Fórum Defesa Brasil

9 anos só? estão muito optimistas...

26/11/2009 - 08h27
Secretário de Defesa e chefe das Forças Armadas renunciam na Alemanha

Berlim, 26 nov (EFE).- O inspetor-geral das Forças Armadas alemãs, Wolfgang Schneiderhan, e o secretário de Estado da Defesa, Peter Wichert, renunciaram hoje depois que um jornal publicou que o Ministério escondeu informação sobre o número de vítimas civis que morreram em um bombardeio em Kunduz (Afeganistão), em setembro.

O atual ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, comunicou as demissões do militar de máxima graduação na Alemanha e do secretário de Estado em um comparecimento no Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento alemão).

O jornal "Bild" revela hoje um relatório militar segundo o qual a Defesa "tinha claros indícios" de que houve mortes entre civis "apenas horas depois do ataque" aéreo, ordenado por um militar alemão, mas, apesar disso, o então ministro Franz Josef Jung afirmou durante dias que o bombardeio só havia atingido insurgentes talibãs.

Segundo o jornal, esse relatório foi escondido pelo ministério também da Procuradoria Federal, encarregada de determinar se existem suficientes argumentos para abrir um sumário.

Jung - que atualmente ocupa a pasta do Trabalho e Assuntos Sociais no novo gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel - disse hoje, pelo contrário, que não foi descartada a possibilidade de que houvesse vítimas civis a partir de 6 de setembro, dois dias depois do bombardeio.

Explicou que as primeiras informações recebidas de fontes afegãs, assim como da Polícia, do governador regional e das autoridades provinciais, indicavam que as vítimas eram "talibãs e seus aliados".

Diante do Bundestag, no entanto, Guttenberg confirmou hoje a existência do relatório do Exército alemão citado pelo "Bild", do qual ele teve conhecimento pela primeira vez ontem, um mês após ter assumido a pasta da Defesa.

Após afirmar que será preciso realizar uma "nova avaliação" do caso à luz das novas informações, o ministro da Defesa comentou que na legislatura passada foram escondidos outros relatórios sobre a atuação alemã no Afeganistão, sobre os quais não deu detalhes.

O ataque aéreo da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) foi lançado em 4 de setembro a pedido do então comandante do contingente alemão em Kunduz, Georg Klein, e custou a vida de até 142 pessoas, muitas delas civis, segundo diversos relatórios.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 49662.jhtm

P44 escreveu:9 anos só? estão muito optimistas...

Digamos que os americanos declarem vitória, exemplo, e saiam imediatamente do Afeganistão.Quais as implicações para o poder americanos a curto e médio prazo? É possível uma vitória, depois de 8 anos?

Acho que eles se meteram numa grande enrascada.

kurgan escreveu:

P44 escreveu:9 anos só? estão muito optimistas...

Digamos que os americanos declarem vitória, exemplo, e saiam imediatamente do Afeganistão.Quais as implicações para o poder americanos a curto e médio prazo? É possível uma vitória, depois de 8 anos?

Acho que eles se meteram numa grande enrascada.

a haver "vitória", será ao estilo Saigão 1975, ou "Mission Accomplished" á lá Iraquiana ...aguardemos, não esquecer que em 2012 o Obama vai querer ser re-eleito

Já correm zun-zuns nos media americanos que a "vitória" é capaz de ser "declarada" em 2011, com a consequente retirada de todas as tropas americanas...á lá URSS 1989

os americanos deviam sossegar e voltar para casa, cuidar de seu pais da suas vidas e da sua economia, dos seus jovens, dar mais empregos em seu pais, seria melhor para o povo americano, para a economia americana e mundial.

P44 escreveu:

kurgan escreveu: Digamos que os americanos declarem vitória, exemplo, e saiam imediatamente do Afeganistão.Quais as implicações para o poder americanos a curto e médio prazo? É possível uma vitória, depois de 8 anos?

Acho que eles se meteram numa grande enrascada.

a haver "vitória", será ao estilo Saigão 1975, ou "Mission Accomplished" á lá Iraquiana ...aguardemos, não esquecer que em 2012 o Obama vai querer ser re-eleito

Já correm zun-zuns nos media americanos que a "vitória" é capaz de ser "declarada" em 2011, com a consequente retirada de todas as tropas americanas...á lá URSS 1989

E como ficariam os europeus nesta história?

Os Europeus querem que as suas tropas saiam do Afeganistão ASAP, cada vez a opinião pública está mais contra essa guerra (sendo que nunca uma maioria esteve a favor)

Os americanos por mim, podem lá ficar até ás calendas gregas

P44 escreveu:

kurgan escreveu: Digamos que os americanos declarem vitória, exemplo, e saiam imediatamente do Afeganistão.Quais as implicações para o poder americanos a curto e médio prazo? É possível uma vitória, depois de 8 anos?

Acho que eles se meteram numa grande enrascada.

a haver "vitória", será ao estilo Saigão 1975, ou "Mission Accomplished" á lá Iraquiana ...aguardemos, não esquecer que em 2012 o Obama vai querer ser re-eleito

Já correm zun-zuns nos media americanos que a "vitória" é capaz de ser "declarada" em 2011, com a consequente retirada de todas as tropas americanas...á lá URSS 1989

Acho que a coisa será bem simples.

Ao longo de 2010 os americanos despejam mais 40 ou 50 mil soldados no Afeganistão, e mais bombas do que lançaram em todo o tempo de ocupação anterior (estas bombas não precisam atingir nada, é só para inglês ver como no foi no Vietnã). Sabendo que não tem o que fazer, a grande maioria dos Talibãs e seus simpatizantes enterram suas armas e explosivos e tornam-se pastores de cabras, plantadores de papoula, etc... . Um ou outro enfrentamento com grupos e indivíduos mais radicais de tendências suicidas ainda acontecem, mas em ritmo cada vez menor até praticamente desaparecerem.

Em 2011 os americanos declaram vitória e se retiram do país, junto com os europeus (se estes já não tiverem saído antes). No dia seguinte os Talibãs desenterram suas armas e explosivos, e nas semanas seguintes derrubam o governo deixado para trás pelos EUA e instalam novamente seu regime, como se nada tivesse acontecido.

Para todos os fins será mais uma grande vitória americana (que será por demais festejada, aguardem) e quem fracassou foi o governo afegão, não os EUA ou a OTAN.

E todos viverão infelizes para sempre.


Leandro G. Card

Esqueces-te que há vários países europeus a reforçarem os seus contigentes.

Mas que vai haver uma retirada é indesmentível, é por isso que eles estão a formar um exército e forças de segurança.

é lá deixá-los na deles, assim como assim, não deve mudar muita coisa

corrupção - confere
produção de ópio - confere
abrigo aos terroristas - confere
bombas, explosões, atentados á fartazana - confere
instabilidade eterna - confere
biliões de dólares e euros atirados ao lixo e que muita falta cá fazem -confere

um sucesso , não haja dúvidas


ps- apostas em relação a quanto tempo o mayor de kabul aguenta no poleiro mal as tropas estrangeiras deêm ao slide... eu não dou nem meio-dia

E todos viverão infelizes para sempre.

disse tudo

PQD escreveu:os americanos deviam sossegar e voltar para casa, cuidar de seu pais da suas vidas e da sua economia, dos seus jovens, dar mais empregos em seu pais, seria melhor para o povo americano, para a economia americana e mundial.

O complexo industrial-militar (e grupos políticos e econômicos ligados a ele) está felicísssimo com esta guerra. Aliás, não é por acaso q os EUA arranjam uma ou mais guerras por década...

cabeça de martelo escreveu:Esqueces-te que há vários países europeus a reforçarem os seus contigentes.

Mas que vai haver uma retirada é indesmentível, é por isso que eles estão a formar um exército e forças de segurança.

Sim, só apenas alguma centenas de soldados na maioria dos casos. Não fará a mínima diferença. Já o novo Exército e Forças de segurança afegãs tem tanta motivação e compromisso com o atual governo de Karzai (descaradamente fraudulento e ilegítimo, até porque na verdade ele não governa nada já q a maioria do território está em mãos talibãs) quanto o falecido Exército sul-vietnamita... Aliás, é notável q a proposta de "afeganistação" da guerra nasce tão falida quanto a vietnamização da guerra no sudeste asiático a partir do início dos anos 1970...

Infelizmente mais um vez se priorizou a guerra militar em detrimento da social; o resultado foi o clássico... Não há como negar e está mais do q evidente q principalmente os europeus estão neste momento procurando desculpas razoáveis para cair fora o mais rápido possível...

Enlil escreveu:

cabeça de martelo escreveu:Esqueces-te que há vários países europeus a reforçarem os seus contigentes.

Mas que vai haver uma retirada é indesmentível, é por isso que eles estão a formar um exército e forças de segurança.

Sim, só apenas alguma centenas de soldados na maioria dos casos. Não fará a mínima diferença. Já o novo Exército e Forças de segurança afegãs tem tanta motivação e compromisso com o atual governo de Karzai (descaradamente fraudulento e ilegítimo, até porque na verdade ele não governa nada já q a maioria do território está em mãos talibãs) quanto o falecido Exército sul-vietnamita... Aliás, é notável q a proposta de "afeganistação" da guerra nasce tão falida quanto a vietnamização da guerra no sudeste asiático a partir do início dos anos 1970...

Infelizmente mais um vez se priorizou a guerra militar em detrimento da social; o resultado foi o clássico... Não há como negar e está mais do q evidente q principalmente os europeus estão neste momento procurando desculpas razoáveis para cair fora o mais rápido possível...

interessante e que vem na linha dos nossos comentários, este artigo do Público de hoje

[quote="kurgan"]26/11/2009 - 08h27
Secretário de Defesa e chefe das Forças Armadas renunciam na Alemanha

Berlim, 26 nov (EFE).- O inspetor-geral das Forças Armadas alemãs, Wolfgang Schneiderhan, e o secretário de Estado da Defesa, Peter Wichert, renunciaram hoje depois que um jornal publicou que o Ministério escondeu informação sobre o número de vítimas civis que morreram em um bombardeio em Kunduz (Afeganistão), em setembro.

O atual ministro da Defesa, Karl-Theodor zu Guttenberg, comunicou as demissões do militar de máxima graduação na Alemanha e do secretário de Estado em um comparecimento no Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento alemão).

O jornal "Bild" revela hoje um relatório militar segundo o qual a Defesa "tinha claros indícios" de que houve mortes entre civis "apenas horas depois do ataque" aéreo, ordenado por um militar alemão, mas, apesar disso, o então ministro Franz Josef Jung afirmou durante dias que o bombardeio só havia atingido insurgentes talibãs.

Segundo o jornal, esse relatório foi escondido pelo ministério também da Procuradoria Federal, encarregada de determinar se existem suficientes argumentos para abrir um sumário.

Jung - que atualmente ocupa a pasta do Trabalho e Assuntos Sociais no novo gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel - disse hoje, pelo contrário, que não foi descartada a possibilidade de que houvesse vítimas civis a partir de 6 de setembro, dois dias depois do bombardeio.

Explicou que as primeiras informações recebidas de fontes afegãs, assim como da Polícia, do governador regional e das autoridades provinciais, indicavam que as vítimas eram "talibãs e seus aliados".

Diante do Bundestag, no entanto, Guttenberg confirmou hoje a existência do relatório do Exército alemão citado pelo "Bild", do qual ele teve conhecimento pela primeira vez ontem, um mês após ter assumido a pasta da Defesa.

Após afirmar que será preciso realizar uma "nova avaliação" do caso à luz das novas informações, o ministro da Defesa comentou que na legislatura passada foram escondidos outros relatórios sobre a atuação alemã no Afeganistão, sobre os quais não deu detalhes.

O ataque aéreo da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) foi lançado em 4 de setembro a pedido do então comandante do contingente alemão em Kunduz, Georg Klein, e custou a vida de até 142 pessoas, muitas delas civis, segundo diversos relatórios.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2 ... 49662.jhtm[/quote

Esse cara deveria ser condecorado, afinal o ataque foi perfeito matou 142 terrosristas, já não entendo mais esse povo......

28/11/2009 - 17h54
EUA dizem que retirada do Afeganistão começa em 2013

Por Adam Entous

WASHINGTON, 28 de novembro (Reuters) - Os Estados Unidos devem conseguir começar a retirada das tropas do Afeganistão em 2013, segundo altos oficiais da OTAN e dos EUA no Afeganistão.

O general do exército Stanley McChrystal deu sua opinião a uma delegação de parlamentares norte-americanos que visitaram Cabul no começo da semana, disseram participantes do encontro no sábado.

A peça central da estratégia é o envio gradual de mais 30 mil soldados americanos para o Afeganistão para manter a segurança nos centros urbanos mais populosos e treinar mais forças de segurança do país.

Autoridades do Pentágono esperam que os membros da OTAN contribuirão com aproximadamente mais 10 mil soldados e oficiais de treinamento para suplementar o aumento da posição americana. Isso levará o total de tropas adicionais para 40 mil, número recomendado por McChrystal para enfrentar o Taliban. A Inglaterra disse que espera que os países ajudem com mais cinco mil soldados além dos que os EUA vão enviar.

McChrystal encountrou-se com a delegação de parlamentares que está visitando o país neste sábado.

"Perguntei a ele: 'Se você tiver esses soldados adicionais, os 40 mil, qual é o momento em que mudamos, em que começamos a retirar nossas tropas?'" disse o deputado republicano Mike Coffman à Reuters. "McChrystal respondeu: 'Em algum momento antes de 2013.'" Autoridades do Pentágono recusaram-se a comentar.

Há agora aproximadamente 68 mil soldados americanos e 42 mil soldados de forças aliadas no Afeganistão.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/reute ... 73578.jhtm