Embraer fará estrutura do helicóptero Dauphin da EADS

[VICTOR]

Embraer fará estrutura do helicóptero da EADS

Gazeta Mercantil

A Embraer foi confirmada como a empresa que fabricará no Brasil, em fibra de carbono e para suprimento mundial, a estrutura do helicóptero Dauphin produzido pela Eurocopter, subsidiária do grupo europeu EADS.
O modelo é utilizado no transporte de passageiros e em missões de defesa civil e militar. O Dauphin também tem sua montagem final feita no Brasil pela Helibrás, controlada pela Eurocopter.

Segundo o diretor-geral da EADS no Brasil, Eduardo Marson, o contrato com a Embraer está previsto para ser assinado em fevereiro. O executivo não revelou o valor do negócio. A identificação da Embraer como potencial fornecedora da estrutura do Dauphin no Brasil havia sido antecipada a este jornal pelo COO da EADS, Jean-Paul Gut. "A Embraer foi identificada como potencial parceiro industrial com capacidade para atender às exigências técnicas e comerciais da empresa. As negociações começaram em outubro de 2004", disse o COO.

Diversificação de suprimento objetiva reduzir riscos das variações cambiais, euro versus dólar. O Dauphin AS 365 é um helicóptero iturbina, com mais de 700 aeronaves em operação no mundo. Juntas, elas somam mais de 3,5 milhões de horas de vôo. No Brasil, de acordo com a Helibrás, existem cerca de 50 Dauphin AS 365 em operação, com mais de 90 mil horas voadas.

A montagem da estrutura do Dauphin no Brasil faz parte da estratégia do grupo EADS de aumentar as compras de serviços de empresas locais competitivas e de alta qualidade. O objetivo, segundo afirmou Gut, é diversificar a rede de fornecedores da companhia no mundo e reduzir os riscos de exposição excessiva às variações cambiais, euro versus dólar.

A Embraer também está sendo sondada pelo grupo EADS, dono de 80% da Airbus, para ser fornecedora de peças para a próxima geração de aeronaves da companhia européia. Essa estratégia de diversificação de fornecedores já vem sendo colocada em prática com a instalação da Sopeçaero, uma joint venture entre a Airbus, Sobraer e a Sonaca, no âmbito do acordo de offset (compensação comercial) do avião Airbus presidencial. A Sopeçaero está localizada em São José dos Campos e se dedica à fabricação de pequenas placas de alumínio, tratamento de superfícies e pintura para os aviões da Airbus e da Embraer. A fabricante brasileira de aviões regionais já teve no passado uma experiência na área de helicópteros. Forneceu para a norte-americana Sikorsky, tanque de combustível e os "sponsons" (estrutura que abriga o trem de pouso e o tanque) do helicóptero Helibus S-92. A Eleb (Embraer Liebherr Equipamentos do Brasil), controlada pela Embraer, ainda fornece conjuntos completos do trem de pouso do helicóptero S-92, da Sikorsky e já forneceu o trem de pouso de cauda da aeronave Comanche, helicótpero de ataque.

A Embraer produziu em 1993 para a Boeing peças em material composto para o B 777: a ponta de asa e o dorsal fin (superfície aerodinâmica vertical que aumenta a estabilidade direcional do avião). A Embraer se envolveu ainda no fornecimento dos flaps (parte móvel da asa que dá sustentação ao avião) do jato MD-11, na época fabricados pela McDonnel Douglas, depois incorporada pela Boeing.

[Túlio]

Pois é, né, Victor? Isso nos traz à mente a Helibrás... Que tiro pela culatra...
No regime militar, criaram a EMBRAER. Deu tão certo que resolveram ir adiante e fazer uma EMBRAER dos helicópteros, daí a Helibrás, mas...o que diabos deu errado? Bom, a meu ver, a EMBRAER deu no que deu porque, antes de a empresa ser criada, criou-se NO BRASIL um produto altamente competitivo, o velho e saudoso Bandeirante. Daí partiram para a fabricação sob licença do MB326GB, que aqui virou Xavante. E foi indo, até o golpe de mestre: a Privatização! Acabou o ranço estatal, a lucratividade e a eficiência passaram a ser fatores sine qua non. E está aí até hoje, mais firme que palanque de amarrar touro...heheheheheh
E a Helibrás? Bom, já começaram pulando a etapa de DESENVOLVER ALGO PARA PRODUZIR DEPOIS, preferindo ir direto à produção - praticamente MONTAGEM - do Écureuil sob licença da então Aerospatiale francesa, e todo mundo sabe como essa tchurminha é boa de jogo... Daí virar no que é hoje, na prática, a ex- FMA/FAMA, da Argentina, não passa de conseqüência... Que tiro pela culatra...

[Vinicius Pimenta]

Túlio, ao meu ver Embraer e Helibrás são empresas de características completamente distintas.

Desde o início a Embraer - então estatal - foi planejada para projetar e construir aviões.

Já a Helibrás é tão somente um subsidiária da Eurocopter/EADS.

[Arthur]

Certamente o Brasil vai precisar de helicópteros militares modernos nos próximos anos e como a Eurocopter vai certamente ser uma forte concorrente vamos ter uma boa oportunidade de negociar a transformação da Helibras em não só uma montadora de helis, mas em uma cia. que agrega mais valor aos produtos q produz.

flw,

Arthur

[FinkenHeinle]

Pois é, né, Victor? Isso nos traz à mente a Helibrás... Que tiro pela culatra...
No regime militar, criaram a EMBRAER. Deu tão certo que resolveram ir adiante e fazer uma EMBRAER dos helicópteros, daí a Helibrás, mas...o que diabos deu errado? Bom, a meu ver, a EMBRAER deu no que deu porque, antes de a empresa ser criada, criou-se NO BRASIL um produto altamente competitivo, o velho e saudoso Bandeirante. Daí partiram para a fabricação sob licença do MB326GB, que aqui virou Xavante. E foi indo, até o golpe de mestre: a Privatização! Acabou o ranço estatal, a lucratividade e a eficiência passaram a ser fatores sine qua non. E está aí até hoje, mais firme que palanque de amarrar touro...heheheheheh
E a Helibrás? Bom, já começaram pulando a etapa de DESENVOLVER ALGO PARA PRODUZIR DEPOIS, preferindo ir direto à produção - praticamente MONTAGEM - do Écureuil sob licença da então Aerospatiale francesa, e todo mundo sabe como essa tchurminha é boa de jogo... Daí virar no que é hoje, na prática, a ex- FMA/FAMA, da Argentina, não passa de conseqüência... Que tiro pela culatra...

Olá Túlio!


Acho que o erro no planejamento da criação da Helibrás foi não tê-la feito uma subsidiária da Embraer, mesmo que em Joint Venture com a Aeroespatiale!

Não fizeram. A Helibrás foi constituida entre a Aeroespatiale, no famoso Tripé Capital Estrangeiro-Capital Privado Nacional-Capital Estatal, o Estado de Minas Gerais e uma empresa privada!

Já que os outros sócios não tinham experiência nesse mercado, a Aeroespatiale também monopolizou sua Administração, e mesmo com as grandes beneces do Gov. Federal e Estadual, feitas sob-medida para alavancar a nacionalização do Esquilo e desenvolvimento de novos produtos, a Aeroespatiale transformou a Helibrás numa filial de Montagem e Representação no Brasil!

Pena!

[Jet Crash®]

Poderia até ser possível colhermos algo de bom desta notícia. Quem sabe no futuro, as mentes dos comandantes das FAB, EB e MB sejam iluminadas e por ato divino eles se reunam e escolham uma mesmo modelo de helicóptero para as FAs com uma encomenda suficiente que justifique a fabricação sob licença e quem sabe assim a EmFraer atue com EmBraer e seja o braço indústrial desta empreitada.