Lá vamos nós mais uma vez.
Carlos, se você ler novamente o que eu escrevi, verá que o que eu disse não foi que o fato de o Su35 ter raio de combate 30% ou 40% maior do que os demais concorrentes que o deixa com maior custo operacional. O que eu disse é que o fato de ele ter esse raio de combate maior não é tudo. Como está sendo colocado neste tópico, o raio de combate maior tem um peso importante na escolha, mas como também já foi colocado em outros tópicos do DB, TODOS os concorrentes atendem aos requisitos da FAB para o F-X. É claro que o fato de os suecos aumentarem em 38% a quantidade de combustível transportada internamente no Gripen, consequentemente ampliando seu raio de combate, aumentará sua pontuação num F-X 2.
Você esqueceu que o SU-35BM(é sempre deste avião que se fala no FX-2) pode levar dois tanques conformais de 2000l? Esqueceu que, mesmo que se use uma versão atual das AL-31, esta será mais econômica, mais leve e mais durável? Que o SU-35BM terá menor arrasto e etc? Então se o combustível do Gripen aumentou 38%, o concorrente também eumentou e melhorou aerodinâmica e motores. E se o Gripen ou qualquer outro candidato cumpre os requisitos da FAB, um SU-35BM sobra, não é? Daí, se eu posso ter mais pelo mesmo preço, porque pagar mais?
O que um caça pesado faz que um pequeno não pode fazer? Especifique. Pode fazer sim. Com limitações, mas pode. Sobre o motivo pelo qual a FAB não poderia operar Su35, quando Venezuela e outros países menores o fazem, não disse isso. O que eu digo sempre é que, com a grana que gastaríamos para colocar em vôo e treinar um piloto de Su35, colocaríamos dois ou três de Gripen, ou F-16 e,a rrisco dizer, até mesmo de Rafale, que mesmo bimotor, ainda deve ter custo operacional inferior ao do Su35.
Faz ou não faz? Não, não faz mesmo. Eu posso jogar futebol, mas com limitações ante um Kaká da vida, aliás, com muuuuitas limitações, sou um pereba.
Pois é, como sabemos, o radar de maior alcance, sozinho, não garante superioridade absoluta no combate aéreo. Pode ser uma vantagem importante, mas não garantia de supremacia. Isso depende de muitas variáveis, inclusive as táticas empregadas. Essas variáveis, se bem aproveitadas pelo piloto superior (mesmo voando numa aeronave considerada inferior), é que podem definir o combate aéreo. Essa é uma verdade desde os tempos de Manfred Von Richthofen.
É muito óbvio que radar sozinho não vence, mas se você pode ter uma radar potentíssimo, AESA, com LPI e etc, porque vou optar por um radar mecânico e de pouco alcance relativamente? Pode funcionar? Pode claro, até o radar muquiraníssimo do F-5M funcionou. Mas pergunte prá um píloto de caça se ele puder escolher, qual ele prefere?
E não existe razão para que esse super-piloto não esteja num SU-35BM, que desta maneira será imbatível então.
Não é o que quem diz, Carlos? A FAB? Não sei disso não. Há quem diga que os requisitos do F-X foram feitos tendo em vista o Gripen. Depois é que resolverem "abrir" para caças pesados. O que se diz, o que se houve da FAB é que, desta vez (no F-X 2), a escolha será baseada em critérios técnicos. Vamos esperar para ver.
Muitas fontes citam a preferência da FAB por um bimotor, com sobra de potência e grande alcance. E se o FX-1 foi feito de maneira que o Gripen ganhasse, foi concorrência viciada, e mesmo assim não levou. Claro é que existiram muitos outros fatores naquela zona que foi o FX-1, mas agora certamente não serão apenas critérios técnicos que decidirão a disputa, a política continua muito importante, e acho que muito mais que o aspecto técnico.
Su35BM? Esse avião existe? Se os russos dizem isso, também assumem que a logística do atual Su35 é diferente da ocidental. Além disso, sempre disse que, se a FAB resolver adotar o Su35BM (ou qualquer outra versão), será porque considerou os prós e contras e assumiu que os contras valem a pena o risco. Seria o caos de uma relação custo-benefício favorável. Não é o que eu penso como opção ideal, embora seja um admirador do Su35 como aeronave.
Olha, se a FAB está considerando comprar, deve existir, ou a FAB é idiota. Meu caro, eles mudaram a logística dos equipamentos deles, mas se você quiser com aquela antiga, eles entregam também.
Seria a caos baseado na sua opinião, porque senão nem entraria em questão, afinal, caos é uma palavra muito forte, mesmo na FAB.
De onde você tirou a idéia de que houve veto amricano no caso do Torpedo 2000? Os americanos nem estiveram envolvidos na história... Os suecos agiram com honestidade com a MB. Disseram que não poderiam fazer a integração do TP 2000 com o sistema de controle de tiro dos Tupi sem o fornecimento de certas informações pela Atlas. Os alemães, é claro, queriam vender o Seehake e negaram.
Ah meu amigo, dessa vez eu também vou tirar onda de importante. Uma fonte de dentro desse caso do TP-2000 me falou isso. Mas não posso revelar quem foi, mas garanto que é fonte quente, carbonizante mesmo.
E se foram os alemães, porque agora eles liberariam para o MK-48 americano? Sueco não pode, mas americano pode?
Não há garantia de que o Su35BM estará voando em 2008, Carlos.
Não sei , mas a FAB tem que ser avisada. E se o governo da Rússia está colocando o produto à venda em feiras como a LAAD, deve ter alguma razão para tal.
Botar fora o Gripen N, por quê? O próprio governo da Suécia está botando dinheiro no programa. E o da Noruega e da Dinamarca, também. Todos os programas atuais envolvendo o Gripen têm suas garantias de investimento por parte da Agência de Aquisição de Armas da Suécia. Sobre os motores russos, o que sei é que o prometido e alardeado AL-41 que propulsionaria o Su35BM foi cancelado. Colocar o AL31F ou outra variante será um grande revés no programa do Su35BM.
Assim como o governo russo coloca dinheiro nos seus programas. Sobre a AL-41, se você procurar, você vai achar notícias do fabricante de que o desenvolvimento deste motor vai ser bancado por um grupo deles. Sem dinheiro do governo. É só procurar.
Pois é. É quele ditado: "se a farinha é pouca, meu pirão primeiro". A Rússia simplesmente definiu suas prioridades. Achou que o desenvolvimento do arsenal nuclear e de ICBM tem melhor relação custo-benefício e tomou sua decisão. Preferiu não investir mais no AL-41F.
Pronto, agora vai ser essa coisa do motor que vocês vão agarrar prá derrubar o SU-35BM. Mesmo sabendo que já existe motor pronto e sendo desenvolvido. A AL-31, por sua excelência, já chegou nas 14,5ton e já foi testada com 15 ton. Já ultrapassou o requisito para o SU-35BM. Além de ser um motor com milhares de unidades produzidas.
Quais "world’s standards requirements". Qual é o fluido anticongelante usado no Su35? Qual o óleo lubrificante? Qual é o barramento usado na interface de armamentos com os sistemas de controle? O Su35 usa os mesmos sistemas das aeronaves da OTAN, com os quais a FAB está familiazarizada? note que eu não quero dizer que, com tudo isso, a FAB não possa escolher o Su35. Pode, mas será porque pesou tudo, pensou, considerou o peso de cada item envolvido na escolha e, no final, decidiu que valia a pena. É isso...
Cara, me perdoe, mas este tipo de argumento ficou lá no FX-1.