A Third E190-E2 is in the Air
Another E190-E2, serial number 20.003, took off on its maiden flight last Saturday, August 27, from the company’s facility in São José dos Campos. The new E-Jet is the third of four prototypes to join the E190-E2 certification program.
Prototype 20.003 will be used primarily to test flying qualities and evaluate how the aircraft handles in icing conditions.
The first E190-E2 prototype aircraft, serial number 20.001, is currently conducting tests on systems, loads, aero-elasticity, external noise and handling in crosswinds. It first flew on May 23 of this year and made its international début at the Farnborough Air Show in London in mid-July. The second E190-E2 prototype, serial number 20.002, made its inaugural flight on July 8. It is used to test systems and general aircraft performance. These two prototypes have accumulated more than 150 flight hours.
The fourth prototype, serial number 20.004 is scheduled to take flight by early next year. It will feature a production-series, full-cabin interior and will measure comfort and internal noise levels, and be used to conduct specific tests, such as cabin evacuation.
In addition to the flight test campaign, the E190-E2 certification program has accumulated almost 21,000 hours of tests on rigs and the iron bird, and many hours of simulations on the virtual aircraft. The E190-E2 is scheduled to enter service in the first half of 2018.
Fonte:
http://beholdthepowerof2.com/a-third-e1 ... n-the-air/
EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Terceiro protótipo do E-190 E2 voando.
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Impressionante a velocidade em que os protótipos estão ficando prontos... Comparando com outros fabricantes fica ainda mais evidente. Parabéns a Embraer.
- joao fernando
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Só comparar com Japão e outros ditos desenvolvidosCassio escreveu:Impressionante a velocidade em que os protótipos estão ficando prontos... Comparando com outros fabricantes fica ainda mais evidente. Parabéns a Embraer.
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- malmeida
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Com a tão falada comunalidade com os demais modelos, acho até que estão reaproveitando a linha dos E1 pra montar esses protótipos aí.joao fernando escreveu:Só comparar com Japão e outros ditos desenvolvidosCassio escreveu:Impressionante a velocidade em que os protótipos estão ficando prontos... Comparando com outros fabricantes fica ainda mais evidente. Parabéns a Embraer.
A aparência dele ficou sensacional. Esses motores aí deram um ar de "gente grande" ao E2 que eu não via no E1.
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
O E2 é outra aeronave. Novos motores, pilones, trens de pouso, aviônica, sistemas, asas, e com significativas diferenças na fuselagem... o que ficou igual mesmo??malmeida escreveu:Com a tão falada comunalidade com os demais modelos, acho até que estão reaproveitando a linha dos E1 pra montar esses protótipos aí.joao fernando escreveu: Só comparar com Japão e outros ditos desenvolvidos
A aparência dele ficou sensacional. Esses motores aí deram um ar de "gente grande" ao E2 que eu não via no E1.
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Quanto a produção... não está sendo feito na linha dos E1... já que a produção deste continua. Protótipos são protótipos e são montados em áreas segregadas.
- joao fernando
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Olha, vou pedir fontes pq a EMBRAER (e não só ela) reaproveita o "charuto' da fuselagem. EMB120 - ERJ145 - ERJ 135 - ERJ 140 - LegacyCassio escreveu:O E2 é outra aeronave. Novos motores, pilones, trens de pouso, aviônica, sistemas, asas, e com significativas diferenças na fuselagem... o que ficou igual mesmo??malmeida escreveu: Com a tão falada comunalidade com os demais modelos, acho até que estão reaproveitando a linha dos E1 pra montar esses protótipos aí.
A aparência dele ficou sensacional. Esses motores aí deram um ar de "gente grande" ao E2 que eu não via no E1.
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Quanto a produção... não está sendo feito na linha dos E1... já que a produção deste continua. Protótipos são protótipos e são montados em áreas segregadas.
707 - 737
Não me admira que os gabaritos sejam os mesmos
Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
- Cassio
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
O "charuto" da fuselagem do EMB-120 não foi aproveitado no ERJ-145 (foram aproveitados aspectos do seu desenho)... Já os modelos 135, 140 são versões "encurtadas" do ERJ-145, aí sim com grande reaproveitamento.
No caso E1 x E2, ocorreu o aproveitamento de alguns segmentos do "charuto", sendo outros totalmente novos. Então a fuselagem do E2 é nova, reaproveitando apenas "pedaços" da do E1 (poucos).
Muitos podem crer que o E2 é uma versão melhorada do E1, com alguns refinamentos além do novo motor... mas não é isso não... é uma nova aeronave. Em termos de trabalho de engenharia, projeto, certificação, ferramentais e etc... foi praticamente o mesmo que desenhar uma aeronave do "zero".
No caso E1 x E2, ocorreu o aproveitamento de alguns segmentos do "charuto", sendo outros totalmente novos. Então a fuselagem do E2 é nova, reaproveitando apenas "pedaços" da do E1 (poucos).
Muitos podem crer que o E2 é uma versão melhorada do E1, com alguns refinamentos além do novo motor... mas não é isso não... é uma nova aeronave. Em termos de trabalho de engenharia, projeto, certificação, ferramentais e etc... foi praticamente o mesmo que desenhar uma aeronave do "zero".
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Minha opinião não tem base alguma em fato. Pode ser que eu esteja completamente enganado, mas que saiu rápido, isso saiu. De repente podemos creditar a rapidez da saída do protótipo ao ferramental reaproveitado. Alguma(s) etapa(s) eles queimaram.Cassio escreveu:O "charuto" da fuselagem do EMB-120 não foi aproveitado no ERJ-145 (foram aproveitados aspectos do seu desenho)... Já os modelos 135, 140 são versões "encurtadas" do ERJ-145, aí sim com grande reaproveitamento.
No caso E1 x E2, ocorreu o aproveitamento de alguns segmentos do "charuto", sendo outros totalmente novos. Então a fuselagem do E2 é nova, reaproveitando apenas "pedaços" da do E1 (poucos).
Muitos podem crer que o E2 é uma versão melhorada do E1, com alguns refinamentos além do novo motor... mas não é isso não... é uma nova aeronave. Em termos de trabalho de engenharia, projeto, certificação, ferramentais e etc... foi praticamente o mesmo que desenhar uma aeronave do "zero".
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Não queimaram etapas não... Isso se chama excelência em gestão de projetos complexos. É fruto de um planejamento competente.
E se pensar bem, o projeto saiu em cerca de 4 anos e pouco, até o vôo do protótipo, vai dar uns seis anos até a certificação. Isso é um ciclo de desenvolvimento bem agressivo, mas dentro dos padrões da empresa.
E se pensar bem, o projeto saiu em cerca de 4 anos e pouco, até o vôo do protótipo, vai dar uns seis anos até a certificação. Isso é um ciclo de desenvolvimento bem agressivo, mas dentro dos padrões da empresa.
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Já foram entregues mais de 1200 E-1 da Embraer, e ainda faltam, diz-se, mais uns 200 a 300 a entregar.
Os E-2 já nasceram com encomendas, antes mesmo do ´primeiro protótipo voar, de quase 700 unidades, entre firmes e opções.
Se o referencial de sucesso dos E-1 servir para os E-2, com certeza veremos nos próximos anos mais de duas mil undes serem vendidas pela Embraer por aí.
Me cobrem daqui uns 10 anos.
abs
Os E-2 já nasceram com encomendas, antes mesmo do ´primeiro protótipo voar, de quase 700 unidades, entre firmes e opções.
Se o referencial de sucesso dos E-1 servir para os E-2, com certeza veremos nos próximos anos mais de duas mil undes serem vendidas pela Embraer por aí.
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
De uma forma ou de outra é muito bom saber que tudo está correndo bem, e rápido. Só espero que os bons ventos favoreçam também os funcionários da empresa. Que os livrem de PDVs e "PDIs" da vida.FCarvalho escreveu:Já foram entregues mais de 1200 E-1 da Embraer, e ainda faltam, diz-se, mais uns 200 a 300 a entregar.
Os E-2 já nasceram com encomendas, antes mesmo do ´primeiro protótipo voar, de quase 700 unidades, entre firmes e opções.
Se o referencial de sucesso dos E-1 servir para os E-2, com certeza veremos nos próximos anos mais de duas mil undes serem vendidas pela Embraer por aí.
Me cobrem daqui uns 10 anos.
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Ao menos os números dos indicadores de mercado de aviação comercial para aeronaves entre 80-130 pax apontam senão para um crescimento da demanda, para uma larga margem de substituição e/ou complementação de frota.
Os números apresentados pela Embraer são auspiciosos. Mas tão relativo quanto é a teoria de Einstein, também o mercado de aviões o é.
Que bons ventos continuem soprando sobre ela.
abs
Os números apresentados pela Embraer são auspiciosos. Mas tão relativo quanto é a teoria de Einstein, também o mercado de aviões o é.
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
Revista Flap
A capa desta edição mostra três aeronaves da Embraer, de segmentos distintos, que estiveram expostas em Farnborough.
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Re: EMBRAER: Notícias de Aviação Civil
EUA investigam vendas de aviões da Embraer para Arábia Saudita e Índia
Avião Super Tucano da Embraer
WÁLTER NUNES
DE SÃO PAULO
08/09/2016 02h00 - Atualizado às 13h56
As investigações abertas pelo governo dos Estados Unidos para apurar suspeitas de que a Embraer pagou propina para obter contratos no exterior atingiram negócios fechados pela empresa brasileira na Arábia Saudita e na Índia.
A empresa é investigada pelo Departamento de Justiça dos EUA desde 2010, quando um contrato com a República Dominicana despertou suspeitas dos americanos. Desde então, a investigação foi ampliada para examinar negócios em mais oito países.
A Embraer colabora com as investigações e anunciou em julho que espera fechar em breve um acordo com as autoridades dos EUA. A empresa separou US$ 200 milhões (R$ 642 milhões) para pagar multas decorrentes do processo.
A companhia não tem divulgado detalhes sobre o andamento das investigações, mas três pessoas que acompanham o caso confirmaram à Folha que os negócios feitos na Arábia Saudita e na Índia estão sendo examinados.
Nos dois casos, as suspeitas foram reforçadas em maio deste ano por um funcionário com mais de 30 anos de casa que virou delator e tem colaborado com investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal no Brasil, que não quis se manifestar.
Gerente da área de defesa da Embraer, Albert Phillip Close afirmou ao procurador Marcello Miller ter ouvido na empresa que um ex-diretor de vendas que atuava na Europa admitiu a investigadores americanos o pagamento de comissões para facilitar a venda de aviões aos sauditas.
Em novembro de 2010, a companhia anunciou a entrega de dois jatos executivos Embraer 170 para a estatal do setor de petróleo Saudi Aramco. O valor do negócio não foi divulgado na ocasião.
No caso da Índia, o delator disse que a Embraer contratou um representante para ajudar na venda de um sistema de vigilância ao governo. Como a Índia proíbe a contratação de representantes em negócios desse tipo, segundo o delator, foi contratado um escritório na Inglaterra.
"O contrato com esse representante teria sido guardado em um cofre, ficando uma chave em poder da Embraer e outra em poder do representante", disse Close. O contrato depois teria sido levado para a Inglaterra por uma executiva da empresa.
Em 2008, a Embraer vendeu três aeronaves militares EMB 145 AEW&C (Alerta Aéreo Antecipado e Controle, na sigla em inglês) para o governo da Índia. Os valores não foram informados na época.
CORONEL PRESO
Na República Dominicana, os americanos constataram que a empresa brasileira pagou suborno a funcionários públicos entre 2008 e 2010 para vender oito aeronaves Super Tucanos para o país.
A Embraer faturou US$ 92 milhões com a venda dos aviões militares e pagou US$ 3,5 milhões em propina para o coronel reformado da Força Aérea dominicana Carlos Piccini Nunez, de acordo com os investigadores dos EUA.
O coronel foi preso no dia 10 de agosto na República Dominicana. Também foram detidos o ex-ministro da Defesa Rafael Peña Antonio e os empresários Daniel Aquino Hernández e seu filho Daniel Aquino Méndez, acusados de usar empresas em paraísos fiscais para movimentar parte do dinheiro da propina. Segundo as investigações, parlamentares dominicanos também receberam pagamentos para aprovar o contrato de compra dos aviões e recursos no orçamento do governo.
OUTRO LADO
A Embraer afirmou que colabora com as investigações sobre seus negócios no exterior, mas não quis discutir detalhes. argumentando que o inquérito em curso nos Estados Unidos ainda não foi concluído e que não é parte do processo aberto pelo Ministério Público Federal no Rio.
"Desde 2011, a Embraer tem informado publicamente que vem conduzindo uma ampla investigação interna e cooperando com as autoridades competentes", afirmou a assessoria de imprensa da empresa. "A companhia expandiu voluntariamente o escopo da investigação, reportando sistematicamente a evolução do caso ao mercado."
Em julho, quando divulgou os resultados financeiros obtidos no segundo trimestre deste ano, a Embraer informou que está perto de fechar um acordo com as autoridades americanas e separou US$ 200 milhões (R$ 642 milhões) para o pagamento de multas ao governo dos EUA.
Por ter negócios nos EUA, a Embraer está sujeita à legislação americana que pune empresas que corrompem funcionários públicos estrangeiros para obter contratos.
"A Embraer vem aprimorando e expandindo seu programa global de compliance [controle interno] ao longo dos anos", diz a nota da empresa. "O programa promove a melhoria contínua de processos, sistemas e o treinamento de funcionários, com o objetivo de manter o mais alto nível de integridade."
O advogado José Luiz de Oliveira Lima, que defende o funcionário da Embraer Albert Phillip Close, não quis se manifestar sobre sua colaboração com os procuradores.
Embraer na mira
>> 9 contratos investigados nos EUA, incluindo negócios com Arábia Saudita, Índia e República Dominicana
>> US$ 200 milhões separados para pagar multas decorrentes do processo
-
Negócios da Embraer
Acordos com indianos e sauditas são alvos de suspeita
*
>> O CLIENTE - A Força Aérea Indiana foi criada em 1932 e é uma das maiores do mundo, com 1.724 aeronaves, de acordo com o site especializado no setor FlightGlobal
>> O ACORDO - A Embraer e o governo indiano fecharam em 2008 a venda de três aeronaves. O negócio, que não teve o valor revelado, inclui treinamento e assistência técnica
>> O CLIENTE - A Saudi Aramco é a companhia petroleira estatal da Arábia Saudita. Ela é avaliada em US$ 2 trilhões, mais do que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil
>> O ACORDO - A empresa brasileira anunciou em 2010, sem revelar valores a venda de dois jatos executivos Embraer 170 para o grupo do Oriente Médio
RAIO-X - Embraer/2015
FATURAMENTO - US$ 5,9 bilhões (90% vêm das exportações)
LUCRO - US$ 69 milhões
TOTAL DE FUNCIONÁRIOS - Aproximadamente 19 mil
TOTAL DE DÍVIDAS -US$ 3,5 bilhões
CONCORRENTES - Na aviação comercial: Bombar-dier, Comac, Mitsubishi e Sukhoi; na aviação executiva: Cessna, Bombardier, Honda Jets, HawkerBeechcraft, Dassault, Gulfstream; no segmento de defesa e segurança: variam de acordo com a linha de produtos
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... ndia.shtml
Avião Super Tucano da Embraer
WÁLTER NUNES
DE SÃO PAULO
08/09/2016 02h00 - Atualizado às 13h56
As investigações abertas pelo governo dos Estados Unidos para apurar suspeitas de que a Embraer pagou propina para obter contratos no exterior atingiram negócios fechados pela empresa brasileira na Arábia Saudita e na Índia.
A empresa é investigada pelo Departamento de Justiça dos EUA desde 2010, quando um contrato com a República Dominicana despertou suspeitas dos americanos. Desde então, a investigação foi ampliada para examinar negócios em mais oito países.
A Embraer colabora com as investigações e anunciou em julho que espera fechar em breve um acordo com as autoridades dos EUA. A empresa separou US$ 200 milhões (R$ 642 milhões) para pagar multas decorrentes do processo.
A companhia não tem divulgado detalhes sobre o andamento das investigações, mas três pessoas que acompanham o caso confirmaram à Folha que os negócios feitos na Arábia Saudita e na Índia estão sendo examinados.
Nos dois casos, as suspeitas foram reforçadas em maio deste ano por um funcionário com mais de 30 anos de casa que virou delator e tem colaborado com investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal no Brasil, que não quis se manifestar.
Gerente da área de defesa da Embraer, Albert Phillip Close afirmou ao procurador Marcello Miller ter ouvido na empresa que um ex-diretor de vendas que atuava na Europa admitiu a investigadores americanos o pagamento de comissões para facilitar a venda de aviões aos sauditas.
Em novembro de 2010, a companhia anunciou a entrega de dois jatos executivos Embraer 170 para a estatal do setor de petróleo Saudi Aramco. O valor do negócio não foi divulgado na ocasião.
No caso da Índia, o delator disse que a Embraer contratou um representante para ajudar na venda de um sistema de vigilância ao governo. Como a Índia proíbe a contratação de representantes em negócios desse tipo, segundo o delator, foi contratado um escritório na Inglaterra.
"O contrato com esse representante teria sido guardado em um cofre, ficando uma chave em poder da Embraer e outra em poder do representante", disse Close. O contrato depois teria sido levado para a Inglaterra por uma executiva da empresa.
Em 2008, a Embraer vendeu três aeronaves militares EMB 145 AEW&C (Alerta Aéreo Antecipado e Controle, na sigla em inglês) para o governo da Índia. Os valores não foram informados na época.
CORONEL PRESO
Na República Dominicana, os americanos constataram que a empresa brasileira pagou suborno a funcionários públicos entre 2008 e 2010 para vender oito aeronaves Super Tucanos para o país.
A Embraer faturou US$ 92 milhões com a venda dos aviões militares e pagou US$ 3,5 milhões em propina para o coronel reformado da Força Aérea dominicana Carlos Piccini Nunez, de acordo com os investigadores dos EUA.
O coronel foi preso no dia 10 de agosto na República Dominicana. Também foram detidos o ex-ministro da Defesa Rafael Peña Antonio e os empresários Daniel Aquino Hernández e seu filho Daniel Aquino Méndez, acusados de usar empresas em paraísos fiscais para movimentar parte do dinheiro da propina. Segundo as investigações, parlamentares dominicanos também receberam pagamentos para aprovar o contrato de compra dos aviões e recursos no orçamento do governo.
OUTRO LADO
A Embraer afirmou que colabora com as investigações sobre seus negócios no exterior, mas não quis discutir detalhes. argumentando que o inquérito em curso nos Estados Unidos ainda não foi concluído e que não é parte do processo aberto pelo Ministério Público Federal no Rio.
"Desde 2011, a Embraer tem informado publicamente que vem conduzindo uma ampla investigação interna e cooperando com as autoridades competentes", afirmou a assessoria de imprensa da empresa. "A companhia expandiu voluntariamente o escopo da investigação, reportando sistematicamente a evolução do caso ao mercado."
Em julho, quando divulgou os resultados financeiros obtidos no segundo trimestre deste ano, a Embraer informou que está perto de fechar um acordo com as autoridades americanas e separou US$ 200 milhões (R$ 642 milhões) para o pagamento de multas ao governo dos EUA.
Por ter negócios nos EUA, a Embraer está sujeita à legislação americana que pune empresas que corrompem funcionários públicos estrangeiros para obter contratos.
"A Embraer vem aprimorando e expandindo seu programa global de compliance [controle interno] ao longo dos anos", diz a nota da empresa. "O programa promove a melhoria contínua de processos, sistemas e o treinamento de funcionários, com o objetivo de manter o mais alto nível de integridade."
O advogado José Luiz de Oliveira Lima, que defende o funcionário da Embraer Albert Phillip Close, não quis se manifestar sobre sua colaboração com os procuradores.
Embraer na mira
>> 9 contratos investigados nos EUA, incluindo negócios com Arábia Saudita, Índia e República Dominicana
>> US$ 200 milhões separados para pagar multas decorrentes do processo
-
Negócios da Embraer
Acordos com indianos e sauditas são alvos de suspeita
*
>> O CLIENTE - A Força Aérea Indiana foi criada em 1932 e é uma das maiores do mundo, com 1.724 aeronaves, de acordo com o site especializado no setor FlightGlobal
>> O ACORDO - A Embraer e o governo indiano fecharam em 2008 a venda de três aeronaves. O negócio, que não teve o valor revelado, inclui treinamento e assistência técnica
>> O CLIENTE - A Saudi Aramco é a companhia petroleira estatal da Arábia Saudita. Ela é avaliada em US$ 2 trilhões, mais do que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil
>> O ACORDO - A empresa brasileira anunciou em 2010, sem revelar valores a venda de dois jatos executivos Embraer 170 para o grupo do Oriente Médio
RAIO-X - Embraer/2015
FATURAMENTO - US$ 5,9 bilhões (90% vêm das exportações)
LUCRO - US$ 69 milhões
TOTAL DE FUNCIONÁRIOS - Aproximadamente 19 mil
TOTAL DE DÍVIDAS -US$ 3,5 bilhões
CONCORRENTES - Na aviação comercial: Bombar-dier, Comac, Mitsubishi e Sukhoi; na aviação executiva: Cessna, Bombardier, Honda Jets, HawkerBeechcraft, Dassault, Gulfstream; no segmento de defesa e segurança: variam de acordo com a linha de produtos
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... ndia.shtml