ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação

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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5386 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 08, 2025 1:14 pm

gogogas escreveu: Sex Mar 07, 2025 8:47 pm Pode servir até para os Fuzileiros , seus obuses são tão velhos como o do EB
Pelo menos até agora ninguém se apresentou, além de ingleses e italianos, para tratar de produção sob licença com o exército. Se tem mais alguém interessado, não houve nenhuma divulgação pública sobre o assunto.
Em todo caso, o EB está tentando duas opções, que é a compra direta de 54 peças de 105mm, e a produção sob licença.
O que vingar primeiro leva.
Só duvido que o CFN entre nessa, em face de individualidades e fisiologismos institucionais entre as forças.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5387 Mensagem por FCarvalho » Seg Mar 10, 2025 3:45 pm

Exército dos EUA assina acordo com a BAE Systems para novas estruturas do M777

https://www.forte.jor.br/2024/01/04/exe ... s-do-m777/

Essa notícia tem pouco mais de um ano que veio a público, mas demonstrou à época a viabilidade do retorno da produção em série do M-777 em função das mudanças solicitadas para os obuseiros norte americanos, bem como a reposição de unidades doadas aos ucranianos por diversos países.
Por aqui, o CFN já demonstrou interesse no obuseiro da Bae Systems diversas vezes, além do exército também demonstrar interesse no mesmo, principalmente agora que a empresa negocia a produção sob licença do Light Gun por aqui.
Aparentemente, até o momento, assim como no caso da VBC CC\VBC FUZ os britânicos vem trabalhando diligentemente junto às autoridades militares, assim também os mascates da Bae Systems no Brasil vem conversando bem de perto, já em 2024, no sentido de promover os seus produtos.
Além deles, apenas os italianos foram consultados diretamente sobre uma suposta produção de uma versão modificada do Oto Melara M-56, de forma que ambas empresas estão mais perto de se acertarem com o exército, e quem sabe até com o CFN, por tabela.
Como se está trabalhando em duas vertentes, compra e produção sob licença, ou um pouco de ambas, talvez, é de se ver que o M-777 terá suas chances de vir a ser adotado pelo EB e fuzileiros navais em paralelo à compra\produção dos L-118\L-119 nos arsenais de guerra do exército.
Como estes obuseiros já são utilizados aqui há mais de vinte anos, o seu favoritismo é bastante destacado, visto que não se sabe até o momento de outros candidatos que não os dois citos aqui.
Ainda não há indicações concretas até março de 2025 de que o M-777 terá a sua produção industrial retomada.
A ver.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5388 Mensagem por FCarvalho » Seg Mar 10, 2025 6:00 pm

Possibilidades que estão se configurando a curto prazo na artilharia de campanha:

Obuseiro AR 105mm - Bae Systems (L-119)
Obuseiro AR 155mm - Bae Systems (M-777)
Obuseiro AP SL 155mm - Bae Systems (M-109A5BR+)
Obuseiro AP SR 155mm - Elbit Land Systems (ATMOS)

Ou

Obuseiro AR 105mm - Else (M-56 Mod)
Obuseiro AR 155mm - Elbit Land Systems (ATHOS)
Obuseiro AP SL 155mm - Bae Systems (M-109A5BR+)
Obuseiro AP SR 155mm - Elbit Land Systems (ATMOS)

Projeto Sistema Artilharia de Campanha do Exército - SAC - EPEx 2025

a. 54 peças AR 105mm a comprar e\ou produção sob licença;
b. 36 peças AR 155mm a comprar e\ou produção sob licença;
c. 36 peças AP SR 155mm a comprar e\ou produção sob licença;
d. 36 peças AP SL 155mm M-109A5 a modernizar;
e. 18 peças AP SL 155mm M-109A3 a revitalizar;

Até o momento não foram emitidos novos RFI\RFQ para os obuseiros AR 105\155mm. Aguarda-se uma decisão para este ano sobre a compra e\ou produção sob licença de ambos modelos.

A compra do ATMOS continua suspensa pelo governo até mudanças no quadro geopolítico no oriente médio.

Existe a intenção de se modernizar e\ou revitalizar parte dos M-109A5(36) do segundo lote, o que ainda não está decidido.

Alguns M-109A3 mais antigos serão revitalizados tendo em vista seu aproveitamento nas AD, escolas e academias do EB.

O obuseiro ATHOS 155\52 AR seria proposto como off set do programa VBCOAP SR pela Elbit Land Systems, mas está em suspenso até decisão política sobre o assunto.

A Bae Systems está oferecendo opções ao EB em relação à artilharia de campanha, de modo que se não houver um novo RFI\RFQ para os obuseiros de 105\155mm AR ainda em 2025, a empresa pode vir a se tornar a principal fornecedora de produtos e soluções para o exército neste campo, correndo ainda o "risco" de também ser eleita para a VBC CC\VBC FUZ com o CV-90. É para se pensar.

Se o processo da VBCOAP SR for confirmado com o ATMOS, existe a possibilidade de em futuro a médio e longo prazo os M-109A5BR+ e M-109A5 em operação nas AD e Bda Blda virem a sofrer nova atualização com a troca dos canos de 155\39 calibres pelos modelos de 155\52 calibres israelenses.

Em contraparte, a Bae Systems já estuda a viabilidade de reequipar os M-109A5BR+\M-109A5 com novos obuseiros, no caso do exército vir a requerer tal capacidade no futuro. O M-777 já dispõe de cano neste calibre, mas que não logrou ser produzido em série na sua versão auto rebocada. Os M-109A6 e M-109A7 norte americanos contam com o obuseiro M284A2 de 155\52 calibres.

A compra e\ou produção sob licença de novos tipos de munições para os futuros obuseiros está atrasada, e não há vislumbre de resolução sobre o assunto, não havendo verbas no orçamento atual para se explorar as opções de mercado.

5 GAC Leve: Bda Inf Pqd, 12a Bda Inf Amv, 4a Bda Inf Mth, 1a e 23a Bda Inf Sl
5 GAC: Bda Inf Mtz
1 GAC: 18a Bda Inf Pant
6 GAC AD AR
3 GAC AD AP SL
3 GAC AP SR: Bda Inf\Cav Mec - programa VBCOAP SR
2 GAC AP SL: Bda Inf\Cav Blda

Total - 25 Grupos de Artilharia de Campanha, equivalente a 450 obuseiros conforme dotação nominal indicada em Manual de Operações de Artilharia de Campanha do Exército Brasileiro.

Faltam 5 GAC AP SR a serem equipados conforme planejamento estratégico do EB para a constituição de 4 Bda Cav Mec e 4 Bda Inf Mec, assim como 4 GAC Lv Sl a serem criados e equipados na área do CMA\CMN, totalizando mais 162 obuseiros 105\155mm AR e AP SR.

O EB não decidiu se irá equipar, ou não, os GAC AD com as VBCOAP SR, ou se deixa tudo como está hoje. A organização básica da AD, conforme manual de campanha, indica 2 GAC por artilharia divisionária. Existe a previsão de criar-se DE, e respectivas AD por coerência doutrinal, em todos os comandos militares de área, menos o CMP. Isto por si só irá demandar a reorganização das AD, de forma que possam se adequar à nova realidade imposta pela redistribuição e\ou criação de novas OM a nível divisional, assumindo para si os materiais que melhor se adaptam ao contexto de sua missão.

Com mais de 600 peças de artilharia em demanda para obuseiros auto rebocados e auto propulsados, em dois calibres diferentes, o EB tem em mãos justificativas mais que plausíveis a fim de pleitear a si a produção sob licença de novas peças no país, tendo em mente, principalmente, capacitar a indústria e a logística nacional ao suporte na íntegra deste material e seus apetrechos de apoio. E este é apenas um dos muitos desafios de grande envergadura entre os projetos estratégicos que o país tem para resolver até o final da presente década.

A ver.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5389 Mensagem por FCarvalho » Seg Mar 10, 2025 6:06 pm

Compra de obuseiros israelenses barrada por Lula atrasa planos de modernização do Exército

https://www.gazetadopovo.com.br/republi ... -exercito/

E a novela continua.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5390 Mensagem por FCarvalho » Seg Mar 10, 2025 6:07 pm

[PDFView]file:///C:/Users/Fl%C3%A1vio/Downloads/BAE_Digital_USL_Landscape_Green+M109A7_PIM.pdf[/PDFView]




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5391 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mar 11, 2025 11:58 am

FCarvalho escreveu: Seg Mar 10, 2025 6:07 pm [PDFView]file:///C:/Users/Fl%C3%A1vio/Downloads/BAE_Digital_USL_Landscape_Green+M109A7_PIM.pdf[/PDFView]
https://www.baesystems.com/en-media/upl ... 363011.pdf




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5392 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 11, 2025 1:39 pm

https://th.bing.com/th/id/OIP.vP5Xf93ws9MXHeEH12tSTAHaFw?w=736&h=572&rs=1&pid=ImgDetMain

A substituição dos M-114

Em relação aos obuseiros de 155mm, o exército apesar de ainda operar os antigos M-114, tem a priori a intenção de adquirir algumas peças para "manutenção de doutrina" com fins de começar efetivamente a modernizar sua artilharia de campanha, no que se refere principalmente a sua artilharia divisionária.

Em que pese esta iniciativa, que ainda não tem data para encontrar termo, o exército lançou duas ações que irão determinar no longo prazo a forma como esta substituição se dará, e qual ou quais modelos de obuseiros formarão a artilharia divisionária.

A primeira ação, como dito acima é a compra direta de novas peças de 155mm AR, com a alternativa de produção sob licença a curto e médio prazo. Conformo RFI emitido pelo EB em 2024, a ideia é comprar pouco mais de três dezenas de obuseiros para compor dois GAC AD e um GAC a nível Bda. Esta última questão ainda é, por assim dizer, um estudo de caso que o EB se pretende, a fim de colher informações sobre o emprego de peças de 155mm neste nível de GU.

A segunda ação é a emissão de diretiva de reorganização das Divisões de Exército, com a criação e\ou recomposição destas GU a fim de dispor ao menos de 1 DE para cada Comando Militar de Área, exceção feita ao CMP. Atualmente, o exército conta com a DE 1, DE 2, DE 3, DE 5, DE 6 e DE 7, respectivamente sediadas em Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul (DE 3\DE 6) e Pernambuco. Doutrinariamente, cada divisão de exército deve contar com a sua AD, de forma a dispor de elementos de manobra capaz de apoiar pelo fogo de artilharia suas OM de combate. Mas, a própria diretiva emanada faz ressalva a este respeito, de forma que as DE que vierem a ser criadas podem ou não dispor de artilharia divisionária orgânica.

Assim, do ponto de vista pragmático, 7 Comandos Militares de Área poderão vir a dispor se suas próprias DE da seguinte forma:

CMA
CMN
CML - DE 1
CMO
CMS - DE 3 \ DE 6
CMSE - DE 2
CMNE - DE 7

Em tese, seria o caso de criar 3 novas divisões de exército nos comandos militares em que não existem de forma que possam dispor destas GU de comando.

Neste sentido, o que gera dúvida no momento quanto ao aspecto da criação ou não das respectivas AD, é o fato de que o exército não possui experiência com obuseiros 155mm AR ou AP na região amazônica, seja a níve brigada ou divisionário, e mesmo contando com vários estudos e análises do ponto de vista acadêmico-escolar, é difícil prever-se qual será a opção adotada. A própria realidade vivida pelos dois únicos GAC Lv Sl da região dá uma indicação dos problemas a serem enfrentados em relação a criação ou não de AD nestes dois grandes comandos.

No manual, como já descrito, cada AD dispõe a si de 2 GAC cujo tipo de mobilidade não está identificado ou descrito, deixando ao gestores castrenses a decisão de mobiliar tais OM de acordo com as condicionantes vivenciadas de momento. Nestes aspecto, atualmente a artilharia divisionária do EB está divida em 6 GAC AR, equipados com M-114, e 3 GAC AP SL equipados atualmente com M-109A3 e M-109A5, todos recebidos usados via FMS. Apenas a DE 2 em São Paulo não possui AD orgânica, embora conte com um GAC subordinado a si.

Ainda não existe nenhum RO emitido pelo EB no sentido de identificar as características do futuro obuseiro 155mm AR, de forma que não é possível saber se ele será empregado primariamente nas AD ou se também terá lugar no apoio de fogo diretamente nas brigadas, e quais seriam estas.

Em que pese todas estas questões, o EB dispõe hoje de demanda objetiva para a substituição de pelo menos 108 peças do M-114, com o exército contando com bem mais que este número. A criação de novas DE, e consequentemente de novas AD pode elevar este número para mais que o dobro de obuseiros a serem adquiridos, assim como a perspectiva de seu emprego a nível brigada, ou não. Há também a questão dos 3 GAC AD equipados com bldos M-109A3\A5 que poderão vir a ser eventualmente substituídos por novas peças auto rebocadas, ou não.

Desconheço os critérios do EB para a não consecução de um DE ao Comando Militar do Planalto, e eventual AD correspondente, mas fato é que tem-se pela frente um emaranhado de decisões que precisam ser tomadas antes de quaisquer modificações na organização básica de todas as OM de artilharia, de forma a se poder planejar com um mínimo de coerência e higidez o futuro da artilharia divisionária, e correspondentemente, qual ou quais melhor vetores a serem empregados no futuro.

A ver.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5393 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 14, 2025 1:44 pm

FCarvalho escreveu: Ter Mar 04, 2025 6:56 pm Imagem

Eu particularmente gostaria muito que os indianos se dessem o trabalho de trazer suas peças de artilharia leve de 155mm, e cujo tubos podem ser usados em 39, 45 e 52 calibres, sejam AR ou AP em diversas plataformas como vimos aqui no tópico da artilharia da força terrestre. Seria um bom começo de conversa, e poria pressão em todos os demais candidatos.
Bom para nós. 8-]
Eu não sei a quantas anda a relação do comando do EB com os possíveis negócios em relação à Índia, mas a ver o que está se passando em relação às ofertas da Bae Systems por aqui recentemente, me parece no mínimo prudente que o exército reexamine de perto as opções oferecidas pela BIDS indiana antes de bater o martelo com o primeiro que chegou à sua porta.
Nada contra L-119\M-777, mas a ideia de colocar quase toda a artilharia de campanha, e parte da força blda nas mãos de uma única empresa estrangeira, não é da melhores.
Como reza o dito popular, não é prudente colocar todas as maçãs em uma mesma cesta.
A ver se o exército se lembra disso ou se vai tomar decisões à pagode olhando apenas o bolso e os pequenos interesses internos.
Na minha opinião, em termos de obuseiros AR, por mim poderíamos fechar com o Boran turco e o Bharat indiano acima. Desde que atendam, obviamente, aos requisitos emanados para o programa de modernização da artilharia.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5394 Mensagem por FCarvalho » Sex Abr 11, 2025 12:55 pm

ATMOS

O Exército Brasileiro avalia cancelar a licitação do obuseiro sobre rodas, vencida pela ELBIT Systems, ou chamar o segundo colocado, sucumbindo a pressão de grupos da República Tcheca e Eslováquia. Uma decisão será tomada nas próximas semanas. O ATMOS, sem dúvidas é o melhor sistema da atualidade e só não foi adquirido por interferência política direta, e isso impactou outros negócios de empresas israelenses com o Exército.

https://www.defesanet.com.br/nbr/notas- ... do-brasil/

Eu não sei qual o argumento - se legal, técnico, financeiro ou outro - o Exército irá utilizar para, sendo esta a decisão, cancelar a concorrência para a VBCOAP SR, tendo em vista que todo o processo ocorreu em total lisura, conforme decisão do próprio TCU. Mas como por aqui ninguém dá a mínima para isso, e o máximo que se veria, ou verá, é o tradicional burburinho da oposição, sem maiores consequências, penso que este seria o caminho menos vexatório, abrindo novas oportunidades, inclusive para parcerias de longo prazo.

Chamar o segundo colocado tendo em vista de argumentos político-ideológicos sem qualquer embasamento legal, técnico ou financeiro, seria no mínimo assumir-se como uma instituição não confiável em termos de negócios. Mas isso não diz apenas respeito ao exército, mas o país em si. E terá consequências em outras áreas, mas principalmente na Defesa em futuras concorrências. Afinal, pau que dá em Chico também bate em Francisco.

A ver.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5395 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 12, 2025 2:05 pm

No caso de cancelamento da decisão atual da VBCOAO SR, e um nova concorrência seja iniciada, a minha opção continua sendo a dupla CSD – Componentes e Sistemas de Defesa e Denel Land Systems com o T-5, caso ela se apresente mais uma vez.
De longe a proposta mais próxima do que nos foi ofertado pela Elbit\ARES com o ATMOS.

https://tecnodefesa.com.br/wp-content/uploads/2024/02/Denel_T5-52-1.jpg

https://tecnodefesa.com.br/vbcoap-155-sr-a-opcao-t5-52/

Lembrando que a Denel tem toda uma família de obuseiros em 155mm em 39, 45 e 52 calibres, e todos poderiam\podem ser produzidos aqui sob licença, com a devida transferência de tecnologia e a nacionalização da logística dos produtos requerida pelo exército.

A Denel chegou a propor os estudos de uma versão leve para o seu obuseiro G-7 de 105mm, mas ele precisaria ainda de muito trabalho para atender aos requisitos do exército para este tipo de peça.

Com a demanda que temos aqui para a artilharia de tubo uma parceria com a Denel e a BIDS seria muito bem vinda, considerando os possíveis desdobramentos em outras áreas.

Quem sabe temos sorte dessa vez. Ou usamos simplesmente a lógica, e não o fígado.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5396 Mensagem por NaScImEnTToBR » Sáb Abr 26, 2025 10:58 am

FCarvalho escreveu: Qua Mar 05, 2025 9:57 pm Ainda não vi o EB mover uma palha até hoje em relação às ditas Bia Busca de Alvo que os GAC devem possuir. No máximo um documento relativo à organização destas OM. Nada mais.
Sim. A única Bia BA que existe é a de Formosa. Eu visitei ela recentemente e ela tem 2 drones lá. Edição: A Bia BA é basicamente um escritório no CIArtMslFgt. Ainda esta em construção e parece que vai demorar muito até a estrutura estar finalizada.
FCarvalho escreveu: Qua Mar 05, 2025 9:57 pm A ver se na LAAD alguém se habilita a tentar animar o exército sobre o tema. E a artilharia de campanha basicamente ainda atira na base do "olhômetro", e com pouquíssima ajuda do sistema Gênesis, que nunca termina seu desenvolvimento.
Que eu saiba, usam programas de computador para realizar o cálculo rápido dos elementos de vigilância e de tiro na CTIR e na Topo. Mas o OA (observador avançado) ainda é feito visualmente no olho.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5397 Mensagem por FCarvalho » Sáb Abr 26, 2025 2:14 pm

NaScImEnTToBR escreveu: Sáb Abr 26, 2025 10:58 am
FCarvalho escreveu: Qua Mar 05, 2025 9:57 pm Ainda não vi o EB mover uma palha até hoje em relação às ditas Bia Busca de Alvo que os GAC devem possuir. No máximo um documento relativo à organização destas OM. Nada mais.
Sim. A única Bia BA que existe é a de Formosa. Eu visitei ela recentemente e ela tem 2 drones lá. Edição: A Bia BA é basicamente um escritório no CIArtMslFgt. Ainda esta em construção e parece que vai demorar muito até a estrutura estar finalizada.
FCarvalho escreveu: Qua Mar 05, 2025 9:57 pm A ver se na LAAD alguém se habilita a tentar animar o exército sobre o tema. E a artilharia de campanha basicamente ainda atira na base do "olhômetro", e com pouquíssima ajuda do sistema Gênesis, que nunca termina seu desenvolvimento.
Que eu saiba, usam programas de computador para realizar o cálculo rápido dos elementos de vigilância e de tiro na CTIR e na Topo. Mas o OA (observador avançado) ainda é feito visualmente no olho.
Olá @NaScImEnTToBR

Quanto à organização das Bia BA, a única coisa que o EB tem firme neste aspecto é a organização delas no que se propõe hoje ser o futuro manual destas OM. Neste sentido, a previsão é que ela empregue radares, drones, veículos SR, e muita parafernalha eletrônica na forma de diferentes insumos que basicamente não existem no país, tendo de ser importados, ou ainda estão em fase de concepção e\ou desenvolvimento via CTEx e BIDS. Como se sabe, a Avibras chegou a propor ao exército anos atrás o seu sistema de busca de alvos para o ASTROS 2020, com uso extensivo de equipamentos e tecnologias sobre domínio da expertise da empresa. Não deu em nada, obviamente.

No mais, os GAC hoje em termos prático operam ainda no mesmo esquema da GM II, com o único diferencial efetivo sendo o acréscimo de calculadoras de tiro eletrônicas e computares militares dedicados, com o apoio, quando existe, do Gênesis. É só isso. Ainda nos falta um caminho muito longo para tirar a artilharia de campanha do século XX. A começar pelos obuseiros que ainda empregamos.




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5398 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Abr 30, 2025 11:25 am

« Un engin 100 % français, concurrent du Himars » : Foudre, le lance-roquettes que personne n’attendait
Déjà en pleins tests du drone de surveillance Aarok, l’ETI française Turgis Gaillard va présenter au salon du Bourget, en juin, un lance-roquettes multiples de type Himars 100 % made in France. Objectif : remplacer les vieux lance-roquettes français LRU dès la fin 2027.

Imagem

hez Turgis Gaillard, on sait ménager ses effets. Deux ans après la présentation du drone de combat Aarok, surprise XXL du salon du Bourget 2023, l’ETI française récidive. Selon nos informations, le groupe (75 millions d’euros de chiffre d’affaires) va dévoiler en juin prochain, toujours dans les allées du Bourget, un prototype de lance-roquettes multiples, Foudre, concurrent du célèbre Himars américain. Développé dans le plus grand secret depuis deux ans, l’engin, dont Challenges publie en exclusivité les premières photos, a été présenté à l’armée de terre et à la Direction générale de l’armement (DGA) ces derniers mois. Son existence est mentionnée dans le rapport des députés Jean-Louis Thiériot et Matthieu Bloch sur l’artillerie, publié ce mercredi 30 avril.

Avec le Foudre, Turgis Gaillard vise un marché ultra-stratégique pour les forces terrestres françaises : celui du remplacement des vieux lance-roquettes unitaires (LRU) de l’armée de terre, qui doivent être mis au rebut fin 2027. Livrés, pour les derniers, au milieu des années 90, ces engins chenillés, capables de frapper avec une grande précision à 80 km environ, arrivent à bout de souffle. Entre les quatre engins donnés à l’Ukraine et ceux cannibalisés pour fournir des pièces aux autres, il ne resterait que 6 ou 7 systèmes opérationnels dans les forces françaises, dont trois sont déployés sur le camp de Cincu (Roumanie) dans le cadre de la mission de réassurance du flanc est de l’Otan.

Imagem

https://www.challenges.fr/entreprise/de ... ait_603520




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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5399 Mensagem por J.Ricardo » Qua Abr 30, 2025 12:08 pm

E assim nosso Astros vai ficando cada vez mais pra trás, se é que ele ainda existe com essa situação da Avibrás...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
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Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#5400 Mensagem por FCarvalho » Qua Abr 30, 2025 4:30 pm

O ASTROS no que diz respeito à sua propriedade intelectual, a mesma pertence ao exército, embora a Avibras seja a gestora e fabricante desde o início do projeto. Assim, em que pese a atual situação, mesmo que a empresa venha à falência, o exército pode simplesmente pegar de volta tudo o que lhe pertence em termos de projeto e produtos, e tentar entregar para outras iniciativas a nível nacional que supostamente tenham condições de bancá-los, o que acho muito difícil.

Em termos práticos, não estamos perdendo só a empresa em si, mas, principalmente, conhecimento acumulado, tecnologias, capacidades industriais, produtos, serviços e soluções que a empresa gerou e\ou propôs ao longo de décadas de atividades, além de pessoal extremamente capaz em diversas áreas.

Recentemente saiu uma matéria na mídia da área de educação que o país está perdendo cada vez mais engenheiros, e pior, o número de ingressantes na carreira a nível universitário está caindo vertiginosamente. Ou seja, se nada de concreto for feito a nível de gestão pública educacional nacional a fim de dirimir os problemas neste campo, teremos um "apagão" de engenheiros no país, que não pode, e não será resolvido, com canetadas e\ou discursos de ouvir dizer.

Se o interesse dos jovens pelo magistério há tempos já está a dar sinais concretos de ausência e diminuição crescentes no Brasil, e ninguém faz caso, imagina quando começar a faltar gente em áreas ditas mais "clássicas" de formações acadêmicas antes muito concorridas.




Carpe Diem
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