Orçamento 2004

[VICTOR]

Por causa do tamanho deles. Que tal comparar o PIB per capita deles antes e depois da modernização? E a posição no IDH?

[Marechal-do-ar]

Tamanho? O Japão é muito menor que os EUA e a renda per capita é semelhante, oik enriqueceram, mas poderiam ter enriquecido mais com políticas nacionalistas.

[VICTOR]

Bom, para tentar não "seqüestrar" mais um tópico iniciando uma flame war de liberais contra nacionalistas, vou dar minha opinião sobre o orçamento.

PORQUE NÃO ARMAS:
Sou da opinião de que, por não termos ameaça externa imediata como Índia ou China, e nem querermos meter o bedelho nos quatro cantos cantos do mundo como um certo país do Novo Mundo, NÃO devemos ter investimentos maciços em armas. Temos coisas mais urgentes para nos preocupar (educação, saúde, tecnologia, infra-estrutura).

O Brasil tem um péssimo perfil no sentido de gastar mal o dinheiro - gasta absurdamente a mais do que deveria com salários de funcionários públicos e pensões. Uma modernização do Estado como a que FHC iniciou e Lula está continuando, a médio-longo prazo gera um país mais rico, que gasta mais racionalmente o dinheiro, e conseqüentemente pode gastar muito mais na área de defesa.

PORQUE SIM ARMAS:
A médio-longo prazo, a Guerra pela Água preocupa. Odeio alarmismo e teorias de conspiração, mas esse lance me preocupa mesmo.

As FA´s não podem atingir um nível de sucateamento do qual não consigam sair. Então, não precisa virar a Índia, mas uma certa injeção de recursos não faria mal.

CONCLUSÃO:
Não precisa exagerar, já que não há ameaça imediata, mas também não dá pra descuidar a médio prazo. Gastar melhor o dinheiro também ajuda, reduzindo em tamanho (o EB principalmente), aumentando a eficiência e ficando preparado para quando a coisa melhorar.

[Clermont]

Vejam só, que interessante confluência de opiniões de pessoas diferentes:

VICTOR, um civil, grande fã da Danielle Winitz, peladona, escreveu:

(...) NÃO devemos ter investimentos maciços em armas. Temos coisas mais urgentes para nos preocupar (educação, saúde, tecnologia, infra-estrutura).

(...)As FA´s não podem atingir um nível de sucateamento do qual não consigam sair. Então, não precisa virar a Índia, mas uma certa injeção de recursos não faria mal.

Por outro lado, vejam o que escreveu o Almirante-de-Esquadra HERNANI GOULART FORTUNA, que foi Subchefe de Informações e Operações do Comando de Operações Navais; Capitão dos Portos dos Estados do Pará e Amapá nos anos 70; em 1990, enquanto comandava a ESG mudou a sua doutrina, retirando dela a tese do “inimigo interno”, que foi a justificativa para a repressão dos anos 70. Não se sabe se também gosta da Danielle Winitz, peladona...

A prioridade é anular os vergonhosos indicadores sociais do Brasil, muitos dos quais colocam o país bem abaixo do Terceiro Mundo. Mas será, também, necessário garantir às Forças Armadas um grau de modernização compatível com a estatura estratégica do país, o que não quer dizer adesão a qualquer tipo de corrida armamentista.

Muito humildemente, apoio, sem restrições, os pontos de vista do Almirante Victor e do Fortuna. Opa!! Errei! Quis escrever, "do Almirante Fortuna e do Victor”. 8)

[Malandro]

Malandro, o fato do Chile e os tigres asiáticos terem recebido ajuda em dinheiro e, principalmente, tecnologia não conta para o desenvolvimento deles?

Sem dúvida , mas aí vem a clássica pergunta : Quem veio primeiro , o ovo ou a galinha? Ou seja sim eles receberam investimentos maciços mas pq fizeram o dever de casa

E se eles são a solução por que eles não são tão ricos quanto os EUA?

Pq há uma sérias de restrições naturais algumas das quais o Vistor indicou como extensão territorial . E eu acrescentaria outras como diferença populacional , recursos naturais , etc .

Tamanho? O Japão é muito menor que os EUA e a renda per capita é semelhante, oik enriqueceram, mas poderiam ter enriquecido mais com políticas nacionalistas

COmo eu disse tamanho é só um dos fatores . Mas foi interessante você tocar no caso japonês . Ë um caso que divide muitos economistas . Mas acredito que sua forte política educacional implantada desde a Era Meiji pode ser entendida como um dos principais fatores de seu sucesso enonômico . O caso japon6es é difícil de se analizar pois há uma mistura de "políticas nacionalistas" com adesão ao livre comércio a tal ponto que nã se consegue aferir bem o qto um ou outro influenciaram o país . Mas qto á Coréia do SUl , antes de sua adesão à praticas liberias este tentou algunmas dessa "políticas nacionalistas"mas foram infrutíferas . O mesmo se aplica ao Chile .

Bom, para tentar não "seqüestrar" mais um tópico iniciando uma flame war de liberais contra nacionalistas, vou dar minha opinião sobre o orçamento.

Acho que até agora estamos em u debate saudável com um respeitando a opnião do outro . E assim espero que continue 8)

Sou da opinião de que, por não termos ameaça externa imediata como Índia ou China, e nem querermos meter o bedelho nos quatro cantos cantos do mundo como um certo país do Novo Mundo, NÃO devemos ter investimentos maciços em armas. Temos coisas mais urgentes para nos preocupar (educação, saúde, tecnologia, infra-estrutura).

O Brasil tem um péssimo perfil no sentido de gastar mal o dinheiro - gasta absurdamente a mais do que deveria com salários de funcionários públicos e pensões.

Concordo 100%

Uma modernização do Estado como a que FHC iniciou e Lula está continuando

É , mas a contratação maciça de funcionários públicos no governo lUla está me deixando com uma pulga trás da orelha .

A médio-longo prazo, a Guerra pela Água preocupa. Odeio alarmismo e teorias de conspiração, mas esse lance me preocupa mesmo.

As FA´s não podem atingir um nível de sucateamento do qual não consigam sair. Então, não precisa virar a Índia, mas uma certa injeção de recursos não faria mal.

Concordo mas ouvi senadores brasileiros especulando que até a água se tornar um bem tão precioso como petróleo a dessanilização da água do mar terá se tornado viável economicamente . Mas realmente é bom se garantir até lá

[VICTOR]

Rá, valeu Clermont, é uma honra! Em sua homenagem vai o link para ver a Danielle Winitz (não vou postar a foto por respeito ao nosso DB):

Espetáculo! ! Clique aqui! !

Dedico também ao nobre Malandro!

[César]

Victor, a sua mulher vai saber disso! hehehehe

Sobre o tópico, concordo com a opinião do Almirante, do Clermont, do Victor e da Danielle

Abraço a todos

César

[Vinicius Pimenta]

Defesanet - Ministro qual foi o orçamento do MD em 2003 e qual será o de 2004? Que projetos o senhor destacaria como principais para o ano de 2004? É possível se conseguir mais recursos?

Ministro José Viegas Filho - O orçamento aprovado para o MD em 2003, para gastos com custeio e investimentos, foi de R$ 4.819 milhões. Todavia, foram contingenciados recursos da ordem de R$ 1.129 milhões, fazendo com que o orçamento efetivamente disponível se situasse em R$ 3.690 milhões. Para o exercício de 2004 o orçamento prevê recursos da ordem de R$ 4.250 milhões, os quais poderão ser suplementados ao longo do exercício. Para 2004 podem ser elencados projetos, como o da continuidade do SIVAM, Programa Fronteiras, Soldado Cidadão, Reaparelhamento das Forças Armadas, Programa Nuclear, Implantação da Brigada de Operações Especiais em Goiânia, Implantação da 2a. Brigada de Infantaria da Selva, retomada do Programa Espacial e Programa Calha Norte.

Fonte: DefesaNet

Obs.: Onde se vê escrito "milhões", leiam bilhões. 4 bilhões e 819 milhões anteriores e 4 bilhões e 250 milhões atuais.

[Malandro]

Rá, valeu Clermont, é uma honra! Em sua homenagem vai o link para ver a Danielle Winitz (não vou postar a foto por respeito ao nosso DB):

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Dedico também ao nobre Malandro!

Valeu Victor meu papel de parede já está mais... sensual .

[Slip Junior]

e o que já estava ruim vai ficar ainda pior...

Viegas revela surpresa com bloqueio de verbas

Segundo ministro, em conversa com Dirceu na quarta-feira, corte na Defesa nem foi cogitado

LOURIVAL SANT'ANNA
Enviado especial

PUNTA ARENAS - O contingenciamento das verbas orçamentárias pegou de surpresa o ministro da Defesa, José Viegas Filho. "Não nos preparamos para isso", disse Viegas no sábado, durante viagem de volta da Antártida, aonde foi celebrar o aniversário de 20 anos da Estação Comandante Ferraz. "Pelo contrário: nossa conta era de mais recursos." Segundo Viegas, a estimativa no governo tem sido a de que, com um aumento da arrecadação ao longo do ano, em função do crescimento econômico, haja mais recursos disponíveis. E a perspectiva apresentada pelo ministro do Planejamento, Guido Mantega, era de que não se repetisse o contingenciamento do ano passado, quando R$ 13 bilhões do Orçamento ficaram bloqueados.

Viegas esteve na quarta-feira com o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para conversar sobre a licitação de 12 caças, no valor de US$ 700 milhões, que devem começar a ser pagos depois de 2007.O tema do contingenciamento não foi tocado. Ele soube da notícia pela imprensa e não tinha a informação sobre como seu ministério seria afetado desta vez.

No ano passado, a Defesa foi o ministério com o segundo maior corte, em números absolutos, e o primeiro, em porcentagem. Dos R$ 4,7 bilhões previstos para custeio e investimentos, R$ 1,3 bilhão não foi desembolsado. Para este ano, o recurso orçado, antes do contingenciamento, era de R$ 4,1 bilhões. A despesa global da Defesa, incluindo salários e aposentadoria, é de de R$ 28 bilhões.

Viegas calcula que, nas três Forças, o "índice de indisponibilidade", ou seja, a falta de recursos para gastos considerados necessários, ultrapasse os 50%. "A questão dos investimentos é talvez a mais delicada", avaliou o ministro, sob o olhar dos três comandantes, na sala de estar do Sucatão, o Boeing 707 presidencial da FAB.

"Quando se vê a necessidade material das Forças Armadas, percebe-se que há um hiato muito forte entre disponibilidade e necessidade", acrescentou, citando as viaturas muito antigas e os blindados à espera de manutenção no Exército, a falta de recursos para construção e manutenção de navios e a situação dos aviões da FAB, que, segundo ele, "estão perigosamente velhos".

"As necessidades vão se avolumando e é preciso resolver os problemas no devido tempo, se não eles se tornam mais difíceis de resolver", alertou Viegas. O ministério acumula até mesmo dívidas trabalhistas, por falta de dinheiro para suprir direitos como vale-transporte e creche.

Apesar de a maior parte dos recursos ser canalizada para a folha de pagamentos e aposentadorias, as Forças Armadas não vão trocar o recrutamento do serviço militar obrigatório pela contratação de soldados exclusivamente profissionais, que reduziria o efetivo e, em tese, aumentaria a eficiência.

Fonte: O Estado de Sao Paulo via NOTIMP

Abraços

[César]

Denovo, enquanto isso lá no Norte.......

O Orçamento Do Pentágono

Nelson During

O Pentágono divulgou, hoje o detalhamento de seu orçamento para o ano de 2005 e a provisão para os anos vindouros. Não analisamos todos os programas, mas as principais tendências de gastos das Forças Armadas Americanas. O pedido de verbas, para o ano de 2005, enviado ao Congresso pelo Pentágono atinge o valor de U$ 410,7 bilhões de dólares, O Objetivo é de manter o atual nível das operações e assim como as atividade transformacionais dos serviços militares.

Na proposta está incluído um aumento de 3,5% a todos os níveis de praças, não comissionados e oficiais. Também um auxílio moradia para eliminar os gastos extras dos membros das Forças Armadas.

A prioridade do orçamento é garantir a vitória na Guerra ao Terror, afirmou um oficial no briefing em background. "We are at war," Manutenção e apoio deverão ser contemplados a pleno. As seguintes metas de operação para os principais equipamentos, para o ano:

US Army M1 Abrams tank -1.350 km
US Army horas de vôo: 13,1 por tripulação/mês
US Navy horas de vôo: 19,2 por tripulação/mês
US Air Force horas de vôo: 16,8 por tripulação/mês
US Navy dias no mar: 51 dias por trimestre.

O Orçamento também prevê a aquisição de itens como Humvees, com blindagem adicional, veículos Stryker e Unmanned Aerial Vehicles(UAVS). Também para mais e melhores equipamentos de comunicação e sistemas de inteligência-compartilhados.

O Orçamento também prevê um valor de U$500 milhões para treinar as forças militares e de segurança do Iraque e Afeganistão e países vizinhos. Além uma verba de U$300 milhões para os Comandantes poderem usar em emergências nas operações militares, em especial ações humanitárias e necessidades de reconstrução no Iraque e Afeganistão.

No orçamento está previsto, que os valores totais para cada Força serão:

US Army U$97,2 bilhões;
US Navy e US Marines Corps, U$119,3 bilhões;
US Air Force U$120,5 bilhões;

Agencias do DoD U$64,7 bilhões.

Operações e manutenção atingem o valor de U$140,6 bilhões, pagamento de pessoal militar U$104,8 bilhões, compras U$74,9 bilhões e pesquisa e desenvolvimento U$68,9 bilhões.

Os valores para compras de aviões e helicópteros, por Força:

US Air Force U$13.2 bilhões;
US Navy U$8,7 bilhões
US Arrmy U$1,8 bilhões

A experiência do Afeganistão e Iraque identificaram a necessidade de uma bomba de pequeno diâmetro (small-diameter). Para 2005 a proposta de compra de 158 dessas armas por U$29.3 milhões. Pesquisa e desenvolvimento está orçado em U$86,5 milhões.

Em construção naval, a substituição do porta-aviões soma U$1,0 bilhão nas contas de compras antecipadas, pesquisa e desenvolvimento do CVN-21, que está previsto para iniciar no FY 2007.

Pesquisa e desenvolvimento para o programa destroyer DDX soma U$1,4 bilhões; construção do primeiro DDX é prevista para 2005.

A US Navy deseja U$3,4 bilhões´para três navios da Classe DDG-51 Arleigh Burke destroyers. O comando também orçou U$352,1 milhões para uma navio de combate no litoral ( littoral combat ship) e para a pesquisa e desenvolvimento.

O orçamento prevê um Navio de Transporte e Doca Classe LPD-17 San Antonio, a um preço unitário de U$1 bilhão. O navio é usado para transportar US Marines, seu equipamento e seus aviões. A US Navy prevê que estes navios permaneçam em serviço até 2050. Finalmente o orçamento prevê um submarino de ataque Classe Virginia, U$2,6 bilhões

O investimento principal para o US Army será o Future Combat Systems. A Força prevê U$3,2 bilhões, em pesquisa e desenvolvimento do sistema. O sistema integrará veículos tripulados e não tripulados pra operação no terreno e aéreo, e representa como o US Army combaterá nas guerras futuras
.
A Força prevê um valor de U$1 bilhão, para a Família Stryker de veículos blindados de rodas. O veículo de rodas 8x8 é o centro das chamadas novas brigadas Stryker.

Entretanto, a força não está ignorando o sistema que "faz eles dançarem"('brung' them to the dance). A Força está propondo um "upgrade" do carro de combate M-1A2 Abrams, U$308,3 milhões. O "upgrade" aperfeiçoará a blindagem do carro de combate, o canhão de 120 mm, ´visor termográfico independente para o comandante, comunicação digitalizada e melhor proteção NBQ.

As experiências do Iraque indicam que é necessário humvees pesadamente blindados. O US Army planeja a compra de 818 de high-mobility vehicles blindados por U$163 milhões e humvees regulares 1.613 por $140 milhões.

Ballistic missile defense com U$9,2 bilhões, com capacidade operacional para o o final de 2004. Para o ano 2005, o sistema deverá ter 20 interceptores baseados em terra 10 baseados no mar.

Fonte: Defesanet

Se o Brasil tivesse 1 décimo disso daí......

Abraço a todos

César

[César]

Só pra mostrar, aí vão algumas dessas belezinhas que ekes pretendem comprar.

Destroyer DDX:


M1A2(pretendem modernizar):


Sub Virginia:




E a gente aqui chupando o dedo...

Abraço a todos

César