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Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 5:41 pm
por Bourne
Francoorp escreveu:
IMPERIALISTA
Seria um novo estado da federação, mas não é IMPERIALISMO, pois não seria um domino em terra estrangeira, mas uma conquista de terra estrangeira e conseqüente integração em nossa federação. :twisted: :twisted:
O camarada abaixo discorda.

Imagem

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 5:43 pm
por Bourne
U-27 escreveu:ora eles tem ouro :twisted:
E para que serve ouro?

Se falar que é sinônimo de riqueza mando te prender e arrebentar. :evil:

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 6:05 pm
por U-27
ouro serve para vender ora !

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 6:09 pm
por Bourne
Seu anti-desenvolvimentista. Quer ficar ai vendendo commodities e não criar produtos derivados do outro. :evil:

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 6:16 pm
por U-27
eahuehuaehau sou metalista vamos vender o ouro e comprar industrializados da inglaterra!

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 6:18 pm
por Bourne
No século XIX a onda era que o dinheiro ou ouro é só um meio de troca, não representa riqueza e não influi no lado real da economia. Ou seja, retornaste aos idos dos séculos 1500/1600.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 6:20 pm
por U-27
oh!

sera que eles tem outras commodities?

eles tem uma grande floresta :)

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 10:44 pm
por FOXTROT
terra.com.br

Suriname: Itamaraty faz ronda por hospitais para colher informações
28 de dezembro de 2009

Quatro dias após a onda de violência contra um grupo de brasileiros no Suriname, o Itamaraty segue coletando informações sobre o episódio que deixou cerca de 25 feridos.
Nesta segunda-feira, diplomatas brasileiros que estão no país vizinho realizaram uma ronda por hospitais e hotéis da região, em busca de possíveis vítimas ou testemunhas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o Itamaraty reúna o maior número possível de informações, a fim de que as razões do conflito sejam esclaredidas.

O secretário-geral do Itamaraty, Antônio Patriota, que foi recebido pelo presidente Lula, em Brasília, disse que a situação na região de Albina, a 150 km a leste da capital, Paramaribo, está caminhando para a "normalidade", segundo relato de assessores do Palácio do Planalto.

Patriota teria ainda dito ao presidente que, até o momento, não há registro de mortos. No domingo, o Ministério chegou a confirmar uma vítima fatal.

Alguns sobreviventes dizem, no entanto, ter a informação de que quatro brasileiros teriam sido assassinados durante o confronto e que os corpos estariam no Instituto Médico Legal (IML), aguardando identificação.

A estimativa é de que 80 brasileiros tenham sido agredidos, inclusive com facas, por um grupo de moradores locais. Quatro pessoas estão hospitalizadas, segundo o Itamaraty.

A onda de violência teria sido uma represália ao suposto assassinato de um surinamês por um garimpeiro brasileiro.

Tensão

A relação entre os garimpeiros brasileiros e os chamados "marrons" (descendentes de quilombolas que vivem no interior do Suriname) tem sido marcada por uma forte competição e discordâncias sobre métodos de exploração dos garimpos.

É comum, por exemplo, os "marrons" criticarem brasileiros por buscarem um "retorno rápido e acima de tudo", enquanto os brasileiros costumam se referir aos trabalhadores locais como "lentos e preguiçosos", diz o funcionário de uma rádio local.

O brasileiro Ricardo Silva dos Reis, de 23 anos, que testemunhou o confronto da última quinta-feira, diz que os brasileiros "nunca foram bem recebidos" na cidade e que todos sempre viveram sob uma "constante tensão".

Ricardo conta que trabalhava em um dos supermercados incendiados na noite de Natal e que, até o dia do confronto, "achava que valia a pena enfrentar o perigo em prol do retorno financeiro".

"Mas agora não dá mais. Isso foi um alerta. Agora, só volta lá quem tem muita coragem", diz o brasileiro, que está hospedado na casa de amigos, em Paramaribo, capital do Suriname.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Seg Dez 28, 2009 11:15 pm
por Bolovo
rodrigo escreveu:Fato consumado, invadiríamos o Suriname pra fazer o quê? Uma investigação?
Vai ser a nossa cabeça de ponte para invadirmos os EUA e depois o resto do mundo.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Dez 29, 2009 3:01 am
por Pablo Maica
Primiero instalamos os politicos para acabar com a infra-estrutura, a defesa, a logistica e saude deles, feito isso mandaremos un contingente de ocupação e para combater os coitados que sobraram famintos e sem um pila no bolso nas florestas usando armas contrabandeadas compradas dos mesmo politicos brasileiros que subjugaram seu pais!


Um abraço e t+ :D

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Dez 29, 2009 3:23 am
por Enlil
Clermont escreveu:
delmar escreveu:E agora José? Parece que não morreu ninguém mesmo. E os paraquedistas? A Brigada da Selva? Vamos continuar a operação de invadir o Suriname ou cancelar? Os grandes estrategistas do DB devem tomar esta decisão já.
Já é a terceira nação da América do Sul ou Central contra a qual alguns pedem intervenção militar brasileira.

Primeiro, a Bolívia; depois Honduras e agora, o Suriname.

Onde irá parar este crescente tesão, de alguns brasileiros, por guerra e por aventuras bélicas irresponsáveis?

Quando irá surgir o George W. Bush brasileiro para disputar a presidência da república?
É, depois ainda querem q assim sejamos uma potência mundial... Politica Internacional não é coisa para emotivos...

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Dez 29, 2009 9:01 am
por U-27
MAS ELES TEM OURO!

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Dez 29, 2009 10:03 am
por Marino
Globo:
Suriname conta 20 brasileiras estupradas
O ministro da Justiça e de Polícia do Suriname, Chandrika Santokhi, disse que pelo menos 20
brasileiras foram estupradas em Albina durante o ataque de quilombolas surinameses, na noite do dia
24. Cerca de 55 queixas de agressão, estupro, saques e destruição foram registradas. Não há
informação oficial de mortos, mas cinco vítimas dos ataques chegaram a Belém dizendo ter visto corpos.
Até ontem, 35 suspeitos tinham sido detidos pelos ataques. Três brasileiros ainda estão hospitalizados
em Paramaribo, a capital do país.
Brasileiros relatam 'cenas de filme de terror'
No Aeroporto de Belém, famílias se desesperam sem notícias de parentes no Suriname
Camila Nobrega*
Embora a embaixada brasileira não confirme nenhuma morte em decorrência do conflito no
Suriname, brasileiros vítimas do ataque afirmam ter visto corpos de conterrâneos enquanto tentavam
fugir do local, na cidade de Albina. Ainda assustados, cinco brasileiros atacados desembarcaram
anteontem à noite de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) no Aeroporto de Belém.
Após passar cerca de 15 horas escondido na mata para não ser assassinado, o maranhense
Antônio José Oliveira contou no Aeroporto que viu um brasileiro morto e ouviu relatos de que haveria
mais mortos. Segundo o jornal “O Liberal”, do Pará, que acompanhou o desembarque, Oliveira disse que
um grupo de aproximadamente 80 homens e mulheres surinameses invadiu o acampamento, e “atacou
quem via pela frente”. Instalado no acampamento há dez meses, Oliveira contou que se mudou para o
Suriname a fim de juntar dinheiro com o garimpo ilegal, mas se arrependeu, pois a tensão com os
quilombolas era constante.
Já o maranhense Fernando Lima, de 29 anos, disse ter vivido “cenas de filme terror” na cidade
de Albina, onde morava no acampamento com outros garimpeiros brasileiros. Ferido na cabeça, ele
disse que o ataque começou às 20h do dia 24 e só terminou às 4h da manhã do dia de Natal. Fernando
confirmou que a invasão ocorreu após a morte de um quilombola, durante uma briga com um brasileiro.
Ele disse que os surinameses saquearam pertences dos brasileiros: — Fugi para tentar
sobreviver, mas muita gente ficou ferida. Eu mesmo fui atingido com um golpe de facão na cabeça. Eles
saíram cortando todo mundo e levando tudo o que podiam.
Ainda atearam fogo em um posto de gasolina e em dois supermercados de chineses.
Desde que recebeu a notícia de que o marido, Reginaldo Serra, havia sofrido o ataque, Fabiane
Serra está angustiada pela falta de informações.
Reginaldo é um dos cinco que desembarcaram em Belém. Ontem, ela aguardava a chegada dele
a Altamira, onde moram. Por telefone, disse que o marido está em estado de choque: — Ele está muito
nervoso, desesperado. Pulou na água para sobreviver e viu muita gente ferida. E ainda perdeu tudo o
que tinha.
Ontem de manhã, quando o primeiro avião comercial vindo da capital do Suriname, Paramaribo,
chegou ao Brasil, famílias dividiam sentimentos de alívio e preocupação. Enquanto alguns choravam ao
rever parentes que deixaram o Suriname preocupados com o clima de tensão no país, outros estavam
desesperados com a falta de informações sobre os familiares que vivem naquele país. É o caso de Maria
de Jesus, que foi fotografada aos prantos por não ter recebido notícias do filho. Sandra de Souza foi ao
Aeroporto à procura da filha Rosângela, de 23 anos. Sem querer falar sobre o ataque, com medo de que
a filha sofresse alguma represália, ela também chorava, segurando a foto de Rosângela, que não estava
entre os 66 passageiros brasileiros do avião e mora na cidade de Albina.
Entre os passageiros do voo comercial não havia vítimas do ataque, que estão sendo trazidas
em aviões da FAB, como informou o subcomandante da base aérea, tenente coronel José Roberto de
Oliveira.
A maioria mora em Paramaribo, mas resolveu voltar ao Brasil com medo de novos ataques.
Embora a embaixada brasileira trate o episódio como um caso isolado, o senador Eduardo
Azeredo (PSDB-MG), que esteve no Suriname em 27 de novembro, afirmou que o conflito não foi uma
surpresa, pois o Itamaraty sabia da tensão constante no local. Presidente da Comissão de Relações
Exteriores do Senado, Azeredo viajou na ocasião com o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e dois
embaixadores do Itamaraty para se encontrar com o ministro da Justiça do Suriname e tratar do grande
número de imigrantes brasileiros no país e dos conflitos relacionados ao garimpo: — Fizemos um
relatório logo que chegamos, e o Itamaraty pretende fazer esforços, junto com o governo surinamês, para
mudar a situação.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Dez 29, 2009 10:17 am
por Marino
VISÃO DO CORREIO
Conflito no Suriname
O ataque a brasileiros no Suriname sinaliza situação de conflito que não decorreu de um episódio
isolado mas da soma de sucessivos confrontos. A violência da reação ao suposto assassinato de um
surinamês por um brasileiro parece ter sido a gota d’água que faltava para deflagrar a guerra. Na noite
de Natal, brasileiros que participavam de uma festa em Albina, a 150km de Paramaribo, foram atacados
a pauladas e golpes de facões por grupo furioso de 300 nacionais. Além de 17 feridos e mulheres
estupradas, fala-se em mortes (não confirmadas pelo Itamaraty). Carros e casas foram incendiados.
Ouvidas, as vítimas disseram que são frequentes os ataques contra os imigrantes no país
vizinho. Eles seriam assaltados e roubados nas estradas e, em consequência, privados de documentos,
comida, celulares e todos os bens que levam na bagagem. Como são ilegais, não podem recorrer às
autoridades para reclamar. Boa parte deles trabalha em garimpos de ouro, atividade proibida na antiga
Guiana Holandesa. Na busca de condições de sobrevivência, disputa território com os quilombolas, que
também exploram as minas de ouro e lutam na defesa de emprego, da terra e dos recursos naturais.
Não se trata, vale lembrar, de confronto de Estados. Trata-se de problema que atravessou a
fronteira. Como disse o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer, miseráveis brigam com
miseráveis. Mas, embora não envolta governos, os governos não podem fechar os olhos para a questão.
O conflito ocorreu em território surinamês. É problema interno que, antes de tudo, cabe ao governo local
administrá-lo. Não significa, porém, que deva fazê-lo sozinho. Além do Brasil, que precisa cooperar com
o vizinho no controle de fronteiras e na assistência a seus cidadãos, o Suriname pode recorrer aos
países que integram o sistema sul-americano.
Paramaribo é membro da Organização dos Estados americanos (OEA), da União dos Países da
América do Sul (Unasul) e do Conselho de Segurança da América do Sul. Tem meios de encaminhar a
questão que culminou no quase massacre da véspera do Natal no âmbito das questões regionais. Com a
ajuda dos mecanismos previstos nos acordos firmados, tem condições de fazer que o problema não seja
só seu, mas dos sócios do clube. A condução exitosa do problema poderá servir de escola para outros
conflitos como os enfrentados por brasileiros na Venezuela e na Bolívia.

Re: Ataque a brasileiros no Suriname

Enviado: Ter Dez 29, 2009 10:20 am
por Marino
ENTENDA O CASO
Tensão envolve Albina
A abundância de turistas já fez com que a cidade de Albina fosse um dia chamada de “Riviera
surinamesa”. No entanto, a violência atual remete aos anos 1980, consequência da guerra civil entre a
junta militar de Desi Bouterse e os rebeldes do Comando da Selva, liderados por Ronny Brunswijk.
Devido ao conflito armado, uma geração inteira cresceu sob o signo da violência, da delinquência e do
desemprego.
A chegada de grandes empreendedores chineses e garimpeiros brasileiros que conseguiram
abrir minas de ouro bem-sucedidas aumentou a tensão em Albina. Com a alta no preço do ouro, as
minas brasileiras no Suriname têm sido alvos de ladrões da comunidade quilombola, formada por
descendentes de escravos.
O atual presidente, Ronald Venetiaan, pediu a Brunswijk para restaurar a ordem na região
oriental do país. Para o mandatário, Brunswijk deveria controlar seu povo, já que lidera o maior partido
quilombola no Congresso do Suriname. Para a imprensa do país, o líder rebelde é um mau exemplo,
acusado de envolvimento em tiroteios, abusos físicos, assalto a bancos e tráfico de drogas. Para a
população local, porém, ele é uma espécie de Robin Hood, que “rouba” para os pobres. “Enquanto
pessoas como Brunswijk forem consideradas modelos a serem seguidos e idolatrados pela população,
lutamos uma batalha que não podemos vencer”, avalia o professor holandês Hugo den Boer.