knigh7 escreveu: ↑Qui Abr 20, 2023 11:23 pm
Infelizmente o envio desses USD 500 milhões não vai ser aprovado pelo Congresso americano. Provavelmente será engavetado. Tanto os Republicanos quanto os Democratas estão avessos ao Governo Lula. Eu coloquei um link de para uma materia extensa da Folha hoje no tópco 'Um MBT Nacional" sobre o assunto e no jornal da noite da CNN o Lourival Sant'Anna disse que conversou com membros dos 2 partidos e não vai dar pé. É uma promessa de campanha Biden mas ele já jogou num momento em que a política externa do Brasil já fucou mais clara e avorece o eixo Rússia-China.
Quanto ao desmatamento, foi o segundo pior registrado para o mês de março nos últimos 15 anos. E referente aos meses de janeiro e fevereio, tiveram também altas expessivas. Madeireiro não vai ficar de braços cruzados, mas aumentou. Até agora o atual governo está agindo com uma repressão menor ou menos eficiente que o anterior.
A culpa é sempre do Bolsonaro, incrível.
Mas voltando ao mundo real, o MMA aumentou para quase 9 mil cargos e já haviam 1.4 mil novos funcionários do Ibama registrados no concurso feito durante a gestão Bolsonaro. O maior problema é a falta de desenvolvimento na região, pois o desmatamento e o garimpo é basicamente sustentado por pessoas que vivem de forma miserável, especialmente ribeirinhos.
Se há falta de pessoal, o adequado seria enviar tropas Federais, inclusive a FNSP, para preencher o gap, mas não é o que está ocorrendo, aliás nem está havendo mapeamento da região como havia desde o Governo da Dilma. Há uma completa inação no Ministério do Meio Ambiente, que é um reflexo do GF como um todo.
Não vai haver diminuição do desmatamento e do garimpo ilegal sem que leve desenvolvimento para a região.
A maior parte do desmatamento e garimpo ocorre nas proximidades do Rio Javari, Juruá e Tarauacá e o material recolhido vai para o Peru, pouco disso é traficando de dentro do país. Se querem reforçar a fiscalização, basta atuar nos pontos quentes, com bases em rios.
Em 2018, participei de um evento em Recife na Vila Militar, em Olinda, onde foi se discutido uma expansão do SISFRON, onde haveria um novo tipo de SUs Especiais de Fronteira, espalhadas pela fronteira, num total de aproximadamente 35-66 bases, para atuar na defesa da região de fronteira e também no bloqueio de contrabando interno e externo. Lembro de várias localizações sugeridas para tais bases e o que sei é que isso chegou nas partes mais altas do Exército, só não sei no que deu até então. Vou tentar buscar o estudo e publicar aqui, seriam basicamente bases a nível Pelotão+ e Companhia+, com partes do território divididas em setores de jurisdição de cada Elemento de Fronteira - esse era o nome dado por eles - que teria apoio de drones CAT 2 e helicópteros para atuações rápidas.
Eu cheguei a falar aqui na época no fórum, vou tentar ver se acho o post, pois lembro de pouca coisa, muito pelo acidente que tive e afetou bastante minha memória de alguns anos atrás. Caso não, esse post do
@RobsonBCruz sintetiza bem:
https://www.defesabrasil.com/forum/view ... 2#p5548942
Esse problema nunca acabará se não fizerem um plano geral que envolva:
Aperfeiçoamento do SISFRON, contando com tropas e bases próximas da fronteira, fechando as principais rotas de contrabando e violação do território nacional;
Desenvolvimento de um conjunto de leis que permitam ações mais incisivas contra transgressores do território, incluindo uso de força letal à discrição do comandante de ação, pois a grande maioria desses contrabandistas de madeira e minérios em toda a AM são escoltados por gente das FARC, ELN ou até orgânicos mesmos, armados de fuzis; e
Levar desenvolvimento para a região e até reassentamento dos ribeirinhos, tentar fazer a retirada de civis em situações miseráveis para novas comunidades ou expansão de pequenas comunidades existentes, dando acesso a presença do estado para essa população, que é a que opera 90% em garimpos e madeireiras ilegais, em condições de escravidão. Simplesmente retirar elas de uma madeireira ilegal não resolve o problema, já que é morrer de fome ou virar um ilegal.
Esse é o início que deve ser feito para resolver o problema na região, qualquer coisa além disso, como achar que ao simplesmente contratar mais fiscais pelo Ibama, é tentativa inócua e demagoga de resolver o problema na região.