamos na mesma merda de sempre. As poucas empresas que fazem parte do setor não conseguem sobreviver adequadamente e menos ainda desenvolver tecnologia, produtos e soluções para as ffaa's e suas demandas.
Uma VBTP-SL com certeza custaria bem menos que um CC novo. E a quantidade demandada também ajuda a diminuir custos. Mas essa também era a teoria no Guarani, que obviamente não funcionou direito na prática.
Então, esquece essa ideia de CC nacional. Podem até chamar de nacional porque o bicho seria fabricado aqui, mas nada longe da realidade, já que até a KMW teria de importar praticamente tudo em relação a partes e peças de um veículo desses projetado por ela para o EB.
Melhor nos recolhemos a nossa insignificância industrial e tecnológica e continuar comprando CC de oportunidade pra poder continuar fingindo que temos cavalaria blda que no fim só vai servir mesmo para a eterna manutenção de doutrina que nunca tivemos.
Abs
Mas isso é durante e não antes. Por mim, compraria Leopard 2A7+, com AMAP e fabrica aqui junto com o Lynx. Isso é possível? Sim, temos dinheiro? Não!
Por isso que o que dá pra fazer é:
1) Fase de restruturação e reorganização das Brigadas Blindadas, sendo renomeadas apenas para isso, mas sendo Brigadas fortes em Cavalaria (3 RCB's + 1 RCM). Aquisição de meios usados, sendo M1A1BR, Bradley M2 e M3. Sendo um programa de 6 anos, mas com pagamentos feitos por 10 anos. Doutrina modificada, adotando uma forma de Pzgr Brasileira, com esquadras que eu havia exemplificado antes, que devem ser testados ainda no Leo 1A5 + M113;
1.1) tentar colocar 883 no M1A1 e aproveitar as instalações da KMW pra manutenção, já que possui vanguarda na manutenção dos MTU's;
1.2) Criar uma Bda Blind em Roraima, extinguindo os RCB's das Bda Cav Mec (sendo substituídos por BIMec) e transferindo-os para essa nova Brigada);
2) Formalizar acordo com Rheinmetal ou IMI para produzir munição 120 mm, mesmo que KE, e iniciar desenvolvimento de munição DU do mesmo calibre. O mesmo para 105 mm, que seriam usados em nossos VBR's;
3) Após implementação de tudo, iniciar programa, junto à KMW, para desenvolver uma Família SL, com a mesma plataforma mas dois chassis, um com 7 polias para viaturas pesadas e outro com 6 polias para viaturas médias, para protótipos em 2045 e entrada em operação em meados de 2050.
Essas aquisições podem ser um marco no EB para alcançar a modernidade plena, com um custo mais baixo possível. O M1A1 opera até 2050 fácil, aproveitando peças novas ainda fabricadas e atualizações sucessivas, principalmente se vier com MTU 883, pois a AGT 1500 deve ser descontinuada e substituída pela nova LT.
A BID vai ter que ficar na geladeira, fornecendo somente complementos, como rádios veiculares (Imbel), eletrônica (AEL/Elbit), Remax Modificada (Ares) e só. Se vier Bradley, quem sabe podemos tirar aquela torre e colocar uma UT-30MK2 nele, possibilitando transportar 11 homens. Bradleys usados sempre são vendidos por verdadeiras pechincas, recentemente um país pagou USD 100 mi por 43 Bradley, mais de 100 M113 e milhares de fuzis, metralhadoras médias, pesadas e munição. Praticamente só iríamos pagar pela remoção da torre original, colocar mais dois bancos, UT-30MK2 e transporte. Os Bradleys que ficam em Aminston já possuem blindagem 30 mm APDS, inclusive muitos de Sierra.
Não podemos perder essa oportunidade de jeito nenhum, principalmente só pra satisfazer caprichos da BID.