ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Este ano a temperatura do mar no mundo subiu muito rápido, se prepare para o el nino e depois vira a la nina.
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Isto nem é o mais importante, em que pese também ser significativo; o problema não reside na safra actual, seja de origem vegetal ou animal, mas na destruição/relocalização da própria camada de terra agricultável e pastagens. Ou seja, reconstruir fazendas, galpões e silos seria rápido e até fácil, complicado é saber onde fazê-lo, pois áreas em que sempre se soube da fertilidade do solo hoje não se sabe mais, matrizes e rebanhos inteiros foram perdidos, bem como as pastagens que os tornavam economicamente viáveis. Coisas assim:
Esta será a grande prova, ver quantos anos levaremos para retornar a MAI2023 em termos econômicos (e ainda pode ter muita água por cair e depois uma baita seca); os palpites que têm sido aventados nos remetem à próxima década. A capacidade Gaúcha de superação na adversidade tem sido louvada por bem mais de um século sem interrupções, resta ver se o tipo de Gaúcho que temos hoje está à altura dos que granjearam esta bela reputação, ou não.
Esta será a grande prova, ver quantos anos levaremos para retornar a MAI2023 em termos econômicos (e ainda pode ter muita água por cair e depois uma baita seca); os palpites que têm sido aventados nos remetem à próxima década. A capacidade Gaúcha de superação na adversidade tem sido louvada por bem mais de um século sem interrupções, resta ver se o tipo de Gaúcho que temos hoje está à altura dos que granjearam esta bela reputação, ou não.
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Eu esta vendo notícias do Brasil e percebi bastante entrevistas com ambientalistas dizendo bastante bobagens, como reflorestar as margens dos rios diminuiria as inundações...
O problema de construir barragens nas margens dos rios é que ela pode se romper e causar um grande estrago, se for de terra o custo não é muito elevado, outro problema é que tem que ser feito a dragagem para retirar detritos do fundo.
Estes rios do RS tem muitas curvas e vários locais que o rio afina como um funil
A solução encontrada quando uma vila está em um local de risco próximo a um rio, construíram um paredão de terra e colocaram a estrada encima.
Onde tem rios em montanhas quando chove muito a água carrega pedras, terra e arvores foi construído mais de 10 mil barreiras para segurar detritos.
Represa para evitar alagamentos, se mantém vazio e quando chove muito se fecha as comportas para controlar o fluxo.
Tem gente com muita coragem de construir casas na beira do rio, estes rios mais para o interior deve estar todos com o fundo cheio de detritos com qualquer chuva corre o risco de alagar tudo novamente.
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Tem sistema controlado via satélite, porem tem alto custo.
Este sistema automático de baixo custo acredito ser viável.
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
PRF abordou um "caminhão de doação" pro RS recheado de drogas...daqui a pouco os homens de bem vão dizer que o governo tá barrando doaçõesTúlio escreveu: Dom Mai 05, 2024 6:01 pmdelmar escreveu: Dom Mai 05, 2024 9:48 am
No geral está havendo uma colaboração entre os agentes estatais e os voluntários civis, assim como um entrosamento entre os governos estadual, federal e administrações municipais. Até o momento não há informação de saques em áreas evacuadas, desordem ou invasões de prédios. Também não há nenhuma onda de histeria coletiva ou pânico generalizado, ninguém está gritando pelas ruas da cidade. Enquanto as águas avançam na cidade lembro de Marlon Brando no filme "APOCALYPSE NOW" quando citava um poema:
Assim expira a mundo
Assim expira o mundo
assim expira o mundo
Não com uma explosão, mas com um suspiro.Tu moras aqui, hôme véio, de onde tiras estas pérolas do tipo "tá havendo uma colaboração entre os agentes estatais e os voluntários civis, assim como um entrosamento entre os governos estadual, federal e administrações municipais"? Aqui está o teu "entrosamento", a brigada berra FAKE NEWS sendo que em dez minutos em qualquer rede social se acha vídeo novo a cada hora ou menos mostrando quais são as verdadeiras "fake news" (não é por nada que querem tanto regular a internet, não dá mais nem pra mentir em paz):
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/p ... para-o-rs/
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Matheus escreveu: Dom Mai 19, 2024 10:02 pmPRF abordou um "caminhão de doação" pro RS recheado de drogas...daqui a pouco os homens de bem vão dizer que o governo tá barrando doaçõesTúlio escreveu: Dom Mai 05, 2024 6:01 pm
Tu moras aqui, hôme véio, de onde tiras estas pérolas do tipo "tá havendo uma colaboração entre os agentes estatais e os voluntários civis, assim como um entrosamento entre os governos estadual, federal e administrações municipais"? Aqui está o teu "entrosamento", a brigada berra FAKE NEWS sendo que em dez minutos em qualquer rede social se acha vídeo novo a cada hora ou menos mostrando quais são as verdadeiras "fake news" (não é por nada que querem tanto regular a internet, não dá mais nem pra mentir em paz):
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/p ... para-o-rs/
Até que demorou, essa passada de pano foi só no fds e as barreiras muito antes, tentes de NOVO, MCD véio, viste que meu post é do dia 05, quando a BM fez uma fake news pra larpar de santinha, e provas das barbaridades deles já vinham de bem antes.
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Deve ser a mesma fonte que disse que o presidente anterior dou 17milhoes para o RS e que o veio da Havan iria fazer um pix para cada um dos atingidos (pior que essa pérola foi dita por um deputado). Galera do ZAP tá ail
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Matheus escreveu: Seg Mai 20, 2024 9:55 am Deve ser a mesma fonte que disse que o presidente anterior dou 17milhoes para o RS e que o veio da Havan iria fazer um pix para cada um dos atingidos (pior que essa pérola foi dita por um deputado). Galera do ZAP tá ail
E eis aí: eu falo mal do papel tão cruel quanto patético DO ESTADO numa calamidade inédita perto de mim, independente de que "lado" for, enquanto tu defendes GOVERNO (com "lado").
Nas buenas, assim como pareces me considerar VIÚVA DO BOLOSSAURO, não quero ser injusto mas tás cada vez mais com jeito de ESQUERDOPATA. Como és meu cupincha há bem mais de uma década, dou-te o benefício da dúvida, de repente tão te monitorando nas redes e um dos "deveres" é passar pano pra cambada, coisa que inclui defender o indefensável.
OK, cada um sabe de si.
EDIT - Olha só QUEM tomou guincho agora ao milagrosamente estar fazendo algo bom e decente:
(((se fosse invasão duvido que os gadianos iam se meter )))
Nas buenas, assim como pareces me considerar VIÚVA DO BOLOSSAURO, não quero ser injusto mas tás cada vez mais com jeito de ESQUERDOPATA. Como és meu cupincha há bem mais de uma década, dou-te o benefício da dúvida, de repente tão te monitorando nas redes e um dos "deveres" é passar pano pra cambada, coisa que inclui defender o indefensável.
OK, cada um sabe de si.
EDIT - Olha só QUEM tomou guincho agora ao milagrosamente estar fazendo algo bom e decente:
(((se fosse invasão duvido que os gadianos iam se meter )))
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Vídeo de 7 anos atrás, ta tudo caindo aos pedaços... eu acho que mesmo se estivesse funcionando não iria dar conta da quantidade de água a bomba além de antiga, parece muito pequena.
Construção e desmontagem de uma estação de drenagem de água, ao invés de atualizar o local instalando novos equipamentos eles preferiram demolir o antigo e construir um novo porque antes tinha 3 bombas e o novo projeto foi instalado 10 bombas está escrito que a manutenção e mais barata que o sistema antigo.
Para construir esta estação de drenagem, como o município não tinha verbas para bancar a construção, foi financiado com ajuda da prefeitura, governo estadual, governo federal e Jichitai=associação de moradores.
Estação de drenagem de canal de irrigação de plantação de arroz, a tartaruga foi jogada no lixo porque não é espécie nativa.
O que não explicam nas tvs no Brasil sobre porque foi construído isto, este sistema foi construído fora do centro urbano para evitar que 5 rios transbordem e cause inundações no centro urbano de tokyo, o sistema armazena água de rios afluentes antes de alcançar grandes centros urbanos e se descarta a água em um outro rio maior fora do centro de Tokyo, funciona como um canal subterrâneo para ligar 5 rios em 1.
https://www.kensetsu.metro.tokyo.lg.jp/ ... 031168.pdf
Este foi construído dentro do centro urbano de Tokyo 3.2km 210 mil litros cúbicos e entrou em funcionamento em 2016, também está em construção um novo que deve entrar em operação em 2025 de 13km para armazenar 1.4 milhões de litros cúbicos.
Reportagem sobre os 28 tuneis de armazenamento de água estes tuneis tem que ser construídos a 50m de profundidade para desviar das linhas de metro como tem linhas que cruzam em 3 níveis esses tuneis tem que passar por baixo de todas elas.
Este em Shibuya é um reservatório em Tokyo tem 32 locais como este.
Outros centros urbanos estão construindo o mesmo sistema, este fica em Nagoya.
Este fica em Osaka vermelho esta pronto azul vai ficar pronto em 2044 a construção iniciou em 1990 este é um sistema parecido porem também funciona como um bypass coletar a água de um ponto e descartar em outro.
https://committees.jsce.or.jp/kikaku03/ ... PT03_0.pdf
Este fica em Fukuoka, o campo de beisebol serve de reservatório e transfere a água para outro reservatório subterrâneo.
No Brasil como é grande e falta $$$ para investimento em infraestrutura, eu acho viável esses lagos piscinões que a água transborda de forma natural e depois se abre as barragens para a água retornar ao rio de forma natural. no último vídeo mostra as plantas do projeto de mais de 100 anos atrás.
Isto que os japoneses estão fazendo nas barreiras das margens dos rios onde era 100% feito de terra, solução de baixo custo, pois concretar eleva muito o custo, se coloca uma lona impermeável, por cima placas de concreto e por último se cobre com terra para parecer mais natural.
Quando tem canal de irrigação para plantações dentro da barreira eles colocam blocos e concretam a parte entre os blocos e a terra para reforçar a estrutura.
Editado pela última vez por akivrx78 em Ter Mai 21, 2024 10:52 am, em um total de 3 vezes.
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Deveriam aproveitar o momento e construir estações de tratamento de esgoto modernas 100% fechadas para não liberar bxxta no meio ambiente.
E normal grandes cidades misturarem o sistema de captação de esgoto com água da chuva, o problema ocorre quando chove muito, pois além de todo o sistema colapsar mesmo que não transborde os sistemas de saneamento não dão conta de tratar todo o excedente das águas da chuva, seria necessário armazenar toda água suja e torcer para não chover mais do que o sistema pode suportar.
Como neste desastre muitas cidades vão ter que ser reconstruídas do zero, seria interessante reconstruir da forma correta, com sistemas de captação separados, de início o investimento é mais elevado, porem a longo prazo vale a pena porque a manutenção tem menor custo.
Com o sistema separado os centros de tratamentos são bem compactos e mais simples de manter, quando se opta pelo sistema unificado é extremamente caro reconstruir todo o sistema de tubulação.
O primeiro incinerador fluidizado superalimentado (tipo turbo) do mundo entra em operação
Centro de Água de Asakawa, cidade de Hino, Tóquio (Sede do Departamento Metropolitano de Esgoto da Bacia de Esgoto de Tóquio)
Comparado aos sistemas convencionais de incineração fluidizada, este sistema reduz os gases de efeito estufa em todo o sistema.
(1) Redução de aproximadamente 40% no consumo de energia
(2) Consumo de combustível reduzido em aproximadamente 10%
(3) Redução de aproximadamente 50% na geração de N2O
Os centros de tratamento construídos a partir dos anos 80 são todos fechados.
Reconstrução de uma central de tratamento de 1933 em centros urbanos por causa do mau cheiro estão reconstruído e transferindo eles para o subsolo.
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
O programa que projetou cheias no Sul e acabou engavetado no governo Dilma: 'Perdemos tempo'
Estudos que custaram R$ 3,5 milhões projetaram chuvas acima dos níveis históricos no extremo Sul do país. Ministério do Meio Ambiente afirma que programa será retomado.
Desde que a situação no Sul do país passou a chamar atenção do Brasil e do mundo, ambientalistas vêm associando a tragédia às mudanças climáticas. Mas Unterstell tem um motivo a mais para se lamentar.
De 2013 a 2015, ela participou de um programa encomendado pelo governo federal, então governo Dilma Rousseff (2010-2016), com objetivo de projetar os impactos das mudanças climáticas no Brasil até 2040 e desenhar medidas de adaptação a elas.
O programa "Brasil 2040" custou, à época, R$ 3,5 milhões.
Os modelos matemáticos usados pelo estudo projetaram um cenário climático muito semelhante ao que se vê no Brasil quase 10 anos depois: escassez de chuvas na região Norte e chuvas acima do normal no Sul do país.
Apesar disso, o programa foi abruptamente encerrado em 2015. Era, segundo Unterstell, algo como o embrião de uma política pública para a adaptação climática do país.
De acordo com especialistas, apesar de o Brasil contar com um Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima desde 2016, o documento nunca teria saído do papel.
A BBC News Brasil enviou questionamentos ao Palácio do Planalto, ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), e à Casa Civil sobre o fim do programa. Em nota, o MMA disse que pretende atualizar o "Brasil 2040" (leia mais sobre a resposta da pasta abaixo).
Procurada, a assessoria de imprensa da ex-presidente Dilma Rousseff informou que se manifestaria sobre o assunto após a publicação da reportagem.
O programa engavetado
O ano era 2013.
À época, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alertava: em sua estimativa mais pessimista, até 2100 a temperatura do planeta subiria até 5°C, causando mudanças significativas no clima do planeta e obrigando os países a implementarem medidas de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.
Foi quando o governo federal determinou a elaboração de estudos regionalizados sobre os efeitos das mudanças climáticas no Brasil e sobre que medidas poderiam ser tomadas para adaptar o país a essa nova realidade.
Ao todo, foram criados sete grupos de estudos com diferentes temas. Um deles, batizado de "Brasil 2040", foi no qual Natalie Unterstell atuou. O nome se refere ao ano de 2040, um dos horizontes com os quais os estudiosos trabalhavam.
"Era um programa de estudos que tinha como objetivo a formulação de uma política pública de adaptação [às mudanças climáticas]", conta Unterstell à BBC News Brasil.
A cientista também falou sobre o programa no podcast "Tempo Quente", produzido pela jornalista Giovana Girardi para a Rádio Novelo, em 2022.
"Eram sete times dos melhores pesquisadores brasileiros… do IME (Instituto Militar do Exército) ao ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)", detalha a ambientalista, que hoje preside o Instituto Talanoa (organização sem fins lucrativos focada na implementação de políticas públicas na área ambiental).
O programa foi encomendado pela hoje extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) que era vinculada à Presidência da República. À época, a secretaria era comandada pelo economista Marcelo Neri.
Unterstell conta que os estudos usavam modelos climatológicos para estimar os possíveis impactos das mudanças climáticas em diversas áreas da economia e da sociedade brasileira, como a agricultura, infraestrutura urbana, transportes, recursos hídricos, entre outras.
Ela diz que os estudos já haviam passado da fase de diagnóstico e se encaminhavam para a etapa em que seriam feitas as recomendações para adaptação — quando o programa foi interrompido.
A interrupção do programa aconteceu durante a troca de comando da SAE. Saiu Marcelo Neri e entrou o professor da Universidade de Harvard Mangabeira Unger.
Untersell diz que não recebeu nenhuma explicação oficial sobre o fim do programa, mas relaciona o fato às conclusões preliminares. Segundo ela, os dados questionavam a viabilidade de hidrelétricas.
"Os resultados dos estudos colocavam em xeque a viabilidade de hidrelétricas na região Norte como, por exemplo, a de Belo Monte [no Pará], dado que a modelagem e a avaliação de impactos sobre água e energia projetaram uma redução significativa das vazões dos rios da região. Isso assustou", diz.
A BBC News Brasil tentou contato com Marcelo Neri e com Mangabeira Unger.
Neri disse que o episódio aconteceu há muito tempo e que não poderia atender a reportagem.
Por meio de mensagens de texto, Unger respondeu que não teria tratado do programa e tampouco teria desativado. Suas respostas iniciais, no entanto, mencionavam um suposto programa ocorrido antes, durante sua passagem no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Depois, questionado em detalhes sobre sua participação no programa "Brasil 2040", executado entre 2013 e 2015, ele respondeu: "Isso é outra coisa. Não era clima. Era o projeto de desenvolvimento de longo prazo."
Os termos ETA e MIROC5 são menções aos modelos matemáticos usados pelos cientistas para fazer as projeções de longo prazo.
Natalie Unterstell diz que, pelo menos desde 2021, vem observando as semelhanças entre os eventos climáticos no Brasil e as projeções às quais ela teve acesso entre 2013 e 2015.
Ao ver projeções feitas mais recentemente pela MetSul, uma empresa de meteorologia do Rio Grande do Sul, ficou assustada.
"No Rio Grande do Sul, a ficha caiu assim que eu vi os mapas do MetSul, na semana passada. Eram visualmente parecidos com as projeções feitas no programa [Brasil 2040]. Foi assustador", relata Unterstell.
A reportagem enviou questionamentos sobre a atualização do Plano Nacional de Adaptação às mudanças climáticas e sobre os recursos destinados à sua implementação aos ministérios do Meio Ambiente (MMA), à Casa Civil e à Presidência da República.
Apenas o MMA respondeu aos questionamentos.
Em nota, a pasta disse que o governo pretende atualizar o programa "Brasil 2040".
"Há previsão de atualização do Brasil 2040 para fortalecer a base de dados das políticas de adaptação, além de reforçar a tomada de decisão no âmbito do Plano Clima", disse a pasta à BBC News Brasil.
Não foi dado um prazo para que essa atualização fosse feita.
A nota disse ainda que os resultados do "Brasil 2040" foram "compartilhados com órgãos governamentais relacionados aos setores abordados".
Sobre o Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, instituído em 2016, a pasta disse que ele ficou "virtualmente paralisado durante o governo passado" e que a revisão prevista para 2020 não teria sido realizada.
O MMA disse que o governo já iniciou a revisão do "Plano Clima-Adaptação" (termo usado pela atual gestão), mas não informou a data prevista para conclusão do documento.
Segundo informações do site da pasta, o "Plano Clima-Adaptação" tem como um dos seus objetivos "aumentar a resiliência do País às alterações climáticas".
A pasta afirmou ainda que o governo trabalha em um projeto de "melhoria da capacidade institucional" de Estados e municípios para lidar com as mudanças climáticas e que ele deverá ter início ainda neste ano.
A previsão é que sejam elaborados 260 planos locais de adaptação para municípios considerados críticos.
A nota citou ainda um aporte de R$ 10,4 bilhões ao Fundo Clima. Segundo o MMA, esses recursos financiarão iniciativas para a transição energética no país. De acordo com a pasta, o valor seria 26 vezes maior do que o que o fundo tinha à disposição em 2022.
O Fundo Clima foi criado pelo governo federal em 2009 com o objetivo de garantir recursos para projetos, estudos e financiamento para mitigação da mudança do clima.
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Re: ECO-DEFESABRASIL - CONSERVAÇÃO, INCÊNDIOS, AMEAÇAS
Sinceramente eu acho que é tácito que precisamos cada vez mais discutir e nos preocuparmos com o meio ambiente, pois sim temos recursos finitos e uma população mundial que ainda está se encaminhando para o seu ápice de consumo, e sim cada vez mais sentimos diferenças independente da vertente científica utilizada para justificar tais alterações em padrões climáticos.
Mas nada, nada que nasça no seio político ideológico de parlamentos, partidos, governos vá trazer alguma solução que não seja minimamente inócua quanto aos resultados e catastrófica nos seus efeitos econômicos, principalmente em cima das camadas mais baixas do estrato econômico mundial, enquanto os líderes e ativistas famosos continuam a cruzar os céus com seus jatinhos, jogando tonelada de poluentes na atmosfera, rumo a eventos onde criticam os pobres e seus carros 1.0 que nem em uma vida vão gerar tanto malefício quanto 2h de voo em jatinho ultra luxuoso. É só imposto disso, crédito daquilo, intervenção, tributação, legislação, burocracia e mais burocracia. Está ai o crédito de de carbono que salvaria a humanidade, mas que no fim só serviu de lavagem de dinheiro, especulação e para cair no buraco negro dos cofres públicos.
Um abraço e t+
Mas nada, nada que nasça no seio político ideológico de parlamentos, partidos, governos vá trazer alguma solução que não seja minimamente inócua quanto aos resultados e catastrófica nos seus efeitos econômicos, principalmente em cima das camadas mais baixas do estrato econômico mundial, enquanto os líderes e ativistas famosos continuam a cruzar os céus com seus jatinhos, jogando tonelada de poluentes na atmosfera, rumo a eventos onde criticam os pobres e seus carros 1.0 que nem em uma vida vão gerar tanto malefício quanto 2h de voo em jatinho ultra luxuoso. É só imposto disso, crédito daquilo, intervenção, tributação, legislação, burocracia e mais burocracia. Está ai o crédito de de carbono que salvaria a humanidade, mas que no fim só serviu de lavagem de dinheiro, especulação e para cair no buraco negro dos cofres públicos.
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