O futuro da AAAe no Brasil

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11761 Mensagem por Strike91 » Qui Fev 27, 2025 6:16 pm

FCarvalho escreveu: Qua Fev 26, 2025 5:59 pm Segundo entrevista com representante da IDV América Latina na revisa T&D em banca, o projeto da VBC AAe Guarani equipado com o RBS-70 MSHORAD foi uma demanda\iniciativa do EB, e não da empresa\SAAB, tendo em vista a experiência positiva com a operação do sistema sueco em sua versão básica do lançador\míssil.

É de se supor que critérios operacionais, e financeiros, devem ter contribuído para esta escolha prévia, tendo em vista a predileção do exército por continuar usando equipamento que já conhece, e entende bem seu uso, além do apoio pós venda da SAAB ser bem visto na questão.

Os modelos de teste da UT e Radar\PC devem ser entregues até ano que vem, com fins de avaliar a integração do lançador\mísseis e Radar ao blindado italiano, além de subsistemas solicitados pelo exército. Este trabalho de integração\adaptação e testes do Guarani deve levar cerca de um ano e, sendo aprovados, levar ao contrato de produção em série das 63 unidades que se espera comprar.

Uma versão VBE AAe Can Aut não está nos planos, e ainda carece ser confirmada, com a UT-30BR2 Antidrone sendo a bola da vez em termos de defesa AAe de ponto neste aspecto. Mas esta nova versão da torre da Ares aparentemente não conta com verbas este ano para poder ser avaliada na prática, embora se saiba que ao menos uma unidade cedida pelo EB esteja servindo naquela empresa como base para as alterações proposta ao modelo.

A ver.

Sempre "broxante" ler sobre os planos do EB...
Tantas possibilidades melhores e mais criativas, e sempre as piores e mais decepcionantes escolhas!




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11762 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2025 3:23 pm

Brasileiro escreveu: Qui Fev 27, 2025 11:09 am Pra esse míssil sair rapidamente do papel, atalhos terão de ser tomados. Ou seja, desenvolvimento em cima de produtos já desenvolvidos, como o A-Darter, cuja memória de cálculo ainda deve estar nas mãos da SIATT.
Agora mesmo que a ideia fosse armar um possível segundo lote de Tamandaré, desenvolver algo agora já é um tanto tardio.
Eu tenho cá para mim que este dito míssil AAe da marinha é menos uma alternativa ao CAMM, do que um substituto aos Manpad que se tem por aqui.
A marinha é tão reticente quanto as demais forças no aspecto da inovação e investimento em produtos e soluções nacionais que não contém, pelo menos, com uma margem pequena de adoção de um lote para efeito de "manutenção de doutrina", e agora uma super exigência, sua exportação.
O EDGE Group deve ter em seu catálogo alguma coisa também em relação a isso, tendo em vista as demandas da própria marinha do EAU.
No momento, o que temos de concreto em termos de demanda para a AAe nas ffaa's é o programa defesa AAe comum, agora querendo sistemas de média e grande altura\alcance. E por fora, temos a substituição dos Manpad, que é uma demanda, também, das três forças.
O que é mais fácil, e barato fazer, vão ter que decidir rapidinho se quiserem mesmo ter alguma coisa até o final desta década, com alguma sorte.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11763 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2025 3:25 pm

Strike91 escreveu: Qui Fev 27, 2025 6:16 pm
FCarvalho escreveu: Qua Fev 26, 2025 5:59 pm Segundo entrevista com representante da IDV América Latina na revisa T&D em banca, o projeto da VBC AAe Guarani equipado com o RBS-70 MSHORAD foi uma demanda\iniciativa do EB, e não da empresa\SAAB, tendo em vista a experiência positiva com a operação do sistema sueco em sua versão básica do lançador\míssil...
Sempre "broxante" ler sobre os planos do EB...
Tantas possibilidades melhores e mais criativas, e sempre as piores e mais decepcionantes escolhas!
Para não dizer que os problemas(projetos\programas) só se acumulam, e o tempo passando.
E nenhum centavo à vista para resolver nada.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11764 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2025 3:42 pm

FCarvalho escreveu: Seg Fev 17, 2025 5:32 pm A esclarecer, conforme os requisitos atuais, sistema AAe de média altura\alcance é tudo que vai de 3 mil até 15 mil metros de altitude e 40 (80) km de alcance. No caso, a grande altura\alcance deverá, penso, terá como referência alcances a partir de 100 km, e 20 mil metros de altitude.

Se for desta forma, a nossa doutrina defesa AAe atual deverá ser revista, uma vez que ela preconiza que qualquer alvo acima dos 15 mil metros é "exclusivo" da FAB e seus caças. Como se sabe, sistema de longo alcance\altura podem atingir alvos a mais de 20 mil metros de altitude, e isto demandará uma coordenação tal entre as diversas AAe das forças militares, assim como a aviação de caça, que até agora nunca foi intentado em tal amplitude e complexidade pelas ffaa's no Brasil. Estaremos em, mais um, terreno completamente novo para nós, neste processo de modernização da defesa no país.
A ver.
A saber, se a ideia da marinha é dispor de um míssil que possa cobrir a média e grande altura\alcance, como agora prescrito no programa de defesa AAe comum, nenhum dos projetos a que a SIATT tem acesso, ou participou, é capaz de ser adaptado para tal emprego.
No lançamento do projeto do míssil AAe, os representantes da MB afirmaram que a ideia é desenvolver tal sistema a partir das tecnologias e conhecimentos obtidos a partir do Mansup, que se sabe, é uma cópia do Exocet Block II com algumas melhorias pontuais ao gosto da marinha, com o Mansup ER sendo a versão Block III do Exocet para os EAU.
Neste sentido, usar os conhecimentos deste projeto para obter um míssil AAe é até aceitável e de muito bom senso, mas, até o momento não se sabe de público se já existem requisitos comuns estabelecidos para os mísseis de média e grande altura\alcance daquele programa do MD.
Eu não sei se os árabes tem alguma coisa guardada na manga que possa ser usada neste processo, e levando em consideração que não temos experiência alguma em projetar mísseis deste tipo. Assim, ficamos a saber por onde a SIATT de fato irá começar mais este trabalho.
Só para citar, os turcos levaram pelo menos uma década para desenvolver o HISAR\SIPER. Não vejo como nós aqui desenvolver um sistema homólogo em menos tempo, ainda que os dinheiro árabe jorre aos torrilhões na conta da SIATT.
Aliás, diga-se de passagem, que sequer existe previsão de verba para o projeto da defesa AAe do MD em curto e médio prazo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11765 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2025 3:47 pm

FCarvalho escreveu: Qua Fev 26, 2025 4:16 pm Imagem

A partir desta imagem, que ilustra as possibilidades que se tem de derivar outros tipos de emprego desde a versão básica do Mansup, dá para ver que elas são bem variadas, e viáveis agora com os petrodólares jorrando no caixa da SIATT.
Falta saber se a MB e demais forças terão cacife para sustentar a aquisição, e produção, de todas elas, ou mesmo apenas parte, das versões que vierem a se tornar produto concreto.
Em tese, a versão lançada de helo e\ou asa fixa está sendo encaminhada por agora.
A AAe ainda vamos ter que esperar para saber o que de fato anda na cabeça dos almirantes.
No mais, podemos até dispor de um míssil de cruzeiro mar-terra e ar-terra se for o caso. Não sei se seria possível, utilizando as tecnologias do Mansup, conceber um míssil de defesa de área no estilo do S-300, HQ-9, Patriot e outros. Mas já que as forças andam novamente falando em sistemas de defesa AAe de longo alcance\altura comum a todas.
Veremos até onde o pessoal se empolga com mais este projeto.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11766 Mensagem por FCarvalho » Sex Fev 28, 2025 4:25 pm

Não sei se seria possível, mas, já que temos quem financie as demandas das ffaa's, é bom pensar em reaver alguns projetos que foram defenestrados anos atrás, como o A-DARTER e o MAR-1, e até o MAA-1A\B Piranha, quem sabe poderia servir ainda para alguma coisa útil.
Se fizeram o milagre de operacionalizar um trambolho como o MSS 1.2 quase 40 anos depois no exército, por que não estes mísseis, bem mais novos em termos de projeto\desenvolvimento?
Além destes, mas que não entra na área dos mísseis, a MB cedo ou tarde deve, assim espero, deve tentar juntar o útil ao agradável, no sentido de por de volta no rumo, o projeto dos torpedos nacionais, tanto o pesado como o leve, além de vários tipos de minas que nunca foram efetivamente tiradas do papel, e suas respectivas tecnologias.
Munição a meu ver é coisa básica a qualquer força armada. Dominar complemente seu ciclo de vida, desde o projeto até a retirada de uso é dever de casa dos mais básicos e óbvios.
Se não formos capazes disso, a coisa vai ficar mais feia do que já esta.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11767 Mensagem por J.Ricardo » Sáb Mar 01, 2025 11:52 am

Acho que destes o MAR-1 por razões óbvias seria uma bala de prata para a FA, já o A-Darter é parte da África do Sul né, não sei como ficaria isso, mas o MAA-1 B seria excelente até para aproveitar em uma arma AA e usar nos ST.




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11768 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 01, 2025 1:47 pm

No caso do A-DARTER temos boas chances de fazer o projeto voltar aos trilhos já que a Denel afirmou que poria o mesmo em produção para a força aérea do país no final do segundo semestre do ano passado. Ele já está homologado e tudo o mais, faltando verba para colocá-lo em produção. E nós temos demanda mais que suficiente nos 36 Gripen E\F para justificar o investimento, além dos vinte e tantos Gripen C\D sul africanos. Seriam bem mais de 100 mísseis a encomendar.

Já o MAR-1, até hoje muito mal explicado seu cancelamento, temos por agora até melhores condições tecnológicas para obter versões melhoradas e com capacidades aprimoradas, podendo render mesmo outros tipos de emprego ar-terra. Só não faz se não quiser. Será que a FAB quer? Só para citar um exemplo, o Gripen F com aqueles 3 pilones ventrais, seria uma tremenda plataforma SEAD, podendo levar além de 3 MAR-1, bombas inteligentes, casulos EW, mísseis ar-ar para auto defesa. Nenhum caça na América Latina teria tal capacidade. Mas...

Eu até penso que o A-DARTER, com as devidas adaptações, seria um bom vetor para um projeto nacional disso aqui:

https://th.bing.com/th/id/OIP.XjSs3f3teeH4S8WZQuILzQHaJ4?rs=1&pid=ImgDetMain

Os MAA-1A\B Piranha até hoje podem, a meu ver, ser aproveitados em algo que nos seja útil, só não sei ainda o quê, mas, com tudo o que a SIATT tem hoje, e a colaboração de outras empresas da BIDS como a AKAER, podemos com certeza tirar algo de bom destes mísseis. Vender como uma plus a mais para os Super Tucano seria algo possível, já que andam a falar em versão anti-drone.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11769 Mensagem por Strike91 » Sáb Mar 01, 2025 3:10 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Mar 01, 2025 1:47 pm No caso do A-DARTER temos boas chances de fazer o projeto voltar aos trilhos já que a Denel afirmou que poria o mesmo em produção para a força aérea do país no final do segundo semestre do ano passado. Ele já está homologado e tudo o mais, faltando verba para colocá-lo em produção. E nós temos demanda mais que suficiente nos 36 Gripen E\F para justificar o investimento, além dos vinte e tantos Gripen C\D sul africanos. Seriam bem mais de 100 mísseis a encomendar.

Já o MAR-1, até hoje muito mal explicado seu cancelamento, temos por agora até melhores condições tecnológicas para obter versões melhoradas e com capacidades aprimoradas, podendo render mesmo outros tipos de emprego ar-terra. Só não faz se não quiser. Será que a FAB quer? Só para citar um exemplo, o Gripen F com aqueles 3 pilones ventrais, seria uma tremenda plataforma SEAD, podendo levar além de 3 MAR-1, bombas inteligentes, casulos EW, mísseis ar-ar para auto defesa. Nenhum caça na América Latina teria tal capacidade. Mas...

Eu até penso que o A-DARTER, com as devidas adaptações, seria um bom vetor para um projeto nacional disso aqui:

https://th.bing.com/th/id/OIP.XjSs3f3teeH4S8WZQuILzQHaJ4?rs=1&pid=ImgDetMain

Os MAA-1A\B Piranha até hoje podem, a meu ver, ser aproveitados em algo que nos seja útil, só não sei ainda o quê, mas, com tudo o que a SIATT tem hoje, e a colaboração de outras empresas da BIDS como a AKAER, podemos com certeza tirar algo de bom destes mísseis. Vender como uma plus a mais para os Super Tucano seria algo possível, já que andam a falar em versão anti-drone.

Caro colega @FCarvalho , pode anotar e esperar, durante esta próxima LAAD 2025 surgirá informações e planos a respeito do "ressurgimento" dos mísseis MAR-1e A-DARTER, mais infor da munição de morteiro 120mm guiada e outros projetos de armas inteligentes, pelas bids SIATT/EDGE e Akaer!

A expansão industrial da Siatt, com a enorme e moderna nova fábrica no vale do paraiba, visa não só industrializar e produzir os mísseis Max e Mansup já contratados pelas forças e sim viabilizar uma série de outros projetos. Finalmente a empresa vai ter dinheiro, oportunidade e capacidade fabril para desenvolver e implementar "alguns" dos seus projetos, lógico em concordância com o interesse e portfólio do Edge Group!

E acredito por "feeling" e boatos de bastidores, que este novo sistema antiaéreo que a SIATT e MB vão desenvolver, passar estreitamente pelos "feedback" e "know-how" adquirido nos projetos do MAR-1, A-DARTER e Skynight!


ANOTEM....




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11770 Mensagem por FCarvalho » Sáb Mar 01, 2025 5:32 pm

Strike91 escreveu: Sáb Mar 01, 2025 3:10 pm Caro colega @FCarvalho , pode anotar e esperar, durante esta próxima LAAD 2025 surgirá informações e planos a respeito do "ressurgimento" dos mísseis MAR-1e A-DARTER, mais infor da munição de morteiro 120mm guiada e outros projetos de armas inteligentes, pelas bids SIATT/EDGE e Akaer!
A expansão industrial da Siatt, com a enorme e moderna nova fábrica no vale do paraiba, visa não só industrializar e produzir os mísseis Max e Mansup já contratados pelas forças e sim viabilizar uma série de outros projetos. Finalmente a empresa vai ter dinheiro, oportunidade e capacidade fabril para desenvolver e implementar "alguns" dos seus projetos, lógico em concordância com o interesse e portfólio do Edge Group!
E acredito por "feeling" e boatos de bastidores, que este novo sistema antiaéreo que a SIATT e MB vão desenvolver, passar estreitamente pelos "feedback" e "know-how" adquirido nos projetos do MAR-1, A-DARTER e Skynight!
ANOTEM....
Olá @Strike91

Eu quero crer que independente do fator orçamento, a SIATT irá desenvolver o que as ffaa's por aqui pedirem a título de "manutenção de doutrina" para diversos sistemas, e depois, ter nas mãos um produto de exportação com vários diferenciais, vide a estrutura corporativa do Edge Group.
Para nós fica de bom tamanho, posto que a propriedade intelectual dos mísseis citos, e de diversos outros projetos são dos militares, e neste aspecto, ganhamos tanto nos royalties quanto na diplomacia militar mundo afora.
A SIATT é hoje na prática a única empresa no grupo árabe com cacife para desenvolver uma série de sistemas de mísseis que a Halcon não tem. E me parece, ela continuará sendo expandida e equacionada para isso, complementando os demais produtos e serviços do grupo.
Eu só acho que esse negócio de míssil AAe da MB está muito estranho, pois não temos até agora, publicamente, claro, nenhuma demanda oficial para equipar a própria marinha e nem demais forças, apesar do programa defesa AAe comum. Não temos sequer verba para tirar este programa do papel. E ele aparentemente não é prioridade, em que pese a realidade vista e vivida lá fora em termos de defesas AAe.
Mas, se o negócio for mesmo para frente, eu sou de opinião que ao invés de começar do zero absoluto, ainda que os árabes tenham grana para queimar à vontade, se a ideia for ter algo para o curto a médio prazo, recorrer à Denel seria o melhor caminho, já que a empresa precisa de recursos para tirar vários de seus projetos, e capacidades, do ostracismo em que foram jogados ao longo das últimas décadas. E começar pela família Umkonto, seria algo lógico, barato e rápido.
Com os petrodólares jorrando na conta da SIATT, isto seria feito com uma mão nas costas.
A ver.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11771 Mensagem por FCarvalho » Ter Mar 04, 2025 5:54 pm

Só repassando. Mercado potencial para a SIATT\EDGE Group no Brasil

A-DARTER: 36 Gripen E\F Brasil + 26 Gripen C\D África do Sul = 72 + 52 = 124 mísseis (sem reservas)

MAR-1: 36 Gripen E\F Brasil - 7 pilones (asas + ventrais) = 7 mísseis por caça = 252 mísseis (sem reservas)

O míssil anti radiação MAR-1 uma vez integrado ao Gripen E\F trará consigo como mercado de exportação quase que automaticamente as forças aéreas da África do Sul, Suécia, Tailândia, Rep Checa e Hungria. E se tudo der muito certo aqui pela vizinhança, podemos incorporar México, Peru, Colombia e talvez Chile. E futuramente quem sabe Filipinas.

A força aérea dos EAU obviamente seria das primeiras clientes de exportação deste míssil, apesar de que a integração a Rafale, F-16 e Mirage 2000 seria algo a ser considerado, posto que depende da autorização de seus fornecedores. E integrar um míssil desta categoria extra OTAN é algo quase que inconcebível para França e USA.

Outros usuários do Gripen C\D e E\F também podem naturalmente vir a ser clientes de exportação do A-DARTER.

O projeto do MAA-1A\B Piranha não tem perspectiva de retorno enquanto tal, mas, em princípio, suas tecnologias podem ser aproveitadas para vários tipos de emprego, com a devida modernização. Em todo caso, o uso como WVR barato e acessível para forças aéreas sem condições pode ser plausível, ou mesmo o uso no Super Tucano como vetor anti drone e\ou para auto defesa pode ser considerado. Seria de se pensar na capacidade deste míssil derivar um modelo AAe de baixo custo também.

A ver.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11772 Mensagem por Aim For The Top » Ter Mar 04, 2025 11:20 pm

O novo mìssil que a siatt e a marinha irão desenvolver, deverá equipar as fragatas classe tamandaré, então provavelmente não será um manpad.
The naval air-to-surface and surface-to-air missiles could potentially arm AH-15B Super Cougar helicopters and Tamandaré-class frigates of Brazil, and be offered for export, a source told Janes .




Catapultam habeo. Nisi pecuniam omnem mihi dabis, ad caput tuum saxum immane mittam.

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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11773 Mensagem por FCarvalho » Qua Mar 05, 2025 8:09 pm

A MB com muita sorte chega em 4 fragatas equipadas com apenas 12 mísseis cada. Se chegarem a 8, não muda muita coisa. Me parece, se assim for, que este projeto da MB só avança como sendo um míssil de média altura\alcance se estiver atrelado ao programa de defesa AAe comum do MD, para ver se fica mais barato produzindo também para o EB e FAB. O problema é que aquele programa agora também tem como fim obter mísseis de grande altura\alcance.

A meu ver, isto pode ser um passo em falso da SIATT, já que não temos requisitos, e nem experiência, com esse nível de equipamento, para não falar nos sistemas e subsistemas que devem acompanhar tais mísseis. E como falei no tópico dos mísseis na MB, cada versão obriga uma série de requisitos próprios de adaptações, tanto terrestres como navais. Isso dá um tralho do cão. Por outro lado, até agora, pelo que se sabe, não há informações oficiais sobre a demanda das 3 forças, e sobre os RO e RTLI deste tipo de sistema. Sabemos apenas que existe o interesse em fomentar um sistema nacional operando em duas camadas. Nada mais. O radares e a parte de C2 e ISR ainda estão longe de estar prontos.

Ademais, a última informação sobre quantidades de baterias a serem encomendadas aludia apenas à uma única Bia AAe para o EB, com marinha e força aérea não dispondo números. Esta mesma bateria seria formada apenas, no mínimo, por 3 ou 4 lançadores, segundo critérios formalizados pelo exército à época. Todos sabemos que nenhuma das ffaa's hoje tem condições de pagar sequer por meia Bia AAe, seja lá de que sistema for, no caso de sistemas terrestres. E pelo tempo que estes mísseis devem levar para ficarem prontos, nada menos de cinco a dez anos, pelo jeito o tal programa defesa AAe comum vai ficar a ver navios ainda por muito tempo.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11774 Mensagem por FCarvalho » Sex Mar 07, 2025 3:56 pm

Uma questão a ser vista nesta história de míssil AAe da marinha em relação a uma suposta versão grande altura\alcance.

Se o ASTROS 2020 fosse usado como plataforma, o container atual só cabem 4 foguetes da série SS-60, que possuem 300mm de diâmetro, e pouco mais de 5 metros de comprimento. O peso varia de acordo com a versão dos foguetes. No caso do AV-MTC, o míssil possui 450mm de diâmetro, 5,5 metros de comprimento, pesando em torno de 1.400 kg. E só cabem duas unidades por vez. Neste sentido, para que um míssil de longo alcance possa ser usado a partir de célula que caiba nestes containers, é necessário limitar as dimensões do mesmo de forma que seja suscetível à plataforma.

A versão ASTROS III proposta apresenta um novo container capaz de disparar até 4 AV-MTC ou 12 foguetes da série SS-60, de maneira que a capacidade de resistência da plataforma em atuar no TO por mais tempo, e contra uma diversidade de alvos fica aumentada expressivamente. Me parece, neste sentido, se a ideia de projetar um míssil de grande alcance\altura pela MB deve passar antes de mais nada, pela definição da plataforma terrestre básica a ser utilizada, de forma que isto possa orientar, também, as dimensões primárias do corpo do míssil, e por conseguinte, seu desempenho dentro daquilo que ele for capaz de sustentar em termos de tamanho, volume, combustível e propulsão.

Em que pese a possível utilização destes mísseis nas FCT, é preciso saber qual seria o tipo de células a MB comprou para equipar aqueles navios, e se estas teriam condições de arcar com mísseis maiores que os CAMM adquiridos para equipá-las. Acho muito difícil que qualquer coisa maior que os mísseis britânicos caibam nestas fragatas bombadas da marinha.

Fica também algo ainda a ser definido tecnicamente pela MB, e demais forças, diria, sobre o que elas consideram como sendo o desempenho básico de um sistema de grande altura\alcance. Sabemos que o sistema de média altura do EB estava definido como 15 mil metros de altura e 40 km de alcance, podendo chegar até 80 km. O míssil de grande altura seria então pouca coisa maior que isso? Se sim, ele ficaria limitado a que distância e altura, uma vez que a nossa doutrina AAe supõe que qualquer coisa voando além de 15 mil metros é de atribuição dos caças da FAB? A MB aceitaria tal limitação para seus futuros escoltas em pleno oceano, longe da costa, e da cobertura aérea da FAB?

Penso que definitivamente um coisa está descartada: o emprego do MANSUP como base para um míssil de grande altura\alcance, assim como o AV-MTC. Claro, suas tecnologias podem ajudar a projetar um futuro míssil, mas, grosso modo, pelo que temos já acordado, aparentemente, em termos de média altura\alcance, o sistema que funcionará acima, muito provavelmente será uma versão apenas encorpada deste, de forma a atingir o desempenho apontado quando da definição da arquitetura de ambos. E se for, por exemplo, apenas questão de duplicar o alcance - que se acontecer, não será exatamente uma novidade nos RO das ffaa's - isto significa um míssil de, pelo menos, 80 km de alcance, até no máximo 160 km, o que em termos de Brasil, com certeza já é muita coisa.

Estou meio convencido de que se se chegarmos a um míssil de longo alcance nestas condições, a priori, estaremos bem servidos, já que as tecnologias que temos aqui podem, em tese, apor a base necessária para o seu desenvolvimento. Ficaria faltando entender qual\quais seriam as plataformas terrestres a serem utilizadas, uma vez que não acredito que a MB desenvolva um sistema AAe sem vislumbrar, também, o seu pleno emprego no CFN.

A ver.




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Re: O futuro da AAAe no Brasil

#11775 Mensagem por RobsonBCruz » Sex Mar 14, 2025 11:39 am

PORTARIA – EME/C Ex Nº 1.495, DE 6 DE MARÇO DE 2025

Aprova a Diretriz de Implantação do Projeto de Transformação do 12º Grupo de Artilharia de Campanha em organizações militares do Comando de Defesa Antiaérea do Exército (EB20-D-03.133), e dá outras providências.

...................

DIRETRIZ DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE TRANSFORMAÇÃO DO 12º GRUPO DE ARTILHARIA DE CAMPANHA EM ORGANIZAÇÕES MILITARES DO COMANDO DE DEFESA ANTIAÉREA DO EXÉRCITO

.............
3. OBJETIVOS
a. Orientar os trabalhos relativos à criação de 01 (um) Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe) e de 01 (uma) Companhia de Comunicações de Defesa Antiaérea (Cia Com DAAe), por transformação do 12º GAC, sediado na guarnição de Jundiaí-SP.
.............
4. CONCEPÇÃO GERAL
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2) Os fatores gerais identificados para a transformação do 12º GAC no 12º Grupo de Artilharia Antiaérea (12º GAAAe) e na Cia Com DAAe, em síntese, foram os seguintes:
a) O 12º GAC dispõe de instalações compatíveis com as necessidades das organizações militares a serem criadas. Diante disso, admite-se a adaptação de estruturas existentes. A construção de novas estruturas deve ser incluída no escopo do Projeto do Sistema de Artilharia Antiaérea Média Altuta/Grande Altura (Pjt Sis AAAe Me Altu/G Altu), integrante do Programa Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (Prg EE DAAe).
b) A Cia Com DAAe não terá autonomia administrativa, sendo seus encargos administrativos assumidos pelo 12º GAAAe.
c) O 12º GAAAe deverá possuir capacidade de atuar inicialmente com um sistema de Artilharia Antiaérea de baixa altura, ficando em condições de evoluir para a operação de sistema de Artilharia Antiaérea de Média e Grande Alturas.
d) O novo Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAAe), inicialmente, será mobiliado com SMEM AAAe Bx Altu, por transferência de material do 2º Grupo de Artilharia Antiaérea (2º GAAAe).
e) O processo de criação das Organizações Miliatres (OM) deverá estar concentrado, inicialmente, na organização e no pessoal, ficando em condições de receber novos SMEM, oportunamente.
f) Estão autorizadas readequações das instalações existentes. Contudo, eventuais obras de grande porte deverão fazer parte do escopo do Projeto Sistema de Artilharia Antiaérea de Média/Grande Altura.
g) Deverá ser realizado o planejamento da redistribuição ou desfazimento do SMEM do 12º GAC.
h) Os cargos disponíveis na estrutura do 12º GAC serão utilizados para a criação de um GAAAe, tipo 2, e de uma Cia Com DAAe. Não deverá haver aumento de cargos.
i) O Curso de Formação e Graduação de Sargentos (CFGS) continuará funcionando no futuro GAAAe, sem nenhuma alteração de infraestrutura ou de pessoal.
j) Os serviços regionais já existentes na guarnição de Jundiaí – SP, sob o encargo do 12º GAC, deverão ser mantidos em funcionamento no 12º GAAAe.




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