Túlio escreveu: Ter Abr 15, 2025 9:51 am Trump está sendo pressionado por alguns assessores a adotar uma abordagem mais dura com a Rússia enquanto Putin hesita em negociar com a Ucrânia. WSJ
Um desses assessores de Trump deve incluir Marco Rubio, além do Keith Kellogg. Há mais de um mês venho dizendo que Rubio parece desconfortável com a estratégia de Trump em relação a Putin e à Rússia. Apesar disso, acho que ele também reconhece que a Europa precisa assumir maior responsabilidade pela segurança do continente e, consequentemente, pela Ucrânia.
O que determina o curso das negociações entre EUA e Rússia no conflito Rússia-Ucrânia é o equilíbrio assimétrico de poder. Para avançar no processo, os Estados Unidos precisam de força em três frentes: primeiro, a capacidade de impedir que a Rússia exija condições inaceitáveis no campo de batalha e na mesa de negociações; segundo, a habilidade de pressionar a Ucrânia a aceitar a abordagem geral dos EUA para resolver o conflito; e terceiro, a autoridade para neutralizar vozes de oposição nos EUA e entre aliados europeus, garantindo a implementação dos acordos negociados. Atualmente, Trump não dispõe dessas três forças.
Quanto à Rússia, exceto por uma intervenção militar direta, o governo anterior dos EUA já utilizou praticamente todas as cartas disponíveis. Os efeitos são visíveis nas mudanças no conflito. Em relação à Ucrânia, na Cúpula de Segurança de Munique, por exemplo, a dupla Vance e Rubio, em uma abordagem quase isolada, não conseguiu convencer Zelensky sobre um acordo envolvendo recursos minerais ucranianos. A resistência de Kiev é evidente. Vale observar até que ponto Trump será capaz de implementar seu plano no futuro. Nos EUA, as vozes de oposição estão determinadas a usar ao extremo os mecanismos institucionais, como tribunais, para frear o governo. Entre os aliados europeus, críticas transborda da mídia.
No entanto, usar o apaziguamento de Munique da década de 1930 como crítica a Trump é ineficaz, a menos que esteja diretamente ligado à sua popularidade. Trump e sua equipe principal, como Musk, são indiferentes a esse conceito. Assim, espera-se que as negociações diplomáticas cheguem a um impasse em meio a tensões políticas e jogos sutis entre EUA e Europa. Há razões para acreditar que avanços significativos dependerão de mudanças claras e visíveis na linha de frente. No desenrolar desse processo, os momentos mais dramáticos provavelmente serão vistos em Moscou, Kiev e Washington.
A interação entre Washington e Kiev, embora não seja necessariamente o fator decisivo, certamente gera bastante drama e atrai atenção, como já vimos em episódios no Salão Oval. Recentemente, Zelensky deu entrevista sobre Putin e JD Vance que reacendem esse espetáculo de controvérsias.
As exigências da Rússia são claras: em termos territoriais, busca anexar o leste do rio Dnieper e Odessa, transformando o restante da Ucrânia em um território sem acesso ao mar, limitado à agricultura; em relação à OTAN, deseja eliminar qualquer possibilidade de adesão de Kiev, o que incluiria a desmilitarização do exército ucraniano e o controle russo sobre áreas estratégicas remanescentes. Não é impossível que Trump se sinta tentado a aceitar essas condições, mas ele também tem limites. Ele não quer ser visto como um aliado de Putin, então provavelmente busca contrapartidas, como trocas territoriais, envio de forças de paz ou uma versão ampliada do Acordo de Minsk. Moscou, no entanto, dificilmente aceitará uma segunda versão desse acordo, o que torna um consenso improvável.
Entre EUA e Ucrânia, Kiev é quem demonstra maior resistência em ceder. Afinal, concessões poderiam ser politicamente devastadoras. Uma opção mais radical seria criar um fato consumado que arrastasse a OTAN para o conflito, embora essa seja uma escolha extrema.
Túlio escreveu: Ter Abr 15, 2025 9:51 am Trump está sendo pressionado por alguns assessores a adotar uma abordagem mais dura com a Rússia enquanto Putin hesita em negociar com a Ucrânia. WSJ
Um desses assessores de Trump deve incluir Marco Rubio, além do Keith Kellogg. Há mais de um mês venho dizendo que Rubio parece desconfortável com a estratégia de Trump em relação a Putin e à Rússia. Apesar disso, acho que ele também reconhece que a Europa precisa assumir maior responsabilidade pela segurança do continente e, consequentemente, pela Ucrânia.
O que determina o curso das negociações entre EUA e Rússia no conflito Rússia-Ucrânia é o equilíbrio assimétrico de poder. Para avançar no processo, os Estados Unidos precisam de força em três frentes: primeiro, a capacidade de impedir que a Rússia exija condições inaceitáveis no campo de batalha e na mesa de negociações; segundo, a habilidade de pressionar a Ucrânia a aceitar a abordagem geral dos EUA para resolver o conflito; e terceiro, a autoridade para neutralizar vozes de oposição nos EUA e entre aliados europeus, garantindo a implementação dos acordos negociados. Atualmente, Trump não dispõe dessas três forças.
Quanto à Rússia, exceto por uma intervenção militar direta, o governo anterior dos EUA já utilizou praticamente todas as cartas disponíveis. Os efeitos são visíveis nas mudanças no conflito. Em relação à Ucrânia, na Cúpula de Segurança de Munique, por exemplo, a dupla Vance e Rubio, em uma abordagem quase isolada, não conseguiu convencer Zelensky sobre um acordo envolvendo recursos minerais ucranianos. A resistência de Kiev é evidente. Vale observar até que ponto Trump será capaz de implementar seu plano no futuro. Nos EUA, as vozes de oposição estão determinadas a usar ao extremo os mecanismos institucionais, como tribunais, para frear o governo. Entre os aliados europeus, críticas transborda da mídia.
No entanto, usar o apaziguamento de Munique da década de 1930 como crítica a Trump é ineficaz, a menos que esteja diretamente ligado à sua popularidade. Trump e sua equipe principal, como Musk, são indiferentes a esse conceito. Assim, espera-se que as negociações diplomáticas cheguem a um impasse em meio a tensões políticas e jogos sutis entre EUA e Europa. Há razões para acreditar que avanços significativos dependerão de mudanças claras e visíveis na linha de frente. No desenrolar desse processo, os momentos mais dramáticos provavelmente serão vistos em Moscou, Kiev e Washington.
A interação entre Washington e Kiev, embora não seja necessariamente o fator decisivo, certamente gera bastante drama e atrai atenção, como já vimos em episódios no Salão Oval. Recentemente, Zelensky deu entrevista sobre Putin e JD Vance que reacendem esse espetáculo de controvérsias.
As exigências da Rússia são claras: em termos territoriais, busca anexar o leste do rio Dnieper e Odessa, transformando o restante da Ucrânia em um território sem acesso ao mar, limitado à agricultura; em relação à OTAN, deseja eliminar qualquer possibilidade de adesão de Kiev, o que incluiria a desmilitarização do exército ucraniano e o controle russo sobre áreas estratégicas remanescentes. Não é impossível que Trump se sinta tentado a aceitar essas condições, mas ele também tem limites. Ele não quer ser visto como um aliado de Putin, então provavelmente busca contrapartidas, como trocas territoriais, envio de forças de paz ou uma versão ampliada do Acordo de Minsk. Moscou, no entanto, dificilmente aceitará uma segunda versão desse acordo, o que torna um consenso improvável.
Entre EUA e Ucrânia, Kiev é quem demonstra maior resistência em ceder. Afinal, concessões poderiam ser politicamente devastadoras. Uma opção mais radical seria criar um fato consumado que arrastasse a OTAN para o conflito, embora essa seja uma escolha extrema.
Há mais fatores IMHO, tipo tirar a Rússia da órbita da China é agora um ponto fulcral para a geopolítica dos EUA, mas só o Zé e (parte do) seu Dream Team parecem ter compreendido isso: uma Rússia neutra já é uma grande vitória (isso o zorópas não entendem porque não querem entender ou, mais precisamente, não lhes convêm), uma Rússia de boas com os EUA é sonho de consumo (isso o zorópas não aceitam nem a pau, pois pulveriza suas aspirações geopolíticas e geoeconômicas, e sabem muito bem que todo dia sua relevância no mundo cai mais um pouquinho); já uma Rússia, como hoje, cada vez mais dependente da China (sonho de consumo do zorópas, pois prolonga a guerra e com isto reforça a narrativa do "Spetznaz debaixo da cama", que lhes permite aumentar o jugo sobre o PAGADOR DE IMPOSTOS europeu), cria uma insustentabilidade perigosa, pois a Rússia mostrou que é possível não só sobreviver mas também $u$tentar o pe$o de uma guerra (que na prática já foi contra a OTAN inteira, hoje continua sendo mas apenas contra sua parte mais fraca, a UE & alguns cupinchas cada vez mais hesitantes) mesmo chutada do SWIFT, que era visto como a estaca no coração do vampiro. Não é, QED.
Assim, para os EUA não existe a opção de domar a Rússia à moda cowboy (tentaram isso desde o mandato anterior do Trump e necas), mas sim a ir apaziguando aos poucos, tentando extrair-lhe algum acordo sobre a Ucrânia que lhe seja aceitável o suficiente para começar a afastá-la gradualmente da China (em outro post, SNME dirigido ao nosso tomodachi@akivrx78, mencionei algo como "a China não tem sócios nem aliados, apenas fregueses e vassalos" ou coisa parecida), algo que seria proveitoso para os russos, que a conhecem bem; ao mesmo tempo, apropriar-se das abundantes riquezas minerais e terras férteis da Ucrânia seria uma vitória dupla.
Mas não sei se de fato a Rússia tenciona suprimir completamente o acesso da Ucrânia ao mar: estudam História lá também, mas no modo pragmático, não no modo ideológico do Ocidente; isto implica saberem que fazer uma barbaridade dessas equivaleria ao que fez a então recém unificada Alemanha após bater Napoleão III em 1871.
Contra a vontade de Bismarck mas pela pressão do então mui prestigioso Moltke, Alsácia-Lorena foi anexada; isto plantou a semente da 1GM, do mesmo modo que humilhar e quebrar financeiramente a Alemanha, incluindo a ocupação do Vale do Ruhr, lançou as sementes da 2GM: fazer isso agora obrigaria os russos a se manterem num nível DEFCON semelhante ao dos EUA sem terem 1/10 do tamanho da Economia deles.
Não creio que faça sentido para ninguém lá, me parece que Odessa seria o ponto mais distante até onde iriam avançar e mesmo isto parece meio estranho, pois em troca de uma segurança extra para a Crimeia, ficaria uma sementinha de guerra futura.
Enquanto isso, após bater ATH várias vezes seguidas desde ontem à tarde, o OURO está a USD 3.314: isto te soa como favorável para a Economia dos envolvidos? Ações, índices e Bonds não param de cair. EUA sempre pode lançar uma Iniciativa ₿ITCOIN, da qual volta e meia fala - e já tem acesso a grande parte do stack global via suas empresas, exchanges e mesmo entes federativos; Rússia já é usuária de ₿TC no comércio externo, embora ainda em pequena escala; China não para de acumular o metal amarelo: e a URSSE?
EDIT: esqueço sempre isso, o que a Rússia precisa tanto da Europa? Que sossegue seus WARMONGERS? Uns Orechnik e Kinzhal (ogivas convencionais) em Bruxelas e tá resolvido, se houver pressa; se não houver basta continuar o que está fazendo e assistir ao desmoronamento da URSSE. Ou será que o - de longe - maior país do mundo quer ainda mais terras? Além do que já tomou da Ucrânia, há lugares no Oriente onde há de sobra, como o Cazaquistão...
Trump comparecerá pessoalmente às negociações com o Japão sobre tarifas e custos de ajuda militar no dia 16
16/04 (qua) 19:48
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quarta-feira que representantes do governo japonês chegariam aos Estados Unidos na quarta-feira para discutir tarifas e ajuda militar, e que ele também participaria das reuniões.
Ele postou isso em sua conta de mídia social, Truth Social. "O Japão está aqui hoje para negociar tarifas, custos de ajuda militar e 'justiça comercial'", disse ele. "Estarei lá junto com os secretários do Tesouro e do Comércio. Espero que possamos encontrar uma ótima solução para o Japão e os Estados Unidos."
Ministro da Economia, Comércio e Indústria Akimasa Akazawa visita os EUA para negociações sobre política tarifária dos EUA
Tomohisa Ishikawa Verificado há 4 horas
Instituto de Pesquisa do Japão, Diretor do Departamento de Pesquisa/Economista-Chefe
Normalmente, a primeira rodada de negociações comerciais seria para determinar o cronograma e o escopo das discussões futuras, mas com o envolvimento do presidente Trump, as coisas podem esquentar desde o início. Você precisa ter cuidado para não ficar em desvantagem. Além disso, o governo japonês deve demonstrar tenacidade nas negociações ao longo do tempo e não se apressar para chegar a uma conclusão. Também é importante negar imediatamente quaisquer declarações feitas pelo presidente Trump após as negociações que contradigam os termos do acordo. Precisamos ter a mídia mundial do nosso lado e comunicar efetivamente as demandas do Japão.
Seiko Mimaki Verificado há 3 horas
Professor, Escola de Pós-Graduação em Estudos Globais, Universidade Doshisha
A razão pela qual o Japão foi o primeiro a entrar em negociações tarifárias com o governo Trump foi explicada da seguinte forma: "O Japão é um aliado muito importante militar e economicamente. O Japão se apresentou muito cedo para participar das negociações, então está recebendo prioridade" (Secretário do Tesouro Bessent). No entanto, com o presidente Trump agora em cena, parece provável que o Japão tenha recebido prioridade porque é um país que é mais fácil de abalar em questões de segurança e extrair concessões dele.
Em março, Trump criticou a aliança Japão-EUA da seguinte forma: "Temos que proteger o Japão, mas o Japão não precisa nos proteger... O Japão se beneficia enormemente de nós economicamente." Ele fez declarações semelhantes recentemente. Entretanto, desde o anúncio de sua política tarifária irracional, os Estados Unidos estão se isolando do mundo. Dadas as principais tendências globais, o Japão deve corrigir persistentemente as percepções equivocadas do presidente Trump, não sucumbir a ameaças de tarifas ou alianças e ter cuidado para não fazer concessões precipitadas.
Ryoji Watanabe Verificado há 3 horas
Gerente do Departamento de Pesquisa do Escritório de Washington da Sumitomo Corporation of Americas
Em seu livro de 2000, "The America We Deserve" (A América que Merecemos), o presidente Trump disse que se autoindicaria Representante Comercial dos EUA se eleito. Ele serviu essencialmente como representante do USTR até agora, mas desta vez ele está cumprindo sua palavra ao aparecer na mesa de negociações. No livro, Trump escreve: "Nossos parceiros comerciais devem se sentar em frente a Donald Trump na mesa de negociações, para que eu possa garantir que sua exploração dos Estados Unidos chegará ao fim".
Se o Japão pudesse fornecer a Trump algo que lhe permitisse atrair o povo americano como uma conquista — algo que lhes permitisse elogiar sua "arte de negociar" — talvez fosse possível concluir as negociações mais cedo, à frente de outros países. No entanto, em vez de uma situação vantajosa para todos, na qual ambos os lados se beneficiam, espera-se que Trump declare que os Estados Unidos venceram as negociações, com o Japão, o primeiro a fazê-lo, sendo usado como cobaia.
Masaru Murano Verificado há 2 horas
Pesquisador no Hudson Institute, EUA
Recomendação: Esperamos que haja espaço para negociação sobre como definir o que o presidente Trump quer dizer com "custos de apoio militar". Se isso for considerado o "custo de estacionar forças americanas no Japão" no sentido estrito, não há muito espaço para aumentar o valor. Por outro lado, se tivermos uma visão mais ampla do fardo da defesa do Japão como significando aumentar seus esforços, então poderíamos até dizer que isso é uma dádiva de Deus. Não é preciso dizer que os países que enfrentam um ambiente de segurança severo devem fazer esforços mais sérios.
Se vamos aumentar nossa carga de qualquer maneira, deveríamos gastar o dinheiro na melhoria das aquisições, pesquisa e desenvolvimento, infraestrutura, base industrial de defesa e tratamento de pessoal das Forças de Autodefesa, em vez de aumentar a carga de custos sobre as Forças Armadas dos EUA, que não são de nossa própria carne e sangue, ou seja, não levam ao fortalecimento de nossas capacidades essenciais de defesa. Este é um esforço que será necessário eventualmente, não importa o que os Estados Unidos digam, e se avançar rapidamente pode ajudar a resolver os problemas comerciais com os Estados Unidos, certamente não será uma perda para o Japão.
A intenção de Trump de comparecer é "esperada"? Qual é o impacto nas negociações entre Japão e EUA sobre tarifas? [Transmissão ao vivo]
17/04 (qui) 0:04
NOTÍCIAS DA NTV NNN
No dia 16, o presidente dos EUA, Trump, anunciou sua intenção de participar das negociações entre o Japão e os EUA sobre tarifas em Washington.
Estamos transmitindo ao vivo de Washington, onde as negociações estão ocorrendo.
O Ministro da Revitalização Econômica Akazawa deve chegar ao hotel em breve para iniciar os preparativos finais para as negociações.
As negociações entre Japão e EUA estão programadas para ocorrer no Ministério do Tesouro, mas com Trump anunciando sua presença, o local pode mudar.
──O anúncio repentino da presença do presidente Trump terá algum impacto nas negociações do Japão?
O primeiro-ministro Ishiba disse aos que o cercavam: "Não foi isso que eles disseram. Se o presidente Trump fosse aparecer, eu deveria ter ido."
Além disso, o Ministro Akazawa enfrentará o Presidente Trump pessoalmente durante as negociações, mas ele prevê que "ele provavelmente responderá apenas dizendo: 'Não estou autorizado a responder aqui'".
Por outro lado, pessoas próximas ao primeiro-ministro disseram: "Tínhamos previsto a possibilidade de o presidente Trump comparecer, então confiamos a mensagem do primeiro-ministro ao ministro Akazawa", mas o governo japonês está atualmente preocupado em responder a Trump.
Será que o governo japonês, por meio de negociações diretas com Trump, conseguirá corrigir suas percepções sobre o Tratado de Segurança Japão-EUA e sua insistência de que as tarifas sobre o arroz do Japão sejam de 700%, e encontrar uma maneira de negociar tarifas sobre automóveis, o maior foco das negociações?
As negociações entre Japão e EUA começarão às 6h do dia 17, horário do Japão.
Trump pretende discutir custos de defesa em negociações tarifárias, deixando o governo confuso...
Ministro de Estado para Revitalização Econômica Akimasa Akazawa não tem ninguém do Ministério da Defesa
17/04/2025 01:37
No dia 16, o governo japonês expressou repetidamente confusão depois que o presidente dos EUA, Trump, anunciou nas redes sociais que pretendia participar de negociações tarifárias com o Japão e discutir encargos de defesa. Os envolvidos se mostraram surpresos, dizendo que foi "completamente inesperado", e expressaram crescente preocupação de que a medida pudesse fazer com que as negociações perdessem o controle. Foi relatado que o Ministro de Estado para Revitalização Econômica, Akimasa Akazawa, que estava presente do Japão, não estava acompanhado por ninguém do Ministério da Defesa, causando agitação generalizada, com alguns se preocupando se Akazawa seria capaz de lidar com a situação.
Naquela noite, o primeiro-ministro Shigeru Ishiba se encontrou com o secretário-chefe de gabinete Yoshimasa Hayashi e o diretor-geral do Conselho de Segurança Nacional Masaaki Okano em sua residência oficial para discutir como responder. Após a reunião, Hayashi disse aos repórteres: "Fizemos vários preparativos para a nova situação, juntamente com o Primeiro-Ministro. Também mantivemos contato com o Sr. Akazawa. Gostaria que ele estivesse completamente preparado."
Nas primeiras horas do dia 17, em resposta ao anúncio de Trump de que participaria das negociações, o primeiro-ministro postou em sua conta X (antigo Twitter): "Espero que esta seja uma reunião frutífera que leve a um maior desenvolvimento das relações bilaterais".
O ex-presidente dos EUA Biden critica o governo Trump por "trazer danos e destruição" no primeiro discurso desde que deixou o cargo
4/16 (qua) 9:03 distribuição
TBS NEWS DIG com tecnologia JNN
O ex-presidente dos EUA Biden fez seu primeiro discurso público desde que deixou o cargo. Ele criticou o governo Trump por "trazer danos e destruição" e expressou profunda preocupação com a divisão do país.
Ex-presidente Biden
"Em menos de 100 dias, a nova administração causou muitos danos e destruição."
No dia 15, o ex-presidente Biden fez seu primeiro discurso público desde que deixou o cargo, criticando o governo Trump.
Ex-presidente Biden
O que diferencia os Estados Unidos? Na minha opinião, são os nossos valores americanos básicos: ninguém é rei. Ninguém é chefe. Todos têm uma chance.
Ele também expressou forte preocupação com a divisão do país, tendo em mente os apoiadores do presidente Trump.
Ex-presidente Biden
Não podemos continuar com o país tão dividido. Estou aqui há muito tempo, mas nunca vi o país tão dividido. Mas são apenas cerca de 30% da população, e esses 30% não têm coração.
Biden concluiu seu discurso enfatizando a mensagem que sempre transmitiu em seus discursos como presidente: "Unidos, não há nada que a América não possa realizar".
Um desses assessores de Trump deve incluir Marco Rubio, além do Keith Kellogg. Há mais de um mês venho dizendo que Rubio parece desconfortável com a estratégia de Trump em relação a Putin e à Rússia. Apesar disso, acho que ele também reconhece que a Europa precisa assumir maior responsabilidade pela segurança do continente e, consequentemente, pela Ucrânia.
O que determina o curso das negociações entre EUA e Rússia no conflito Rússia-Ucrânia é o equilíbrio assimétrico de poder. Para avançar no processo, os Estados Unidos precisam de força em três frentes: primeiro, a capacidade de impedir que a Rússia exija condições inaceitáveis no campo de batalha e na mesa de negociações; segundo, a habilidade de pressionar a Ucrânia a aceitar a abordagem geral dos EUA para resolver o conflito; e terceiro, a autoridade para neutralizar vozes de oposição nos EUA e entre aliados europeus, garantindo a implementação dos acordos negociados. Atualmente, Trump não dispõe dessas três forças.
Quanto à Rússia, exceto por uma intervenção militar direta, o governo anterior dos EUA já utilizou praticamente todas as cartas disponíveis. Os efeitos são visíveis nas mudanças no conflito. Em relação à Ucrânia, na Cúpula de Segurança de Munique, por exemplo, a dupla Vance e Rubio, em uma abordagem quase isolada, não conseguiu convencer Zelensky sobre um acordo envolvendo recursos minerais ucranianos. A resistência de Kiev é evidente. Vale observar até que ponto Trump será capaz de implementar seu plano no futuro. Nos EUA, as vozes de oposição estão determinadas a usar ao extremo os mecanismos institucionais, como tribunais, para frear o governo. Entre os aliados europeus, críticas transborda da mídia.
No entanto, usar o apaziguamento de Munique da década de 1930 como crítica a Trump é ineficaz, a menos que esteja diretamente ligado à sua popularidade. Trump e sua equipe principal, como Musk, são indiferentes a esse conceito. Assim, espera-se que as negociações diplomáticas cheguem a um impasse em meio a tensões políticas e jogos sutis entre EUA e Europa. Há razões para acreditar que avanços significativos dependerão de mudanças claras e visíveis na linha de frente. No desenrolar desse processo, os momentos mais dramáticos provavelmente serão vistos em Moscou, Kiev e Washington.
A interação entre Washington e Kiev, embora não seja necessariamente o fator decisivo, certamente gera bastante drama e atrai atenção, como já vimos em episódios no Salão Oval. Recentemente, Zelensky deu entrevista sobre Putin e JD Vance que reacendem esse espetáculo de controvérsias.
As exigências da Rússia são claras: em termos territoriais, busca anexar o leste do rio Dnieper e Odessa, transformando o restante da Ucrânia em um território sem acesso ao mar, limitado à agricultura; em relação à OTAN, deseja eliminar qualquer possibilidade de adesão de Kiev, o que incluiria a desmilitarização do exército ucraniano e o controle russo sobre áreas estratégicas remanescentes. Não é impossível que Trump se sinta tentado a aceitar essas condições, mas ele também tem limites. Ele não quer ser visto como um aliado de Putin, então provavelmente busca contrapartidas, como trocas territoriais, envio de forças de paz ou uma versão ampliada do Acordo de Minsk. Moscou, no entanto, dificilmente aceitará uma segunda versão desse acordo, o que torna um consenso improvável.
Entre EUA e Ucrânia, Kiev é quem demonstra maior resistência em ceder. Afinal, concessões poderiam ser politicamente devastadoras. Uma opção mais radical seria criar um fato consumado que arrastasse a OTAN para o conflito, embora essa seja uma escolha extrema.
Há mais fatores IMHO, tipo tirar a Rússia da órbita da China é agora um ponto fulcral para a geopolítica dos EUA, mas só o Zé e (parte do) seu Dream Team parecem ter compreendido isso: uma Rússia neutra já é uma grande vitória (isso o zorópas não entendem porque não querem entender ou, mais precisamente, não lhes convêm), uma Rússia de boas com os EUA é sonho de consumo (isso o zorópas não aceitam nem a pau, pois pulveriza suas aspirações geopolíticas e geoeconômicas, e sabem muito bem que todo dia sua relevância no mundo cai mais um pouquinho); já uma Rússia, como hoje, cada vez mais dependente da China (sonho de consumo do zorópas, pois prolonga a guerra e com isto reforça a narrativa do "Spetznaz debaixo da cama", que lhes permite aumentar o jugo sobre o PAGADOR DE IMPOSTOS europeu), cria uma insustentabilidade perigosa, pois a Rússia mostrou que é possível não só sobreviver mas também $u$tentar o pe$o de uma guerra (que na prática já foi contra a OTAN inteira, hoje continua sendo mas apenas contra sua parte mais fraca, a UE & alguns cupinchas cada vez mais hesitantes) mesmo chutada do SWIFT, que era visto como a estaca no coração do vampiro. Não é, QED.
Assim, para os EUA não existe a opção de domar a Rússia à moda cowboy (tentaram isso desde o mandato anterior do Trump e necas), mas sim a ir apaziguando aos poucos, tentando extrair-lhe algum acordo sobre a Ucrânia que lhe seja aceitável o suficiente para começar a afastá-la gradualmente da China (em outro post, SNME dirigido ao nosso tomodachi @akivrx78, mencionei algo como "a China não tem sócios nem aliados, apenas fregueses e vassalos" ou coisa parecida), algo que seria proveitoso para os russos, que a conhecem bem; ao mesmo tempo, apropriar-se das abundantes riquezas minerais e terras férteis da Ucrânia seria uma vitória dupla.
Mas não sei se de fato a Rússia tenciona suprimir completamente o acesso da Ucrânia ao mar: estudam História lá também, mas no modo pragmático, não no modo ideológico do Ocidente; isto implica saberem que fazer uma barbaridade dessas equivaleria ao que fez a então recém unificada Alemanha após bater Napoleão III em 1871.
Contra a vontade de Bismarck mas pela pressão do então mui prestigioso Moltke, Alsácia-Lorena foi anexada; isto plantou a semente da 1GM, do mesmo modo que humilhar e quebrar financeiramente a Alemanha, incluindo a ocupação do Vale do Ruhr, lançou as sementes da 2GM: fazer isso agora obrigaria os russos a se manterem num nível DEFCON semelhante ao dos EUA sem terem 1/10 do tamanho da Economia deles.
Não creio que faça sentido para ninguém lá, me parece que Odessa seria o ponto mais distante até onde iriam avançar e mesmo isto parece meio estranho, pois em troca de uma segurança extra para a Crimeia, ficaria uma sementinha de guerra futura.
Enquanto isso, após bater ATH várias vezes seguidas desde ontem à tarde, o OURO está a USD 3.314: isto te soa como favorável para a Economia dos envolvidos? Ações, índices e Bonds não param de cair. EUA sempre pode lançar uma Iniciativa ₿ITCOIN, da qual volta e meia fala - e já tem acesso a grande parte do stack global via suas empresas, exchanges e mesmo entes federativos; Rússia já é usuária de ₿TC no comércio externo, embora ainda em pequena escala; China não para de acumular o metal amarelo: e a URSSE?
EDIT: esqueço sempre isso, o que a Rússia precisa tanto da Europa? Que sossegue seus WARMONGERS? Uns Orechnik e Kinzhal (ogivas convencionais) em Bruxelas e tá resolvido, se houver pressa; se não houver basta continuar o que está fazendo e assistir ao desmoronamento da URSSE. Ou será que o - de longe - maior país do mundo quer ainda mais terras? Além do que já tomou da Ucrânia, há lugares no Oriente onde há de sobra, como o Cazaquistão...
O problema com a política externa americana é que fica cada vez mais evidente a direção partidária. Eu disse e repito: nos EUA parece que não há mais um, mas dois EUA - um se distingue do outro, o que torna essa diferença ainda mais visível na política. Isso acaba refletindo na política externa.
Além do vídeo, os dois documentos da RAND, demonstrando a diferença de estratégia em relação à Rússia.
Aqui você pode ver a visão de Kissinger sobre a expansão da OTAN:
Toda a estratégia antirrussa já havia sido delineada por Zbigniew Brzezinski. Brzezinski era conhecido por sua política externa realista, considerada por alguns como a resposta do Partido Democrata ao realismo de Henry Kissinger, do Partido Republicano.
Zbigniew Brzezinski é um homem que dispensa apresentações. O debate sobre como expandir a OTAN foi intenso. 1994 foi o ano da expansão da OTAN em direção às fronteiras da Rússia. Como você pode ver na imagem, Bielorrússia, Ucrânia e Geórgia serão o palco da expansão da OTAN em direção ao leste, e o Mar Negro se tornará um lago da OTAN, o que ainda não aconteceu. Como aconteceu recentemente, Finlândia e Suécia também eram o palco da expansão da OTAN, o que acabou acontecendo. A Rússia será cercada pelo Mar Báltico e pelo Mar Negro e a expansão da OTAN se estenderá do Mar Negro ao Mar de Barents.
Não só isso, após a implosão da URSS e Iugoslávia, a Rússia ainda era um estado muito grande e poderia ser uma ameaça aos EUA, então a Rússia também precisava ser dividida, e é por isso que a imagem inclui três partes de uma Rússia dividida, uma parte da Rússia na parte ocidental com mais laços com a Europa e consequentemente com a OTAN, uma república na Sibéria e outra no Extremo Oriente, todas as três repúblicas alinhadas com os EUA, oferecendo laços com os americanos para conter a China no futuro, o que explica grande parte da Eurásia como zona de influência chinesa, representando assim uma China que deveria ser contida no futuro.
Tudo isso aconteceu sob os ombros diplomáticos de uma americana: Victoria Nuland. Nuland foi uma discípula muito dedicada de Brzezinski, tendo incorporado as ideias de seu mentor ao centro das decisões políticas dos EUA, de 2003 até sua aposentadoria em 2024.
Trump 1.0 interrompeu temporariamente a política externa americana de Brzezinski. Biden foi eleito e aconteceu a Ucrânia em 2022. Depois Finlândia e Suécia entram na OTAN. Nuland se aposenta em 2024. Isso marcaria por fim a estratégia da OTAN em direção as fronteiras da Rússia. A exceção continua sendo a Belarus que também é outra linha vermelha que o Kremlin jamais aceitaria.
Trump precisa desesperadamente cooptar a Rússia reinvertendo esse cenário para se preparar para um confronto de longo prazo com a China, mas o custo disso está sendo alto demais. A tentativa americana de isolar a China não está prosperando, pelo contrário, atualmente a realidade é que a China que está isolando os EUA.
Até mesmo Bruxelas que deveria sucumbir diante da pressão americana está tentando contornar olhando para a China, o que é realmente um caminho que deveria ter sido seguido desde a eleição de Trump, isso não só seria efetivo para conter a pressão americana como para exercer algum grau de influência decisiva contra a Rússia - seu inimigo velado e declarado desde 2022. A UE ganha muito mais se direcionando para Pequim do que para Washington, ainda mais diante do recuo americano no continente, então, a UE que é um dos maiores mercados de consumo do mundo seria o que a China poderia ganhar com o isolacionismo americano, mas isso depende de Bruxelas que parece ainda não entender essa realidade. Na realidade, existem algumas lideranças que tenham essa visão.
Ainda tem o fator Ucrânia que na realidade oferece influência mundial para mudar comportamentos e compromissos. A liderança ucraniana está tentando jogar a conhecida carta antichinesa nas relações com os EUA, no contexto da crescente guerra tarifária com a China, para retornar à comunicação com a administração americana - e o principal motivo é a necessidade de os EUA, reconhecida por Kiev, impedirem uma reaproximação sino-europeia. Ao apresentar a China como parte do conflito, Kiev está adicionando trunfos ao lado americano nas negociações com os países europeus. Kiev também está sabotando uma importante cúpula sino-europeia na China em julho. A Ucrânia está tentando jogar um jogo útil para Washington contra a UE, cujas esperanças de ajuda estão diminuindo.
Além disso, a tentativa de Trump pode sair sem efeito. Não há maneira de desacoplar totalmente a China da Rússia, os russos claramente devem entender isso, a China é o vizinho deles, enquanto a administração americana pode mudar de quatro em quatro anos, com cada partido abordando com diferenças disruptivas da sua política externa, o que afeta decisivamente os interesses nacionais russos. Por exemplo, a China parece discutir uma grande compra de fornecimento de recursos energéticos russos, do ponto de vista da China, a Rússia é uma retaguarda estratégica global de energia, alimentos e militares do norte, que, em caso de bloqueio marítimo dos Estados Unidos, os suprimentos de petróleo virão do Cazaquistão, através do oleoduto do Cazaquistão e através do oleoduto da Rússia e somente a Rússia e a sua frota de petroleiros, que já foi criada incluindo a frota fantasma é capaz de abastecer os chineses.
Eu não vou ser incoerente em dizer que essa estratégia não deveria ter sido buscado, mas a maneira como está acontecendo parece destrambelhado para dizer o mínimo, a forma como Trump está encarando os problemas não está dando certo, tanto que ele está atualmente sem nenhuma vitória diplomática, a única tentativa de exercer alguma diplomacia é com o Irã que está encarando dificuldades ou prorrogando o que pode acabar sendo o inevitável, um ataque ao Irã, o que causaria mais uma guerra em andamento.
Atualmente nos EUA só conheço dois nomes que realmente vale a pena escutar: Jack F. Matlock Jr. e Jeffrey Sachs. Existe um terceiro nome que agora não me recordo. Eles já falam há muitos anos dos vários erros da diplomacia americana, mas atualmente a situação é realmente crítica.
Eu tenho mais algumas considerações a fazer mas vou esperar mais algum tempo para avaliar melhor a situação.
Trump’s Cultural Revolution The first thing we do is we kill intellectual inquiry
Paul Krugman
I’m in Lisbon, speaking at a conference the Banco de Portugal is holding to commemorate the revolution that brought democracy to Portugal 50 years ago. I worked at the Bank in 1976 and have been a friend of Portugal ever since. And while Portugal has faced many challenges since the Carnation Revolution, all in all its democracy has flourished.
Alas, democracy in my own nation is now under dire threat. So I thought I’d write a short post about that today. Probably another brief post tomorrow. Then my wife and I will be on a bike trip, with at most quick notes from the road.
Donald Trump has been treated very, very badly. At least that’s what he says all the time, and there’s no reason to doubt that it’s how he feels. Hardly a day goes by without an outburst like this:
Above all, he clearly feels rage toward people who, he imagines, think they’re smarter or better than him.
And he and the movement he leads, composed of people possessed by similar rage, are seeking retribution. Retribution against whom? Yes, they hate wokeness. But three months in, it’s obvious that the MAGA types want revenge not just on their political opponents but on everyone they consider elites — a group that, as they see it, doesn’t include billionaires, but does include college professors, scientists and experts of any kind.
It took no time at all for the Trumpists to move from trying to purge government agencies of DEI to trying to control the content of medical journals.
Don’t try to sanewash what’s happening. It’s evil, but it isn’t calculated evil. That is, it’s not a considered political strategy, with a clear end goal. It’s a visceral response from people who, as Thomas Edsall puts it, are addicted to revenge.
If you want a model for what’s happening to America, think of Mao’s Cultural Revolution.
But wait, wasn’t Mao hard left while America has been taken over by the hard right? Well, why do you think there’s a big difference between the two? I’m a believer in horseshoe theory, which says that the extreme left and the extreme right are more like each other than either is like the political center. For example, among Britain’s unions there is a hard-left faction that has no counterpart in the United States. Some of its positions, notably making apologies for Vladimir Putin’s invasion of Ukraine, look a lot like MAGA.
And in America some leftist commentators have effectively become spokesmen for the tech-bro right.
Once you’ve seen the parallel between what MAGA is trying to do and China’s Cultural Revolution, the similarities are everywhere. Maoists sent schoolteachers to do farm labor; Trumpists are talking about putting civil servants to work in factories.
The Cultural Revolution was, of course, a huge disaster for China. It inflicted vast suffering on its targets and also devastated the economy. But the Maoists didn’t care. Revenge was their priority, never mind the effects on GDP.
The Trumpists are surely the same. Their rampage will, if unchecked, have dire economic consequences. Right now we’re all focused on tariff madness, but undermining higher education and crippling scientific research will eventually have even bigger costs. But don’t expect them to care, or even to acknowledge what’s happening. Trump has already declared that the inflation everyone can see with their own eyes is fake news.
There is, however, one big difference between Chairman Mao in 1966 and President Trump in 2025: Trump probably — probably — doesn’t have the cards.
Until a couple of weeks ago, as one institution after another capitulated to Trump’s demands, it was hard to avoid the sickening feeling that American civil society would fold without a fight. But as I said, Trump and his movement are driven by visceral urges, not strategy. And right now it looks as if they overreached. In different ways, the rendition of innocent people to gulags in El Salvador — don’t call it deportation — and the assault on Harvard seem to have stiffened spines. And the catastrophe of Trump’s economic policy has alienated businesspeople who would otherwise have served as his useful idiots.
America as we know it may yet perish. But at this point we seem to have a chance.