CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Moderador: Conselho de Moderação
-
- Sênior
- Mensagens: 3548
- Registrado em: Sex Ago 17, 2007 11:06 am
- Localização: Bahia!
- Agradeceu: 74 vezes
- Agradeceram: 87 vezes
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Virou brincadeira mesmo:
PCdoB-DF inaugura exposição em homenagem a Kim Il Sung

Além de militantes comunistas e representantes de movimentos de luta pela paz, o evento teve a presença do presidente do Partido no DF e membro do Comitê Central, Augusto Cesar Martins Madeira, e do embaixador Koo Bon-Woo — que fez um relato sobre a vida do líder coreano. O embaixador aproveitou a oportunidade para agradecer ao PCdoB pela solidariedade ao povo da Coreia Popular.
O estudioso das questões asiáticas e assessor da presidência nacional do PCdoB, Elias Khalil Jabbour, proferiu uma palestra sobre o posicionamento histórico da Coreia em relação à sua soberania desde o seu surgimento como Estado Nação há mais de dois mil anos. Ele relatou que a resistência da RPDC às agressões externas inclui a luta contra o domínio do Império Mongol, a ocupação japonesa e, nos dias atuais, ao imperialismo estadunidense.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php? ... id_secao=8
PCdoB-DF inaugura exposição em homenagem a Kim Il Sung

Além de militantes comunistas e representantes de movimentos de luta pela paz, o evento teve a presença do presidente do Partido no DF e membro do Comitê Central, Augusto Cesar Martins Madeira, e do embaixador Koo Bon-Woo — que fez um relato sobre a vida do líder coreano. O embaixador aproveitou a oportunidade para agradecer ao PCdoB pela solidariedade ao povo da Coreia Popular.
O estudioso das questões asiáticas e assessor da presidência nacional do PCdoB, Elias Khalil Jabbour, proferiu uma palestra sobre o posicionamento histórico da Coreia em relação à sua soberania desde o seu surgimento como Estado Nação há mais de dois mil anos. Ele relatou que a resistência da RPDC às agressões externas inclui a luta contra o domínio do Império Mongol, a ocupação japonesa e, nos dias atuais, ao imperialismo estadunidense.
http://www.vermelho.org.br/noticia.php? ... id_secao=8
[centralizar]Mazel Tov![/centralizar]
- Túlio
- Site Admin
- Mensagens: 62765
- Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
- Localização: Tramandaí, RS, Brasil
- Agradeceu: 6759 vezes
- Agradeceram: 7065 vezes
- Contato:
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
ARGH!!!
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
- cassiosemasas
- Sênior
- Mensagens: 2700
- Registrado em: Qui Set 24, 2009 10:28 am
- Agradeceu: 87 vezes
- Agradeceram: 86 vezes
- NettoBR
- Sênior
- Mensagens: 2792
- Registrado em: Sáb Abr 28, 2012 10:36 am
- Localização: Ribeirão Preto-SP
- Agradeceu: 1097 vezes
- Agradeceram: 328 vezes
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Encher o saco e fazer merda...
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
Liev Tolstói
- BrasilPotência
- Sênior
- Mensagens: 1390
- Registrado em: Ter Jul 17, 2012 5:04 pm
- Localização: São Paulo - SP
- Agradeceu: 268 vezes
- Agradeceram: 82 vezes
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Porque esses senhores tão solidários à política NC, não vão morar lá 

Brava Gente, Brasileira!!!
- suntsé
- Sênior
- Mensagens: 3167
- Registrado em: Sáb Mar 27, 2004 9:58 pm
- Agradeceu: 232 vezes
- Agradeceram: 154 vezes
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Prezados.
Porque vocês ficam tão chocados?
Atitudes como estas são esperadas de organizações de esquerda como estas, que apoiam ORGs, internacionais que estão agindo em detrimento da soberania nacional.
Se estes senhores estão subvertendo o seu próprio país, é claro que vão gostar do regime norte coreano.
Porque vocês ficam tão chocados?
Atitudes como estas são esperadas de organizações de esquerda como estas, que apoiam ORGs, internacionais que estão agindo em detrimento da soberania nacional.
Se estes senhores estão subvertendo o seu próprio país, é claro que vão gostar do regime norte coreano.
- Andre Correa
- Sênior
- Mensagens: 4890
- Registrado em: Qui Out 08, 2009 10:30 pm
- Agradeceu: 890 vezes
- Agradeceram: 241 vezes
- Contato:
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Isso é unicamente para chamar atenção e aproveitar as migalhas que sobram pelo caminho... resumindo simplesmente na falta do que fazer, ociosidade, e na abundância de tempo para imbecilidades. O pior de tudo é que, assim, ganham algum, e não se importam com o papel de otários que fazem.
![[009]](./images/smilies/009.gif)
![[009]](./images/smilies/009.gif)
Audaces Fortuna Iuvat
- suntsé
- Sênior
- Mensagens: 3167
- Registrado em: Sáb Mar 27, 2004 9:58 pm
- Agradeceu: 232 vezes
- Agradeceram: 154 vezes
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Eu duvido que o dinheiro para esta palhaçada venha do bolso deles.Andre Correa escreveu:Isso é unicamente para chamar atenção e aproveitar as migalhas que sobram pelo caminho... resumindo simplesmente na falta do que fazer, ociosidade, e na abundância de tempo para imbecilidades. O pior de tudo é que, assim, ganham algum, e não se importam com o papel de otários que fazem.
- Wingate
- Sênior
- Mensagens: 5128
- Registrado em: Sex Mai 05, 2006 10:16 am
- Localização: Crato/CE
- Agradeceu: 819 vezes
- Agradeceram: 239 vezes
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Down the memory lane (Korean war - 1950 - 1953):
MIG ALLEY (Beco dos MIG):
Wingate
MIG ALLEY (Beco dos MIG):
Wingate
-
- Sênior
- Mensagens: 2427
- Registrado em: Sex Mai 18, 2012 6:12 pm
- Agradeceu: 40 vezes
- Agradeceram: 205 vezes
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
Ex-agente norte-coreana convive com trauma de ter explodido avião
A norte-coreana Kim Hyun-hui certamente não aparenta ser uma assassina em massa. Mãe de dois filhos, essa mulher de 51 anos é dona de uma voz suave e de um sorriso gentil.
Entenda o conflito entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul
Atualmente, ela vive reclusa em algum lugar na Coreia do Sul - e não pode dizer onde. No dia em que nos encontramos, Kim Hyun-hui estava, como sempre, acompanhada de um grupo de homens fortemente armados e com ternos desalinhados.
Ela convive com o temor de que o governo da Coreia do Norte queira matá-la.
Há boas razões para isso. Kim Hyun-hui é uma ex-agente do serviço secreto norte-coreano. Há 25 anos, seguindo ordens de Pyongyang, ela explodiu um avião de uma companhia sul-coreana, matando todos os 115 passageiros a bordo.
Sentada em um hotel na capital da Coreia do Sul, Seul, ela descreve como, aos 19 anos, ela foi recrutada no campus de uma universidade de elite da Coreia do Norte onde estudava japonês.
Kim Hyun-hui treinou por seis anos. Nos primeiros três, ela teve aulas de uma jovem japonesa, Yaeko Tagushi, que havia sido sequestrada de sua casa no norte do Japão.
Nesse período, ela conta que Tagushi lhe ensinou a falar e agir como uma verdadeira japonesa.
Então, veio a missão que selaria para sempre seu destino.
O ano era 1987, e a Coreia do Sul agilizava os prepativos para sediar os Jogos Olímpicos em Seul. O líder da Coreia do Norte, Kim Il-sung, e seu filho, Kim Jong-il, entretanto, estavam determinados a impedi-los.
"Recebi ordens de um funcionário do alto escalão da Coreia do Norte, (dizendo) que explodiríamos um avião sul-coreano antes da Olimpíada", relata Kim Hyun-hui.
"Ele disse que isso mergulharia a Coreia do Sul no caos e na confusão. A missão representaria um duro golpe para (favorecer) a revolução."
Ordens diretas
Kim e um colega do serviço secreto embarcaram em um voo da companhia Korean Airlines em Bagdá, no Iraque, com destino à Coreia do Sul.Já dentro da aeronave, ela colocou uma bomba escondida dentro de uma mala no compartimento superior.
Durante uma escala em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, os dois agentes da Coreia do Norte desembarcaram e fugiram.
Horas depois, quando o avião sobrevoava o Oceano Índico, a bomba foi detonada. Todas as 115 pessoas a bordo morreram.
Mas o plano inicial deu errado. Os dois agentes foram rastreados e localizados no Barein.
Na fuga, o parceiro de Kim Hyun-hui cometeu suicídio com um cigarro de cianureto. Kim Hyun-hui foi capturada, levada para Seul e apresentada diante da imprensa internacional.
"Quando eu desci as escadas do avião em que fui levada, não conseguia ver nada", diz ela. "Eu só olhava para o chão. Eles taparam a minha boca. Achei que estava entrando na toca do leão. Tinha certeza de que seria morta."
Em vez disso, ela foi encaminhada a um bunker subterrâneo onde o interrogatório começou.
Inicialmente, Kim Hyun-hui tentou manter a mentira de que era japonesa. Mas finalmente contou a verdade.
"Confessei com relutância. Pensei no perigo que minha família na Coreia do Norte corria; afinal, tratava-se de uma grande decisão. Mas eu comecei a perceber que seria a coisa certa a fazer pelas vítimas, para que elas pudessem entender a verdade."
Em sua confissão, Kim deixou claro que as ordens para explodir o avião haviam partido de Kim Il-sung e de seu filho e herdeiro, Kim Jong-il.
Figura divina
"Na Coreia do Norte, tudo girava em torno do 'reinado' de Kim Il-sung e de seu filho Kim Jong-il", diz."Sem sua aprovação, nada acontecia. Nós fomos informados de que nossas ordens haviam sido 'confirmadas'. Eles somente usam essa palavra quando as ordens vêm de cima."
"Kim Il-sung era uma figura divina. Tudo o que era ordenado por ele podia ser justificado. Qualquer ordem teria que ser posta em prática com extrema lealdade. Em outras palavras: você teria que estar pronto a sacrificar sua vida por ele - e pela Coreia do Norte."
Por suas declarações, não há dúvidas sobre como Kim Hyun-hui passou de uma fiel seguidora do regime para uma traidora odiada e com uma forte sensação de vitimização pessoal.
"Não há outro país senão a Coreia do Norte", ela diz. "Pessoas de fora não conseguem entender. O país inteiro quer mostrar lealdade à família real. É como se fosse uma religião."
"As pessoas são doutrinadas. Não há direitos humanos nem quaisquer liberdades."
"Quando eu olho para trás, fico triste. Por que eu tive de nascer na Coreia do Norte? Olhe o que o país fez comigo."
Fim da dinastia?
Kim Hyun-hui também acredita, talvez esperançosamente, que os dias da dinastia iniciada por Kim Il-sung estejam contados.
Com a morte do fundador, Kim Il-sung, e do filho, Kim Jong-il, a Coreia do Norte é hoje controlada por Kim Jong-un, de 30 anos.
"A Coreia do Norte está em uma situação desesperadora", diz ela. "O descontentamento com Kim Jong-un é grande; ele tem de acabar com isso."
"A única coisa que ele tem são armas nucleares. Foi por isso que ele criou essa sensação de guerra, para tentar angariar apoio popular."
Em 1989, um tribunal sul-coreano condenou Kim Hyun-hui à morte, mas o então presidente Roh Tae-woo lhe concedeu perdão.
Ela então se casou com um funcionário da inteligência sul-coreana com quem teve dois filhos.
Alguns podem dizer que Kim Hyun-hui não pagou o que devia, considerando o que fez. Mas, em sua defesa, ela diz que ainda carrega um grande peso na consciência.
A ex-agente secreta norte-coreana afirma que encontrou consolo no cristianismo, além de ter recebido o perdão das famílias das vítimas.
"Quando encontro familiares das vítimas", diz ela, "nos abraçamos e choramos juntos".
Durante o nosso encontro de uma hora, houve apenas um momento em que as emoções vieram à tona.
Foi quando a questionei sobre a sua família na Coreia do Norte. Com lágrimas nos olhos, ela balançou sua cabeça.
"Não sei o que aconteceu com eles", afirma. "Soube que eles foram retirados de Pyongyang e levados a um campo de trabalhos forçados."
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... m-seul.htm
A norte-coreana Kim Hyun-hui certamente não aparenta ser uma assassina em massa. Mãe de dois filhos, essa mulher de 51 anos é dona de uma voz suave e de um sorriso gentil.
Entenda o conflito entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul
Atualmente, ela vive reclusa em algum lugar na Coreia do Sul - e não pode dizer onde. No dia em que nos encontramos, Kim Hyun-hui estava, como sempre, acompanhada de um grupo de homens fortemente armados e com ternos desalinhados.
Ela convive com o temor de que o governo da Coreia do Norte queira matá-la.
Há boas razões para isso. Kim Hyun-hui é uma ex-agente do serviço secreto norte-coreano. Há 25 anos, seguindo ordens de Pyongyang, ela explodiu um avião de uma companhia sul-coreana, matando todos os 115 passageiros a bordo.
Sentada em um hotel na capital da Coreia do Sul, Seul, ela descreve como, aos 19 anos, ela foi recrutada no campus de uma universidade de elite da Coreia do Norte onde estudava japonês.
Kim Hyun-hui treinou por seis anos. Nos primeiros três, ela teve aulas de uma jovem japonesa, Yaeko Tagushi, que havia sido sequestrada de sua casa no norte do Japão.
Nesse período, ela conta que Tagushi lhe ensinou a falar e agir como uma verdadeira japonesa.
Então, veio a missão que selaria para sempre seu destino.
O ano era 1987, e a Coreia do Sul agilizava os prepativos para sediar os Jogos Olímpicos em Seul. O líder da Coreia do Norte, Kim Il-sung, e seu filho, Kim Jong-il, entretanto, estavam determinados a impedi-los.
"Recebi ordens de um funcionário do alto escalão da Coreia do Norte, (dizendo) que explodiríamos um avião sul-coreano antes da Olimpíada", relata Kim Hyun-hui.
"Ele disse que isso mergulharia a Coreia do Sul no caos e na confusão. A missão representaria um duro golpe para (favorecer) a revolução."
Ordens diretas
Kim e um colega do serviço secreto embarcaram em um voo da companhia Korean Airlines em Bagdá, no Iraque, com destino à Coreia do Sul.Já dentro da aeronave, ela colocou uma bomba escondida dentro de uma mala no compartimento superior.
Durante uma escala em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, os dois agentes da Coreia do Norte desembarcaram e fugiram.
Horas depois, quando o avião sobrevoava o Oceano Índico, a bomba foi detonada. Todas as 115 pessoas a bordo morreram.
Mas o plano inicial deu errado. Os dois agentes foram rastreados e localizados no Barein.
Na fuga, o parceiro de Kim Hyun-hui cometeu suicídio com um cigarro de cianureto. Kim Hyun-hui foi capturada, levada para Seul e apresentada diante da imprensa internacional.
"Quando eu desci as escadas do avião em que fui levada, não conseguia ver nada", diz ela. "Eu só olhava para o chão. Eles taparam a minha boca. Achei que estava entrando na toca do leão. Tinha certeza de que seria morta."
Em vez disso, ela foi encaminhada a um bunker subterrâneo onde o interrogatório começou.
Inicialmente, Kim Hyun-hui tentou manter a mentira de que era japonesa. Mas finalmente contou a verdade.
"Confessei com relutância. Pensei no perigo que minha família na Coreia do Norte corria; afinal, tratava-se de uma grande decisão. Mas eu comecei a perceber que seria a coisa certa a fazer pelas vítimas, para que elas pudessem entender a verdade."
Em sua confissão, Kim deixou claro que as ordens para explodir o avião haviam partido de Kim Il-sung e de seu filho e herdeiro, Kim Jong-il.
Figura divina
"Na Coreia do Norte, tudo girava em torno do 'reinado' de Kim Il-sung e de seu filho Kim Jong-il", diz."Sem sua aprovação, nada acontecia. Nós fomos informados de que nossas ordens haviam sido 'confirmadas'. Eles somente usam essa palavra quando as ordens vêm de cima."
"Kim Il-sung era uma figura divina. Tudo o que era ordenado por ele podia ser justificado. Qualquer ordem teria que ser posta em prática com extrema lealdade. Em outras palavras: você teria que estar pronto a sacrificar sua vida por ele - e pela Coreia do Norte."
Por suas declarações, não há dúvidas sobre como Kim Hyun-hui passou de uma fiel seguidora do regime para uma traidora odiada e com uma forte sensação de vitimização pessoal.
"Não há outro país senão a Coreia do Norte", ela diz. "Pessoas de fora não conseguem entender. O país inteiro quer mostrar lealdade à família real. É como se fosse uma religião."
"As pessoas são doutrinadas. Não há direitos humanos nem quaisquer liberdades."
"Quando eu olho para trás, fico triste. Por que eu tive de nascer na Coreia do Norte? Olhe o que o país fez comigo."
Fim da dinastia?
Kim Hyun-hui também acredita, talvez esperançosamente, que os dias da dinastia iniciada por Kim Il-sung estejam contados.
Com a morte do fundador, Kim Il-sung, e do filho, Kim Jong-il, a Coreia do Norte é hoje controlada por Kim Jong-un, de 30 anos.
"A Coreia do Norte está em uma situação desesperadora", diz ela. "O descontentamento com Kim Jong-un é grande; ele tem de acabar com isso."
"A única coisa que ele tem são armas nucleares. Foi por isso que ele criou essa sensação de guerra, para tentar angariar apoio popular."
Em 1989, um tribunal sul-coreano condenou Kim Hyun-hui à morte, mas o então presidente Roh Tae-woo lhe concedeu perdão.
Ela então se casou com um funcionário da inteligência sul-coreana com quem teve dois filhos.
Alguns podem dizer que Kim Hyun-hui não pagou o que devia, considerando o que fez. Mas, em sua defesa, ela diz que ainda carrega um grande peso na consciência.
A ex-agente secreta norte-coreana afirma que encontrou consolo no cristianismo, além de ter recebido o perdão das famílias das vítimas.
"Quando encontro familiares das vítimas", diz ela, "nos abraçamos e choramos juntos".
Durante o nosso encontro de uma hora, houve apenas um momento em que as emoções vieram à tona.
Foi quando a questionei sobre a sua família na Coreia do Norte. Com lágrimas nos olhos, ela balançou sua cabeça.
"Não sei o que aconteceu com eles", afirma. "Soube que eles foram retirados de Pyongyang e levados a um campo de trabalhos forçados."
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... m-seul.htm
- Andre Correa
- Sênior
- Mensagens: 4890
- Registrado em: Qui Out 08, 2009 10:30 pm
- Agradeceu: 890 vezes
- Agradeceram: 241 vezes
- Contato:
- Sávio Ricardo
- Sênior
- Mensagens: 2990
- Registrado em: Ter Mai 01, 2007 10:55 am
- Localização: Conceição das Alagoas-MG
- Agradeceu: 128 vezes
- Agradeceram: 181 vezes
- Contato:
-
- Sênior
- Mensagens: 2427
- Registrado em: Sex Mai 18, 2012 6:12 pm
- Agradeceu: 40 vezes
- Agradeceram: 205 vezes
Re: CONFLITO: CORÉIA DO NORTE x CORÉIA DO SUL
O diálogo levará a Coreia do Norte a abrir mão de suas armas nucleares?
Eu desertei da Coreia do Norte em 2004. Eu decidi arriscar minha vida para deixar meu país natal –onde trabalhei como oficial de guerra psicológica para o governo– quando finalmente percebi que havia duas Coreias do Norte: uma real e a outra fictícia, criada pelo regime.
Apesar de meu trabalho me dar acesso à mídia estrangeira, livros com passagens contendo críticas ao nosso Querido Líder Kim Jong-il ou ao seu reverenciado pai, Kim Il-sung, tinham grandes trechos censurados. Certo dia, por profunda curiosidade, eu inventei uma desculpa para permanecer no trabalho e decifrar as palavras censuradas de um livro de história.
Eu tranquei a porta do escritório e coloquei as páginas contra uma janela. A luz de fora tornou as palavras sob a tinta perfeitamente visíveis. Eu li vorazmente. Eu novamente fiquei até tarde no trabalho repetidas vezes para saber a história real do meu país – ou pelo menos outra visão dela.
O mais chocante foi o que descobri sobre a Guerra da Coreia. Nos foi ensinado durante toda nossa vida como uma invasão pelo Sul provocou o conflito. Mas agora eu estava lendo que não apenas a Coreia do Sul, mas todo o restante do mundo acreditava que o Norte tinha iniciado o conflito. Quem estava certo?
Foi após minha aflitiva deserção – na qual eu subornei para chegar até a travessia de fronteira e escapei correndo sobre um rio congelado até a China– que eu reconheci a existência de uma terceira Coreia do Norte: uma teórica. Essa é a Coreia do Norte construída pelo mundo exterior, por uma análise de fragmentos do regime e de sua propaganda que ignora as realidades políticas e econômicas do país.
Todos nós no Departamento da Frente Unida – também conhecido como "a janela para dentro e fora da Coreia do Norte"– aprendemos três princípios da diplomacia de cor: 1. Não preste atenção na Coreia do Sul. 2. Explore as emoções do Japão. 3. Encha os Estados Unidos com mentiras, mas certifique-se de que tenham lógica.
Kim Jong-il destacava a importância desses três princípios como estrutura dentro da qual implantaríamos sua visão para as relações exteriores de Pyongyang. As relações com a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos sempre seguiam firmemente esses princípios.
A missão de nosso departamento era enganar nosso povo e o mundo, fazendo o que fosse necessário para manter nosso líder no poder. Nós nos referíamos abertamente às negociações com a Coreia do Sul como "plantio de ajuda", porque enquanto Seul buscava o diálogo por meio da chamada Política da Luz do Sol, nós a víamos como uma abertura não para discutir um progresso diplomático, mas para extrair o máximo de ajuda possível. Nós também tivemos sucesso em ganhar tempo para nosso programa nuclear por meio de uma maratona interminável de negociações entre seis partes.
Apesar dos modos enganadores de Pyongyang, muitas pessoas no mundo exterior continuam acreditando na Coreia do Norte teórica na qual o diálogo com o regime é visto como forma de promover mudanças. Mas eu sei devido aos meus anos no governo que o diálogo não fará Pyongyang mudar, nem mesmo com a atual líder do Norte, Kim Jong-un.
O diálogo nunca levará o regime a abrir mão de suas armas nucleares; o programa nuclear está firmemente ligado à sua sobrevivência. E negociações não levarão a uma mudança a longo prazo; o regime as vê apenas como uma ferramenta para extrair ajuda. Diplomacia de alto nível não é uma estratégia para fazer o regime promover reformas econômicas. A chave para a mudança se encontra fora da influência do regime – na crescente economia paralela.
Todos os norte-coreanos dependiam do sistema de racionamento do Estado para sua sobrevivência até seu colapso em meados dos anos 90. Seu fim ocorreu em parte devido ao investimento concentrado de fundos do regime em uma "economia de partido" que mantinha o culto aos Kims e derramava luxos para uma elite em vez de desenvolver uma economia normal, baseada na produção doméstica e no comércio. Pessoas desesperadas começaram trocar bens domésticos por arroz nas ruas – e nasceu a economia paralela. Com milhares de pessoas morrendo de fome, as autoridades não tinham opção a não ser fazer vista grossa para todos os mercados ilegais que começaram a surgir.
Nessa época, os locais de trabalho do país passaram a ser responsáveis pela alimentação de seus funcionários. A única forma de poderem fazer isso era criando "empresas de comércio", que vendiam matéria-prima para a China em troca de arroz. Essas empresas se tornaram a base da economia paralela, agindo como centros de importação-exportação que, com o tempo, passaram a importar bens de consumo da China como refrigeradores e rádios.
Igualmente, as autoridades do partido começaram a participar dos negócios, lucrando por meio da coleta de propina e de atividades proibidas de financiamento. Atualmente o partido está tão envolvido na economia de mercado que as "empresas de comércio" estão repletas de filhos de autoridades do partido e operam abertamente em prol do partido e dos militares. Resumindo, toda a Coreia do Norte passou a depender de uma economia de mercado e não há nenhum lugar no país não tocado por ela.
O efeito social da ascensão do mercado tem sido extraordinário. O cordão umbilical entre o indivíduo e o Estado foi cortado. Aos olhos das pessoas, a lealdade ao Estado foi substituída pelo valor do dinheiro. E o dólar americano é a moeda preferida.
Usando seus dólares americanos (muitos deles falsos) para compra de produtos chineses, os norte-coreanos passaram a reconhecer a existência de líderes maiores do que os Kims. Quem são esses homens presentes nas cédulas americanas? Os norte-coreanos agora veem que a lealdade ao líder supremo não trouxe benefícios tangíveis; mas as cédulas exibindo os rostos de homens americanos são trocadas por muitas coisas: arroz, carne, até mesmo uma promoção no trabalho.
Hoje, quando os norte-coreanos são ordenados por seus empregadores estatais a participarem de atividades políticas, eles sabem que o tempo deles está sendo desperdiçado. Poucos norte-coreanos comparecem aos seus empregos públicos. Essa crescente independência econômica e psicológica entre as pessoas comuns está se tornando o maior espinho nas costas do regime.
Também é a chave para a mudança. Em vez de nos concentrarmos no regime e em seus agentes como possíveis instigadores de reforma, nós devemos reconhecer a força do mercado florescente para transformar de modo lento, mas definitivo, a Coreia do Norte de baixo para cima. Esse empoderamento do povo norte-coreano é crucial não apenas para uma transformação positiva da nação, mas também para assegurar uma transição estável para uma nova era após uma eventual queda do regime.
O crescente comércio com a China deixou a fronteira norte-coreana porosa de muitas formas, facilitando o fluxo de informação para dentro e para fora do país. Muitos norte-coreanos agora podem assistir programas de televisão sul-coreanos que são contrabandeados em DVDs ou pen drives.
Uma forma de acelerar a mudança seria manter as transmissões para o país, para que os norte-coreanos possam acessar a programação de rádio externa mais facilmente em seus aparelhos ilegais. Outra é apoiar o trabalho dos exilados norte-coreanos, que são um canal de bens e ideias liberais pela fronteira.
As negociações com Pyongyang só podem oferecer soluções temporárias para crises fabricadas. E posso dizer com base na minha experiência de que elas encorajam apenas mais enganação por parte da Coreia do Norte. Olhar para a Coreia do Norte de baixo, explorando as realidades de mercado em solo, é a única forma de promover a reforma do regime – ou sua queda.
*Jang Jin-sung, uma ex-autoridade norte-coreana e poeta premiado, é editor-chefe do New Focus International, um site sobre assuntos norte-coreanos.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... abrir.html
Eu desertei da Coreia do Norte em 2004. Eu decidi arriscar minha vida para deixar meu país natal –onde trabalhei como oficial de guerra psicológica para o governo– quando finalmente percebi que havia duas Coreias do Norte: uma real e a outra fictícia, criada pelo regime.
Apesar de meu trabalho me dar acesso à mídia estrangeira, livros com passagens contendo críticas ao nosso Querido Líder Kim Jong-il ou ao seu reverenciado pai, Kim Il-sung, tinham grandes trechos censurados. Certo dia, por profunda curiosidade, eu inventei uma desculpa para permanecer no trabalho e decifrar as palavras censuradas de um livro de história.
Eu tranquei a porta do escritório e coloquei as páginas contra uma janela. A luz de fora tornou as palavras sob a tinta perfeitamente visíveis. Eu li vorazmente. Eu novamente fiquei até tarde no trabalho repetidas vezes para saber a história real do meu país – ou pelo menos outra visão dela.
O mais chocante foi o que descobri sobre a Guerra da Coreia. Nos foi ensinado durante toda nossa vida como uma invasão pelo Sul provocou o conflito. Mas agora eu estava lendo que não apenas a Coreia do Sul, mas todo o restante do mundo acreditava que o Norte tinha iniciado o conflito. Quem estava certo?
Foi após minha aflitiva deserção – na qual eu subornei para chegar até a travessia de fronteira e escapei correndo sobre um rio congelado até a China– que eu reconheci a existência de uma terceira Coreia do Norte: uma teórica. Essa é a Coreia do Norte construída pelo mundo exterior, por uma análise de fragmentos do regime e de sua propaganda que ignora as realidades políticas e econômicas do país.
Todos nós no Departamento da Frente Unida – também conhecido como "a janela para dentro e fora da Coreia do Norte"– aprendemos três princípios da diplomacia de cor: 1. Não preste atenção na Coreia do Sul. 2. Explore as emoções do Japão. 3. Encha os Estados Unidos com mentiras, mas certifique-se de que tenham lógica.
Kim Jong-il destacava a importância desses três princípios como estrutura dentro da qual implantaríamos sua visão para as relações exteriores de Pyongyang. As relações com a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos sempre seguiam firmemente esses princípios.
A missão de nosso departamento era enganar nosso povo e o mundo, fazendo o que fosse necessário para manter nosso líder no poder. Nós nos referíamos abertamente às negociações com a Coreia do Sul como "plantio de ajuda", porque enquanto Seul buscava o diálogo por meio da chamada Política da Luz do Sol, nós a víamos como uma abertura não para discutir um progresso diplomático, mas para extrair o máximo de ajuda possível. Nós também tivemos sucesso em ganhar tempo para nosso programa nuclear por meio de uma maratona interminável de negociações entre seis partes.
Apesar dos modos enganadores de Pyongyang, muitas pessoas no mundo exterior continuam acreditando na Coreia do Norte teórica na qual o diálogo com o regime é visto como forma de promover mudanças. Mas eu sei devido aos meus anos no governo que o diálogo não fará Pyongyang mudar, nem mesmo com a atual líder do Norte, Kim Jong-un.
O diálogo nunca levará o regime a abrir mão de suas armas nucleares; o programa nuclear está firmemente ligado à sua sobrevivência. E negociações não levarão a uma mudança a longo prazo; o regime as vê apenas como uma ferramenta para extrair ajuda. Diplomacia de alto nível não é uma estratégia para fazer o regime promover reformas econômicas. A chave para a mudança se encontra fora da influência do regime – na crescente economia paralela.
Todos os norte-coreanos dependiam do sistema de racionamento do Estado para sua sobrevivência até seu colapso em meados dos anos 90. Seu fim ocorreu em parte devido ao investimento concentrado de fundos do regime em uma "economia de partido" que mantinha o culto aos Kims e derramava luxos para uma elite em vez de desenvolver uma economia normal, baseada na produção doméstica e no comércio. Pessoas desesperadas começaram trocar bens domésticos por arroz nas ruas – e nasceu a economia paralela. Com milhares de pessoas morrendo de fome, as autoridades não tinham opção a não ser fazer vista grossa para todos os mercados ilegais que começaram a surgir.
Nessa época, os locais de trabalho do país passaram a ser responsáveis pela alimentação de seus funcionários. A única forma de poderem fazer isso era criando "empresas de comércio", que vendiam matéria-prima para a China em troca de arroz. Essas empresas se tornaram a base da economia paralela, agindo como centros de importação-exportação que, com o tempo, passaram a importar bens de consumo da China como refrigeradores e rádios.
Igualmente, as autoridades do partido começaram a participar dos negócios, lucrando por meio da coleta de propina e de atividades proibidas de financiamento. Atualmente o partido está tão envolvido na economia de mercado que as "empresas de comércio" estão repletas de filhos de autoridades do partido e operam abertamente em prol do partido e dos militares. Resumindo, toda a Coreia do Norte passou a depender de uma economia de mercado e não há nenhum lugar no país não tocado por ela.
O efeito social da ascensão do mercado tem sido extraordinário. O cordão umbilical entre o indivíduo e o Estado foi cortado. Aos olhos das pessoas, a lealdade ao Estado foi substituída pelo valor do dinheiro. E o dólar americano é a moeda preferida.
Usando seus dólares americanos (muitos deles falsos) para compra de produtos chineses, os norte-coreanos passaram a reconhecer a existência de líderes maiores do que os Kims. Quem são esses homens presentes nas cédulas americanas? Os norte-coreanos agora veem que a lealdade ao líder supremo não trouxe benefícios tangíveis; mas as cédulas exibindo os rostos de homens americanos são trocadas por muitas coisas: arroz, carne, até mesmo uma promoção no trabalho.
Hoje, quando os norte-coreanos são ordenados por seus empregadores estatais a participarem de atividades políticas, eles sabem que o tempo deles está sendo desperdiçado. Poucos norte-coreanos comparecem aos seus empregos públicos. Essa crescente independência econômica e psicológica entre as pessoas comuns está se tornando o maior espinho nas costas do regime.
Também é a chave para a mudança. Em vez de nos concentrarmos no regime e em seus agentes como possíveis instigadores de reforma, nós devemos reconhecer a força do mercado florescente para transformar de modo lento, mas definitivo, a Coreia do Norte de baixo para cima. Esse empoderamento do povo norte-coreano é crucial não apenas para uma transformação positiva da nação, mas também para assegurar uma transição estável para uma nova era após uma eventual queda do regime.
O crescente comércio com a China deixou a fronteira norte-coreana porosa de muitas formas, facilitando o fluxo de informação para dentro e para fora do país. Muitos norte-coreanos agora podem assistir programas de televisão sul-coreanos que são contrabandeados em DVDs ou pen drives.
Uma forma de acelerar a mudança seria manter as transmissões para o país, para que os norte-coreanos possam acessar a programação de rádio externa mais facilmente em seus aparelhos ilegais. Outra é apoiar o trabalho dos exilados norte-coreanos, que são um canal de bens e ideias liberais pela fronteira.
As negociações com Pyongyang só podem oferecer soluções temporárias para crises fabricadas. E posso dizer com base na minha experiência de que elas encorajam apenas mais enganação por parte da Coreia do Norte. Olhar para a Coreia do Norte de baixo, explorando as realidades de mercado em solo, é a única forma de promover a reforma do regime – ou sua queda.
*Jang Jin-sung, uma ex-autoridade norte-coreana e poeta premiado, é editor-chefe do New Focus International, um site sobre assuntos norte-coreanos.
http://codinomeinformante.blogspot.com. ... abrir.html