Fórum Defesa Brasil

Ó Walter vai com um Guppy III pra dar mais emoção

Rui Elias Maltez escreveu:

Deste ponto de vista, se o Brasil tem dado sinais de pretender ter uma palavra a dizer perante os Estados Unidos, não deveria o Brasil ter uma palavra a dizer perante os russos e aquilo que é mais que tudo o resto a utilização da América do Sul, como pátio de brincadeiras do Putin e da sua Máfia de generais corruptos ?

Ò PT, se é para escrever artigos de opinião, que tal se a Administração deste fórum abrisse uma secção específica para o assunto, tipo, "espaço para editoriais", e aí cada um se responsabiliza peo que diz?

Rui,

Não é para isso que já serve o Forum?

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Sim... tem uma certa razão.

Retiro o que disse, PT, embora ache meio disparatado querer que o Brasil se meta em assuntos bilaterais entre a Venezuela e a Rússia.

Mas somos os zeladores do quintal do Tio Sam.

A questão discutida neste tópico é a presença de um cruzador russo, enviado para a América do Sul, apenas porque o Putin acha que o continente é quase território norte-americano e que por isso mostra a sua vontade de enfrentar os Estados Unidos.

Para quem conhece a Tourada à Portuguesa, é mais ou menos ir para o meio da arena, quando o touro já foi retirado, mostrar a coragem no meio das «chocas» (que afinal é território do Touro).

Se o Brasil pretende afirmar que existe uma América do Sul que é independente das vontades de Washington, não o pode fazer dentro da lógica euro-americana da Guerra Fria, mas sim dentro da própria lógica da política que os países do continente considerem como a mais adequada às suas necessidades.

Deste ponto de vista, não se pode criticar os Estados Unidos por criarem a 4ª Esquadra, quando os russos enviam a sua Esquadra do Mar do Norte e ameaçam indirectamente colocar bases no continente.
Considerando a posição das bases, para o Brasil, a diferença entre algumas das unidades da Esquadra norte-americana (no Texas) e da Esquadra russa do Mar do Norte é minima.

A 20 nós, uma unidade naval dos Estados Unidos viaja de Houston até Santos em cerca de 12 a 13 dias. Para atingir as costas de Santos, saindo de Murmansk, uma esquadra russa à mesma velocidade chega em 14 a 15 dias.

Se a esquadra russa tem na realidade algum poder e alguma importância militar, então o Brasil deve ter esta realidade em consideração.

Por outro lado, se se trata apenas de «bravata», Diplomacia Naval, ou forma de afrontar o Bush para a opinião pública russa ficar orgulhosa, então não há qualquer razão para tanta referência à decadência americana e ao facto de os russos poderem fazer o que querem perante a total impotência da América, porque isso não passa de uma patetice.

Logo, em igualdade de circunstâncias, faria sentido que da mesma forma que os Estados Unidos foram informados de que o Brasil não vê utilidade nenhuma na reactivação da 4ª Esquadra, também os soviéticos deveriam ser informados de que a visita dos seus navios, não é de qualquer utilidade para a América do Sul.
Aparentemente, o que quer que alguém diga contra os russos, é logo taxado de pró americano e outras coisas por aí.

Parece que há gente que acha e está convencida de que os governos dos países da América do Sul, nomeadamente o Brasil, não são capazes de ter a sua política própria.
Ou têm que ser pró-americanos, ou têm que ser pró russos/comunistas.

Talvez assim os russos mudassem um pouco a visão arrogante que têm da América do Sul, que consegue ser pior que a visão norte-americana.
Os norte-americanos podem achar que os sul americanos podem não passar de uns índios.
Os russos, estão absolutamente convencidos disso.

pt escreveu:A questão discutida neste tópico é a presença de um cruzador russo, enviado para a América do Sul, apenas porque o Putin acha que o continente é quase território norte-americano e que por isso mostra a sua vontade de enfrentar os Estados Unidos.

Para quem conhece a Tourada à Portuguesa, é mais ou menos ir para o meio da arena, quando o touro já foi retirado, mostrar a coragem no meio das «chocas» (que afinal é território do Touro).

Se o Brasil pretende afirmar que existe uma América do Sul que é independente das vontades de Washington, não o pode fazer dentro da lógica euro-americana da Guerra Fria, mas sim dentro da própria lógica da política que os países do continente considerem como a mais adequada às suas necessidades.

Deste ponto de vista, não se pode criticar os Estados Unidos por criarem a 4ª Esquadra, quando os russos enviam a sua Esquadra do Mar do Norte e ameaçam indirectamente colocar bases no continente.
Considerando a posição das bases, para o Brasil, a diferença entre algumas das unidades da Esquadra norte-americana (no Texas) e da Esquadra russa do Mar do Norte é minima.

A 20 nós, uma unidade naval dos Estados Unidos viaja de Houston até Santos em cerca de 12 a 13 dias. Para atingir as costas de Santos, saindo de Murmansk, uma esquadra russa à mesma velocidade chega em 14 a 15 dias.

Se a esquadra russa tem na realidade algum poder e alguma importância militar, então o Brasil deve ter esta realidade em consideração.

Por outro lado, se se trata apenas de «bravata», Diplomacia Naval, ou forma de afrontar o Bush para a opinião pública russa ficar orgulhosa, então não há qualquer razão para tanta referência à decadência americana e ao facto de os russos poderem fazer o que querem perante a total impotência da América, porque isso não passa de uma patetice.

Logo, em igualdade de circunstâncias, faria sentido que da mesma forma que os Estados Unidos foram informados de que o Brasil não vê utilidade nenhuma na reactivação da 4ª Esquadra, também os soviéticos deveriam ser informados de que a visita dos seus navios, não é de qualquer utilidade para a América do Sul.
Aparentemente, o que quer que alguém diga contra os russos, é logo taxado de pró americano e outras coisas por aí.

Parece que há gente que acha e está convencida de que os governos dos países da América do Sul, nomeadamente o Brasil, não são capazes de ter a sua política própria.
Ou têm que ser pró-americanos, ou têm que ser pró russos/comunistas.

Talvez assim os russos mudassem um pouco a visão arrogante que têm da América do Sul, que consegue ser pior que a visão norte-americana.
Os norte-americanos podem achar que os sul americanos podem não passar de uns índios.
Os russos, estão absolutamente convencidos disso.

X2
Liberdade se conquista, não se doa nem se mendiga.
Há muita estrada para trilhar até alçarmos um degrau de certa indepêndencia, que, na realidade, nenhum país a detém pois sempre, de uma maneira ou de outra, está atrelado aos interesses da bipolarização das potências.
Com a debacle da URSS isto arrefeceu. Porém, expôs a flatulência de poder de um só, (que vem diminuindo posto que está capilarizando-se), mostra que os dentes podem ser de bocas diferentes, mas a mordida terá o mesmo efeito.
Se nosotros, tupiniquins, almejamos espaço e projeção de poder, aqui em sudameris, temos que acusar mouros e cristãos, sem exceção. Claro, com "pragmatismo", porque nosso rabo é longo e o porrete deles é pesado.

Jesus

Se vamos por ai, da proxima vez que um par de navios da Royal Navy, da Marine Nationale, do Japão ou outra qualquer potência naval de media dimensão (que é o que a Russia é hoje) for enviado para a America do Sul treinar com uma qualquer marinha do Continente com quem tenha acordos bilaterais, o Brasil vai fazer um protesto diplomático?!

Um bocadinho de bom senso antes de se escrever não faria mal a ninguém...

A questão é:

Porque é que há de haver exercícios de mostrar bandeira de países distantes na América do Sul?

Tais «exercicios», são o resultado de uma visão imperial, tanto da Europa (Rússia incluida) quanto dos Estados Unidos, que se arrogam o direito de continuar com a antiga politica da canhoneira em que se enviavam navios de guerra para mostrar a bandeira e mostrar quem manda e quem tem o poder.

A visita russa, é a continuação desse tipo de política, porque os russos continuam a ver o mundo dessa maneira. Não há exercício nenhum que os russos possam fazer que valha de alguma coisa à marinha da Venezuela.
A única coisa que vai ser exercitada é a língua do Chavez...

Não é possível nem faz sentido fazer comparações com exercicios militares em que se treinam doutrinas e se utilizam equipamentos que são em grande medida compativeis.
Muitos dos treinos que se fazem têm em vista intervenções de Paz e humanitárias, de protecção de populações civis e controlo da costa marítima.

Já os russos não fazem exercícios desse tipo. As operações de salvamento que estão habituados a fazer só servem para matar os reféns à bala ou para os envenenar com gás.
As operações de Paz russas só criam tensões internacionais (Sérvia e Geórgia como exemplos).

Portanto, a visita do "Piotr Veliki" é uma visita política de afirmação não de uma aliança, mas de afirmação (interna) de poder do matador de tigres e mestre de Judo de Moscovo.

Como tal, a visita é em si mesmo ofensiva e sinal de menosprezo, transformando a América do Sul numa espécie de Pátio onde os russos entram porque os americanos também entram quando querem.

Para os países que têm gasto muitos esforços diplomáticos a mostrar aos americanos os seus erros, não adianta de grande coisa a visita da esquadra do Czar Vladimir V.

brisa escreveu:O Walter ja suspendeu a ir intercepta-los com nossos Oberon

Nem fala. Se dependesse de mim... o Tonelero tinha suspendido no dia 21 de setembro...

Gostou dessa?

engraçado que quando o USS Ronald Reagan fundeou na Baia da Guanabara, não vi as histéricas de serviço soltarem um pio....

parece uma novela da TVI.... só que nem gajas boas tem, haja paciência

Eu tento, honestamente tento, mas ainda não consegui encontrar um problema de qualquer espécia em a Rússia fazer uma viagem com alguns dos seus navios e atracar a esquadra num desses países, seja na Venezuela ou noutro país qualquer.

Nem vejo em que é que o Brasil tenha que intervir nisso.

russofobia...


entretanto...a frota Russa visitará um dos grande AMIGOS DOS EUA no Mediterrâneo

Russian naval task force to visit Libya on Saturday
18:15 | 08/ 10/ 2008



MOSCOW, October 8 (RIA Novosti) - A naval task force from Russia's Northern Fleet, led by the nuclear-powered missile cruiser Pyotr Veliky, will visit the Libyan capital October 11-13, an aide to the Navy commander said Wednesday.

Capt. 1st Rank Igor Dygalo said the Neustrashimy (Fearless) missile frigate from Russia's Baltic Fleet would call at Tripoli at the same time to replenish supplies.

He added that the frigate would then continue its tour of duty via the Mediterranean to the Indian Ocean.

"The Neutrashimy will go to Somalia where it will ensure the safety of Russian vessels passing through this area against pirate attacks," he said.

Last Wednesday, Somali Ambassador to Russia Mohamed Handule said his country's President Abdullahi Yusuf Ahmed had authorized Russia's military to fight pirates off Somalia's coast and on land.

Pirates are increasingly active in the waters off Somalia, which has no effective government and no navy to police its coastline. The International Maritime Bureau said more than 30 incidents of piracy were registered in the region in 2007. More than 30 attacks have been committed so far this year off the coast of the East African nation.

http://en.rian.ru/russia/20081008/117590763.html

Independentemente do que eu pense sobre o uso deste tipo de navios nos dias de hoje, não deixa de ser um belo navio:

Adorava visitar um navio desses ...o Mig-29 dos Mares orgasmo com helices