Força Aérea Portuguesa (FAP)
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Diz-se por aí que Holanda e Áustria seriam os próximos candidatos ao A-29. Mas como tu disseste, é como acertar na loteria. No entanto, deu-se um primeiro passo fundamental, que é introduzir operacionalmente o avião neste mercado através de Portugal. Já fizemos o mais difícil, que era vender o produto para um país europeu. Agora é aproveitar a brecha e avançar.
Na seara dos treinadores, o grande desafio seria convencer uma pá de gente que usa PC-7\9\21 - para não falar dos AT-6 tunados norte americanos - a trocar de fornecedor, o que é muito difícil, por assim dizer, em termos de Europa. Mas há mercado no leste, onde ainda existem muitas alternativas soviéticas que precisam de solução desde o básico até o avançado. E o A-29 já se provou ser um ótimo vetor de treino avançado, como se pode ver na FAB, com a Embraer oferecendo soluções a partir da célula primária para diferentes níveis de formação. É questão de gosto e de escolha do cliente.
A bem da verdade, o uso de helos na guerra da Ucrânia, além de outros meios soviéticos antigos que eles tem lançado mão de diversas formas, com usos e táticas bem diferentes, mas adequadas ao vetores e às condições específicas daquele TO, estão mostrando que nem sempre seguir (cegamente) a cartilha das operações tradicionais é um caminho reto e seguro para se obter os resultados esperados. E flexibilidade é algo que qualquer vetor precisa ter hoje em dia a fim de se adaptar o mais rápido e melhor possível às demandas de seus operadores. Os Super Tucano, goste-se ou não deles, como treinadores, LIFT, CAS, COIN ou o que seja, oferece isso a seus operadores. E até agora, sem reclamações de ninguém, ao contrário, o bichinho é só elogios.
Na seara dos treinadores, o grande desafio seria convencer uma pá de gente que usa PC-7\9\21 - para não falar dos AT-6 tunados norte americanos - a trocar de fornecedor, o que é muito difícil, por assim dizer, em termos de Europa. Mas há mercado no leste, onde ainda existem muitas alternativas soviéticas que precisam de solução desde o básico até o avançado. E o A-29 já se provou ser um ótimo vetor de treino avançado, como se pode ver na FAB, com a Embraer oferecendo soluções a partir da célula primária para diferentes níveis de formação. É questão de gosto e de escolha do cliente.
A bem da verdade, o uso de helos na guerra da Ucrânia, além de outros meios soviéticos antigos que eles tem lançado mão de diversas formas, com usos e táticas bem diferentes, mas adequadas ao vetores e às condições específicas daquele TO, estão mostrando que nem sempre seguir (cegamente) a cartilha das operações tradicionais é um caminho reto e seguro para se obter os resultados esperados. E flexibilidade é algo que qualquer vetor precisa ter hoje em dia a fim de se adaptar o mais rápido e melhor possível às demandas de seus operadores. Os Super Tucano, goste-se ou não deles, como treinadores, LIFT, CAS, COIN ou o que seja, oferece isso a seus operadores. E até agora, sem reclamações de ninguém, ao contrário, o bichinho é só elogios.
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Se uma Força Aérea quer um vetor apenas para treinamento... então vá de Pilatus PC-21 que é mais barato e melhor nesta seara...
Agora se quer uma aeronave apta a CAS, vigilãncia contra ilíscitos, ataque leve ao solo, treinamento de combate, treinamento armado... então a melhor opção é o A-29.
Aeronave concebida para isso, robusta, melhor equipada, com armamento orgãnico. Só que muito mais cara.
Depende do uso que se pretende.
E a Embraer não vislumbra grandes vendas na Europa, mas pode conseguir algumas.
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Cassio escreveu: ↑Seg Dez 16, 2024 7:25 pm Se uma Força Aérea quer um vetor apenas para treinamento... então vá de Pilatus PC-21 que é mais barato e melhor nesta seara...
Agora se quer uma aeronave apta a CAS, vigilãncia contra ilíscitos, ataque leve ao solo, treinamento de combate, treinamento armado... então a melhor opção é o A-29.
Aeronave concebida para isso, robusta, melhor equipada, com armamento orgãnico. Só que muito mais cara.
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E a Embraer não vislumbra grandes vendas na Europa, mas pode conseguir algumas.
Se quer apoiar a indústria nacional - indirectamente, como ditam as regras europeias - a opção é também o A-29N
https://www.publico.pt/2024/12/16/publi ... 26-2115926No discurso, durante a assinatura do contrato, o ministro da Defesa indicou a importância da compra dos Super Tucanos. "Três notas fundamentais. A primeira, a necessidade e a obrigação de assegurar a modernização dos equipamentos da Força Aérea Portuguesa. A segunda, a formação de pilotos. A terceira, o upgrade para os padrões da OTAN envolve 30 empresas, que empregam mais de 2 mil pessoas. Estamos colocando a economia da defesa a serviço de Portugal”, disse.
Aparentemente sabem onde pode ser usado, quando usam o COIN / CAS para o "marketing mix" justificativo do investimento - e, repito, as hipóteses para isso acontecer são bastante baixas:
https://www.emfa.pt/noticia-4866-forca- ... per-tucanoA aeronave A-29N Super Tucano cumpre com os requisitos operacionais e logísticos definidos pela Força Aérea para satisfazer as missões de apoio aéreo próximo para operações conjuntas e ou combinadas, garantindo a proteção armada às Forças no terreno e permitindo a sua integração na Força de Reação Imediata ou Forças Nacionais Destacadas em cenários de baixa ameaça, em Teatros de Operação remotos no continente africano, integrados no Espaço Estratégico de Interesse Nacional Conjuntural, onde a ameaça é, maioritariamente, assimétrica.
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Isto foi uma compra meramente política PS - PTCassio escreveu: ↑Seg Dez 16, 2024 7:25 pm Se uma Força Aérea quer um vetor apenas para treinamento... então vá de Pilatus PC-21 que é mais barato e melhor nesta seara...
Agora se quer uma aeronave apta a CAS, vigilãncia contra ilíscitos, ataque leve ao solo, treinamento de combate, treinamento armado... então a melhor opção é o A-29.
Aeronave concebida para isso, robusta, melhor equipada, com armamento orgãnico. Só que muito mais cara.
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E a Embraer não vislumbra grandes vendas na Europa, mas pode conseguir algumas.
Não faz falta nenhuma a FAP mais a mais no contexto europeu atual
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Se a FAP prefere dar continuidade à formação de seus pilotos pagando aos norte americanos pelo serviço, então seria melhor dar a conhecer isto à público, e fazer-se notar sua posição oficial quanto a este negócio. Afinal, são os vossos impostos que estão a bancar a brincadeira do governo português.
E nunca é demais questionar o melhor emprego dos recursos do erário público pelo Estado, já que ninguém está acima dos interesses da sociedade, e da defesa nacional.
Se os argumentos seriam suficientes ou não para convencer alguém no processo decisório, a saber.
Mas esta é a obrigação dos brigadeiros da FAP. Se não se fizeram ouvir, ou ficaram mudos, ou simplesmente "engoliram o sapo" com um sorriso de uma orelha a outra, bem, depois não podem reclamar dos efeitos do remédio recebido. Mesmo que amargo.
E nunca é demais questionar o melhor emprego dos recursos do erário público pelo Estado, já que ninguém está acima dos interesses da sociedade, e da defesa nacional.
Se os argumentos seriam suficientes ou não para convencer alguém no processo decisório, a saber.
Mas esta é a obrigação dos brigadeiros da FAP. Se não se fizeram ouvir, ou ficaram mudos, ou simplesmente "engoliram o sapo" com um sorriso de uma orelha a outra, bem, depois não podem reclamar dos efeitos do remédio recebido. Mesmo que amargo.
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Se o A29N irá permitir deixar de pagar, totalmente, aos americanos para treinar os pilotos de F16 /F35... ainda não percebi; no entanto os pilotos de caça são poucos e poderem estar em uma escola "internacional" NATO / EUA tem muitas mais valias.
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Nas FAs ninguém ousa questionar o poder político para não perder as benessesFCarvalho escreveu: ↑Qua Dez 18, 2024 9:38 am Se a FAP prefere dar continuidade à formação de seus pilotos pagando aos norte americanos pelo serviço, então seria melhor dar a conhecer isto à público, e fazer-se notar sua posição oficial quanto a este negócio. Afinal, são os vossos impostos que estão a bancar a brincadeira do governo português.
E nunca é demais questionar o melhor emprego dos recursos do erário público pelo Estado, já que ninguém está acima dos interesses da sociedade, e da defesa nacional.
Se os argumentos seriam suficientes ou não para convencer alguém no processo decisório, a saber.
Mas esta é a obrigação dos brigadeiros da FAP. Se não se fizeram ouvir, ou ficaram mudos, ou simplesmente "engoliram o sapo" com um sorriso de uma orelha a outra, bem, depois não podem reclamar dos efeitos do remédio recebido. Mesmo que amargo.
Quanto menos chatices melhor
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Para mim o importante é que a Embraer vendeu, e está venda, mais as do Paraguai e Uruguai visualizaram a manutenção das linha do ST, que andou parada por um tempo.
A compra do ST pelo Chile também foi polêmica na época. Mas gostaram tanto que fizeram duas outras compras posteriores para aumentar a frota.
A compra do ST pelo Chile também foi polêmica na época. Mas gostaram tanto que fizeram duas outras compras posteriores para aumentar a frota.
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Os Tugas nunca vai aceitar produto brazuka kkkkkk
Mas eles não pararam pra observar nos ganhos tecnológicos , ganhos em manutenção de outros países da aliança , além do emprego de mão de obra portuguesa ! Isto dinheiro não paga
Mas eles não pararam pra observar nos ganhos tecnológicos , ganhos em manutenção de outros países da aliança , além do emprego de mão de obra portuguesa ! Isto dinheiro não paga
Gogogas !
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Emprego de mão obra? Os st vão ser fabricados cá?
Ganhos em manutenção? Era muito mais fácil ter adquirido C130J que tem uma cadeia logística muito superior
Tanto o KC como o ST foram compras políticas
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
O KC-390 foi desenvolvido com participação portuguesa, a FAP comprar o Hércules seria o mesmo que a Espanha deixar de comprar EF para comprar SH, fora que o KC-390 é superior em tudo ao Hércules, foi uma compra racional.
O ST-N pelo que vejo foca muito na questão de treinamento, eletrônica no estado da arte, uma célula parruda e que permite o uso de armas reais para treinamento avançado, só vejo vantagens nele, creio que também foi uma compra muito racional de PT.
Parabéns ao governo PT que viu tudo isso e mais, viu uma oportunidade de ganhos em desenvolvimento ao país, já que os aviões vendidos para a Europa vão ser montados na OGMA.
O ST-N pelo que vejo foca muito na questão de treinamento, eletrônica no estado da arte, uma célula parruda e que permite o uso de armas reais para treinamento avançado, só vejo vantagens nele, creio que também foi uma compra muito racional de PT.
Parabéns ao governo PT que viu tudo isso e mais, viu uma oportunidade de ganhos em desenvolvimento ao país, já que os aviões vendidos para a Europa vão ser montados na OGMA.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Se visses a polémica que está a ser a aquisição aos Turcos dos novos 2 navios reabastecedores... ainda por cima há uma boa hipótese de eles também ganharem o concurso para a modernização das Fragatas da classe Vasco da Gama. Um factor importante, quem ganhar o concurso irá equipar os 6 NPO 3S que começaram a ser construídos em breve os NPC.
https://www.ordemengenheiros.pt/fotos/e ... asilva.pdf
https://www.ordemengenheiros.pt/fotos/e ... sneves.pdf
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
O conceito de um LIFT usando um turbohélice ainda é desconhecido, quiçá mal visto e entendido fora do Brasil, já que ele foi criado pela FAB e para a FAB em fins dos anos 1990. E deu muito certo para nós. E há de se dizer que as vendas para mais de 15 operadores de exportação do avião da Embraer deu-se muito, também, em virtude dos contatos que a força aérea aqui tem com suas congêneres mundo afora, e que ajudaram a afirmar o conceito. A FAB usa os seus A-29 apenas e tão somente para treinamento avançado em Natal, formação operacional dos tenentes saídos do nordeste e vigilância de fronteira nos esquadrões do 3o Gav. Foi para isso que ele foi criado desde o início. E os números apresentados nestes últimos 25 anos são todos favoráveis a ele no que tange suas missões primárias. A FAB pode ser tudo, mas não é tosca, omissa e muito menos amadora em relação à formação de seus pessoal. Pelo contrário. E isso é reconhecido aqui e lá fora, também. Outra coisa que ajudou, e muito, a fomentar o caminho do desenvolvimento do Super Tucano até hoje.
Se nós tivéssemos os recursos necessários para o projeto chegar aonde se previu desde o início, com certeza as demandas por este vetor no mundo seriam bem maiores, e não teríamos todas as (muitas) limitações que temos agora em todos os esquadrões equipados com ele na força aérea.
A Embraer foi muito competente fazendo no Super Tucano o que a FAB não pode e não quis fazer por ele, objetivando o mercado de exportação, com o conceito de emprego usado aqui sendo exportado também para outros países, que viram no vetor tupiniquim não apenas um treinador avançado a hélice, mas uma plataforma capaz de realizar muito mais que isso, como ele foi na verdade originalmente projetado. Se um multiplicador de força e de capacidades a baixos custos no seu mercado. E isso ele se provou fazer muito melhor do que qualquer outro concorrente. Mesmo sem os FMS da vida da produção nos USA.
Penso aqui com os meus botões que no médio e longo prazo o conceito de operação em Natal poderá ser replicado, com as devidas adaptações em Lisboa, onde há espaço de sobra sobre o Atlântico para se treinar muito mais e melhor os novos caçadores portugueses e de outros países europeus que entenderem a proposta como adequada a si. E isto com certeza não irá faltar na Europa de agora e de mais para frente. Quanto ao mais que ele possa ser empregado além do treino avançado, é questão de necessidade específicas de cada cliente. O avião em si é capaz de muito mais do que aparenta para quem o vê de fora. E já se provou nestes termos em vários TO pelo mundo. Usar ou não tais capacidades é, como disse, questão de necessidade e interesse próprios de cada um.
A ver.
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Re: Força Aérea Portuguesa (FAP)
Segundo o MD português, coisa de 35 empresas - incluindo a OGMA - e mais de 2 mil empregos especializados entre diretos, indiretos e fomentados na indústria aeronáutica do pais, e mesmo além dela, será a consequência imediata deste negócio.
Se é pouco ou muito há de se ver entre os próprios portugueses, que é quem deve ditar o que é ganho real ou factual nos negócios do Estado.
Em relação à indústria de defesa nacional, cada país a vê, e seus respectivos negócios, de forma particular e dentro de um esquadro geopolítico e estratégico, diria, pragmático, diante das ameaças concretas ou irreais que a sociedade, e principalmente o poder público, firmam diante de si.
Desde 1989 os europeus literalmente jogaram por terra mais de 40 anos de desenvolvimento, e investimento, em defesa, sua indústria e PDI, como se simplesmente o assunto não tivesse mais qualquer importância, ou mesmo fosse algo inconsequente e dinheiro jogado fora.
O resto é o que vemos aí, e são as consequências objetivas dessa omissão declarada, e que estão sendo sentidas na prática desde 2014. Agora todo mundo corre da sala para a cozinha meio sem saber o que fazer, perdidos que estão entre ser ou não ser donos do próprio destino em relação à sua segurança.
É esperar - ou pagar para ver - no que vai dar tudo isso.
Carpe Diem