VARIG
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Aviação
Justiça do Rio homologa venda da Varig para NV Participações
Segunda, 19 de Junho de 2006, 19h51
Fonte: Reuters
O juiz da 1ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, anunciou nesta segunda-feira que homologou a venda da Varig para o consórcio NV Participações, liderado pelos trabalhadores da empresa.
Conheça a história da Varig
Opine: Qual será o futuro da Varig?
"Entendemos que os esclarecimentos foram prestados e que foram apresentadas as garantias financeiras", disse Ayoub a jornalistas, referindo-se às exigências que a Justiça havia feito em relação à proposta de R$ 1 bilhão feita pelo consórcio.
Ele explicou que o consórcio terá que depositar US$ 75 milhões (cerca de R$ 168,75 milhões) até sexta-feira para concretizar a compra. Caso isso não seja feito, a Justiça decretará que o leilão não teve efeito e decidirá se fará uma nova oferta pública.
O juiz aceitou o pagamento em debentures (instrumento de captação de recursos) após informação do consórcio de que os títulos poderão ser substituídos por dinheiro. "Com o aporte de recursos, começa a segunda fase da recuperação judicial, que é o enfrentamento da dívida", disse Ayoub em referência ao passivo de mais de R$ 7 bilhões que ficou separado da Varig Operacional, vendida em leilão.
Logo após o pronunciamento de Ayoub, o presidente da Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), coordenador do consórcio NV Participações, Márcio Marcillac, criticou a decisão judicial por não ter concedido imediatamente a administração da Varig aos empregados.
Marcillac afirmou ainda que, se até sexta-feira os investidores não tiverem tempo suficiente para liberar os recursos, será pedido um empréstimo-ponte ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Ele disse também que os ativos da empresa foram adquiridos sem obrigatoriedade de manter os vínculos com os atuais empregados da Varig, e que, após a compra, serão feitas admissões. "Não vamos demitir ninguém, vamos admitir. Até porque não compramos nenhum empregado. Agora vamos ver de quantos empregados vamos precisar", disse ele.
Plano de Contingência
Segundo Marcillac, na manhã de terça-feira tentará negociar com a atual diretoria a implantação de um plano de contingência, que para Marcillac é fundamental para a continuidade das operações da Varig.
"Algumas aeronaves da Varig estão ameaçadas de parar pelas empresas de leasing. Temos que criar um plano de contingência para não prejudicar os consumidores", disse Marcillac. Segundo Marcillac, a Varig tem 49 aviões em operação, e o mais seguro será reduzir a frota para 30 aeronaves a partir de terça-feira. "Teremos 30 aeronaves se não tiver como reverter essa situação com as empresas de leasing", afirmou.
A Justiça dos EUA determinou há duas semanas o arresto de sete aeronaves Boeing, e na semana passada de mais nove aeronaves, a pedido de empresas de leasing locais. Segundo Marcillac, se esses aviões continuarem operando, os administradores da Varig podem ser presos.
Além da pressão das empresas de leasing internacionais, a Varig tem sido constantemente ameaçada de corte de combustível pela BR Distribuidora, segundo Marcillac, que informou que a fornecedora estendeu até terça-feira o prazo para fornecimento de querosene de aviação para a Varig.
De acordo com o coordenador da TGV, a partir do depósito da primeira parcela do pagamento da Varig, previsto para sexta-feira, o consórcio passa a ser dono dos ativos da empresa e os dois investidores que segundo ele também integram o consórcio serão revelados.
Ele informou ainda que após tomar posse da empresa a diretoria executiva será substituída por profissionais de mercado "e não funcionários de carreira da Varig". E que o conselho de administração deverá ser formado por "empresários experientes".
Justiça do Rio homologa venda da Varig para NV Participações
Segunda, 19 de Junho de 2006, 19h51
Fonte: Reuters
O juiz da 1ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, anunciou nesta segunda-feira que homologou a venda da Varig para o consórcio NV Participações, liderado pelos trabalhadores da empresa.
Conheça a história da Varig
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"Entendemos que os esclarecimentos foram prestados e que foram apresentadas as garantias financeiras", disse Ayoub a jornalistas, referindo-se às exigências que a Justiça havia feito em relação à proposta de R$ 1 bilhão feita pelo consórcio.
Ele explicou que o consórcio terá que depositar US$ 75 milhões (cerca de R$ 168,75 milhões) até sexta-feira para concretizar a compra. Caso isso não seja feito, a Justiça decretará que o leilão não teve efeito e decidirá se fará uma nova oferta pública.
O juiz aceitou o pagamento em debentures (instrumento de captação de recursos) após informação do consórcio de que os títulos poderão ser substituídos por dinheiro. "Com o aporte de recursos, começa a segunda fase da recuperação judicial, que é o enfrentamento da dívida", disse Ayoub em referência ao passivo de mais de R$ 7 bilhões que ficou separado da Varig Operacional, vendida em leilão.
Logo após o pronunciamento de Ayoub, o presidente da Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), coordenador do consórcio NV Participações, Márcio Marcillac, criticou a decisão judicial por não ter concedido imediatamente a administração da Varig aos empregados.
Marcillac afirmou ainda que, se até sexta-feira os investidores não tiverem tempo suficiente para liberar os recursos, será pedido um empréstimo-ponte ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Ele disse também que os ativos da empresa foram adquiridos sem obrigatoriedade de manter os vínculos com os atuais empregados da Varig, e que, após a compra, serão feitas admissões. "Não vamos demitir ninguém, vamos admitir. Até porque não compramos nenhum empregado. Agora vamos ver de quantos empregados vamos precisar", disse ele.
Plano de Contingência
Segundo Marcillac, na manhã de terça-feira tentará negociar com a atual diretoria a implantação de um plano de contingência, que para Marcillac é fundamental para a continuidade das operações da Varig.
"Algumas aeronaves da Varig estão ameaçadas de parar pelas empresas de leasing. Temos que criar um plano de contingência para não prejudicar os consumidores", disse Marcillac. Segundo Marcillac, a Varig tem 49 aviões em operação, e o mais seguro será reduzir a frota para 30 aeronaves a partir de terça-feira. "Teremos 30 aeronaves se não tiver como reverter essa situação com as empresas de leasing", afirmou.
A Justiça dos EUA determinou há duas semanas o arresto de sete aeronaves Boeing, e na semana passada de mais nove aeronaves, a pedido de empresas de leasing locais. Segundo Marcillac, se esses aviões continuarem operando, os administradores da Varig podem ser presos.
Além da pressão das empresas de leasing internacionais, a Varig tem sido constantemente ameaçada de corte de combustível pela BR Distribuidora, segundo Marcillac, que informou que a fornecedora estendeu até terça-feira o prazo para fornecimento de querosene de aviação para a Varig.
De acordo com o coordenador da TGV, a partir do depósito da primeira parcela do pagamento da Varig, previsto para sexta-feira, o consórcio passa a ser dono dos ativos da empresa e os dois investidores que segundo ele também integram o consórcio serão revelados.
Ele informou ainda que após tomar posse da empresa a diretoria executiva será substituída por profissionais de mercado "e não funcionários de carreira da Varig". E que o conselho de administração deverá ser formado por "empresários experientes".
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VARIG
TAP desinteressa-se de negócio
A TAP deixou de estar interessada em comprar a Varig, afirmou fonte da transportadora portuguesa. A decisão da TAP é sustentada no «risco excessivo» no processo de recuperação da companhia brasileira, surgindo após a aprovação da venda da Varig à NV Participações.
( 10:20 / 20 de Junho 06 )
http://www.tsf.pt/online/economia/
A TAP perdeu o interesse na compra da Varig, dado o «risco excessivo» no processo de recuperação da transportadora brasileira e da degradação da companhia, indicou fonte da transportadora portuguesa.
A posição da TAP surge na sequência da aprovação, na segunda-feira, da venda da companhia brasileira à NV Participações, consórcio formado pela associação de Trabalhadores do Grupo Varig e por investidores estrangeiros.
Esta decisão do juiz Luís Roberto Ayoub, responsável pela recuperação judicial da Varig, acontece 11 dias após a realização do leilão dos activos da companhia, em que apenas foi apresentada uma proposta de compra.
A Justiça do Rio de Janeiro tinha questionado o facto de os Trabalhadores do Grupo Varig pretenderem pagar parte dos 1010 mil milhões de reais (355 milhões de euros) para a aquisição da Varig em debêntures, ou títulos privados.
Na quarta-feira, a NV Participações apresentou ao juiz os esclarecimento sobre o pagamento com estes títulos, tendo Luís Roberto Ayoub explicado que foram apresentadas as garantias necessárias e que a proposta assegura a liquidez dos debêntures a serem emitidos em 20 anos.
A NV Participações tem agora 72 horas para fazer um depósito de 75 milhões de dólares, correspondente à primeira parcela da compra, algo que poderá não acontecer, segundo o «Jornal da Globo».
Na edição online do «Jornal do Brasil», adianta, por seu lado, que a Varig pode parar já à meia-noite desta quarta-feira por não ter dinheiro para comprar combustível.

Eu acredito que muito além de financeiro, o problema da Varig é cultural e operacional. Como os novos "donos" da companhia continuam os mesmos, afinal trocaram a fundação dos funcionários pela associação dos mesmos funcionários, acho que sua estrutura inchada permanescerá. Para mim, a quebra final é questão de (pouco) tempo.
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- Rui Elias Maltez
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20 de junho de 2006 - 22:57
Acionado plano de emergência para atender passageiros da Varig no exterior
Com a empresa impedida judicialmente de usar 18 aviões e a maioria dos vôos internacionais cancelados, A TAM e a Gol deverão fazer o transporte da maior parte dos passageiros
Isabel Sobral
BRASÍLIA - O diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, informou que começou a ser montado no início da noite desta terça-feira um plano para embarcar, emergencialmente, passageiros da Varig espalhados por vários países do mundo. Por uma decisão de juízes estaduais dos Estados Unidos, a companhia brasileira em crise está impedida de movimentar, nas próximas 72 horas, 18 aeronaves adquiridas por meio de leasing (aluguel com opção de compra). Com isso, cerca de 70% dos aviões da empresa em condições de voar ficarão no solo, e a maioria dos vôos internacionais da companhia serão cancelados. A TAM e a Gol deverão fazer o transporte da maior parte desses passageiros.
O prazo é o mesmo que o consórcio NV tem para depositar em juízo US$ 75 milhões como sinal da proposta de compra da Varig. O anúncio de Zuanazzi foi feito ao final da primeira reunião do "gabinete de crise" montado pelo governo federal para monitorar o desenlace do drama da Varig.
"Precisamos fazer um plano de emergência para atender os usuários e minimizar os problemas dessas pessoas que precisam se deslocar", afirmou Zuanazzi. Segundo o diretor, a direção da Varig comunicou o comitê do governo, no início da noite, sobre o impedimento de usar os aviões. A Anac, por telefone, pediu então autorização do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável pela condução do processo de recuperação judicial da companhia aérea, para elaborar um plano para atender os passageiros.
Parceria com a Varig
Zuanazzi não soube precisar quantos passageiros teriam que ser deslocados nos próximos três dias e nem exatamente onde eles estão. "Nossas equipes técnicas já estão na sede da Varig no Rio para fazer esse levantamento, ainda nesta madrugada poderemos ter a certeza", afirmou. Ele citou, no entanto, como alguns exemplos de localidades no exterior que já deixaram de ser atendidas por vôos da Varig as cidades de Montevidéu, Assunção, Nova York, Los Angeles e Miami. Os vôos para Frankfurt serão mantidos.
Segundo Zuanazzi, o trabalho está sendo feito em parceria com a direção da Varig. "Não há nenhuma resistência da diretoria da Varig", disse. O diretor afirmou que não dispunha de dados sobre a situação no mercado interno, mas que esse era mais "fácil" de ser atendido.
O diretor da agência informou que a principal preocupação é em relação às rotas internacionais. A Gol e TAM vão ser responsáveis pelo transporte dos passageiros da Varig, seja com os assentos disponíveis em seus próprios vôos internacionais, seja nas parcerias (code-share) que mantêm com companhias estrangeiras. "A Varig também acionou as suas próprias parcerias com empresas internacionais", completou Zuanazzi.Outra alternativa que poderá ser usada, disse ele, é a realização de fretamento de aviões das companhias brasileiras.
Hospedagem custeada
Os passageiros que não conseguirem embarcar, disse o diretor, em último caso poderão ainda ter suas hospedagens em hotéis custeadas pela Varig. "Nessa hora, um pouquinho de paciência e uma dose de sentimento são necessárias porque se trata de uma decisão judicial com data e hora para terminar e da qual a Varig também certamente deverá recorrer", afirmou o diretor.
Apesar de a discussão sobre o plano de emergência ter começado apenas no início da noite, a diretoria da Anac passou todo o dia reunida com técnicos e presidentes das outras companhias aéreas brasileiras. Zuanazzi informou que durante o dia foram atualizados dados e informações das empresas para o chamado "plano de contingência" - que trata da redistribuição das rotas operadas pela Varig no caso da empresa paralisar de vez suas atividades.
Novamente, porém, o diretor se negou a detalhar esse plano que a agência reguladora só pretende anunciar em caso de falência da Varig. "Já disse e volto a repetir que seria uma irresponsabilidade da agência não ter um plano de contingência, seria como um bombeiro que não está preparado para um incêndio", comparou Zuanazzi.
http://www11.estadao.com.br/ultimas/eco ... 20/440.htm
Acionado plano de emergência para atender passageiros da Varig no exterior
Com a empresa impedida judicialmente de usar 18 aviões e a maioria dos vôos internacionais cancelados, A TAM e a Gol deverão fazer o transporte da maior parte dos passageiros
Isabel Sobral
BRASÍLIA - O diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, informou que começou a ser montado no início da noite desta terça-feira um plano para embarcar, emergencialmente, passageiros da Varig espalhados por vários países do mundo. Por uma decisão de juízes estaduais dos Estados Unidos, a companhia brasileira em crise está impedida de movimentar, nas próximas 72 horas, 18 aeronaves adquiridas por meio de leasing (aluguel com opção de compra). Com isso, cerca de 70% dos aviões da empresa em condições de voar ficarão no solo, e a maioria dos vôos internacionais da companhia serão cancelados. A TAM e a Gol deverão fazer o transporte da maior parte desses passageiros.
O prazo é o mesmo que o consórcio NV tem para depositar em juízo US$ 75 milhões como sinal da proposta de compra da Varig. O anúncio de Zuanazzi foi feito ao final da primeira reunião do "gabinete de crise" montado pelo governo federal para monitorar o desenlace do drama da Varig.
"Precisamos fazer um plano de emergência para atender os usuários e minimizar os problemas dessas pessoas que precisam se deslocar", afirmou Zuanazzi. Segundo o diretor, a direção da Varig comunicou o comitê do governo, no início da noite, sobre o impedimento de usar os aviões. A Anac, por telefone, pediu então autorização do juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável pela condução do processo de recuperação judicial da companhia aérea, para elaborar um plano para atender os passageiros.
Parceria com a Varig
Zuanazzi não soube precisar quantos passageiros teriam que ser deslocados nos próximos três dias e nem exatamente onde eles estão. "Nossas equipes técnicas já estão na sede da Varig no Rio para fazer esse levantamento, ainda nesta madrugada poderemos ter a certeza", afirmou. Ele citou, no entanto, como alguns exemplos de localidades no exterior que já deixaram de ser atendidas por vôos da Varig as cidades de Montevidéu, Assunção, Nova York, Los Angeles e Miami. Os vôos para Frankfurt serão mantidos.
Segundo Zuanazzi, o trabalho está sendo feito em parceria com a direção da Varig. "Não há nenhuma resistência da diretoria da Varig", disse. O diretor afirmou que não dispunha de dados sobre a situação no mercado interno, mas que esse era mais "fácil" de ser atendido.
O diretor da agência informou que a principal preocupação é em relação às rotas internacionais. A Gol e TAM vão ser responsáveis pelo transporte dos passageiros da Varig, seja com os assentos disponíveis em seus próprios vôos internacionais, seja nas parcerias (code-share) que mantêm com companhias estrangeiras. "A Varig também acionou as suas próprias parcerias com empresas internacionais", completou Zuanazzi.Outra alternativa que poderá ser usada, disse ele, é a realização de fretamento de aviões das companhias brasileiras.
Hospedagem custeada
Os passageiros que não conseguirem embarcar, disse o diretor, em último caso poderão ainda ter suas hospedagens em hotéis custeadas pela Varig. "Nessa hora, um pouquinho de paciência e uma dose de sentimento são necessárias porque se trata de uma decisão judicial com data e hora para terminar e da qual a Varig também certamente deverá recorrer", afirmou o diretor.
Apesar de a discussão sobre o plano de emergência ter começado apenas no início da noite, a diretoria da Anac passou todo o dia reunida com técnicos e presidentes das outras companhias aéreas brasileiras. Zuanazzi informou que durante o dia foram atualizados dados e informações das empresas para o chamado "plano de contingência" - que trata da redistribuição das rotas operadas pela Varig no caso da empresa paralisar de vez suas atividades.
Novamente, porém, o diretor se negou a detalhar esse plano que a agência reguladora só pretende anunciar em caso de falência da Varig. "Já disse e volto a repetir que seria uma irresponsabilidade da agência não ter um plano de contingência, seria como um bombeiro que não está preparado para um incêndio", comparou Zuanazzi.
http://www11.estadao.com.br/ultimas/eco ... 20/440.htm
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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21/06/2006 - 10h22
Sem aviões, Varig decide parar de voar para 11 cidades no exterior
da Folha Online
A Varig anunciou hoje a suspensão temporária de seus vôos para 11 destinos internacionais: Milão, Munique, Madri, Paris, Nova Iorque, Miami, Los Angeles, Cidade do México, Montevidéu, Assunção e Bogotá.
Ficam mantidos os vôos para Frankfurt (dois vôos diários), Londres (um), Miami (um), Buenos Aires (quatro), Lima (um), Santa Cruz de La Sierra (um), Santiago do Chile (um) e Caracas (diário, exceto aos sábados). Essas são, segundo a empresa, as rotas com maior demanda e rentabilidade.
Na malha doméstica, a Varig só continuará a voar para os seguintes destinos: Rio de Janeiro (Santos Dumont e Tom Jobim), São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus, Foz do Iguaçu, Curitiba, Porto Alegre, Fernando de Noronha, Florianópolis, Macapa e Brasília. Os demais serão suspensos.
Devido à falta principalmente de aviões, a Varig cancelou hoje 73,7% dos vôos com partidas previstas nos quatro principais aeroportos das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Entre os vôos com situação já definida (cancelado ou confirmado/em embarque/em decolagem), 28 das 38 partidas previstas para esta manhã nos aeroportos cariocas (Santos Dumont e Galeão) e paulistas (Congonhas e Cumbica) foram suspensas, segundo o site da Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros). A Varig não comenta os números.
Ontem o site mostrava que dos 21 vôos previstos para partir de Cumbica desde as 9h35, nenhum decolou.
Hoje a empresa afirmou que nenhum passageiro deixará de voar devido à readequação de sua malha de vôos. "Todos os clientes com passagens compradas para os vôos temporariamente suspensos deverão ser acomodados em outros vôos da Varig ou de outras empresas", diz a companhia em nota.
Ontem a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou um plano de contingência que estabelece que outras companhias aéreas transportem os passageiros cujos vôos foram cancelados pela Varig.
No mercado doméstico isso já vinha acontecendo. TAM e Gol tem acomodado os passageiros da Varig em assentos disponíveis de seus aviões. As duas empresas terão, a partir de agora, de reservar lugares para esses passageiros. Ainda não se sabe como será feito o reembolso a essas companhias.
Nos vôos internacionais, a Anac espera que companhias estrangeiras transportem passageiros da Varig no sistema de code-share (compartilhamento de vôo). A maior preocupação é com os passageiros que estão na Alemanha para ver os jogos da Copa do Mundo e que seriam trazidos de volta pela Lufthansa em caso de quebra da Varig.
A Varig informou que "foi obrigada" a implementar a reestruturação de sua malha de vôos devido às "negociações" com as empresas de leasing.
Ontem o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), que planeja comprar a empresa, informou que só 25 aviões estavam em funcionamento, com 20 aeronaves em condições de voar e outras 16 em manutenção paradas.
Parte dos aviões com condições de voar permanecem parados devido a decisões judiciais, que determinam sua devolução para as empresas de leasing que os alugaram à Varig
Hoje a situação pode se agravar ainda mais caso o juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, decida suspender a proteção contra o arresto de aviões da Varig e determine sua devolução às empresas de leasing.
Venda
A Justiça aceitou anteontem a venda da Varig para consórcio formado pelo TGV e dois investidores não-revelados. Para que a venda seja concretizada, no entanto, o grupo tem que injetar US$ 75 milhões até sexta-feira na empresa aérea.
Além disso, tem que mostrar que possui R$ 1,01 bilhão para pagar pela compra da Varig, dinheiro que será destinado para abater parte das dívidas de R$ 7,9 bilhões que a empresa tem com credores.
Por último, se desejar dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para investir na empresa aérea, o TGV terá que mostrar que possui garantias do pagamento do empréstimo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 8700.shtml
Sem aviões, Varig decide parar de voar para 11 cidades no exterior
da Folha Online
A Varig anunciou hoje a suspensão temporária de seus vôos para 11 destinos internacionais: Milão, Munique, Madri, Paris, Nova Iorque, Miami, Los Angeles, Cidade do México, Montevidéu, Assunção e Bogotá.
Ficam mantidos os vôos para Frankfurt (dois vôos diários), Londres (um), Miami (um), Buenos Aires (quatro), Lima (um), Santa Cruz de La Sierra (um), Santiago do Chile (um) e Caracas (diário, exceto aos sábados). Essas são, segundo a empresa, as rotas com maior demanda e rentabilidade.
Na malha doméstica, a Varig só continuará a voar para os seguintes destinos: Rio de Janeiro (Santos Dumont e Tom Jobim), São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Manaus, Foz do Iguaçu, Curitiba, Porto Alegre, Fernando de Noronha, Florianópolis, Macapa e Brasília. Os demais serão suspensos.
Devido à falta principalmente de aviões, a Varig cancelou hoje 73,7% dos vôos com partidas previstas nos quatro principais aeroportos das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.
Entre os vôos com situação já definida (cancelado ou confirmado/em embarque/em decolagem), 28 das 38 partidas previstas para esta manhã nos aeroportos cariocas (Santos Dumont e Galeão) e paulistas (Congonhas e Cumbica) foram suspensas, segundo o site da Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros). A Varig não comenta os números.
Ontem o site mostrava que dos 21 vôos previstos para partir de Cumbica desde as 9h35, nenhum decolou.
Hoje a empresa afirmou que nenhum passageiro deixará de voar devido à readequação de sua malha de vôos. "Todos os clientes com passagens compradas para os vôos temporariamente suspensos deverão ser acomodados em outros vôos da Varig ou de outras empresas", diz a companhia em nota.
Ontem a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou um plano de contingência que estabelece que outras companhias aéreas transportem os passageiros cujos vôos foram cancelados pela Varig.
No mercado doméstico isso já vinha acontecendo. TAM e Gol tem acomodado os passageiros da Varig em assentos disponíveis de seus aviões. As duas empresas terão, a partir de agora, de reservar lugares para esses passageiros. Ainda não se sabe como será feito o reembolso a essas companhias.
Nos vôos internacionais, a Anac espera que companhias estrangeiras transportem passageiros da Varig no sistema de code-share (compartilhamento de vôo). A maior preocupação é com os passageiros que estão na Alemanha para ver os jogos da Copa do Mundo e que seriam trazidos de volta pela Lufthansa em caso de quebra da Varig.
A Varig informou que "foi obrigada" a implementar a reestruturação de sua malha de vôos devido às "negociações" com as empresas de leasing.
Ontem o TGV (Trabalhadores do Grupo Varig), que planeja comprar a empresa, informou que só 25 aviões estavam em funcionamento, com 20 aeronaves em condições de voar e outras 16 em manutenção paradas.
Parte dos aviões com condições de voar permanecem parados devido a decisões judiciais, que determinam sua devolução para as empresas de leasing que os alugaram à Varig
Hoje a situação pode se agravar ainda mais caso o juiz Robert Drain, da Corte de Falências de Nova York, decida suspender a proteção contra o arresto de aviões da Varig e determine sua devolução às empresas de leasing.
Venda
A Justiça aceitou anteontem a venda da Varig para consórcio formado pelo TGV e dois investidores não-revelados. Para que a venda seja concretizada, no entanto, o grupo tem que injetar US$ 75 milhões até sexta-feira na empresa aérea.
Além disso, tem que mostrar que possui R$ 1,01 bilhão para pagar pela compra da Varig, dinheiro que será destinado para abater parte das dívidas de R$ 7,9 bilhões que a empresa tem com credores.
Por último, se desejar dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para investir na empresa aérea, o TGV terá que mostrar que possui garantias do pagamento do empréstimo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 8700.shtml
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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Isso já foi cogitado nos bastidores do governo, mas só será realmente efetuado em algum caso de real emergência.
No geral, não se supõe que quem foi ver a copa na Alemanha não tenha condições de arcar com o prejuízo de ter que pagar por outra passagem para voltar em outra companhia caso a Varig realmente venha a falir.
A meu ver o prejuízo já é irreversível, nos mesmos moldes do que ocorreu com a Vasp. Quem aí seria louco de comprar uma passagem da Varig hoje?
No geral, não se supõe que quem foi ver a copa na Alemanha não tenha condições de arcar com o prejuízo de ter que pagar por outra passagem para voltar em outra companhia caso a Varig realmente venha a falir.
A meu ver o prejuízo já é irreversível, nos mesmos moldes do que ocorreu com a Vasp. Quem aí seria louco de comprar uma passagem da Varig hoje?