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Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Ter Nov 17, 2020 2:22 pm
por Penguin
Túlio escreveu: Ter Nov 17, 2020 1:18 pm
Penguin escreveu: Ter Nov 17, 2020 12:44 pm
O mercado de drogas é exatamente assim. :roll:
Aqui finalmente te tornas reconhecível: é a mesmíssima desculpa dos EUA contra os Países de onde vêm as drogas, a culpa é deles, não de os ianques serem - de longe - o maior mercado consumidor do mundo e nada de consistente é feito para mudar isso.

Eia, deixemos em paz as máfias internas, culpemos os governos externos, que afinal a culpa é sempre DOS OUTROS... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
Uma metade da história nem é segredo e tem que ser divulgado mesmo, quem são os compradores da madeira nativa.
Veja esse artigo de 2018:
Importadores de madeira dos EUA e Europa alimentam destruição da Amazônia, diz Greenpeace... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/af ... copiaecola
Rio de Janeiro, 20 Mar 2018 (AFP) - A exportação de madeiras de lei do Brasil, como a de ipê, principalmente para os Estados Unidos e a Europa, alimenta um comércio ilegal que devasta a floresta amazônica, alertou o Greenpeace nesta terça-feira....



A outra metade dessa história seria investigar quem exporta e como. Afinal são cargas enormes que necessitam de licença de órgãos governamentais para serem exportadas.
Na realidade, esse assunto foi objeto de um relatório do Greenpeace em 2018 mostrando como o processo de licenças florestais na Amazônia é fraudado: https://www.greenpeace.org/brasil/publi ... icao-real/

Ver página 7:
https://storage.googleapis.com/planet4- ... aoReal.pdf
ÁRVORES IMAGINÁRIAS, DESTRUIÇÃO REAL
COMO A FRAUDE NO LICENCIAMENTO E A EXPLORAÇÃO ILEGAL DE IPÊ ESTÃO CAUSANDO DANOS IRREVERSÍVEIS À FLORESTA AMAZÔNICA


Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Qua Nov 18, 2020 11:27 am
por prometheus
Túlio escreveu: Ter Nov 17, 2020 12:03 pm
prometheus escreveu: Ter Nov 17, 2020 11:56 am https://www.google.com/amp/s/cgn.inf.br ... ilegal/amp

https://www.google.com/amp/s/www.oantag ... zonia/amp/

Bolsonaro diz que vai divulgar lista de países que importam madeira ilegal da Amazônia

Mas ele já fez isso na Live da quinta passada, UK, Portugal, Alemanha, etc...
A live da quinta passada não foi c a Damares?

Mas certo, tem que falar mesmo.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Qua Nov 18, 2020 12:12 pm
por Penguin
De acordo com o Estadão de hoje, nos últimos 5 anos foram exportados USD3bi em madeiras nativas legalizadas. Isso dá USD600 milhões/ano ou mais de R$3 bilhões/ano. O potencial de ganho com ilegalidades (e propinas) é alto. Muita grana envolvida.

Mais recentemente o IBAMA afrouxou as regras para exportação de madeiras nativas:
Em fevereiro, madeireiras do Pará pediram ao Ibama para mudar uma regra que existia há nove anos.

As empresas queriam vender madeira para o exterior apresentando apenas o documento de origem florestal (DOF), feito pelas próprias empresas e que originalmente só serve para permitir o transporte da mercadoria até o porto.

Segundo os ambientalistas, em março, Eduardo Bin contrariou laudos técnicos da Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e florestas do Ibama e fez exatamente o que os madeireiros solicitaram: suspendeu — por meio de um despacho — os efeitos de uma instrução normativa, argumentando que o dispositivo não se aplicava mais por causa do Código Florestal.

Para convencer o presidente do Ibama a flexibilizar as regras de exportação, madeireiros do Pará alegaram que estavam deixando de fazer vendas porque compradores internacionais exigiam a autorização de exportação emitida pelo instituto, uma garantia de que a madeira não foi retirada de forma ilegal das florestas brasileiras.

Na ação, as três entidades afirmam que o Ibama permitiu a extinção do mecanismo de fiscalização ambiental existente até então, relativo ao controle da exportação de cargas de madeira retirada das florestas do país para que fosse estabelecida uma nova dinâmica de fiscalização, a ser realizada quando a madeira já não estaria mais em solo brasileiro.

Na prática, as entidades sustentam que o Ibama deu aos madeireiros um cheque em branco.
https://g1.globo.com/natureza/noticia/2 ... ente.ghtml

O Brasil não é para amador...

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Qua Nov 18, 2020 12:23 pm
por Túlio
Estadão e grobo (fartô a fôia): podes confiar SEMPRE! :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Qua Nov 18, 2020 2:29 pm
por Penguin
Túlio escreveu: Qua Nov 18, 2020 12:23 pm
Estadão e grobo (fartô a fôia): podes confiar SEMPRE! :lol: :lol: :lol: :lol:
Isso é facilmente verificável na base de dados do Governo: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/home
Dá trabalho pois tem que identificar os códigos aduaneiros usados para exportar madeira nativa.

De qq forma, as associações dos exportadores de madeira divulgam suas exportações:https://www.aimex.com.br/estatisticas
Só o Pará exportou ~UDS250mi em madeiras em 2019.

O Pará é um dos três maior produtores de madeira nativa do país e responde, ao lado de Mato Grosso e Rondônia, por 75% da produção.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Qua Nov 18, 2020 7:46 pm
por Penguin
Para madeireiro, Bolsonaro deu tiro no pé e declaração pode afetar confiança no Brasil
Previsão é que os importadores de madeira legal de Europa e EUA poderão questionar se a documentação do Brasil é confiável

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... asil.shtml

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Qua Nov 18, 2020 11:10 pm
por Túlio
Penguin escreveu: Qua Nov 18, 2020 7:46 pm Para madeireiro, Bolsonaro deu tiro no pé e declaração pode afetar confiança no Brasil
Previsão é que os importadores de madeira legal de Europa e EUA poderão questionar se a documentação do Brasil é confiável

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/p ... asil.shtml

Ué, mas é pra travar a extração de madeira ou o quê? :lol: :lol: :lol: :lol:

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 1:14 am
por Penguin
Além de tudo isso, corte e comércio ilegais de madeiras tropicais não são novidade no Brasil. Entidades civis denunciam o crime e falhas nos sistemas de controle há pelo menos duas décadas. A explosiva extração ilícita de mogno da Terra do Meio, no Pará, ganhou manchetes brasileiras e internacionais já no início dos anos 2000.

Floresta ao porto

A exploração e transporte legalizados de madeiras nativas depende de licenças e controle de órgãos federais e estaduais. Tudo começa com os planos de manejo, autorizações para extração controlada de madeiras em áreas delimitadas da Amazônia, a maior fonte de árvores tropicais do planeta. Aí começam os problemas.

Oito em cada dez planos de manejo analisados em 2018 no Pará por Greenpeace, Ibama e Universidade de São Paulo (USP) tinham fortes indícios de fraudes. As autorizações dos órgãos ambientais eram usadas para “esquentar” madeiras extraídas em maior quantidade do que o licenciado, de outras áreas preservadas e até de terras indígenas e parques nacionais.

Tudo se complica pela imensa cadeia de produção e exportação. Um total de 195 empresas apenas em estados da Amazônia podiam exportar madeiras no ano passado, conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Outras centenas de empresas fornecem madeiras às exportadoras.

De 65% a 80% das madeiras extraídas da floresta são consumidas no Brasil. O restante chega especialmente a Estados Unidos, Holanda, França, China, Bélgica, Portugal, Suíça, República Dominicana, Argentina e Reino Unido. Dados de vendas entre 2012 e 2017 analisados pelo Ibama. A Holanda é o grande portal de importações da União Europeia. A República Dominicana é um paraíso fiscal e entreposto para comércio com outros países.

Essa lista de países não difere muito da divulgada pelo Amazônia Real com base na Operação Arquimedes, da Polícia Federal. A investigação em curso estima que 90% da madeira que sai da Amazônia é ilegal e tem como destino também Alemanha, Espanha, Bélgica, Tailândia, Estônia, Lituânia, Itália, Haiti, Porto Rico, Taiwan, Índia e México.

Madeiras tropicais brasileiras alcançam o mundo principalmente através de portos no Pará, Amazonas, Paraná e Santa Catarina. Os produtos chegam aos terminais percorrendo até milhares de quilômetros em barcaças ou caminhões parcamente fiscalizados.

Corda aperta

Imagem
Carregamento de madeira ilegal no porto Chibatão, em Manaus. Foto: Ibama.
A Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará (Aimex) reúne 25 empresas do setor e seu presidente Roberto Pupo avalia que as declarações de Jair Bolsonaro foram levianas e que não ajudam a construir uma agenda comercial positiva para o país.

“Tudo que é exportado é registrado e licenciado pelos órgãos ambientais. As declarações geram desconfiança sobre a regularidade do controle sobre a exploração de madeira no Brasil. Isso pode levar compradores a criar mais empecilhos e burocracias para nossas exportações. O confronto não é caminho para solucionar problemas. Foi um tiro no pé”, disse o empresário.

O Pará exportou US$ 220 milhões em madeiras tropicais serradas no ano passado, hoje aproximadamente R$ 1,2 bilhão. Por volta de 70% das vendas foram de produtos acabados como mesas, portas e pisos. Cerca de 50 mil pessoas atuam na cadeia produtiva e comercial de madeiras nativas no estado.

Um especialista em mercados internacionais que preferiu não ser identificado faz coro com o presidente da Aimex e analisa que a divulgação pelo Governo Federal de compradores de madeira suja da Amazônia pode ser usada como barreira comercial contra o Brasil. A União Europeia disparou consulta pública justamente para reduzir compras de produtos ligados a desmatamento e degradação florestal.

“A ‘revelação’ poderá ser um ótimo argumento para que a União Europeia vete produtos brasileiros associados ao desmatamento. Afinal, Jair Bolsonaro afirmou que ‘alguns deles (países) que muito nos criticam, em parte têm responsabilidade nessa questão’. Seria muito bem vindo se a União Europeia adotar desmatamento zero para suas importações”, ressaltou.

Esta semana, grandes supermercados franceses como Carrefour e Casino anunciaram que não querem mais comprar produtos com soja de fornecedores ligados ao desmatamento na Amazônia. A medida vale a partir de janeiro de 2021.

Valor seletivo

O alto valor de algumas madeiras estimula o “garimpo” de árvores mais valiosas no meio da floresta, seguido por desmatamento, grilagem de terras, implantação de pastagens para gado e outros crimes na Amazônia. Um metro cúbico de ipê embarcado em navios vale em torno de US$ 3 mil dólares, hoje cerca de R$ 16 mil.

“Madeiras valorizadas impulsionam crimes na região, pois seu valor compensa abrir estradas em áreas remotas ou protegidas na Amazônia. Ipês são identificados por sua bela floração, mas quadrilhas organizadas e capitalizadas sobrevoam a floresta marcando as melhores espécies com GPS. Depois, mateiros adentram a mata e reforçam a sinalização das árvores que serão derrubadas”, conta Batista, do Greenpeace.

Roberto Pupo, da Aimex, conta que o setor está acostumado às pressões ambientais e comerciais e avalia que planos de manejo bem controlados podem se tornar um grande estímulo à manutenção de florestas nativas na Amazônia.

“O mercado de madeiras tropicais é um pequeno nicho no mercado internacional, mas a floresta tem que ter cada vez mais um valor em pé e a atividade florestal bem manejada é uma oportunidade para valorizar produtos madeireiros e não madeireiros”, ressaltou.
https://www.oeco.org.br/reportagens/e-d ... ra-ilegal/

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 12:33 pm
por prometheus
https://www.google.com/amp/s/www.correi ... onaro.html


O
presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre a questão do desmatamento da Amazônia na live desta quinta-feira (19/11). Ao lado do superintendente regional da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Silva Saraiva, o presidente criticou outras países que acusam o Brasil de não cuidar do meio ambiente. "Países hoje nos criticam, em algumas oportunidades até com razão, em outras não", afirmou.
Bolsonaro também voltou a colocar a culpa pelo desmatamento na Amazônia nos índios. Ele afirmou que em alguns locais da Amazônia, indígenas trocam ‘tora” de madeira por coca-cola e cerveja. "Existe o desmatamento ilegal? Existe. Eu acho que existe até, [Alexandre] Saraiva [delegado e superintendente da PF no Amazonas], em alguns locais, onde o índio por exemplo troca uma tora com uma Coca-Cola ou com uma cerveja. É possível? Acontece isso ou é próximo disso?”, questionou.

“Já aconteceu da madeira em terra indígena ser negociada por valores pífios, na terra indígena e por indígenas. Existe isso”, rebateu Saraiva. “Mas a grande causa do desmatamento é a fraude nos processos administrativos que foram gerados lá atrás. O desmatamento de hoje vem de processos administrativos que autorizaram que vêm lá de 2010. Então não temos desmatamento atrelado a processos recentes, mas a antigos. Mas o ano recorde foi 2018, e 2017 também foi muito forte”, ressaltou o delegado.

O presidente começou criticando o projeto do Reino Unido que pretende proibir a compra pelo país de commodities que apresentam "risco florestal". Dessa forma, as companhias serão obrigadas a fazer a rastreabilidade dos produtos para comprovar que não vieram de áreas desmatadas ilegalmente. "É um grande jogo que existe entre alguns países do mundo, em especial para nos atingir, porque nós somos realmente uma potência no agronegócio, nos commodities que vêm do campos. E eles querem exatamente é diminuir a concorrência nossa, com toda a certeza facilitando outros comércios ou até mesmo o comércio interno desses commodities. Mas não podemos esquecer que no ano que vem, em 21, na Inglaterra será realizada a Cúpula das Nações Unidas sobre mudanças climáticas. Então é um cartão de visitas que a Inglaterra está apresentando, e isso vai ser feito política em cima disso, com o objetivo, em grande parte, de atingir o Brasil, porque o Brasil é o país que mais sofre com isso", afirmou. "Tem como esses países colaborarem conosco. A Amazônia é uma imensidão, é maior que Europa Ocidental toda junta, então não é fácil você tomar conta de tudo aquilo. Agora as críticas são potencializadas.", completou.
Bolsonaro também voltou a colocar a culpa pelo desmatamento na Amazônia nos índios. Ele afirmou que em alguns locais da Amazônia, indígenas trocam ‘tora” de madeira por coca-cola e cerveja. "Existe o desmatamento ilegal? Existe. Eu acho que existe até, [Alexandre] Saraiva [delegado e superintendente da PF no Amazonas], em alguns locais, onde o índio por exemplo troca uma tora com uma Coca-Cola ou com uma cerveja. É possível? Acontece isso ou é próximo disso?”, questionou.

“Já aconteceu da madeira em terra indígena ser negociada por valores pífios, na terra indígena e por indígenas. Existe isso”, rebateu Saraiva. “Mas a grande causa do desmatamento é a fraude nos processos administrativos que foram gerados lá atrás. O desmatamento de hoje vem de processos administrativos que autorizaram que vêm lá de 2010. Então não temos desmatamento atrelado a processos recentes, mas a antigos. Mas o ano recorde foi 2018, e 2017 também foi muito forte”, ressaltou o delegado.

O presidente começou criticando o projeto do Reino Unido que pretende proibir a compra pelo país de commodities que apresentam "risco florestal". Dessa forma, as companhias serão obrigadas a fazer a rastreabilidade dos produtos para comprovar que não vieram de áreas desmatadas ilegalmente. "É um grande jogo que existe entre alguns países do mundo, em especial para nos atingir, porque nós somos realmente uma potência no agronegócio, nos commodities que vêm do campos. E eles querem exatamente é diminuir a concorrência nossa, com toda a certeza facilitando outros comércios ou até mesmo o comércio interno desses commodities. Mas não podemos esquecer que no ano que vem, em 21, na Inglaterra será realizada a Cúpula das Nações Unidas sobre mudanças climáticas. Então é um cartão de visitas que a Inglaterra está apresentando, e isso vai ser feito política em cima disso, com o objetivo, em grande parte, de atingir o Brasil, porque o Brasil é o país que mais sofre com isso", afirmou. "Tem como esses países colaborarem conosco. A Amazônia é uma imensidão, é maior que Europa Ocidental toda junta, então não é fácil você tomar conta de tudo aquilo. Agora as críticas são potencializadas.", completou.

As críticas também foram direcionadas a França. "Eu vi que tem vários países, a quantidade que são importadas anualmente, se você pegar aqui tem a França aqui também, o tipo de madeira. Se você pega um montante de ipê, por exemplo, entre vários países, aquele montante é muito superior do que é permitido extrair em reserva legal, área de manejo. Augusto [jornalista] fez diretamente [a pergunta sobre] a França porque a França é uma concorrente nosso em commodities. O grande problema nosso para a gente avançar no acordo da união europeia com Mercosul é exatamente na França. Estamos fazendo o possível, mas a França, em defesa própria, ela nos atrapalha no tocante a isso daí", afirmou.

Na quarta-feira, o presidente tinha afirmado que falaria durante a live quais são os países que importam madeira ilegal do Brasil. Mas, recuou, e disse que tem o nome das empresas que compram a madeira ilegal. "ós temos aqui os nomes das empresas que importam isso e que países ela pertence. A gente não vai acusar o país A, B ou C de estar cometendo um crime, mas a empresa desses países, sim. E isso já tem um processo."

Mais cedo, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que a fala de Bolsonaro tratava-se de uma lista de empresas, apesar do chefe do Executivo se referir a "países" ao falar sobre os nomes. Mourão defendeu ainda que a fala do presidente não deve criar uma crise diplomática. "Não é país, são empresas. O presidente já deixou claro que são as empresas, está muito claro isso aí. Isso é uma questão de empresas, é uma questão de cooperação internacional isso aí", afirmou a jornalistas no Palácio do Planalto.

Na última terça-feira (17), durante reunião do Brics, Bolsonaro anunciou que divulgaria os países que compram madeira ilegal proveniente da Amazônia. Ontem, disse que falaria sobre o assunto na live desta quinta-feira. "Revelaremos nos próximos dias o nome dos países que importam essa madeira ilegal nossa através da imensidão qué a região amazônica, porque daí, sim, estaremos mostrando que estes países, alguns deles que muito nos criticam, em parte têm responsabilidade nessa questão", disse.
De acordo com o presidente, o sistema desenvolvido pela Polícia Federal é capaz de rastrear o DNA das madeiras apreendidas. "Essa lista vai revelar os países que têm importado madeira de forma ilegal da Amazônia. Muitos desses países são os mais severos críticos no tocante ao meu governo. Com essa lista essa prática vai diminuir e muito", defendeu na data.
Finalmente o Bolsonaro está bem afiado agora e falando umas verdades notórias que todos negam ou fazem vista grossa... O que tem de índio, cacique de tribo, que negocia com esses madeireiros acobertado por fiscal de funai, até mesmo alguns que arrenda terra pra garimpeiro e depois finge que está sendo invadido quando não atende suas "demandas", não está no gibi.... Fora os que gostam de uns presentinhos de missionários..... Isso vi de perto, pode atestar.... Só que ele esqueceu de falar que índio não curte cerveja, e sim cachaça......

Sim sim, querem preservar muito a floresta.... Tamos sabendo.... Já até sabotam caminhões do exército lá p roubar combustivel...

Ainda bem que o Bolsonaro está divulgando muitas coisas que acontecem por lá, estava na hora... A população precisava saber disso... Ate hj muitos tomam eles como "anjinhos" ou os "bons selvagens"

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 12:35 pm
por Penguin
Mourão admite responsabilidade do Brasil sobre venda de madeira ilegal
Por Redação O Antagonista
20.11.20 10:07

https://www.oantagonista.com/brasil/mou ... ra-ilegal/

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 12:49 pm
por FCarvalho
Sim, qual é a novidade? Ele está admitindo algo que todo mundo já sabe. Mas daí a mudar a praxe de sempre é um pouco mais complicado.

abs

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 12:50 pm
por prometheus
Penguin escreveu: Sex Nov 20, 2020 12:35 pm Mourão admite responsabilidade do Brasil sobre venda de madeira ilegal
Por Redação O Antagonista
20.11.20 10:07

https://www.oantagonista.com/brasil/mou ... ra-ilegal/
A estratégia é o Bolsonaro morder p agitar (geralmente c a ala ideológica) e o vice com sua ala militar assoprar... Mas todos estão cientes de tudo isso, ngm está contra ngm na história, é a estratégia delineada pelo planalto. Da a impressão que o Mourão está desmentindo as falas do Bolsonaro e o Bolsonaro voltando atrás ou contra o Mourão, mas quer um, quer outro, estão certos nos seus posicionamentos. Talvez um seja mais desbocado, usa uma vertente mais agressiva p agitar, e o outro mais "diploamatica" e "pomposa" p não comprometer os negócios ou a imagem total do governo, mas os dois são amigos e sabem exatamente o que falam e quando falam. Nada é feito sem pensar como muitos imaginam... tudo tem planejamento, parece bagunçado, mas não é.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 12:55 pm
por prometheus
FCarvalho escreveu: Sex Nov 20, 2020 12:49 pm Sim, qual é a novidade? Ele está admitindo algo que todo mundo já sabe. Mas daí a mudar a praxe de sempre é um pouco mais complicado.

abs
Não sei não, geralmente o foco midiático sempre está nas madeireiras, nos grileiros, nos garimpeiros e etc etc, e jamais nos indígenas e nos funcionários ambientais... se por acaso o Bolsonaro puxa a corda da Funai por determinados motivos, logo a mídia internacional e nacional, com apoio de certos setores, o tacha de "anti ambientalista", "radical ideológico" e blá blá, mesmo sabendo que há fundo de verdade no que ele diz.

É tal como polícia, tem ilegalidades no meio, mas ninguém diz abertamente porque não tem coragem.

Abcs!

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 12:57 pm
por Penguin
prometheus escreveu: Sex Nov 20, 2020 12:33 pm https://www.google.com/amp/s/www.correi ... onaro.html

Finalmente o Bolsonaro está bem afiado agora e falando umas verdades notórias que todos negam ou fazem vista grossa... O que tem de índio, cacique de tribo, que negocia com esses madeireiros acobertado por fiscal de funai, até mesmo alguns que arrenda terra pra garimpeiro e depois finge que está sendo invadido quando não atende suas "demandas", não está no gibi.... Fora os que gostam de uns presentinhos de missionários..... Isso vi de perto, pode atestar.... Só que ele esqueceu de falar que índio não curte cerveja, e sim cachaça......

Sim sim, querem preservar muito a floresta.... Tamos sabendo....
A maior parte da madeira não vem de reservas indígenas, vem de áreas públicas e reservas florestais (griladas ou não). Muito mais simples e fácil, pois a exploração de madeira é em larga escala e exige equipamentos e logística pesados. Entrar com essa parafernália e transportar milhares de toras imensas em reservas indígenas é complicado.

O tipo de esquema mais comum é esse:
Grilagem da terra -> corte de madeira -> coloca fogo no que sobra -> legaliza a terra grilada -> vende a terra ou utiliza para pasto

Toda esse confusão já começa a render medidas que nos afetarão:
O presidente começou criticando o projeto do Reino Unido que pretende proibir a compra pelo país de commodities que apresentam "risco florestal".
https://www.correiobraziliense.com.br/p ... onaro.html

Enquanto ficarmos apenas reativos, essa tipo de proposta só tende a aumentar.

Re: Amazônia: Vulnerabilidade – Cobiça – Ameaça

Enviado: Sex Nov 20, 2020 1:31 pm
por prometheus
Penguin escreveu: Sex Nov 20, 2020 12:57 pm
prometheus escreveu: Sex Nov 20, 2020 12:33 pm https://www.google.com/amp/s/www.correi ... onaro.html

Finalmente o Bolsonaro está bem afiado agora e falando umas verdades notórias que todos negam ou fazem vista grossa... O que tem de índio, cacique de tribo, que negocia com esses madeireiros acobertado por fiscal de funai, até mesmo alguns que arrenda terra pra garimpeiro e depois finge que está sendo invadido quando não atende suas "demandas", não está no gibi.... Fora os que gostam de uns presentinhos de missionários..... Isso vi de perto, pode atestar.... Só que ele esqueceu de falar que índio não curte cerveja, e sim cachaça......

Sim sim, querem preservar muito a floresta.... Tamos sabendo....
A maior parte da madeira não vem de reservas indígenas, vem de áreas públicas e reservas florestais (griladas ou não). Muito mais simples e fácil, pois a exploração de madeira é em larga escala e exige equipamentos e logística pesados. Entrar com essa parafernália e transportar milhares de toras imensas em reservas indígenas é complicado.

O tipo de esquema mais comum é esse:
Grilagem da terra -> corte de madeira -> coloca fogo no que sobra -> legaliza a terra grilada -> vende a terra ou utiliza para pasto

Toda esse confusão já começa a render medidas que nos afetarão:
O presidente começou criticando o projeto do Reino Unido que pretende proibir a compra pelo país de commodities que apresentam "risco florestal".
https://www.correiobraziliense.com.br/p ... onaro.html

Enquanto ficarmos apenas reativos, essa tipo de proposta só tende a aumentar.
Pinguin, os indígenas alugam e loteam p madeireiros ilegais e ate p garimpeiros segundo investigações da PF e do MPF... Já aconteceu muito no Maranhão e no sul do Pará ainda ocorre... o próprio Greenpeace reconhece que os desmatamentos nessas áreas vem aumentando por conta dos garimpeiros... As reservas indígenas, hoje, correspondem a 21% mais ou menos da Amazônia legal, mas são elas intocáveis praticamente pela sociedade... É basicamente um paraíso p o crime organizado.. e no futuro próximo tudo indica que isso tenderá a crescer cada vez mais... Geralmente o crime se baseia muito no retorno, em quais madeiras e ou minerais poderá desmatar e ou extrair e faz o balanço disso de acordo com a demanda, que tem responsabilidade tb de países estrangeiros na equação... Não só nossa...

A Amazônia é muito vasta, não é fácil de ser monitorada e fiscalizada, ainda mais com um país gigantesco sem recursos o suficiente como o nosso, não é fácil como se imagina... Nosso país, apesar de seus pesares, ainda é muito abundante, temos uma das leis ambientais mais rígidas (senão a mais) e nossa matriz energética é uma (senão tb) das mais limpas, nossas metas no acordo de Paris, embora insuficientes, acompanham a dos países desenvolvidos, mudamos o combustível para uma política de produção de etanol... Nós já somos exemplos nessa área de gestão ambiental, já até inauguramos inclusive a eco92, e rio +20, não é bem assim o que ocorre. Não temos pretensão de destruir a floresta descuidando-a como se imagina... mas tb desejamos uma exploração c desenvolvimento sustentável, p que todos possam usufrui-la adequadamente, e não simplesmente demarcações arbitrárias incondizentes com a realidade socioeconômica e política do país.

É normal, os demais países, geralmente somente os desenvolvidos mais preocupados consigo próprios, pressionarão mesmo... É natural isso aí, acontece. Não creio que vá abalar não. Com o tempo o Brasil vai mudar o discurso, o governo do Bolsonaro se esvairá, e possivelmente tudo retornará a normalidade com os acordos sendo firmados naturalmente. Não vai acontecer isso aí não, só terrorismo midiático.

PS.: Opiniões a parte... O Brasil encareceu muito com tudo durante esses tempos, ainda somos muito agropecuários exportadores... muitos alimentos encareceram, não acho que isso nos abalará então, até melhor p baratear mais ainda os custos no mercado interno. Talvez abale mais aos europeus que p comprar carne é uma fortuna... Mas claro, tudo dependerá de um exame, sinceramente... Não fiz essa análise, mas p nós isso não afeta muito não. Se fosse manufaturado, aí talvez sim, acho... Enfim, mas só opinião mesmo.