Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho despede-se dos militares que vão treinar as tropas iraquianas, Lisboa, 5 novembro 2018
O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que as Forças Nacionais Destacadas em várias partes do mundo contribuem para a ordem internacional, na partida da 8.ª Força Nacional Destacada, que vai participar na operação Inherent Resolve, no Iraque, no Aeródromo militar de Lisboa.
«A nossa segurança começa longe das nossas fronteiras e a participação de Forças Nacionais Destacadas portuguesas em diferentes partes do mundo, como a República Centro-Africana, Kosovo, Afeganistão, Colômbia e Iraque, faz parte da nossa segurança, porque a ordem internacional é uma ordem preciosa e está sob tensão em diferentes partes do mundo», referiu João Cravinho.
«Quis estar aqui convosco, esta noite, para testemunhar o apreço do Governo, o meu apreço pessoal enquanto Ministro da Defesa Nacional, o nosso reconhecimento pelo vosso trabalho e para vos mostrar solidariedade e dizer que não estão sós. Portugal está convosco. Portugal reconhece o vosso esforço e o vosso sacrifício», afirmou aos 31 militares.
O Mnistro referiu também que «Portugal é um excelente cidadão da ordem internacional e participa com grande consenso no plano nacional e grande recolhimento internacional».
Missão visa apoiar a formação das forças de segurança iraquianas
A operação Inherent Resolve, na qual já se encontram militares do Exército português, apoia a formação das Forças Armadas e de segurança iraquianas no combate ao terrorismo (nomeadamente o grupo terrorista auto-intitulado Estado Islâmico).
O Ministro afirmou ainda que as Forças Armadas portuguesas estão, com esta missão, «a contribuir para a paz, para um mundo mais seguro e estão a capacitar as Forças Armadas de um outro país para o ajudar a garantir o Estado de Direito» e, também, a «contribuir para a estabilidade na região, que é uma região contígua à nossa região da Europa».
A «missão é complexa e arriscada, mas é fundamental» disse João Cravinho, acrescentando que a bravura e o rigor dos militares portugueses servirá de «compasso para dar continuidade a um compromisso português, que data de 2014, de não ficar em silêncio, de não ficar inerte perante a ameaça terrorista que tinha uma importante fonte no Iraque».
«Estou seguro que o vosso desempenho estará à altura do tremendo trabalho feito por Forças Nacionais Destacadas ao longo dos tempos» que «tem enaltecido o nome de Portugal» e que tem «criado para Portugal um reconhecimento muito grande no seio das Nações Unidas e em outros enquadramentos» afirmou ainda.
Esta força agora enviada foi aprontada pelo Exército no Regimento de Guarnição n.º 3, na Madeira, tratando-se do primeiro contingente a ser aprontado nesta região no regime democrático. A força é composta por 12 oficiais, 15 sargentos e 3 praças, e um oficial de ligação, sendo 29 homens e uma mulher.
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