Até a semana anterior nada de diferente havia sido detectado pelo escrutínio diuturno do Sivam e seus sistemas, uma vez que, politicamente estes últimos dias tenham sido proveitosos para o governo brasileiro, pois conseguimos exelentes avanços para um acordo de paz na Colombia, entre governo e Farc's, definimos acordos bilaterias com Equador e Peru no sentido de firmar parcerias para a construção de uma saida hidro-rodoviária para o pacífico, e trouxemos a Venezuela para para o Mercosul, fortalecendo assim o bloco econômico. As FA's continuam o seu labor de vigiar e proteger as fronteiras do norte, apesar dos seguidos e típicos cortes no já minguado orçamento.
" 01:12hs am de 25 de Agosto, e o telefone toca insistentemente na casa do cmte do CMA, seguido ao mesmo tempo, do mesmo toque nas residências dos demais cmtes militares da área; em 20 minutos já estão todos reunidos na sala de operações de guerra do Sipam, e meio que boquiabertos vêem uma retrospectiva dos fatos ocorridos a pouco mais de 40 minutos atrás.
Resumo dos fatos : 2 tucanos e 4 tripulações desaparecidos, total ausencia de comunicações com a BA BV e demais OM's do estado; e o mais espantoso de tudo, via canal fechado chega a informação de que sem o menor aviso 3 divisões de infantaria do exercito venezuelano entram com tudo fronteira adentro da pequena vizinha República da Guiana, a fim de por termo, pela força, a uma centenária pendência fronteiriça mal resolvida.
A situação parece surrealista, mas sem demora o presidente e o CSN já estão reunidos no Alvorada tentando conseguir maiores informações e verificar quais os passos a seguir. A falta de consciência situacional e operacional prolonga-se madrugada adentro, até que às 07:18hs da manhã, em fim chegam as primeiras informações seguras via dois R-99A/B enviados 5 horas atrás para a região. O resultado do reconhecimento : BA BV destruída, PEF's ao longo da fronteira ocupados ou destruídos, e completando o quadro, as BA MAO e BL com pistas semi-destruídas e sistemas de radares inoperantes, efeito de um ataque coordenado de 8 F-16 da FAV as 01:57hs am.; Um último detalhe, uma divisão de infantaria venezuelana inteira com 10 mil homens dentro do território brasileiro ocupando todos os espaços desde a fronteira até as margens do Rio Brando e descendo até alcançar a fronteira da Guinana, a fim de garantir a retarguarda e uma providencial e forçosa abstenção do governo brasileiro em relação a Guiana. Boa Vista caiu sem um único tiro ser disparado, por ação de comandos e paraquedistas.
O governo civil meio que perdido determina aos militares providenciar o revide e a efetiva retomada do território pátrio, ao mesmo tempo em que o Itamarati age nos bastidores da ONU e OEA.
O circo está armado, mas apesar da gravidade da situação, faltam tropas, combustíveis, equipamentos, armas, munição e treinamento adequados, além de um comando conjunto que ordene as ações. Independes, cada uma das FA's age conforme seus próprios conceitos operacionais; o MD neste momento mais parace um fantoche em meio a confusão armada pelos meios de comunicação e as pressões de politicos, governo e militares. Mais uma vez não estavamos preparados, como a 60 anos atrás.
Só um problema neste momento preocupa os oficiais-generais no estado-maior no MD : como e para onde mandar as poucas tropas de pronto-emprego, se a maioria dos meios aéreos e navais está indisponível e não existe comunicação segura com o TOA?
Áh sim, só mais um pequeno detalhe; às 16:28hs pm de 26 de Agosto, um bandeirante da patrulha naval detectou o que parece ser uma força-tarefa da US Navy deslocando-se a todo o vapor, certamente para intervir na situação, estando somente a 14 horas de distância do alvo; com isso abre-se uma brecha real para a fixação de contingentes yankees consideráveis bem na nossa porta.
O governo da Guiana no desespero de tentar evitar uma possivel invasão da capital Georgetow por forças inimigas, apela para Braília, Londres e Washington; como de praxe o tio Sam responde prontamente, enquanto um governo brasileiro titubeante demora a decidir-se, mas enfim determina o envio de tropas nacionais a Guiana e ao Suriname, a fim de defender a capital do pequeno vizinho e proteger aquele outro.
A corrida para Georgetow começou, para por onde nós começaremos

Olá a todos.
A estória acima é apenas para ilustrar uma hipotética situação em que inúmeras tropas obviamente teriam de ser envolvidas. Mas a questão real que gostaria de levantar aqui, longe de discutir as qualidade de cada tropa, é necessariamente argumentar sobre a validade dos usos e conceitos destes tipos de tropas no Brasil, principalmente em relação ao nosso espaço geo-estratégico e operacional, que como vocês podem ter percebido pela situação acima exposta é bastante complexo.
Gostaria da opinião de vocês a despeito da validade do emprego destas tropas nesta situação e em outras, como também discutir possíveis soluções alternativas ao nosso quadro de defesa, se é que existem. Sabemos que as FA's, principalmente o EB, tem investido fortemente na formação e qualificação de suas tropas neste tipo de ação. Mas será que esta resposta será a melhor, ou a velha estratégia de marcar presença nos espaços geograficos ainda é a melhor e mais adequada em nosso caso?
Grato pela opinião de todos.