Desarmamento Civil
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- Guilherme
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Sugiro que enviem mensagens no mesmo estilo, para os deputados dos seus estados:
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De: Guilherme Cordeiro
Para: dep.adelorvieira@camara.gov.br, carlito@carlito.com.br, dep.carlitomerss@camara.gov.br, dep.edinhobez@camara.gov.br, dep.fernandocoruja@camara.gov.br, dep.ivanranzolin@camara.gov.br, dep.jorgeboeira@camara.gov.br, luci@luci.com.br, dep.lucichoinacki@camara.gov.br, dep.luci@brturbo.com.br, dep.mauropassos@camara.gov.br, dep.pauloafonso@camara.gov.br, dep.paulobauer@camara.gov.br, dep.vignatti@camara.gov.br
Assunto: Sim ao Desarmamento?
Recebi a informação de que o Sr. votou a favor da realização do plebiscito do desarmamento, em outubro próximo. Sendo o Sr. a favor do desarmamento de cidadãos de bem (que querem defender sua família, vida e patrimônio, com armas legalizadas), saiba que NÃO terá meu voto nas eleições do próximo ano, caso o Sr. se candidate novamente. Não tenho memória curta, e saberei considerar muito bem essas e outras atitudes no dia da eleição. Meus amigos e colegas também saberão disso.
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De: Guilherme Cordeiro
Para: dep.adelorvieira@camara.gov.br, carlito@carlito.com.br, dep.carlitomerss@camara.gov.br, dep.edinhobez@camara.gov.br, dep.fernandocoruja@camara.gov.br, dep.ivanranzolin@camara.gov.br, dep.jorgeboeira@camara.gov.br, luci@luci.com.br, dep.lucichoinacki@camara.gov.br, dep.luci@brturbo.com.br, dep.mauropassos@camara.gov.br, dep.pauloafonso@camara.gov.br, dep.paulobauer@camara.gov.br, dep.vignatti@camara.gov.br
Assunto: Sim ao Desarmamento?
Recebi a informação de que o Sr. votou a favor da realização do plebiscito do desarmamento, em outubro próximo. Sendo o Sr. a favor do desarmamento de cidadãos de bem (que querem defender sua família, vida e patrimônio, com armas legalizadas), saiba que NÃO terá meu voto nas eleições do próximo ano, caso o Sr. se candidate novamente. Não tenho memória curta, e saberei considerar muito bem essas e outras atitudes no dia da eleição. Meus amigos e colegas também saberão disso.
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Desarmamento: você compraria um carro vermelho?
Desarmamento: você compraria um carro vermelho?
por Peter Hof em 12 de julho de 2005
Resumo: Qual é o sentido de se perguntar à população sobre a proibição do comércio de carros vermelhos depois de se criar toda a sorte de dificuldades em relação à posse e uso de veículos daquela cor?
© 2005 MidiaSemMascara.org
Para dar uma folga aos leitores no assunto Desarmamento, hoje vou contar uma história, uma fábula, não tão fabulosa quanto às do Millôr, mas de qualquer forma uma fábula.
Num país chamado Ramapindo, o Congresso e algumas ONGs chegaram à conclusão que o grande responsável pelas 36 mil mortes anuais no trânsito e 350 mil pessoas que se feriram em acidentes de carro, com muitas incapacitadas pelo resto da vida, eram causadas por carros da cor vermelha. As ONGs, entre as quais uma que coincidentemente recebia gordas contribuição de um fabricante de tintas, que também coincidentemente não fabricava tinta da cor vermelha, imediatamente começaram a pressionar a opinião pública e o Congresso por uma lei que banisse os carros de cor vermelha.
Alguns levantaram sua voz dizendo que não havia nenhuma estatística confiável que provasse serem os carros da cor vermelha os verdadeiros responsáveis pelas 36 mil mortes por ano. Diziam mais: que a imprensa exagerava, só mostrando, ou dando especial realce, a acidentes envolvendo carros da cor vermelha e assim distorcendo a verdade. Os responsáveis pela chamada “Campanha do Desvermelhamento” tiveram o decisivo apoio da Rede de TV Sphera. Pessoas bem informadas diziam que o apoio da rede de TV à campanha era devido ao fato da Sphera dever bilhões de Plebeus (a moeda de Ramapindo) à Mesa de Renda, um hospital de empresas do governo. Assim, em troca de apoio, almejava obter tratamento simpático quanto à dívida. Este fato, porém, nunca foi comprovado.
Após alguns esforços e muita pressão, a Corte dos Grandes de Ramapindo aprovou uma lei, prontamente sancionada pelo príncipe regente Ignatius Mollusca Cephalopoda, saudada pela imprensa de Ramapindo como a solução para o grave problema. A lei contemplava as seguintes medidas:
A - No perímetro urbano, os proprietários de carros vermelhos não poderiam mais estacionar seus veículos em um raio de um quilômetro de: escolas, cinemas, teatros, restaurantes, lanchonetes, feiras livres, supermercados, hospitais, casas lotéricas, bancos, farmácias e repartições públicas.
B – Nas estradas, carros vermelhos não poderiam ultrapassar 40 quilômetros por hora;
C – Menores de 25 anos não poderiam mais dirigir nem ser passageiros de carros vermelhos;
D – Carros vermelhos só poderiam ser abastecidos em postos da PetroRama (companhia estatal de petróleo), entre meia-noite e seis da manhã;
E – Carros vermelhos só poderiam ser abastecidos com 50 litros de gasolina por mês. A quantia não utilizada deveria ser devolvida à Agência Especial de Controle de Carros Vermelhos. Para o bom exercício de suas funções, esta nova agência ficava autorizada a contratar 12 mil funcionários, sem concurso público. Para evitar nepotismo ficava proibida a contratação de parentes com mais de 75 anos de idade na data da promulgação da lei;
F – A cada três anos os carros vermelhos deveriam ser re-certificados perante a Agência Especial de Controle de Carros Vermelhos (AECCV). O custo para o proprietário seria de 30% do valor do carro (a ser estipulado pela referida agência), além de dez certidões dos mais variados órgãos governamentais, bem como um atestado fornecido pelo bispo local;
G – Era vedado queixar-se ao bispo local ou a qualquer outro bispo sobre o assunto;
H – Em cidades onde não houvesse escritório da AECCV ficava proibida a posse de carros vermelhos;
I – As pessoas que resolvessem desfazer-se dos carros vermelhos poderiam entregá-los ao governo. O proprietário receberia o pagamento equivalente a um décimo do valor do carro (também estipulado pelo governo e necessariamente menor do que o mencionado no item F);
J - Qualquer cidadão que fosse apanhado possuindo um carro vermelho sem cumprir com os dispositivos do Estatuto do Desvermelhamento seria preso inafiançável por quatro anos. Isto se fosse um carro de até 380 cilindradas e fabricado localmente. Os donos de carros importados e acima da cilindrada mencionada seriam punidos com oito anos de cadeia.
K – Esse Estatuto não se aplicava aos membros da Corte dos Grandes de Ramapindo, Juízes e Ministros, que poderiam possuir e dirigir livremente carros vermelhos.
Como o governo ramapindês era democrático, ou pelo menos pensava que era, a Corte dos Grandes de Ramapindo decidiu que a população deveria participar de tão importante decisão e marcou um referendo onde o povo deveria responder com “Sim” ou “Não” à seguinte pergunta:
VOCE ACHA QUE A COMERCIALIZAÇAO DE CARROS VERMELHOS DEVE SER PROIBIDA?
Moral da fábula: Qual é o sentido de se perguntar à população sobre a proibição do comércio de carros vermelhos depois de se criar toda a sorte de dificuldades em relação à posse e uso de veículos daquela cor?
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3863
por Peter Hof em 12 de julho de 2005
Resumo: Qual é o sentido de se perguntar à população sobre a proibição do comércio de carros vermelhos depois de se criar toda a sorte de dificuldades em relação à posse e uso de veículos daquela cor?
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Para dar uma folga aos leitores no assunto Desarmamento, hoje vou contar uma história, uma fábula, não tão fabulosa quanto às do Millôr, mas de qualquer forma uma fábula.
Num país chamado Ramapindo, o Congresso e algumas ONGs chegaram à conclusão que o grande responsável pelas 36 mil mortes anuais no trânsito e 350 mil pessoas que se feriram em acidentes de carro, com muitas incapacitadas pelo resto da vida, eram causadas por carros da cor vermelha. As ONGs, entre as quais uma que coincidentemente recebia gordas contribuição de um fabricante de tintas, que também coincidentemente não fabricava tinta da cor vermelha, imediatamente começaram a pressionar a opinião pública e o Congresso por uma lei que banisse os carros de cor vermelha.
Alguns levantaram sua voz dizendo que não havia nenhuma estatística confiável que provasse serem os carros da cor vermelha os verdadeiros responsáveis pelas 36 mil mortes por ano. Diziam mais: que a imprensa exagerava, só mostrando, ou dando especial realce, a acidentes envolvendo carros da cor vermelha e assim distorcendo a verdade. Os responsáveis pela chamada “Campanha do Desvermelhamento” tiveram o decisivo apoio da Rede de TV Sphera. Pessoas bem informadas diziam que o apoio da rede de TV à campanha era devido ao fato da Sphera dever bilhões de Plebeus (a moeda de Ramapindo) à Mesa de Renda, um hospital de empresas do governo. Assim, em troca de apoio, almejava obter tratamento simpático quanto à dívida. Este fato, porém, nunca foi comprovado.
Após alguns esforços e muita pressão, a Corte dos Grandes de Ramapindo aprovou uma lei, prontamente sancionada pelo príncipe regente Ignatius Mollusca Cephalopoda, saudada pela imprensa de Ramapindo como a solução para o grave problema. A lei contemplava as seguintes medidas:
A - No perímetro urbano, os proprietários de carros vermelhos não poderiam mais estacionar seus veículos em um raio de um quilômetro de: escolas, cinemas, teatros, restaurantes, lanchonetes, feiras livres, supermercados, hospitais, casas lotéricas, bancos, farmácias e repartições públicas.
B – Nas estradas, carros vermelhos não poderiam ultrapassar 40 quilômetros por hora;
C – Menores de 25 anos não poderiam mais dirigir nem ser passageiros de carros vermelhos;
D – Carros vermelhos só poderiam ser abastecidos em postos da PetroRama (companhia estatal de petróleo), entre meia-noite e seis da manhã;
E – Carros vermelhos só poderiam ser abastecidos com 50 litros de gasolina por mês. A quantia não utilizada deveria ser devolvida à Agência Especial de Controle de Carros Vermelhos. Para o bom exercício de suas funções, esta nova agência ficava autorizada a contratar 12 mil funcionários, sem concurso público. Para evitar nepotismo ficava proibida a contratação de parentes com mais de 75 anos de idade na data da promulgação da lei;
F – A cada três anos os carros vermelhos deveriam ser re-certificados perante a Agência Especial de Controle de Carros Vermelhos (AECCV). O custo para o proprietário seria de 30% do valor do carro (a ser estipulado pela referida agência), além de dez certidões dos mais variados órgãos governamentais, bem como um atestado fornecido pelo bispo local;
G – Era vedado queixar-se ao bispo local ou a qualquer outro bispo sobre o assunto;
H – Em cidades onde não houvesse escritório da AECCV ficava proibida a posse de carros vermelhos;
I – As pessoas que resolvessem desfazer-se dos carros vermelhos poderiam entregá-los ao governo. O proprietário receberia o pagamento equivalente a um décimo do valor do carro (também estipulado pelo governo e necessariamente menor do que o mencionado no item F);
J - Qualquer cidadão que fosse apanhado possuindo um carro vermelho sem cumprir com os dispositivos do Estatuto do Desvermelhamento seria preso inafiançável por quatro anos. Isto se fosse um carro de até 380 cilindradas e fabricado localmente. Os donos de carros importados e acima da cilindrada mencionada seriam punidos com oito anos de cadeia.
K – Esse Estatuto não se aplicava aos membros da Corte dos Grandes de Ramapindo, Juízes e Ministros, que poderiam possuir e dirigir livremente carros vermelhos.
Como o governo ramapindês era democrático, ou pelo menos pensava que era, a Corte dos Grandes de Ramapindo decidiu que a população deveria participar de tão importante decisão e marcou um referendo onde o povo deveria responder com “Sim” ou “Não” à seguinte pergunta:
VOCE ACHA QUE A COMERCIALIZAÇAO DE CARROS VERMELHOS DEVE SER PROIBIDA?
Moral da fábula: Qual é o sentido de se perguntar à população sobre a proibição do comércio de carros vermelhos depois de se criar toda a sorte de dificuldades em relação à posse e uso de veículos daquela cor?
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3863
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Armas e revolução passiva
por Olavo de Carvalho em 20 de julho de 2005
Resumo: O combate à criminalidade é apenas o pretexto publicitário para fazer o povo aceitar, com plena inconsciência de seus efeitos, a mutação mais profunda e mais violenta que a sociedade brasileira já sofreu ao longo de toda a sua história.
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Se os meios de produção constituem o critério econômico da divisão de classes, o fator que assegura a uma classe o seu papel dominante na sociedade não é a posse deles, e sim a dos meios de destruição. Eis por que, as revoluções que têm por meta nominal a mudança da estrutura econômica não tomam nunca por alvo prioritário a conquista das fábricas e dos bancos, mas sim a das instalações militares. Não a da riqueza, mas a das armas que a garantem. Nenhum materialista histórico esteve jamais embriagado de economicismo a ponto de negar essa obviedade.
Se nos períodos de paz e normalidade a riqueza financeira é um meio importante de conquistar e conservar o poder, nos de desordem e violência só um tipo de riqueza importa: a posse das armas. Nessas horas, mais pode o pobre armado do que o rico desarmado.
A lei que confere o monopólio da posse de armas a certas categorias de cidadãos representa, portanto, nada menos que uma revolução, o estabelecimento de um novo critério de estratificação social, de uma nova divisão de classes. Doravante, o povo brasileiro estará dividido em duas castas -os armados e os desarmados. Ao mais mínimo abalo da ordem cotidiana, essa distinção se mostrará mais decisiva, na prática, do que aquela que separa os pobres e os ricos, os letrados e os iletrados, os famosos e os anônimos.
Eis por que nenhuma inteligência sã pode aceitar discutir, a sério, se a lei de proibição da venda de armas ajudará ou não a reduzir a criminalidade. Ela não tem rigorosamente nada a ver com a diminuição da criminalidade, e é impossível que seus autores, todos versados em Marx, Gramsci e até Weber, não saibam disso. O combate à criminalidade é apenas o pretexto publicitário para fazer o povo aceitar, com plena inconsciência de seus efeitos, a mutação mais profunda e mais violenta que a sociedade brasileira já sofreu ao longo de toda a sua história. Que transformação tão drástica possa ser impingida pacificamente ao país enquanto os olhos da opinião pública estão desviados para discussões laterais - eis a manifestação vivente da "revolução passiva" preconizada por Gramsci, entre cujos seguidores se encontram o governador Anthony Garotinho, o dr. Carlos Minc, os próceres todos da campanha "Rio Desarme-se" e, "last but not least", o sr. presidente da República.
E, se coisa de tal monta não foi assinalada por nenhum observador num país que detém talvez o recorde mundial de cientistas sociais "per capita", é porque estes se dividem em duas categorias: os que não são capazes de percebê-la e os que, por desejá-la ardentemente, torcem para que ninguém mais a perceba. A revolução passiva é dita passiva precisamente porque não dói nem chama a atenção, mas vai penetrando insensivelmente, centímetro a centímetro, como a lâmina num tecido previamente anestesiado. A divisão do país entre os armados e os desarmados pressupõe uma outra, anterior, que a condiciona: a divisão dos brasileiros entre os gramscianos e os otários.
Entre os primeiros, o mais "soft" e portanto, o menos desonesto é o sr. presidente da República, o qual, numa mensagem para os raros bons entendedores, reconheceu que, como instrumento para o combate ao banditismo, a nova lei é apenas "simbólica". Evidentemente, não ocorreu a nenhum dos demais perguntar-lhe por que uma lei simbólica tinha sido encaminhada ao Congresso em regime de urgência nem se, considerada como instrumento para alguma finalidade totalmente diversa, a nova lei não teria algum efeito menos simbólico e mais direto.
Que essa finalidade nada tem a ver com o controle do banditismo é a coisa mais óbvia do mundo. Cassar uma autorização só afeta quem precisa dela, e nenhum quadrilheiro esperou jamais autorização do Estado para usar armas. Ademais, todas as armas em posse do crime organizado já são ilegais, sendo inócuo colocar fora da lei o que nunca esteve dentro dela. Mas o efeito nulo que a proibição terá sobre todos os grupos que, por sua natureza, já atuam voluntariamente fora da lei (inclusive os bandos de guerrilheiros rurais) contrasta dramaticamente com a profundidade e a amplitude da mudança que ela desencadeará sobre a vida de todos os demais brasileiros, de todos os brasileiros que querem viver dentro da lei.
Essa mudança pode-se enunciar da maneira mais simples: aprovada a nova lei, haverá uma nova sociedade no Brasil, com novos dominadores e novos dominados. O mais rico dos brasileiros poderá contratar um segurança, mas não se defender dele se ele decidir, de repente, passar para o lado dos sequestradores. O dinheiro será impotente, o prestígio será indefeso, a autoridade moral se tornará o discurso risivelmente inofensivo dos profetas desarmados: o único meio de acesso ao poder será ingressar na polícia, nas Forças Armadas ou numa quadrilha de traficantes.
E a nova dasse dominante não terá somente o monopólio dos meios de matar, mas também o da seleção de seus próprios membros: quem aceita ou rejeita um candidato a policial é a polícia; um candidato a quadrilheiro, a quadrilha. Por sua constituição mesma como monopolista (e monopolista da única força decisiva), a classe dos novos senhores será mais fechada, mais exclusivista e mais corporativista do que todas as suas antecessoras. E, o que é infinitamente mais grave, não haverá entre quem tem e quem não tem poder os graus intermediários que hoje matizam as diferenças hierárquicas: ao contrário do que acontece com o dinheiro, o poder político e a fama, que podem vir em quantidades maiores ou menores, entre o armado e o desarmado nenhum meio-termo é concebível.
Artigo publicado no jornal Folha de São Paulo de 17/06/1999.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3892
por Olavo de Carvalho em 20 de julho de 2005
Resumo: O combate à criminalidade é apenas o pretexto publicitário para fazer o povo aceitar, com plena inconsciência de seus efeitos, a mutação mais profunda e mais violenta que a sociedade brasileira já sofreu ao longo de toda a sua história.
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Se os meios de produção constituem o critério econômico da divisão de classes, o fator que assegura a uma classe o seu papel dominante na sociedade não é a posse deles, e sim a dos meios de destruição. Eis por que, as revoluções que têm por meta nominal a mudança da estrutura econômica não tomam nunca por alvo prioritário a conquista das fábricas e dos bancos, mas sim a das instalações militares. Não a da riqueza, mas a das armas que a garantem. Nenhum materialista histórico esteve jamais embriagado de economicismo a ponto de negar essa obviedade.
Se nos períodos de paz e normalidade a riqueza financeira é um meio importante de conquistar e conservar o poder, nos de desordem e violência só um tipo de riqueza importa: a posse das armas. Nessas horas, mais pode o pobre armado do que o rico desarmado.
A lei que confere o monopólio da posse de armas a certas categorias de cidadãos representa, portanto, nada menos que uma revolução, o estabelecimento de um novo critério de estratificação social, de uma nova divisão de classes. Doravante, o povo brasileiro estará dividido em duas castas -os armados e os desarmados. Ao mais mínimo abalo da ordem cotidiana, essa distinção se mostrará mais decisiva, na prática, do que aquela que separa os pobres e os ricos, os letrados e os iletrados, os famosos e os anônimos.
Eis por que nenhuma inteligência sã pode aceitar discutir, a sério, se a lei de proibição da venda de armas ajudará ou não a reduzir a criminalidade. Ela não tem rigorosamente nada a ver com a diminuição da criminalidade, e é impossível que seus autores, todos versados em Marx, Gramsci e até Weber, não saibam disso. O combate à criminalidade é apenas o pretexto publicitário para fazer o povo aceitar, com plena inconsciência de seus efeitos, a mutação mais profunda e mais violenta que a sociedade brasileira já sofreu ao longo de toda a sua história. Que transformação tão drástica possa ser impingida pacificamente ao país enquanto os olhos da opinião pública estão desviados para discussões laterais - eis a manifestação vivente da "revolução passiva" preconizada por Gramsci, entre cujos seguidores se encontram o governador Anthony Garotinho, o dr. Carlos Minc, os próceres todos da campanha "Rio Desarme-se" e, "last but not least", o sr. presidente da República.
E, se coisa de tal monta não foi assinalada por nenhum observador num país que detém talvez o recorde mundial de cientistas sociais "per capita", é porque estes se dividem em duas categorias: os que não são capazes de percebê-la e os que, por desejá-la ardentemente, torcem para que ninguém mais a perceba. A revolução passiva é dita passiva precisamente porque não dói nem chama a atenção, mas vai penetrando insensivelmente, centímetro a centímetro, como a lâmina num tecido previamente anestesiado. A divisão do país entre os armados e os desarmados pressupõe uma outra, anterior, que a condiciona: a divisão dos brasileiros entre os gramscianos e os otários.
Entre os primeiros, o mais "soft" e portanto, o menos desonesto é o sr. presidente da República, o qual, numa mensagem para os raros bons entendedores, reconheceu que, como instrumento para o combate ao banditismo, a nova lei é apenas "simbólica". Evidentemente, não ocorreu a nenhum dos demais perguntar-lhe por que uma lei simbólica tinha sido encaminhada ao Congresso em regime de urgência nem se, considerada como instrumento para alguma finalidade totalmente diversa, a nova lei não teria algum efeito menos simbólico e mais direto.
Que essa finalidade nada tem a ver com o controle do banditismo é a coisa mais óbvia do mundo. Cassar uma autorização só afeta quem precisa dela, e nenhum quadrilheiro esperou jamais autorização do Estado para usar armas. Ademais, todas as armas em posse do crime organizado já são ilegais, sendo inócuo colocar fora da lei o que nunca esteve dentro dela. Mas o efeito nulo que a proibição terá sobre todos os grupos que, por sua natureza, já atuam voluntariamente fora da lei (inclusive os bandos de guerrilheiros rurais) contrasta dramaticamente com a profundidade e a amplitude da mudança que ela desencadeará sobre a vida de todos os demais brasileiros, de todos os brasileiros que querem viver dentro da lei.
Essa mudança pode-se enunciar da maneira mais simples: aprovada a nova lei, haverá uma nova sociedade no Brasil, com novos dominadores e novos dominados. O mais rico dos brasileiros poderá contratar um segurança, mas não se defender dele se ele decidir, de repente, passar para o lado dos sequestradores. O dinheiro será impotente, o prestígio será indefeso, a autoridade moral se tornará o discurso risivelmente inofensivo dos profetas desarmados: o único meio de acesso ao poder será ingressar na polícia, nas Forças Armadas ou numa quadrilha de traficantes.
E a nova dasse dominante não terá somente o monopólio dos meios de matar, mas também o da seleção de seus próprios membros: quem aceita ou rejeita um candidato a policial é a polícia; um candidato a quadrilheiro, a quadrilha. Por sua constituição mesma como monopolista (e monopolista da única força decisiva), a classe dos novos senhores será mais fechada, mais exclusivista e mais corporativista do que todas as suas antecessoras. E, o que é infinitamente mais grave, não haverá entre quem tem e quem não tem poder os graus intermediários que hoje matizam as diferenças hierárquicas: ao contrário do que acontece com o dinheiro, o poder político e a fama, que podem vir em quantidades maiores ou menores, entre o armado e o desarmado nenhum meio-termo é concebível.
Artigo publicado no jornal Folha de São Paulo de 17/06/1999.
http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3892
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Para aqueles temem o fechamento das indústrias de fabricação de armamentos.
http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=4134&template=&start=1§ion=&source=a904538.xml&channel=9&id=&titanterior=&content=&menu=23&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=
Segurança
O impacto do referendo na indústria gaúcha
Duas fábricas no Estado antecipam que o resultado da consulta popular não deve alterar produção de armas
ANDREI NETTO
Preservar empregos na indústria bélica gaúcha não será o melhor argumento para quem planeja votar "Não" no referendo que definirá se o comércio de armas de fogo deve ser proibido no Brasil. O resultado da votação terá efeito reduzido sobre o emprego de 3,8 mil trabalhadores das quatro maiores empresas do setor no Rio Grande do Sul.
Ameaçados pela Lei do Desarmamento, de dezembro de 2003, fabricantes já voltaram seus olhos para o Exterior e pelo menos duas empresas pretendem continuar a investir em suas plantas de São Leopoldo e de Veranópolis.
Tanto a Rossi SA Metalúrgica e Munições quanto a E.R. Armantino, produtora das espingardas Boito, confirmaram ontem a Zero Hora que manterão raízes no Rio Grande do Sul independente do resultado do referendo. Outras duas empresas, a Forjas Taurus e a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), com unidades em Porto Alegre, São Leopoldo e Montenegro, não anteciparam suas estratégias caso a proibição do comércio seja a vontade da maioria.
Só uma eventual proibição da fabricação de artefatos bélicos provocaria a mudança das plantas - o que não está em questão. Ainda assim, a E.R. Armantino teria um plano alternativo: construiria uma unidade fabril no Uruguai - um dos mercados para os quais vende 95% de sua produção, também destinada a países como Estados Unidos, Argentina, Canadá e Austrália.
- Se pudermos continuar fabricando no Brasil, vamos continuar - afirma Vilson Armantino, 54 anos, gerente de Marketing da empresa e filho de um dos fundadores.
Postura semelhante tem a Rossi. Paulo de Mattos, consultor jurídico, diz que a empresa não abre mão de suas raízes:
- A tendência da Rossi é se manter no Estado. Afinal, 90% de nossa produção já está voltada ao mercado externo.
Procuradas por ZH, as diretorias da Taurus - a maior empresa do setor no Brasil - e da CBC não se manifestaram. Ambas exportam mais de 70% de suas produções e têm como grandes clientes no país órgãos de segurança pública, que continuarão a consumir.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Taurus justificou o silêncio alegando que qualquer manifestação sobre a manutenção dos empregos poderia ser vista como alarmismo. Já Antonio Marcos Moraes Barros, presidente da CBC, informou que os estudos da empresa ainda são incipientes.
Além dos investimentos já realizados no Brasil, pesa na contabilidade dos empresários o fato de a Lei do Desarmamento já ter incidido sobre o mercado, provocando a queda nas vendas de varejo. No primeiro semestre de 2005, a Rossi vendeu no Brasil apenas 78 unidades de suas armas esportivas, conforme Mattos.
Parte da explicação está no alto valor do registro dos artefatos determinada pelo estatuto - em alguns casos mais elevado do que o próprio produto.
- Já vivemos uma proibição branca do comércio. Temos armas com valor entre R$ 350 e R$ 500 cujo registro não sai por menos de R$ 600. O referendo vai mudar muito pouco o mercado - entende Armantino.
A votação que definirá o futuro do comércio - e da indústria - de armas está previsto para 23 de outubro.
( andrei.netto@zerohora.com.br )
O perfil das empresas no Estado
- Rossi Metalúrgica e Munições
Fundação: 1889
Sede: São Leopoldo
Empregos: cerca de 450 funcionários
Produção: armas de caça, esporte e lazer. Não fabrica produtos destinados a servidores da segurança pública
Exportação: mais de 90% da produção
- E.R. Armantino
Fundação: 1915
Sede: Veranópolis
Empregos: 480 funcionários
Produção: espingardas e munições da marca Boito
Exportação: 95% da produção
- Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC)
Fundação: 1926
Sedes: Montenegro e Ribeirão Pires (SP)
Empregos: 1,2 mil funcionários
Produção: espingardas, rifles, munições, coletes e algemas, para uso pessoal, segurança pública ou prática esportiva
Exportação: mais de 70% da produção
- Forjas Taurus
Fundação: 1939
Sedes: Porto Alegre, São Leopoldo, Mandirituba (PR) e Miami (EUA)
Empregos: 1,7 mil funcionários
Produção: revólveres, pistolas, carabinas, armas de pressão e equipamentos de proteção individual,
Exportação: cerca de 70% da produção
O referendo
Em 23 de outubro, os eleitores irão às urnas para responder à seguinte pergunta:
"O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?"
http://www.clicrbs.com.br/jornais/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&edition=4134&template=&start=1§ion=&source=a904538.xml&channel=9&id=&titanterior=&content=&menu=23&themeid=§ionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=
As fronteiras nos divide. A classe nos une.
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Spetznaz escreveu:VIVA A DEMOCRACIA!!!!!!!!!
Qual o sentido desse tipo de ironia já que, sabendo de antemão o histórico das suas posições e das dos demais participantes da presente discussão, me parece ter como único objetivo fazer uma provocação? Se não é esse, gostaria que você me informasse qual a interpretação correta disso.
Por favor, pessoal, vamos segurar a onda.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Eu não posso mais falar nada...........
Todo mundo lê preconceituosamente minhas mensagens.....
Eu estou gostando da democracia mesmo oras.....Achei muito bom o plebiscito e acho q as instituições brasileiras estão de parabens quanto à esta iniciativa. Quem senão o povo sabe o q é melhor para ele!
Eu não quero provocar ninguém.....Se alguém ficar intimidado com isso que tome um lexotan, pq vangloriar a não deve ser causa de desentendimento algum!
Falow
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Editado pela última vez por Spetznaz em Qua Jul 20, 2005 4:40 pm, em um total de 1 vez.
"O Lenin dizia que socialismo é igual a ferro mais energia. Hoje é educação mais educação."
Cristovam Buarque
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Eu acho que é uma homenagem ao sistema democrático cubano, chinês, iraniano, sírio, norte-coreano. Além disso, a comercialização de armas de fogo já é proibida nesse citados países, sendo permitida apenas para atos de sabotagem ou terrorismo. Já o uso das armas de fogo também é alvo de estrito controle, sendo que somente as forças armadas e as polícias políticas é que podem fazer uso das mesmas, até porque se população tivesse acesso às armas, essas ditaduras talvez já não existissem mais.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Não meu caro....é uma saudação à democracia BRASILEIRA.
Além de termos uma democracia indireta, que criou tal lei, ainda teremos o crivo da democracia direta, da própria voz popular. ISSO QUE É LEGITIMIDADE!
Eu não vou descambar para assuntos não relacionados ao tema. Eu quero q se dane o sistema chines, cubano e do inferno.
Falow
Além de termos uma democracia indireta, que criou tal lei, ainda teremos o crivo da democracia direta, da própria voz popular. ISSO QUE É LEGITIMIDADE!
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Cristovam Buarque
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Texto postado originalmente por André Amaral na Lista Base-Militar. Apesar de não gostar muito desse tipo de material claramente panfletário, achei interessante o paralelo histórico traçado no mesmo.
DESARMAMENTO: A ALEGRIA DO CRIME!
História para quem esqueceu, ou nunca soube:
Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e meio de armênios, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 13 milhões de judeus e outros "não arianos", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100.000 índios maias, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1970, Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1979, 300.000 cristãos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, um milhão de pessoas "instruídas", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Pessoas indefesas caçadas e exterminadas nos países acima, no século XX, após o desarmamento da população ordeira, sem que pudessem se defender: 56 milhões.
Há doze meses o governo da Austrália editou uma lei obrigando o proprietários de armas a entregá-las para destruição. 640.381 armas foram entregues e destruídas, num programa que custou aos contribuintes mais de US$ 500 milhões. Os resultados, no primeiro ano, foram os seguintes:
Os homicídios subiram 3.2%, as agressões 8.6%, os assaltos a mão armada 44%. Somente no estado de Victoria, os homicídios subiram 300%. Houve ainda um dramático aumento no número de invasões de residências e agressões a idosos. Os políticos australianos estão perdidos, sem saber como explicar aos eleitores a deterioração da segurança pública, após os esforços e gastos monumentais destinados a "livrar das armas a sociedade australiana".
Naturalmente, a população ordeira entregou suas armas, enquanto os criminosos ignoraram essa lei, como já ignoravam as demais.
O mesmo está acontecendo no Reino Unido. País tradicionalmente tranquilo, onde até a polícia andava desarmada, adotou o desarmamento da população ordeira. Pesquisa realizada pelo Instituto Inter-regional de Estudos de Crime e Justiça das Nações Unidas revela que Londres hoje é considerada a capital do crime na Europa. Os índices de crimes a mão armada na Inglaterra e no País de Gales cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento. Segundo o governo, houve 9.974 crimes envolvendo armas entre abril de 2001 e abril de 2002. No ano anterior, haviam sido 7.362 casos.
Os assassinatos com armas de fogo registraram aumento de 32%. A polícia já está armada.
Nos Estados Unidos, onde a decisão de permitir o porte de armas é adotada independentemente por cada estado, todos os estados com leis liberais quanto ao porte de armas pela população ordeira têm índices de crimes violentos em muito inferiores à média nacional, enquanto os estados com maiores restrições ostentam índices de crimes violentos expressivamente superiores à média nacional. Washington, onde a proibição é total, é a cidade mais violenta dos EUA.
Você não verá as informações acima disseminadas na imprensa local. Com honrosas exceções, a imprensa está fechada com as ONGs internacionais que pregam o desarmamento, por mais perigoso e ineficaz, Deus sabe com que propósitos.
Armas em poder da população ordeira e responsável salvam vidas e defendem propriedade. Leis de desarmamento afetam somente a população ordeira.
Em 2003, com a aprovação do absurdo Estatuto do Desarmamento, o Brasil iniciou o processo de desarmar a população ordeira. Salvo engano, isso quer dizer Você. E se você não lutar contra isso, você ou sua família poderão ser as próximas vítimas indefesas.
Com armas, somos cidadãos. Sem armas, somos súditos. Quem desarma a vítima fortalece o agressor. Na hora do perigo, será que a polícia vai estar lá? Chamar a polícia pode levar alguns segundos, esperar por ela pode levar o resto da sua vida. Uma arma na mão é melhor que um policial ao telefone.
O Brasil tem a mania de andar na contra-mão da história. E aqueles que tomam, por nós, as decisões, estão confortavelmente protegidos pelo aparato de segurança do Estado, circulando em carros blindados, tudo pago pelo nosso dinheiro. A única coisa que temem é o uso consciencioso do voto. Do nosso voto.
Quem não luta pelos seus direitos, não tem direitos. Repassar essa mensagem pode ser a sua forma de lutar. Escolher bem na hora de votar, exigir o compromisso de cada candidato com a sua segurança, também.
Não atire para matar, mas atire para ficar vivo. Criminosos adoram o desarmamento das vítimas. Faz a atividade deles muito mais segura.
Boa sorte.
Abraços
DESARMAMENTO: A ALEGRIA DO CRIME!
História para quem esqueceu, ou nunca soube:
Em 1929, a União Soviética desarmou a população ordeira. De 1929 a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1911, a Turquia desarmou a população ordeira. De 1915 a 1917, um milhão e meio de armênios, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1938, a Alemanha desarmou a população ordeira. De 1939 a 1945, 13 milhões de judeus e outros "não arianos", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1935, a China desarmou a população ordeira. De 1948 a 1952, 20 milhões de dissidentes políticos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1964, a Guatemala desarmou a população ordeira. De 1964 a 1981, 100.000 índios maias, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1970, Uganda desarmou a população ordeira. De 1971 a 1979, 300.000 cristãos, impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Em 1956, o Camboja desarmou a população ordeira. De 1975 a 1977, um milhão de pessoas "instruídas", impossibilitados de se defenderem, foram caçados e exterminados.
Pessoas indefesas caçadas e exterminadas nos países acima, no século XX, após o desarmamento da população ordeira, sem que pudessem se defender: 56 milhões.
Há doze meses o governo da Austrália editou uma lei obrigando o proprietários de armas a entregá-las para destruição. 640.381 armas foram entregues e destruídas, num programa que custou aos contribuintes mais de US$ 500 milhões. Os resultados, no primeiro ano, foram os seguintes:
Os homicídios subiram 3.2%, as agressões 8.6%, os assaltos a mão armada 44%. Somente no estado de Victoria, os homicídios subiram 300%. Houve ainda um dramático aumento no número de invasões de residências e agressões a idosos. Os políticos australianos estão perdidos, sem saber como explicar aos eleitores a deterioração da segurança pública, após os esforços e gastos monumentais destinados a "livrar das armas a sociedade australiana".
Naturalmente, a população ordeira entregou suas armas, enquanto os criminosos ignoraram essa lei, como já ignoravam as demais.
O mesmo está acontecendo no Reino Unido. País tradicionalmente tranquilo, onde até a polícia andava desarmada, adotou o desarmamento da população ordeira. Pesquisa realizada pelo Instituto Inter-regional de Estudos de Crime e Justiça das Nações Unidas revela que Londres hoje é considerada a capital do crime na Europa. Os índices de crimes a mão armada na Inglaterra e no País de Gales cresceram 35% logo no primeiro ano após o desarmamento. Segundo o governo, houve 9.974 crimes envolvendo armas entre abril de 2001 e abril de 2002. No ano anterior, haviam sido 7.362 casos.
Os assassinatos com armas de fogo registraram aumento de 32%. A polícia já está armada.
Nos Estados Unidos, onde a decisão de permitir o porte de armas é adotada independentemente por cada estado, todos os estados com leis liberais quanto ao porte de armas pela população ordeira têm índices de crimes violentos em muito inferiores à média nacional, enquanto os estados com maiores restrições ostentam índices de crimes violentos expressivamente superiores à média nacional. Washington, onde a proibição é total, é a cidade mais violenta dos EUA.
Você não verá as informações acima disseminadas na imprensa local. Com honrosas exceções, a imprensa está fechada com as ONGs internacionais que pregam o desarmamento, por mais perigoso e ineficaz, Deus sabe com que propósitos.
Armas em poder da população ordeira e responsável salvam vidas e defendem propriedade. Leis de desarmamento afetam somente a população ordeira.
Em 2003, com a aprovação do absurdo Estatuto do Desarmamento, o Brasil iniciou o processo de desarmar a população ordeira. Salvo engano, isso quer dizer Você. E se você não lutar contra isso, você ou sua família poderão ser as próximas vítimas indefesas.
Com armas, somos cidadãos. Sem armas, somos súditos. Quem desarma a vítima fortalece o agressor. Na hora do perigo, será que a polícia vai estar lá? Chamar a polícia pode levar alguns segundos, esperar por ela pode levar o resto da sua vida. Uma arma na mão é melhor que um policial ao telefone.
O Brasil tem a mania de andar na contra-mão da história. E aqueles que tomam, por nós, as decisões, estão confortavelmente protegidos pelo aparato de segurança do Estado, circulando em carros blindados, tudo pago pelo nosso dinheiro. A única coisa que temem é o uso consciencioso do voto. Do nosso voto.
Quem não luta pelos seus direitos, não tem direitos. Repassar essa mensagem pode ser a sua forma de lutar. Escolher bem na hora de votar, exigir o compromisso de cada candidato com a sua segurança, também.
Não atire para matar, mas atire para ficar vivo. Criminosos adoram o desarmamento das vítimas. Faz a atividade deles muito mais segura.
Boa sorte.
Abraços
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Uma consideração interessante, no Brasil a maior parte dos mortos por armas de fogo não são vitimas, mais de 90% são políciais e bandidos mortos em confrontos, sendo assim para reduzir o número de assassinatos basta o governo mandar a polícia não entrar nas favelas e deixaros bandidos em paz, o número de roubos, furtos, sequestros e estupros pode aumentar, mas e dai? Eles só divulgaram os dados que interessam aos desarmamentistas (da forma que fazem hoje).
Ontem no JN foi divulgado or esultado da primeira pesquisa sobre o desarmamento, 81% a favor, 17% contra e 2% de indecisos, um resultado surpreendente por dois motivos:
1) Em todas as outras pesquisas e enquetes que fizeram os contras venceram, apenas uma dessas pesquisas foi divulgada em uma revista de grande circulação (infelizmente não lembro qual) e o editor da revista ainda foi capaz de ofender os que votaram no contra, como é que em tão pouco tempo 40% da população mudou de opinião?
2) Apenas 2% de indecisos, isso não existe em pesquisas, por mais simples que fosse a pesquisa sempre teve pelo menos 5% de indecisos chegando a 80% nas pesquisas mais complexas, como é que eles conseguiram fazer tantas pessoas responderem?
Ontem no JN foi divulgado or esultado da primeira pesquisa sobre o desarmamento, 81% a favor, 17% contra e 2% de indecisos, um resultado surpreendente por dois motivos:
1) Em todas as outras pesquisas e enquetes que fizeram os contras venceram, apenas uma dessas pesquisas foi divulgada em uma revista de grande circulação (infelizmente não lembro qual) e o editor da revista ainda foi capaz de ofender os que votaram no contra, como é que em tão pouco tempo 40% da população mudou de opinião?
2) Apenas 2% de indecisos, isso não existe em pesquisas, por mais simples que fosse a pesquisa sempre teve pelo menos 5% de indecisos chegando a 80% nas pesquisas mais complexas, como é que eles conseguiram fazer tantas pessoas responderem?
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- rodrigo
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Não foi essa pesquisa que disse que a população ainda acredita no Lula? Já dá pra ter idéia da credibilidade. Com a Globo então... Deviam perguntar aos seguranças da família Marinho se eles vão trabalhar desarmados.Ontem no JN foi divulgado or esultado da primeira pesquisa sobre o desarmamento, 81% a favor, 17% contra e 2% de indecisos
"O correr da vida embrulha tudo,
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sossega e depois desinquieta.
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João Guimarães Rosa
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