Re: Noticias de Portugal
Enviado: Qui Set 02, 2021 4:34 am
No Público de hoje:
“Há 20 dias peguei no carro e nos filhos e fui passear pela Europa, enquanto em Portugal o PS preparava a entronização de António Costa (…).
Não pude assistir em directo, porque por essa altura estava a circular pelo estado de Baden-Württemberg, no sudoeste da Alemanha, a conhecer a famosa Floresta Negra.(…)
O gasóleo na Alemanha anda na casa dos 1,30 euros.
As autoestradas são gratuitas.
E os produtos essenciais nos supermercados da zona eram mais baratos (repito: mais baratos) do que em Portugal.
Acreditem se quiserem: passei meia-dúzia de dias magníficos numa das regiões mais ricas e bonitas da Europa a gastar menos dinheiro do que se tivesse ido para o Algarve. (…)
Não são só os salários alemães que são muitos mais altos – à boleia de taxas e taxinhas, impostos, portagens e tributações, o custo de vida em Portugal, após tudo ser bem espremido, está pela hora da morte. (…)
Ler numa aldeia alemã as notícias do congresso do PS e a auto-satisfação do povo socialista com o estado da governação, num grande júbilo celebratório por tudo aquilo que têm oferecido a Portugal, dá vontade de uma pessoa se barricar numa cabana enxaimel a comer salsichas Bratwurst até à morte.
A telenovela venezuelana acerca da “sucessão” do chefe é de uma futilidade absurda, e a inconsciência da mediocridade que tem sido este país ao longo dos últimos 20 anos conduz os mais velhos ao desespero ou à constante resmunguice (olhem para mim a levantar o braço) e os melhores dos mais novos à emigração. (…)
De vez em quando há leitores que me perguntam: e soluções?
Reparem: soluções há imensas.
Só que a maior parte do país votante já nem sequer percebe que há um problema.
É isso que dói.
António Costa cresce cada vez mais pela simples razão de que os portugueses ambicionam cada vez menos.”
“Há 20 dias peguei no carro e nos filhos e fui passear pela Europa, enquanto em Portugal o PS preparava a entronização de António Costa (…).
Não pude assistir em directo, porque por essa altura estava a circular pelo estado de Baden-Württemberg, no sudoeste da Alemanha, a conhecer a famosa Floresta Negra.(…)
O gasóleo na Alemanha anda na casa dos 1,30 euros.
As autoestradas são gratuitas.
E os produtos essenciais nos supermercados da zona eram mais baratos (repito: mais baratos) do que em Portugal.
Acreditem se quiserem: passei meia-dúzia de dias magníficos numa das regiões mais ricas e bonitas da Europa a gastar menos dinheiro do que se tivesse ido para o Algarve. (…)
Não são só os salários alemães que são muitos mais altos – à boleia de taxas e taxinhas, impostos, portagens e tributações, o custo de vida em Portugal, após tudo ser bem espremido, está pela hora da morte. (…)
Ler numa aldeia alemã as notícias do congresso do PS e a auto-satisfação do povo socialista com o estado da governação, num grande júbilo celebratório por tudo aquilo que têm oferecido a Portugal, dá vontade de uma pessoa se barricar numa cabana enxaimel a comer salsichas Bratwurst até à morte.
A telenovela venezuelana acerca da “sucessão” do chefe é de uma futilidade absurda, e a inconsciência da mediocridade que tem sido este país ao longo dos últimos 20 anos conduz os mais velhos ao desespero ou à constante resmunguice (olhem para mim a levantar o braço) e os melhores dos mais novos à emigração. (…)
De vez em quando há leitores que me perguntam: e soluções?
Reparem: soluções há imensas.
Só que a maior parte do país votante já nem sequer percebe que há um problema.
É isso que dói.
António Costa cresce cada vez mais pela simples razão de que os portugueses ambicionam cada vez menos.”