No último programa da TV Globo sobre crime, não me lembro o nome, tivemos uma vasta exposição do Ministro da Defesa falando sobre os casos da família ANGEL.
Algumas perguntas devem por isso ser feitas.
Não querendo entrar no mérito inicialmente do caso. Vocês acham aplicável a presença deste ministro em particular num programa sobre estes casos ?
Não devia ele permanecer externo, alías Olímpico até, a estas situações ainda mais que os casos das indenizações estarem ainda em discussão em comissão especialmete designada desde os tempos do "governo cardoso" ?
No mais aguardamos ansiosamente o incremento das doações ao programa "fome zero" !
O Ministro da Defesa e os desaparecidos
Moderador: Conselho de Moderação
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Bem, eu não vi o programa, portanto não sei o que foi que o ministro disse.
À princípio, não veria nada de errado na participação dele. Afinal, a questão envolve acontecimentos relativos às Forças Armadas, portanto me parece que, na condição de autoridade civil mais elevada no cadeia de comando militar (após o presidente) ele estaria cumprindo o que se espera dele.
Aliás, há até um ponto positivo. Sendo ele um diplomata de carreira, talvez funcione como uma espécie de anteparo protegendo os militares da excessiva exposição à imprensa. Essa, por questão de ofício, tende a ser extremamente desagradável, procurando sempre o lado escandaloso dos fatos. Afinal, isso é que dá Ibope.
Acho que seria pior, se algum comandante militar é que fosse forçado a ter de dar explicações sobre tais fatos.
À princípio, não veria nada de errado na participação dele. Afinal, a questão envolve acontecimentos relativos às Forças Armadas, portanto me parece que, na condição de autoridade civil mais elevada no cadeia de comando militar (após o presidente) ele estaria cumprindo o que se espera dele.
Aliás, há até um ponto positivo. Sendo ele um diplomata de carreira, talvez funcione como uma espécie de anteparo protegendo os militares da excessiva exposição à imprensa. Essa, por questão de ofício, tende a ser extremamente desagradável, procurando sempre o lado escandaloso dos fatos. Afinal, isso é que dá Ibope.
Acho que seria pior, se algum comandante militar é que fosse forçado a ter de dar explicações sobre tais fatos.
- Clermont
- Sênior
- Mensagens: 8842
- Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
- Agradeceu: 632 vezes
- Agradeceram: 644 vezes
Estou revoltado com o mau uso do dinheiro público!
Agora, começaram as escavações no sítio que abrigava um dos antigos quartéis do Exército, no Araguaia.
Baseando-se nos testemunhos de alguns ex-soldados, o governo está procurando os corpos de quatro ou cinco guerrilheiros.
Só que há um problema: todos os relatos posteriores indicam que, quase todos os mortos, - tanto os que caíram em combate, quando os que foram assassinados -, foram trasladados, no fim da operação.
Os corpos teriam sido levados a um local desconhecido e incinerados. E isso teria sido feito, deliberadamente, diante do risco da imprensa vasculhar o local, após a partida do pessoal militar.
Isso foi relatado, com detalhes, por um dos pilotos da FAB, que participou da ação, num livro escrito em meados dos anos 90. E já havia sido registrado, no primeiro livro escrito sobre o Araguaia, no distante ano de 1979.
Então, como é que o governo espera encontrar algum esqueleto, justamente, onde se localizavam as bases militares? Será que eles acham que o pessoal da Comunidade de Informação era tão burro, ao ponto de se lembrar de recolher corpos sepultados na selva, mas esquecer de recolher aqueles sepultados próximos às bases?
Já é a segunda vez que o governo vai atrás de fantasmas, torrando o dinheiro do contribuinte. Somente os comandos militares, se receberem uma ordem direta e inequívoca do Governo legalmente constituido, podem informar onde foi o local usado para a queima dos corpos.
Agora, começaram as escavações no sítio que abrigava um dos antigos quartéis do Exército, no Araguaia.
Baseando-se nos testemunhos de alguns ex-soldados, o governo está procurando os corpos de quatro ou cinco guerrilheiros.
Só que há um problema: todos os relatos posteriores indicam que, quase todos os mortos, - tanto os que caíram em combate, quando os que foram assassinados -, foram trasladados, no fim da operação.
Os corpos teriam sido levados a um local desconhecido e incinerados. E isso teria sido feito, deliberadamente, diante do risco da imprensa vasculhar o local, após a partida do pessoal militar.
Isso foi relatado, com detalhes, por um dos pilotos da FAB, que participou da ação, num livro escrito em meados dos anos 90. E já havia sido registrado, no primeiro livro escrito sobre o Araguaia, no distante ano de 1979.
Então, como é que o governo espera encontrar algum esqueleto, justamente, onde se localizavam as bases militares? Será que eles acham que o pessoal da Comunidade de Informação era tão burro, ao ponto de se lembrar de recolher corpos sepultados na selva, mas esquecer de recolher aqueles sepultados próximos às bases?
Já é a segunda vez que o governo vai atrás de fantasmas, torrando o dinheiro do contribuinte. Somente os comandos militares, se receberem uma ordem direta e inequívoca do Governo legalmente constituido, podem informar onde foi o local usado para a queima dos corpos.