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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 2:04 pm
por Brasileiro
Que os problemas da amazônia com o desmatamento são antigos e multifacetados, isso ninguém nega. Mas isso definitivamente não será resolvido desinvestindo e criando dificuldades para as ações do IBAMA ou negando o problema. A orientação agora é que há uma "indústria da multa" e autuações em excesso, então pode ter certeza que não vai sair disso. Se fizerem algo, é aquele mínimo para não prejudicar o comércio, de preferência se for algo que caiba numa folha de papel ou só no gogó mesmo, que é a especialidade de quem tem por direito/dever de efetivamente fazer.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 2:15 pm
por Brasileiro
prometheus escreveu: Sex Nov 20, 2020 12:50 pm
Penguin escreveu: Sex Nov 20, 2020 12:35 pm Mourão admite responsabilidade do Brasil sobre venda de madeira ilegal
Por Redação O Antagonista
20.11.20 10:07

https://www.oantagonista.com/brasil/mou ... ra-ilegal/
A estratégia é o Bolsonaro morder p agitar (geralmente c a ala ideológica) e o vice com sua ala militar assoprar... Mas todos estão cientes de tudo isso, ngm está contra ngm na história, é a estratégia delineada pelo planalto. Da a impressão que o Mourão está desmentindo as falas do Bolsonaro e o Bolsonaro voltando atrás ou contra o Mourão, mas quer um, quer outro, estão certos nos seus posicionamentos. Talvez um seja mais desbocado, usa uma vertente mais agressiva p agitar, e o outro mais "diploamatica" e "pomposa" p não comprometer os negócios ou a imagem total do governo, mas os dois são amigos e sabem exatamente o que falam e quando falam. Nada é feito sem pensar como muitos imaginam... tudo tem planejamento, parece bagunçado, mas não é.
Se fosse esse entrosamento todo o Mourão estava firme pra continuar pós 2022, e todo mundo sabe que não vai, e só não foi humilhado-escorraçado publicamente (como vários outros, inclusive militares) porque o cargo de vice é indemissível. Fosse qualquer outro desdizendo o capetão o tempo todo, esse cara não teria durado um mês no cargo, como nenhum outro durou. É só canelada e bola nas costas o tempo inteiro, vide caso da ideia de expropriação por crimes ambientais. O Mourão é uma das poucas coisas no governo que estão fora do alcance da elástica capacidade de negação (no sentido psicanalítico mesmo - https://www.clinico-psicologo.com/estar-em-negacao/) do PR.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 5:34 pm
por Penguin
DW
COLUNA TROPICONOMIA
Um tiro pela culatra
Data 20.11.2020
https://www.dw.com/pt-br/um-tiro-pela-c ... a-55678768

Bolsonaro ameaçou divulgar países que compram madeira ilegal do Brasil. Depois recuou e mirou em empresas. O fato de o próprio presidente lançar luz sobre escusas relações de negócios é um prato cheio para seus críticos.

"Bolsonaro admitiu publicamente que o Brasil não controla a extração e o comércio da madeira tropical, como acusavam há tempos as organizações ambientais"

Jair Bolsonaro não poderia ter oferecido um flanco de ataque melhor para seus críticos no Brasil e no exterior ao anunciar que divulgaria uma lista de todos os países que importam ilegalmente madeira brasileira. A ameaça foi feita nesta terça-feira (17/11), durante a cúpula virtual do Brics, ou seja, o encontro anual dos presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Os demais chefes de Estado devem ter se perguntado por que o brasileiro abordou esse tema. Ao que tudo indica, Bolsonaro pretendia assim expor a hipocrisia dos que, por um lado, atacam sua política para a Amazônia, ao mesmo tempo que compram madeira ilegal do país. Portanto, sobretudo seus críticos da União Europeia e Estados Unidos.

Nesse ínterim ele recuou e disse que vai divulgar só uma lista das empresas, e nhttps://www.dw.com/pt-br/not%C3%ADcias/s-7111ão dos países. Possivelmente o Itamaraty o advertiu sobre a crise de politica externa que ele desencadearia, caso cada país acusado ativasse seus diplomatas para responder às imputações.

É óbvio que desse modo Bolsonaro pretende agitar seu eleitorado. Mas o tiro vai sair pela culatra. Pois agora todos na Europa e EUA veem confirmado que o Brasil não está em condições de produzir e exportar de forma sustentável. Pois se não estão em ordem nem mesmo os documentos de exportação de suposta madeira tropical cultivada, então são justificadas as dúvidas quanto à carne bovina e de aves, soja, couro, cacau, látex... até suco de laranja, frutas tropicais, café, celulose, açúcar.

É longa a lista dos produtos agropecuários brasileiros sobre os quais os produtores devem se preparar, desde já, para ter que renegociar com seus compradores no Hemisfério Norte. Até o momento, os fazendeiros nacionais estão basicamente unidos no respaldo ao presidente. Mas o que vai acontecer se seus mercados e faturamentos despencarem?

O segundo ponto em que Bolsonaro se autoprejudica com suas bizarras ameaças é que, de um só golpe, expôs toda a cadeia ilegal da indústria madeireira que ele próprio favoreceu e incentivou.

Pois o que acontece não é as árvores da floresta tropical serem contrabandeadas em operações clandestinas, para serem descarregadas secretamente em Roterdã ou Los Angeles e transformadas em tábuas de assoalho: toda a madeira ilegal deixa o país com documentos falsificados, expedidos por funcionários corruptos.

Além disso, o governo federal chegou a decretar, por algum tempo, que até mesmo espécies de árvores ameaçadas de extinção poderiam ser exportadas sem necessidade de licença especial. Em 2019, o Ibama não impôs uma única multa por exportação ilegal.

Agora Bolsonaro admite publicamente que o Brasil não controla a extração e o comércio da madeira tropical, como acusavam há tempos as organizações ambientais. Em investigações minuciosas, elas provaram que o comércio de madeira ilegal é apoiado por conceituados financiadores, compradores e manufatores do Brasil e do Hemisfério Norte.

Porém agora é o próprio presidente a lançar luz sobre essas escusas relações de negócios – provavelmente para grande satisfação dos ambientalistas. Nenhum banco, cadeia de varejo ou fabricante de automóveis pode mais se permitir estar envolvido em algum ponto dessa cadeia de fornecimento.

Os primeiros a sentir os efeitos serão os adeptos de Bolsonaro – e os sentirão no bolso. Ou seja, os fazendeiros, madeireiros, proprietários de serras elétricas e funcionários cuja renda agora sofrerá um baque. Esse processo não se iniciará já, mas no médio prazo, sim.

Com o Natal às portas, o presidente do Brasil não poderia ter dado um presente de festas melhor do que esse a seus críticos.

--

Há mais de 25 anos, o jornalista Alexander Busch é correspondente de América do Sul do grupo editorial Handelsblatt (que publica o semanário Wirtschaftswoche e o diário Handelsblatt) e do jornal Neue Zürcher Zeitung. Nascido em 1963, cresceu na Venezuela e estudou economia e política em Colônia e em Buenos Aires. Busch vive e trabalha em São Paulo e Salvador. É autor de vários livros sobre o Brasil.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 5:42 pm
por Túlio
Senhores, será avisado mais uma vez: é obviamente impossível falar de GEOPOLÍTICA sem falar de POLÍTICA, mas usar a primeira para fazer proselitismo partidário/ideológico sobre a segunda acaba mal aqui.

Sempre! Não adianta reclamar depois.

E vale para qualquer "lado", não tem CEGO aqui.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 5:54 pm
por gabriel219
Se fosse outro que falasse isso, estavam batendo palmas, estadista e tal, mas como foi o Biruleibe...

É inacreditável a campanha que fazem pra afagar países que SABEM sobre os negócios ilegais de suas empresas nacionais em países estrangeiros.

É novidade pra alguém aqui a forma como o Gov. Norueguês faz vista grossa com suas Empresas Petrolíferas e depois posa de "Ambientalistas"?

É novidade pra alguém aqui sobre as Mineradoras Suécas, Francesas, Noruega e entre outros ramos/país, atuando no Congo, RCA e Brasil de forma totalmente ilegal e destruindo o ambiente local, enquanto proíbem isso em próprio território? Acham que tudo isso ninguém do Governo de seus respectivos países não sabem?

Que tipo de Brasileiro essas pessoas são, que afagam o que esses Governos estrangeiros fazem, em conluio com as empresas, destruir e ROUBAR o Brasil de boas, só por que foi o "Bozo" que falou?

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 9:12 pm
por Penguin
gabriel219 escreveu: Sex Nov 20, 2020 5:54 pm Se fosse outro que falasse isso, estavam batendo palmas, estadista e tal, mas como foi o Biruleibe...

É inacreditável a campanha que fazem pra afagar países que SABEM sobre os negócios ilegais de suas empresas nacionais em países estrangeiros.

É novidade pra alguém aqui a forma como o Gov. Norueguês faz vista grossa com suas Empresas Petrolíferas e depois posa de "Ambientalistas"?

É novidade pra alguém aqui sobre as Mineradoras Suécas, Francesas, Noruega e entre outros ramos/país, atuando no Congo, RCA e Brasil de forma totalmente ilegal e destruindo o ambiente local, enquanto proíbem isso em próprio território? Acham que tudo isso ninguém do Governo de seus respectivos países não sabem?

Que tipo de Brasileiro essas pessoas são, que afagam o que esses Governos estrangeiros fazem, em conluio com as empresas, destruir e ROUBAR o Brasil de boas, só por que foi o "Bozo" que falou?
A tensão ambiental atingiu todos os governos brasileiros, sem exceção.
Aconteceu no passado, acontece no presente e vai continuar a acontecer. Sabe por que? Porque essa é uma pauta cada vez mais relevante mundialmente.
Quanto mais relevante se torna essa pauta, mais cobranças.
Não tem muita escapatória. Por exemplo, se o Brasil entrar na OCDE, terá que harmonizar suas politicas públicas, inclusive as ambientais. Se o Acordo comercial do UE-Mercosul algum dia vingar, o Brasil terá que seguir normativa ambiental mais rígida. Biden já disse que vai atrelar comércio e investimentos a questões ambientais.
Isso é a realidade e não wishful thinking.
O Brasil pode ficar brigando com o mundo a troco de nada ou pode se destacar nessa área e faturar muito. Fico com a 2a opção.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sáb Nov 21, 2020 12:13 am
por Penguin

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sáb Nov 21, 2020 12:15 am
por gabriel219
Penguin escreveu: Sex Nov 20, 2020 9:12 pm
gabriel219 escreveu: Sex Nov 20, 2020 5:54 pm Se fosse outro que falasse isso, estavam batendo palmas, estadista e tal, mas como foi o Biruleibe...

É inacreditável a campanha que fazem pra afagar países que SABEM sobre os negócios ilegais de suas empresas nacionais em países estrangeiros.

É novidade pra alguém aqui a forma como o Gov. Norueguês faz vista grossa com suas Empresas Petrolíferas e depois posa de "Ambientalistas"?

É novidade pra alguém aqui sobre as Mineradoras Suécas, Francesas, Noruega e entre outros ramos/país, atuando no Congo, RCA e Brasil de forma totalmente ilegal e destruindo o ambiente local, enquanto proíbem isso em próprio território? Acham que tudo isso ninguém do Governo de seus respectivos países não sabem?

Que tipo de Brasileiro essas pessoas são, que afagam o que esses Governos estrangeiros fazem, em conluio com as empresas, destruir e ROUBAR o Brasil de boas, só por que foi o "Bozo" que falou?
A tensão ambiental atingiu todos os governos brasileiros, sem exceção.
Aconteceu no passado, acontece no presente e vai continuar a acontecer. Sabe por que? Porque essa é uma pauta cada vez mais relevante mundialmente.
Quanto mais relevante se torna essa pauta, mais cobranças.
Não tem muita escapatória. Por exemplo, se o Brasil entrar na OCDE, terá que harmonizar suas politicas públicas, inclusive as ambientais. Se o Acordo comercial do UE-Mercosul algum dia vingar, o Brasil terá que seguir normativa ambiental mais rígida. Biden já disse que vai atrelar comércio e investimentos a questões ambientais.
Isso é a realidade e não wishful thinking.
O Brasil pode ficar brigando com o mundo a troco de nada ou pode se destacar nessa área e faturar muito. Fico com a 2a opção.
Parabéns, mas o que diacho isso tem a ver com o que eu falei em meu post?

Estou falando dos Brasileiros que afagam países que causam devastação, tudo em nome do "enfrentamento ao Bozo".

Claro, estamos faturando bastante com vários países fodendo nosso meio ambiente e literalmente roubando nossos recursos, pra depois esses mesmos países acusarem o Brasil de não preservar seu meio ambiente.

E o que temos que fazer quanto a isso, calar-se igual uma cadelinha?

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Dom Nov 22, 2020 2:05 am
por Penguin
gabriel219 escreveu: Sáb Nov 21, 2020 12:15 am
Penguin escreveu: Sex Nov 20, 2020 9:12 pm

A tensão ambiental atingiu todos os governos brasileiros, sem exceção.
Aconteceu no passado, acontece no presente e vai continuar a acontecer. Sabe por que? Porque essa é uma pauta cada vez mais relevante mundialmente.
Quanto mais relevante se torna essa pauta, mais cobranças.
Não tem muita escapatória. Por exemplo, se o Brasil entrar na OCDE, terá que harmonizar suas politicas públicas, inclusive as ambientais. Se o Acordo comercial do UE-Mercosul algum dia vingar, o Brasil terá que seguir normativa ambiental mais rígida. Biden já disse que vai atrelar comércio e investimentos a questões ambientais.
Isso é a realidade e não wishful thinking.
O Brasil pode ficar brigando com o mundo a troco de nada ou pode se destacar nessa área e faturar muito. Fico com a 2a opção.
Parabéns, mas o que diacho isso tem a ver com o que eu falei em meu post?

Estou falando dos Brasileiros que afagam países que causam devastação, tudo em nome do "enfrentamento ao Bozo".

Claro, estamos faturando bastante com vários países fodendo nosso meio ambiente e literalmente roubando nossos recursos, pra depois esses mesmos países acusarem o Brasil de não preservar seu meio ambiente.

E o que temos que fazer quanto a isso, calar-se igual uma cadelinha?
Aplicar a nossa lei seja para brasileiros e para empresas de origem estrangeiras que operam no Brasil é é condição sine qua non.
E jogar duro contra quem não seguir as regras.

O Brasil só vencerá o comércio ilegal de madeira se todos assumirem sua responsabilidade

19 Novembro 2020
http://www.coalizaobr.com.br/home/index ... sabilidade

Entre as bandeiras da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento composto por mais de 250 representantes do agronegócio, sociedade civil, setor financeiro e academia, está o combate à ilegalidade nas atividades rurais, incluindo o desmatamento e a exploração florestal predatória.

Estudos recentes mostram que mais de 90% do desmatamento no país é realizado ilegalmente e a exploração florestal possui índices parecidos. Além do impacto ambiental e do prejuízo fiscal, a ilegalidade impune gera concorrência desleal para aqueles que operam dentro da lei.

Nesse cenário, o Brasil perde uma enorme oportunidade, não apenas de garantir um ambiente de negócios no qual a lei é de fato aplicada, mas de promover uma economia que gere benefícios muito além do econômico, como, por exemplo, os modelos de concessão florestal, que viabilizam a produção de madeira enquanto preservam a cobertura vegetal e geram empregos verdes. Mas o maior obstáculo a esse modelo é, justamente, a insegurança jurídica causada pela falta de fiscalização e comando e controle pelo Estado. Outros modelos que aliam conservação e produção de madeira tropical são a silvicultura de espécies nativas e os sistemas agroflorestais, que ainda precisam de um olhar especial para ganharem escala.

A preocupação com esse cenário, infelizmente, não é nova. Há décadas a ilegalidade é uma das principais causas da violência no campo e de um ambiente avesso aos negócios e à atração de capitais. No entanto, com o aumento observado nos últimos anos nas taxas de desmatamento, o combate ao crime é hoje ainda mais urgente.

A maior parte da madeira brasileira é consumida no país. Segundo o Imaflora, os estados brasileiros consumiram, em 2018, 91% de toda madeira produzida na Amazônia. Os principais estados produtores são MT, PA e RO, sendo que a maior parte da madeira do MT e RO abastecem as regiões Sul e Sudeste, enquanto o PA atende boa parte da região Nordeste.

Nenhuma parte das cadeias de produção, dentro e fora do país, pode se declarar livre do problema da ilegalidade, seja ela uma empresa, comércio, consumidor e, obviamente, o governo. Se, juntas, essas partes apostarem em uma solução e atuação conjunta, todos ganham. Mas basta um desses elos não cumprir com seu papel que todos perdem.

Por isso, a Coalizão Brasil vê com esperança a manifestação de diversas vozes da sociedade que têm vindo a público externar sua preocupação e compromisso com a sustentabilidade. No entanto, é preciso destacar o papel crucial do poder público, já que empresas e investidores não têm – e nem deveriam ter – poder de polícia para lidar com invasões, roubo de madeira e outras ilicitudes que contaminam a cadeia de produção, atingindo os mercados nacional e internacional e reforçando outras atividades ilegais.

Identificar a origem dos produtos brasileiros e buscar ferramentas de rastreabilidade são desafios diários do setor privado, governo e da sociedade civil que precisam ser acompanhados da completa transparência de dados, tecnologia para melhor aproveitamento e produtividade (plantio, extração, serraria, uso etc.), desenvolvimento de mercado, diversificação dos usos e tipos de madeira, além de mecanismos inovadores para financiamento da cadeia da madeira.

O Brasil dispõe de conhecimento, informações e experiência suficientes para eliminar imediatamente a ilegalidade de sua produção e ir além. Mas isso só será possível quando todos os setores, públicos e privados, integrarem esforços, cooperarem e assumirem sua responsabilidade neste desafio.


Sobre a Coalizão Brasil
A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento multissetorial que se formou com o objetivo de propor ações e influenciar políticas públicas que levem ao desenvolvimento de uma economia de baixo carbono, com a criação de empregos de qualidade, o estímulo à inovação, à competitividade global do Brasil e à geração e distribuição de riqueza a toda a sociedade. Mais de 200 empresas, associações empresariais, centros de pesquisa e organizações da sociedade civil já aderiram à Coalizão Brasil – coalizaobr.com.br

Membros: http://www.coalizaobr.com.br/home/index ... ticipantes


Grupo de bancos, indústria, agro e ONGs vê responsabilidade do governo em venda irregular de madeira

20 NOV 2020 08h06
https://www.terra.com.br/noticias/cienc ... phf68.html

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento composto por 262 representantes ligados às áreas do meio ambiente, agronegócio, setor financeiro e academia, enxerga no governo brasileiro um dos principais responsáveis pela criminalidade que domina o mercado de madeira no País, dada a fragilidade das fiscalizações que o poder público realiza no setor.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Dom Nov 22, 2020 7:26 am
por prometheus
Brasileiro escreveu: Sex Nov 20, 2020 2:15 pm
prometheus escreveu: Sex Nov 20, 2020 12:50 pm

A estratégia é o Bolsonaro morder p agitar (geralmente c a ala ideológica) e o vice com sua ala militar assoprar... Mas todos estão cientes de tudo isso, ngm está contra ngm na história, é a estratégia delineada pelo planalto. Da a impressão que o Mourão está desmentindo as falas do Bolsonaro e o Bolsonaro voltando atrás ou contra o Mourão, mas quer um, quer outro, estão certos nos seus posicionamentos. Talvez um seja mais desbocado, usa uma vertente mais agressiva p agitar, e o outro mais "diploamatica" e "pomposa" p não comprometer os negócios ou a imagem total do governo, mas os dois são amigos e sabem exatamente o que falam e quando falam. Nada é feito sem pensar como muitos imaginam... tudo tem planejamento, parece bagunçado, mas não é.
Se fosse esse entrosamento todo o Mourão estava firme pra continuar pós 2022, e todo mundo sabe que não vai, e só não foi humilhado-escorraçado publicamente (como vários outros, inclusive militares) porque o cargo de vice é indemissível. Fosse qualquer outro desdizendo o capetão o tempo todo, esse cara não teria durado um mês no cargo, como nenhum outro durou. É só canelada e bola nas costas o tempo inteiro, vide caso da ideia de expropriação por crimes ambientais. O Mourão é uma das poucas coisas no governo que estão fora do alcance da elástica capacidade de negação (no sentido psicanalítico mesmo - https://www.clinico-psicologo.com/estar-em-negacao/) do PR.
Logo você acredita que está ocorrendo uma sabotagem no governo? Não existe uma coesão mesmo? Estariam assessorando o presidente de forma que nos prejudique? Nesse caso o Mourão, c sua ala militar, estaria sendo atacada propositadamente pela ideológica com fins escusos?

Achei estranho a aliança automática com os EUA mesmo...

Abs!

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Dom Nov 22, 2020 7:33 am
por prometheus
Penguin escreveu: Sex Nov 20, 2020 9:12 pm
gabriel219 escreveu: Sex Nov 20, 2020 5:54 pm Se fosse outro que falasse isso, estavam batendo palmas, estadista e tal, mas como foi o Biruleibe...

É inacreditável a campanha que fazem pra afagar países que SABEM sobre os negócios ilegais de suas empresas nacionais em países estrangeiros.

É novidade pra alguém aqui a forma como o Gov. Norueguês faz vista grossa com suas Empresas Petrolíferas e depois posa de "Ambientalistas"?

É novidade pra alguém aqui sobre as Mineradoras Suécas, Francesas, Noruega e entre outros ramos/país, atuando no Congo, RCA e Brasil de forma totalmente ilegal e destruindo o ambiente local, enquanto proíbem isso em próprio território? Acham que tudo isso ninguém do Governo de seus respectivos países não sabem?

Que tipo de Brasileiro essas pessoas são, que afagam o que esses Governos estrangeiros fazem, em conluio com as empresas, destruir e ROUBAR o Brasil de boas, só por que foi o "Bozo" que falou?
A tensão ambiental atingiu todos os governos brasileiros, sem exceção.
Aconteceu no passado, acontece no presente e vai continuar a acontecer. Sabe por que? Porque essa é uma pauta cada vez mais relevante mundialmente.
Quanto mais relevante se torna essa pauta, mais cobranças.
Não tem muita escapatória. Por exemplo, se o Brasil entrar na OCDE, terá que harmonizar suas politicas públicas, inclusive as ambientais. Se o Acordo comercial do UE-Mercosul algum dia vingar, o Brasil terá que seguir normativa ambiental mais rígida. Biden já disse que vai atrelar comércio e investimentos a questões ambientais.
Isso é a realidade e não wishful thinking.
O Brasil pode ficar brigando com o mundo a troco de nada ou pode se destacar nessa área e faturar muito. Fico com a 2a opção.
Qual o benefício do Brasil ingressar na OCDE? Creio que deva muitos, visto que é uma das prioridades do Brasil...
Duvido muito que esse acordo UE saia... com ou sem comprometimento ambiental... Se sair será somente por necessidade europeia, e não por vontade comercial ou politica, porquanto ela se encontra cada vez mais dependente dos EUA e China. Quem congelou esse acordo foram os europeus ao longo desses anos... Inclusive, nós, do Mercosul, temos como 2° maior parceiro, os europeus... Enquanto isso os maiores parceiros europeus são China e EUA, os maiores emissoras de CO2, e ainda com uma crescente expressiva na Índia e Rússia. Os europeus fornecem muito aos russos, que, por sua vez, são contra pautas ambientais TAMBÉM... Só daí já se percebe que o argumento de acordo UE é falho, os europeus só usam a agenda ambiental p favorecer seu setor agropecuário (que inclusive estão sujeitos a problemas ambientais, pasmem!), porque nas suas práticas favorecem o oposto. Não creio que haja equilíbrio nisso aí. Muito pelo contrário, o acordo UE, embora possa nos beneficiar em muitos setores, pode destruir no já combalida e fraca indústria. Não precisamos apressar isso aí não. A depender, é até melhor que o Brasil assine acordo com os andinos ou c os africanos, p favorecer nossa indústria, a deixar que mercadorias europeias manufaturadas cheguem aqui e desindustrialize nosso país por definitivo.
Se o país prosperar economicamente, os acordos saem, pinguim, com ou sem agendas ambientais sendo implementadas... É o que aconteceu com a China, é o que aconteceu com os EUA. A China só foi mudar sua plataforma geopolítica p assuntos ambientais só agora, recentemente, porque está focando em setores tecnológicos de ponta, na reengenharia do made in china. É claro que por conta disso eles querem garantir as "matérias primas" p si e sua indústria tecnológica, logo é estratégico que defendam pautas ambientais - elas se constituem em reservas primárias futuras.

Por fim, se a pauta ambiental é uma tendência daqui pra frente (o que claramente sabemos), o que me garante que cada vez mais os países desenvolvidos não queiram mudar as regras ao longo do jogo p atender suas demandas (escusas ou não)? Como podemos proteger nossa floresta de forma adequada SE houver uma ameaça estrangeira? Só com a execução das leis ambientais? Por que a aplicação ambiental não é a mesma para empresas estrangeiras em territórios de países subdesenvolvidos, inclusive africanos? Sabemos que a prática diverge muito da teoria.

Particularmente sou a favor de uma política em que o Brasil possa usar mais seus recursos ambientais, de forma sustentável e integrada às comunidades locais... É o que o atual governo deseja, mas muito fracamente e de forma errônea está atuando em conseguir. Nossa indústria é muito fraca. Nos até poderíamos perder inicialmente, e muito, mas nos fortaleceríamos no longo prazo. Óbvio que países desenvolvidos não querem isso, mas constituir uma união latinoamericana até sería uma solução intermediária até lá p nos garantir certa estabilidade, como assim aventou o Bolsonaro ao desejar unir as moedas da Argentina e Brasil. Mas enfim, demanda muito exame isso, não é tão fácil assim. De qualquer forma, é melhor que foquemos no pacífico por enquanto, até p melhorarmos as relações com os sul americanos, e, de lá, talvez possamos cogitar algo. Não podemos sair realizando acordos sem coordenação estratégica porque simplesmente favorece o "livre mercado", o geopolítica não é só econômica, mas sim - e sobretudo - política também. O Brasil já é campeão em efetuar acordos que só nos desfavorece ao longo da história... sempre, podem reparar, voltando-se p exportação do setor primário... Isso desde Portugal c o Reino Unido...

Abs!

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Dom Nov 22, 2020 2:58 pm
por Penguin
Com tantas terras públicas no Brasil, esse "pessoal" vai invadir logo reservas indígenas! Putz! E ainda ameaçam agentes públicos.
Esse é o pessoal que desmanta, toca fogo e depois coloca a culpa nos índios. É o pessoal que tem prejudicado o país em troca de nada.
Invadir terras em outros lugares, como no interior de São Paulo, nos estados do Sul etc, esse pessoal não tem coragem. Por que será?
Talvez a solução seja armar os índios para defender suas terras a exemplo do que fazem os fazendeiros.


Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Dom Nov 22, 2020 4:48 pm
por EduClau
O Brasil poderia hoje estar colocando o dedo no nariz de outros países em relação ao meio ambiente. O aumento da importância das questões ambientais ocorreu com mais força nos últimos 30 anos no cenário mundial, mais ou menos a par com a nossa redemocratização, e TODOS os governos no período fizeram pouco além de discursos hipócritas.
Eu já coloquei aqui antes e coloco de novo minha opinião, se um país não é capaz de gestionar seu território com eficiência ele está dando espaço para outros.

sds

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Dom Nov 22, 2020 5:32 pm
por prometheus
Olá! Estou no celular, logo não poderei postar os prints de forma bem didática e detalhada, mas informarei as devidas fontes para quem desejar consultar.

Mas vamos para as contas...

Pelo que me consta aqui, a UE, junto c os EUA e a China, são os maiores emissores de CO2 do planeta. De países isoladamente considerando, creio que sejam, respectivamente, China, EUA, India e... Rússia, c a indonesia. Porém, cumulativamente falando, os europeus emitiram, ao longo da história, 514 bi de toneladas de CO2 na atmosfera, ou seja, 33% da poluição acumulada no planeta, em face de 457 bi de toneladas da América do Norte (Canadá e México inclusos, logo 29%) e 457 bi na Asia toda, logo 29% também. A América do Sul, com o Brasil liderando, emitiu 40 bi, ou seja, 3%. Quando os europeus pagarão a sua conta? E dívida histórica ambiental?
Ora, mas esses países são muito populosos, consomem muita energia per capita, certo? Pois bem, examinemos mais atentamente os dados então. Segundo a ONG iniciativa verde, uma pessoa consome, em média, 1,6 toneladas por ano. O Brasil possui 200 milhões consome 200 x 1,6 = 320 milhões. A Europa, por sua vez, 515 milhões x 1,6 = 824 milhões/ano, sabendo que a Alemanha e a Franca possuem, respectivamente, 68 e 83 milhões de habitantes (jogando por alto), logo 108 mi/ano e 132 mi/ano. Em 2018, a Franca emitiu 0,33 GT (gigatonneladas, ou seja, 330 milhões de toneladas... E a Alemanha 0,75 GT = 750 milhões. O Brasil, em 2018? 0,45 GT = 450 milhões... Bom, só c base nessas informações, você pode facilmente comparar o consumo per capita por habitante na França e Alemanha versus no Brasil... Com um regra de 3 é possível verificar claramente o disparate...
Mas agora vejamos... Os europeus que defendem abertamente as chamadas "pautas ambientais" têm, como 10 dos seus maiores parceiros comerciais, 5 dos maiores poluidores, dos quais 3 (se não me engano) possuem balança comercial favorável em relação a UE (Rússia e China e Índia). O que isso significa? Que os europeus querem com isso? Lucrar! Não estão preocupados com ambientalismo em absolutamente NADA! Até porque, segundo mais informações da plataforma comercial da UE, + de 80% do exportado pra Rússia é de manufaturados e da China não muda muito também não. Se a lógica era proteger o meio ambiente mesmo, simplesmente embargariam e aplicaram sanções concretas contra os chineses e russos e indianos. Mas não, não é o que acontece, porque o que é supostamente "embargado" contra a Rússia e ou China já vem devidamente contabilizada na sua diferença da balança. Simples assim.
E novamente, a China vem mudando sua agenda para focar mais em engenharia de high tech - e, logo, políticas ambientais (não porque ela é "boazinha" e ou vai faturar com isso não, e sim porque poderá barganhar no multilateralismo posteriormente para lhe garantir matéria prima) - mas continua poluindo mais que o dobro que os EUA! Cadê os europeus, o papa, a greta, e o Macron?

Por fim, gostaria de deixar registrado que o Brasil investe SIM na redução de emissões, só pecou um pouco na questão das emissões por uso da terra (desmatamento) por conta da carência na execução e fiscalização, mas no setores industriais, de transportes e de energia como um todo, reduzimos as emissões! Logo estagnamos com a diferença, pelo menos em 2018. Em 2019 é preciso checar, mas não creio que deva ter sido diferente. Nossa matriz energética é, sim, uma das limpas e pelo visto há comprometimento sim em atender as demandas do acordo de Paris, com ou sem alarde internacional.
E, não menos importante, poderíamos acrescer ainda os reflorestamentos que o Brasil faz em comparação com os demais países europeus p ingressar no cálculo... Há todo um número de árvores que precisam ser reflorestadas p que o consumo de CO2 seja suprido correspondentemenre.
Como estou com pouco tempo, não poderei, mas deixemos p uma próxima oportunidade... Queria saber mesmo se a Merkel e a Noruega reflorestam mesmo seus países, comparativamente falando conosco...

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Dom Nov 22, 2020 5:55 pm
por Túlio
EduClau escreveu: Dom Nov 22, 2020 4:48 pm O Brasil poderia hoje estar colocando o dedo no nariz de outros países em relação ao meio ambiente. O aumento da importância das questões ambientais ocorreu com mais força nos últimos 30 anos no cenário mundial, mais ou menos a par com a nossa redemocratização, e TODOS os governos no período fizeram pouco além de discursos hipócritas.
Eu já coloquei aqui antes e coloco de novo minha opinião, se um país não é capaz de gestionar seu território com eficiência ele está dando espaço para outros.

sds
Nós podemos, apenas somos sistematicamente convencidos - contra toda evidência científica - de que não. Vejas, quem mais nos critica pela destruição de matas nativas tem quanto disso em seu próprio território? Pior, os maiores paladinos das "energias limpas" são os que mais poluem para produzi-la, enquanto ao nossa matriz energética está mesmo agora em 2020 (e antes também) além do que o famigerado Acordo de Paris exige para 2050! Pior ainda, poluem ainda mais para fazer bugigangas, que vão de gadgets tecnológicos (que exigem mais e mais energias "sujas" para que seja sustentada uma demanda artificialmente criada, e novos estão sempre surgindo, como SmartWarches & quetales) a caminhões, trens e mais adiante até navios graneleiros elétricos de milhões de toneladas.

Onde andam os ursos, lobos e outros animais selvagens que pululavam pelo que hoje é a UE, Índia, EUA, Japão e China? Junta todos os que sobraram nessas regiões citadas e te aposto que só de onça tem muito mais aqui, e apenas na Amazônia Legal. Mas nós é que estamos acabando com a Natureza. E eles "provam", mostram um monte de floresta COMERCIAL - sem nenhum bicho vivo dentro, que as resinas que essas merdas largam são letais a qualquer outro tipo de vida - e comparam "isso" com MATA NATIVA, que é o que mantém ou, caso pegue fogo, depois se recompõe e com ela o ecossistema inteiro, bichos inclusos.

Mas não convém, o cool é botar a culpa no FDP do brazuca incendiário, grileiro e garimpeiro ilegal mas que mantém até hoje muito mais floresta nativa com toda a bicharada que tem dentro intacta do que eles todos juntos. Isso não é nem nunca foi sobre ECOLOGIA, cupincha véio.