Operações Policiais e Militares

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Túlio
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Re: Operações Policiais e Militares

#11311 Mensagem por Túlio » Seg Out 22, 2012 9:39 pm

Léo Brito escreveu:a obtenção de armas na conjutura atual é impossível por conta da estrutura comercial envolvida. Apenas os documentos de registro e porte - quando aprovados - custam por volta de R$ 1,400.00 levando em consideração valor do equipamento mais a munição, essa conta fica em quase quatro mil reais.
É por coisas assim que DEPLORO ser considerado mais Brasileiro, mais Cidadão que a esmagadora maioria: para comprar uma arma nova não pago taxa nenhuma, só comprar, pagar o preço e esperar a entrega, depois sair portando legalmente. E o Sindicato volta e meia arruma uma promoção, ou seja, mais barato. É ou não é PILANTRAGEM para com o Povo?

Léo Brito escreveu:Mas, caso o estatuto fosse revogado e o porte liberado aos moldes da legislação anterior, todos os preços praticados cairiam devido a concorrência entre os empresários. Sendo mais otimista ainda, acrescente a abertura de mercado para armas importadas e o fim da diferenciação de calibres. Dando ao cidadão o direito de adquirir qualquer calibre restrito... todos ganhariam com isso, basta lembrar que arma também é caro pra policial e a maioria deles têm o interesse em ser CAC, não são por conta dos custos altos para sua faixa de renda.
Morro concordando! :D :D :D :D




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Re: Operações Policiais e Militares

#11312 Mensagem por felipexion » Seg Out 22, 2012 11:45 pm

Wingate escreveu:
felipexion escreveu:Daqui a pouco vão usar esse caso com pretexto para proibir até faca dentro de casa.
Eu procurei a besta na foto e não encontrei. Apenas uma atiradeira.

Homem que atirou em três pessoas em SP tinha armas, facão e espadas
Havia uma besta também, apareceu em noticiário (Globo).

Wingate
Vi esse reportagem. Parecia uma balestra Kantas 80 libras.
Baixa precisão, baixa potência, pouca durabilidade do arco e da corda, mas pode ferir gravemente ou até matar uma pessoa.




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NettoBR
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Re: Operações Policiais e Militares

#11313 Mensagem por NettoBR » Ter Out 23, 2012 11:01 am

Ex-controlador do Cruzeiro do Sul é preso pela Polícia Federal em São Paulo
Atualizado: 23/10/2012 03:05 | Por estadao.com.br

A Polícia Federal prendeu ontem o executivo Luís Octávio Índio da Costa, ex-presidente do Banco Cruzeiro do Sul. Delegados e agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros (Delefin) da PF localizaram Índio da Costa às 17 horas em sua residência, um condomínio fechado em Cotia, na Grande São Paulo. Ele foi levado para a sede da Superintendência Regional da PF, no bairro da Lapa.

A prisão tem caráter preventivo - Índio da Costa fica preso até o fim do julgamento, salvo se for beneficiado por habeas corpus. A ordem foi decretada pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Criminal Federal, que acolheu pedido da PF com manifestação favorável da Procuradoria da República.

O juiz mandou prender também o pai de Luís Otávio, o executivo Luís Felippe Índio da Costa. Como ele tem idade avançada, poderá permanecer em regime domiciliar.

O Ministério Público Federal requereu prisão de integrantes do comitê executivo do Conselho de Administração do banco, que sofreu liquidação do Banco Central em setembro, após ter apresentado rombo que pode superar R$ 4,5 bilhões. O juiz Catapani não atendeu essa parte do pedido, mas decretou bloqueio de bens dos dirigentes.

O motivo principal que levou a PF a representar pela custódia dos ex-controladores do Cruzeiro do Sul foi a magnitude da lesão causada aos clientes da instituição. A PF deu ênfase aos mútuos fraudulentos em nome de laranjas celebrados em benefício próprio para ocultar e dissimular a origem de recursos ilícitos.

Luís Octávio, Luís Felippe e os executivos do banco serão formalmente indiciados por crimes contra o sistema financeiro, contra o mercado de capitais e lavagem de dinheiro. A pena prevista para esses delitos vai de1 ano a 12 anos de prisão e multa.

O inquérito da PF foi instaurado em junho de 2012, após o encaminhamento de informações do Banco Central apontando fraudes contábeis realizadas pelo Cruzeiro do Sul. Durante a investigação, a PF identificou outras condutas criminosas, além de ter conseguido localizar diversas vítimas de fraudes em fundos de investimentos.

A PF estima em pelo menos R$ 1,3 bilhão o tamanho do desvio. Ao pedir a prisão, a PF relata uma sucessão de atos que caracterizam gestão fraudulenta para lavagem de capitais.

O inquérito narra que a trama causou prejuízos a centenas de clientes, com diversas operações fraudulentas, aquisições fictícias, simulações, resgates de investimentos e aplicações vedadas, "tudo em proveito próprio".

O juiz Catapani acolheu parecer do Ministério Público Federal. Procuradores consideram que a Justiça tem tido mais percepção sobre o nível de gravidade desse tipo de delito, que acaba lesando de forma irreversível diversos segmentos da sociedade.

Processo. Liquidado em setembro, com um rombo bilionário, o Cruzeiro do Sul estava sob intervenção do Banco Central desde o início de junho. Para continuar funcionando, precisava ser vendido para outro banco pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que havia assumido a gestão a pedido do BC. Como as negociações com o único interessado - o Santander - não prosperaram, o BC acabou liquidando a instituição.

Outro banco, o Prosper, que havia sido comprado pelo Cruzeiro do Sul no fim do ano passado, teve o mesmo destino. O BC, no entanto, ainda não havia dado o sinal verde para a operação de compra. Por isso, os bens dos controladores e ex-administradores do Prosper também ficaram indisponíveis, como já estavam os do Cruzeiro do Sul.

Juntos, os dois bancos detinham 0,36% dos depósitos e 0,26% dos ativos do sistema financeiro brasileiro.

Fonte: http://estadao.br.msn.com/economia/ex-c ... %A3o-paulo




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Re: Operações Policiais e Militares

#11314 Mensagem por denilson » Ter Out 23, 2012 4:58 pm

Túlio escreveu:Certos estão os Muçulmanos: se é culpado, pegam logo uma baita cimitarra e o vago nunca mais vai precisar escovar os dentes ou cortar o cabelo... :evil: :evil: :evil: :evil:
Prefiro a volta da boa e velha degola!!! O vagabundo vai pensar um pouco antes de fazer algo assim, caso contrário, ainda da tempo de ele pensar no que fez enquanto ta sangrando. Alem de tudo é econômica!!!
Se for na minha casa, ou ele me pega desprevenido, ou ele não vai ter tempo de se arrepender.




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Re: Operações Policiais e Militares

#11315 Mensagem por Rodrigoiano » Ter Out 23, 2012 5:10 pm

Apesar da notícia vincular tanto este tópico, como os "gerais", preferi postar aqui, pois fala sobre a redução da idade penal, com amplo apoio da população, assim como o mais ainda forte recado contra a liberação das drogas (89%), entre outros itens.

=================================

23.10.2012 | 16:51 | BRASIL [voltar] [inicial]

Pesquisa do DataSenado: brasileiro rejeita liberação das drogas

Agência Senado

Um amplo retrato da opinião pública brasileira, revelando cautela, por exemplo, quanto à liberação das drogas, mas exigindo firmeza contra a homofobia, emerge de pesquisa realizada em setembro pelo DataSenado. Entrevistados por telefone sobre a reforma do Código Penal brasileiro,1.232 cidadãos de 119 municípios, incluindo todas as capitais, opinaram sobre outros temas polêmicos, como o aborto, mostrando que esse procedimento permanece um tabu para a maioria, mas só quando configura ato de vontade da mulher, sem a justificativa dos riscos à saúde dela ou do filho.


O PLS 236/2012, que trata da reforma do Código Penal, está em análise em uma comissão especial presidida pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). O texto foi elaborado por um grupo de juristas e entregue ao presidente da Casa, senador José Sarney, que convocou os especialistas por sugestão do senador Pedro Taques (PDT-MT).


No que se refere ao sistema penal, a maioria dos entrevistados (36%) quer aumentar de 30 para 50 anos o tempo máximo de prisão, e diminuir a idade a partir da qual um indivíduo pode ser imputado criminalmente. A redução de pena para os que trabalharem na prisão foi defendida por 70% dos entrevistados. Mas a redução de pena com base no comportamento do preso não foi consensual, sendo apoiada por 55% das pessoas e desaprovada por 41%.


No caso dos adolescentes e jovens, 35% dos participantes da pesquisa se disseram favoráveis a reduzir para 16 anos, especificamente, a chamada maioridade penal, enquanto 20% manifestaram o desejo de que ela deve cair para qualquer idade. O percentual de entrevistados favoráveis à maioridade a partir dos 14 anos foi de 18%. Na opinião de 16% dos participantes, uma criança de 12 anos deve receber a mesma condenação de um adulto. Surpreendentemente, o segmento das mulheres foi majoritário na defesa dos menores limites de idade para a sanção penal.

Drogas, aborto e ortotanásia
A pesquisa também mostra que 89% dos brasileiros são contra a liberação do uso de drogas, uma das inovações do projeto em exame. O levantamento do DataSenado indica, da mesma forma, postura restritiva em relação ao aborto. Para 84% dos entrevistados, deve ser mantida na lei a proibição do aborto no caso de gravidez indesejada.


Mas, em situações como a do estupro e a de risco de vida para a mulher, 78% e 74% aprovaram o procedimento, respectivamente. Também há aprovação do aborto nos casos de anencefalia do bebê (64%) ou quando a gravidez traz risco de saúde para a mulher (62%).


Outro tema que dividiu opiniões foi o da ortotanásia - limitação ou suspensão de tratamentos que prolonguem a vida de um paciente em estado terminal ou em coma, desde que baseado em autorização prévia do doente. Dos entrevistados, 49% apoiaram a ortotanásia e 48% foram contra.

Preconceito e discriminação
A discriminação ao estrangeiro, ao que vem de outra região do país ou ao homossexual também deve ser criminalizada de acordo com a pesquisa. Para 85% dos entrevistados, tratar mal uma pessoa por ela ser estrangeira ou de outra região deve ser crime. No caso do homossexualismo, 77% acham que a homofobia deve ser punida. No entanto, quase 80% discordaram da inimputabilidade penal de indígenas quando, agindo em acordo com seus costumes e crenças, praticam ato tipificado como crime na legislação do país.

Comportamentos ainda não criminalizados
A pesquisa desvela ainda o ponto de vista dos brasileiros sobre práticas, antigas e recentes, em relação às quais a lei é omissa ou vaga. Para 84% dos entrevistados, o abandono de animais deve ser considerado ilegal. A atividade do cambista deve ser punida, segundo 70% dos entrevistados. E no entender de 94% das pessoas consultadas, quem acessar informações sigilosas na internet deve ser punido.


O pagamento do direito autoral, mesmo sem objetivo de lucro, é outro tema que divide opiniões. Para 52% dos consultados, deveria ser permitida a cópia de livro, CD ou DVD somente para uso pessoal. Para 46%, o direito autoral deve ser remunerado para qualquer uso da cópia. Os mais jovens, provavelmente estudantes, apoiaram em sua maioria o não pagamento de direito autoral para cópia de uso pessoal.

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Re: Operações Policiais e Militares

#11316 Mensagem por Clermont » Ter Out 23, 2012 8:14 pm

No caso dos adolescentes e jovens, 35% dos participantes da pesquisa se disseram favoráveis a reduzir para 16 anos, especificamente, a chamada maioridade penal, enquanto 20% manifestaram o desejo de que ela deve cair para qualquer idade. O percentual de entrevistados favoráveis à maioridade a partir dos 14 anos foi de 18%. Na opinião de 16% dos participantes, uma criança de 12 anos deve receber a mesma condenação de um adulto. Surpreendentemente, o segmento das mulheres foi majoritário na defesa dos menores limites de idade para a sanção penal.
Estou achando muito baixos esses percentuais. Normalmente, em outras pesquisas, esse número beira os 80 % ou mais de pessoas favoráveis ao rebaixamento da idade penal.

Eu mesmo, nunca na minha vida, me lembro de ter visto uma pessoa comum (isto é, não pertencente a alguma organização ideológica de esquerda ou a comunidade jurídica brasileira) defender essa idade de 18 anos para responsabilização penal. Até na porta de Igreja, depois da missa do domingo, eu já vi bons católicos defenderem a queda desse limite.




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Re: Operações Policiais e Militares

#11317 Mensagem por Lirolfuti » Ter Out 23, 2012 10:28 pm

Jovem que agrediu cachorros depõe à polícia

Rio - O rapaz de 20 anos flagrado agredindo cães no pet shop que pertencia à mãe dele, Solange Barroso, no bairro Engenho de Dentro, na zona norte do Rio, prestou depoimento nesta terça-feira (23) à Polícia Civil.

Daniel Barroso e sua mãe, Solange Barroso, chegaram à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, em São Cristóvão (zona norte), às 15 horas, acompanhados por advogados, e foram embora por volta das 17h30, sem falar com a imprensa.

O delegado Tarcísio Andreas Jansen, responsável pela investigação, também não divulgou o conteúdo dos testemunhos. J

ansen ainda ouvirá três ex-funcionários da loja e um dono de cachorro que era cliente do estabelecimento.

Daniel Barroso pode ser indiciado por maus-tratos a animais, que prevê pena de 3 meses a 1 ano de prisão. Solange pode responder por omissão.

Já prestaram depoimento quatro donos de animais agredidos.

O caso ganhou repercussão na semana passada, depois que um ex-empregado divulgou imagens gravadas há cinco meses em que o rapaz de 20 anos aparece atacando quatro cães enquanto preparava o banho deles. A mãe dele disse que não sabia das agressões e pediu desculpas aos clientes.

O estabelecimento fechou no dia seguinte à divulgação das imagens. A prefeitura da capital fluminense suspendeu, temporariamente, o alvará da loja e o proprietário do prédio cancelou o contrato de aluguel, em vigor havia três anos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... olicia.htm




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Re: Operações Policiais e Militares

#11318 Mensagem por Lirolfuti » Ter Out 23, 2012 10:31 pm

Justiça Federal recebe denúncia contra coronel Ustra por sequestro
Segundo a ação, corretor teria ficado preso ilegalmente de 1971 a 1973.
Defesa do coronel da reserva e ex-chefe do Doi-Codi nega participação.

A Justiça Federal de São Paulo recebeu nesta terça-feira (23) a denúncia do Ministério Público Federal contra o coronel da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra. De acordo com o MPF, o coronel seria o responsável, ao lado do delegado aposentado Alcides Singillo e do delegado Carlos Alberto Augusto, ambos da Polícia Civil, pelo sequestro do corretor de valores Edgar de Aquino Duarte, em junho de 1971. Se condenados, eles poderão receber penas de 2 a 8 anos de prisão.

Ustra foi o chefe do Doi-Codi, órgão de repressão política durante o regime militar, de 29 de setembro de 1970 e 23 de janeiro de 1974. A defesa de Ustra disse ao G1, quando o MPF fez a denúncia, que sua posição é "idêntica aos casos anteriores". "Ele nega que tenha participado de qualquer ato de abuso de direito a essas pessoas", disse o advogado Paulo Alves Esteves. Segundo ele, o acusado sustenta que tudo o que tinha que explicar está dito na obra que escreveu, na qual conta toda sua vida.

De acordo com a decisão da 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo, “levando em conta a natureza do delito de sequestro que se protrai no tempo e se prolonga até hoje, somente cessando quanto a vítima for libertada, se estiver viva, ou seus restos mortais for encontrado, não se aplicado, pois, aqui as disposições da chamada Lei da Anistia, concedida àqueles que no período de 02/05/1961 a 15/08/1979 perpetraram crimes político ou conexos a estes”.

Na ação, o MPF indica que o corretor teria ficado preso ilegalmente "mediante sequestro
cometido no contexto de um ataque estatal sistemático e generalizado contra a população, tendo eles [os denunciados] pleno conhecimento das circunstâncias desse ataque". A vítima teria ficado, até meados de 1973, presa nas dependências do Destacamento de Operações Internas do II Exército (Doi-Codi) e depois no Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops-SP), quando desapareceu.

Histórico
O fuzileiro naval Edgar de Aquino Duarte foi expulso das Forças Armadas logo após o golpe militar de 1964, acusado de oposição ao regime. Exilou-se no México e em Cuba, e voltou ao Brasil em 1968, quando passou a morar em São Paulo com o falso nome de Ivan Marques Lemos, e trabalhar como corretor da Bolsa de Valores. De acordo com o MPF, depoimentos assegurariam que ele não teria "envolvimento com qualquer tipo de resistência".

Duarte teria sido levado após se encontrar com um antigo colega da Marinha, José Anselmo dos Santos, o “Cabo Anselmo”, detido nove dias antes pelo delegado Carlos Alberto Augusto. Segundo a ação, o "sequestro da vítima foi testemunhado por dezenas de dissidentes políticos que se encontravam presos nas dependências do DOI-CODI-II Exército e do
DEOPS/SP."

Casos anteriores
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) já havia negado, no dia 14 de agosto, recurso protocolado pelos advogados de Ustra e manteve decisão que aponta o ex-militar como responsável por torturas ocorridas durante a ditadura militar. A decisão, da 1ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, confirma o teor de uma sentença anterior, que foi considerada inédita: em outubro de 2008, o juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível central, julgou procedente o pedido dos autores de uma "ação declaratória" que buscava que a Justiça apontasse Ustra como responsável por crimes de tortura. Na ocasião, o juiz reconheceu que César Augusto Teles, Maria Amélia de Almeida Teles e Criméia Alice Schmidt de Almeida, autores da ação, foram mesmo torturados. Na ação, os autores buscavam mostrar que havia “relação jurídica de responsabilidade civil, nascida de pratica de ato ilícito, gerador de danos morais”.

Logo após a decisão de outubro, o advogado de Ustra, Paulo Alves Esteves, entrou com recurso, com o objetivo de reformular a sentença. A decisão contrária ao pedido foi tomada por desembargadores do TJ-SP.

Ainda em 2006, quando um dos processos começou a ser julgado, Amélia já afirmava que a família não buscava indenização do Estado ou prisão. "É uma ação de efeito político, que vai trazer reconhecimento de que um coronel do Exército, na época major, era torturador", explicou Amélia na ocasião.

Comissão da Verdade
Esteves disse ao G1 que vai pedir um esclarecimento a respeito da decisão, que afrontaria a legislação especial que rege a Comissão da Verdade, criada para investigar e apontar casos de violências cometidas por agentes do estado no período do regime militar.

Segundo ele, como se trata de uma legislação especial, é a Comissão da Verdade que teria a incumbência de apontar se Ustra foi responsável ou não pelos atos de tortura, mesmo com sentença anterior. Independentemente disso, ele afirmou que irá recorrer da decisão.

Na visão da Justiça paulista, a ação declaratório foi aceita porque ela não é limitada pela Lei da Anistia. O ação foi analisada em um juizado cível, que trata da responsabilidade sobre atos e direito sobre bens. Na interpretação da Justiça, a Lei da Anistia impede apenas que ela seja julgada em um juizado criminal, que apura responsabilidade sobre crimes.

Ustra foi o chefe do Doi-Codi, órgão de repressão política durante o regime militar, de 29 de setembro de 1970 e 23 de janeiro de 1974. Em 1972, Maria Teles, o marido dela, Cesar Teles, e a irmã Crimeia foram presos e torturados no Doi-Codi. Os filhos do casal, Janaina de Almeida Teles e Edson Luis de Almeida Teles, à época, também ficaram em poder dos militares

De acordo com a sentença de 2008, ao ser apontado como o responsável pelas torturas, o “réu arcará com custas, despesas processuais e honorários dos advogados dos autores, fixados estes em R$ 10 mil.”

O juiz apontou em sua sentença que “a investigação, a acusação, o julgamento e a punição, mesmo quando o investigado ou acusado se entusiasme com ideias aparentemente conflitantes com os princípios subjacentes à promulgação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, devem sempre seguir a lei. O agente do Estado não deve torturar, pois qualquer autorização nesse sentido só pode ser clandestina ou meramente ilegal”.

Ao recorrer da decisão, a defesa de Ustra, o advogado Paulo Alves Esteves, alegou, entre outras coisas, a prescrição dos crimes, a falta de sustentação legal para a acusação, incompetência por parte da Justiça Estadual para julgar a ação e que o seu cliente sofreu cerceamento de defesa.

O relator da apelação, desembargador Rui Cascaldi, argumentou que o Estado tem a obrigação de garantir a segurança e integridade física dos autores da ação e elogiou ainda a sentença de 1ª instância, considerando que as ações meramente declaratórias não prescrevem jamais. Também participaram do julgamento do recurso os desembargadores Carlos Augusto De Santi Ribeiro (revisor) e Hamilton Elliot Akel (3º juiz).
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2 ... estro.html




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Re: Operações Policiais e Militares

#11319 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Out 24, 2012 7:39 am

Clermont escreveu:
No caso dos adolescentes e jovens, 35% dos participantes da pesquisa se disseram favoráveis a reduzir para 16 anos, especificamente, a chamada maioridade penal, enquanto 20% manifestaram o desejo de que ela deve cair para qualquer idade. O percentual de entrevistados favoráveis à maioridade a partir dos 14 anos foi de 18%. Na opinião de 16% dos participantes, uma criança de 12 anos deve receber a mesma condenação de um adulto. Surpreendentemente, o segmento das mulheres foi majoritário na defesa dos menores limites de idade para a sanção penal.
Estou achando muito baixos esses percentuais. Normalmente, em outras pesquisas, esse número beira os 80 % ou mais de pessoas favoráveis ao rebaixamento da idade penal.

Eu mesmo, nunca na minha vida, me lembro de ter visto uma pessoa comum (isto é, não pertencente a alguma organização ideológica de esquerda ou a comunidade jurídica brasileira) defender essa idade de 18 anos para responsabilização penal. Até na porta de Igreja, depois da missa do domingo, eu já vi bons católicos defenderem a queda desse limite.
Eu aceitaria uma idade penal igual a 0 (zero).

Pra mim, se a miniatura de vagabundo tem "apenas" 8 anos e teve coragem de matar a própria mãe a marteladas, ou outro crime equivalente, deve ser julgado como um vagabundo de 40 anos.

Uma Constituição de 1988, onde, nessa epóca, boa parte da população brasileira vivia na zona rural, poucos tinham TV em casa, não existia Funk, e pra namorar tinha que ter mais de 18 anos, não pode ditar as regras de uma sociedade no ano de 2012 (ano da destruição :mrgreen: ) onde já tá tudo perdido...

Senhor, por favor, pede a conta e passa régua. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

:mrgreen:

Abs




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Re: Operações Policiais e Militares

#11320 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Out 24, 2012 7:41 am

Lendo meu próprio post, as vezes penso que sou COMUNAZZZ... :mrgreen:




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Re: Operações Policiais e Militares

#11321 Mensagem por Brasileiro » Qua Out 24, 2012 8:50 am

Sei lá, utilizar a "capacidade" de um garoto de cometer um ato bárbaro como atestado de uma suposta maturidade e responsabilidade (que ao meu ver são virtudes) diante de um sistema feito para adultos......

...não consigo captar muito bem a lógica de raciocínios deste tipo. Acho isto uma inversão sinistra do significado de algumas coisas.



abraços]




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Re: Operações Policiais e Militares

#11322 Mensagem por henriquejr » Qua Out 24, 2012 2:06 pm

Também acho que não deveria existir impunidade para ninguém, independente da idade! Só acho que uma criança não deveria ir para um presídio de adultos mas sim para um local criado especialmente para custodiar crianças envolvidas em crimes graves (homicídios, estupros, latrocínio, etc) e reincidentes em crimes menos graves (roubos, furtos, etc), onde receberiam tratamento adequado a sua condição de ser em desenvolvimento, com educação, acompanhamento psicológico e familiar, etc...

Já em relação adolescentes, também acho que deveria ser criado um sistema prisões exclusivas para este público onde eles cumpririam suas penas (as mesmas aplicadas a adultos) até sua maioridade penal que, ao meu ver, deveria ser entre 14 a 16 anos.




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Re: Operações Policiais e Militares

#11323 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Out 24, 2012 2:21 pm

henriquejr escreveu:Também acho que não deveria existir impunidade para ninguém, independente da idade! Só acho que uma criança não deveria ir para um presídio de adultos mas sim para um local criado especialmente para custodiar crianças envolvidas em crimes graves (homicídios, estupros, latrocínio, etc) e reincidentes em crimes menos graves (roubos, furtos, etc), onde receberiam tratamento adequado a sua condição de ser em desenvolvimento, com educação, acompanhamento psicológico e familiar, etc...

Já em relação adolescentes, também acho que deveria ser criado um sistema prisões exclusivas para este público onde eles cumpririam suas penas (as mesmas aplicadas a adultos) até sua maioridade penal que, ao meu ver, deveria ser entre 14 a 16 anos.
Concerteza. Estabelecimentos diferenciados e adequados aos menores, mas inimputabilidade não.

Se não tiver lugar pra colocar esse monte de gente, o governo adora privatizações, privatizem os presidios, funciona em vários paises, aqui também pode funcionar.




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Re: Operações Policiais e Militares

#11324 Mensagem por Brasileiro » Qua Out 24, 2012 2:23 pm

henriquejr escreveu:Também acho que não deveria existir impunidade para ninguém, independente da idade! Só acho que uma criança não deveria ir para um presídio de adultos mas sim para um local criado especialmente para custodiar crianças envolvidas em crimes graves (homicídios, estupros, latrocínio, etc) e reincidentes em crimes menos graves (roubos, furtos, etc), onde receberiam tratamento adequado a sua condição de ser em desenvolvimento, com educação, acompanhamento psicológico e familiar, etc...

Já em relação adolescentes, também acho que deveria ser criado um sistema prisões exclusivas para este público onde eles cumpririam suas penas (as mesmas aplicadas a adultos) até sua maioridade penal que, ao meu ver, deveria ser entre 14 a 16 anos.
Concordo com o que você disse, entretanto acho que para "adolescentes", considerados até 18 anos, ainda deveriam receber atenção diferenciada dos adultos, o que é muito diferente de apenas colocá-los em um local diferente geograficamente.

A verdade é que até os 18 e talvez até um pouco mais, mas não vem ao caso, o adolescente se acha grande coisa, mas na verdade (no bom sentido) não passa de uma criança crescida que pensa que tem idéia de gente grande, mas ainda tem muita lição de moral pra ouvir, muito valor ainda pra adquirir/consolidar, que dirá de um infrator, atenção a ser recebida da família caso tenha, educação formal a receber. Do contrário, considerando apenas a condição punitiva, terá apenas desperdiçado um tempo considerável da vida e sairá dali sem absolutamente a menor condição de disputar com os outros jovens algum lugar digno de respeito no mundo. Reincidência nessas condições não será surpresa.
É uma idade que ainda "merece", ou melhor, vale mais a pena uma segunda chance. Dizem que psicologicamente uma pessoa ainda está em crescimento até ali perto dos 20 anos e é aquela coisa, galho verde ainda tem conserto. Depois disso, dessa etapa de consolidação, aí não tem outro jeito mesmo, o tropeço tem que ser grande.



abraços]




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Sávio Ricardo
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Re: Operações Policiais e Militares

#11325 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Out 24, 2012 2:36 pm

Mas proporcionar a ressocialização é, aliás, deveria ser a meta de todo e qualquer centro de detenção, não somente para adultos, mas para adolescentes também. Mas infelizmente não é isso que vemos, na maioria das vezes, acontece o inverso, quem foi preso por roubo, sai dali matando.

Abs




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