Mar da China!
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Re: Mar da China!
https://archive.ph/4bEfE
Roberto Godoy: ‘O Mar da China se transformou na região mais perigosa do mundo’; veja a análise
Roberto Godoy: ‘O Mar da China se transformou na região mais perigosa do mundo’; veja a análise
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- Suetham
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Re: Mar da China!
Faltou afirmar que consta na matéria que Taiwan tbm não foi convidada, sendo os dois principais atores se o assunto for Taiwan!!!!
- Suetham
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Re: Mar da China!
https://www.ft.com/content/ade62991-09f ... 8ca131e21b
Philippines and US accuse China of illegally targeting supply ships
https://thediplomat.com/2023/07/how-col ... china-sea/
How Colonial Empires Approached the South China Sea
https://www.sealight.live/posts/gray-zo ... -cannoning
Gray Zone Tactics Playbook: Water Cannoning
https://www.thedrive.com/the-war-zone/j ... e-carriers
Japan Eyes Turning C-2 Cargo Jets Into Standoff Missile Carriers
Seria uma grande adição ao Japão, como eu já havia referido, o Japão precisa de um grande volume de fogo pra sustentar uma guerra contra a China, não apenas o Japão, mas todos os aliados dos EUA no Pacífico. É a opção militarmente mais sólida investir em nem um grama de equipamento defensivo, mas adquirir o máximo de capacidade de geração de mísseis ofensivos que for fisicamente e logisticamente possível. Foi mencionado essa capacidade no KC-390 na live do Salles:
Sobre alguns pontos desse vídeo:
30:20
Calaza claramente desconhece o poder militar chinês cada vez mais ascendente, não só em termos qualitativos, mas também numericamente. Nos últimos 15 anos, ainda que os EUA tenham construído e comissionado mais navios de maior tonelagem, a China já está se aproximando desse ritmo de construção de navios de maior porte, inclusive, em número de construção de navios de baixa tonelagem, a China já dá um banho nos EUA.
Para se aprofundar: https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 4#p5633154
45:30
Mais uma vez, eu discordo da posição do Calaza. Existe uma incompreensão muito grande do PLA que nutre essa subestimação da China no Pacífico. Acredito que ele nunca tenha visto um ORBAT da PLANAF, ou melhor dizendo, da PLAAF. A PLANAF antes dos bombardeiros terem sido transferidos para a PLAAF, a PLANAF SOZINHA com sua força de bombardeiros(52 H-6J/H-6G + ASCM YJ-12), conseguiria sustentar todo um TACAIR para atacar todas as principais bases dos EUA em uma distância de 4.000 km, o que equivaleria a toda a área compreendida dentro da 2ª Cadeia de Ilhas. O PLA nem precisa da sua força de bombardeiros para incapacitar Guam, eles detém o DF-26 com alcance suficiente para gerar fogos precisos para atacar toda a ilha de Guam, ou seja, a força de foguetes - o PLARF, esse serviço armado do PLA consegue sustentar sozinho uma força de mísseis para incapacitar Guam, não atoa que os EUA procuram desesperadamente um IADS na ilha pra tentar amenizar essa deficiência.
Outra coisa, a China está construindo as ilhas artificiais no Mar do Sul da China e está instalando uma camada IADS em áreas onde há pistas e aparentemente instalações de armazenamento de mísseis, ou seja, serão bases militares operacionais que acrescentarão em muito a política de sustentação de guerra além do Mar do Sul da China, isso é claro, desconsiderando a capacidade dos EUA e aliados de neutralizar essas bases.
01:08:00
Aqui eu já tenho uma reticência a fazer com relação ao conceito ACE que o Valle expôs.
Para começar, o conceito ACE ainda é amplamente debatido lá na USAF, simplesmente porque o conceito em si apresenta vários problemas, um deles é exatamente onde eu mencionei a hora, nem mesmo a CI consegue afirmar isso com precisão. A China tem toda a capacidade aeroespacial para realizar a vigilância e reconhecimento de todos os pontos terrestres no Pacífico Ocidental, desse modo, não há garantia nenhuma de dissimulação dispersando as bases, novamente, não existe nenhuma garantia. Já deram uma olhada na constelação de satélite EO da China? O número só tende a aumentar ano após ano, esse número hoje já supera uma centena e vai superar as três centenas em um futuro próximo.
O pior não é só isso, além disso, não seriam apenas as bases, mas o sistema de poder aéreo mais amplo desses pontos que seriam atacados - ou seja, mesmo com uma pista e alguns barris de combustível de aviação, as aeronaves que tentassem operar fora dessas bases teriam muita dificuldade em estar armado, ser mantido, coordenado e não ser morto, tanto no solo(PLAAF/PLAN/PLANAF/PLARF) quanto no ar(PLAAF/PLAN/PLANAF). Ao voar para fora dessas bases, a capacidade real de geração de surtidas do PACAF simplesmente não será grande o suficiente para contestar significativamente a PLAAF em seu próprio quintal(Pacífico Ocidental). Alguns aeroportos civis podem ser empregados pelos EUA para basear aeronaves, mas eles não têm armazenamento de munição adequado, não armazenam grandes quantidades de JP-8 em nada parecido com tanques endurecidos (as aeronaves civis usam Jet A, que ainda é bom, mas carece de alguns dos aditivos que o JP-8 faz e pode causar mudanças modestas no desempenho das aeronaves) e tem muitas outras desvantagens diversas. Eles trabalharão para basear as estruturas de apoio, mas precisariam ser adaptados aos padrões militares o mais rápido possível para gerar com eficiência as missões de combate, o que é ainda muito duvidoso e exigiria padrões de logística ainda mais intensos, isso está inserido dentro do próprio conceito Agile Combat Employment(ACE) que é uma forma de combate da USAF em um TO onde a PLAAF/PLANAF é o componente aéreo inimigo a ser superado e não o contrário.
Outra coisa, o ACE, além de ser um conceito de agilidade e flexibilidade no Pacífico, não existem muitas bases para USAF usar e com que rapidez eles poderiam realmente colocá-las em ação, falando de forma realista, acho que apenas lugares como o Palau, Tinian e outras ilhas podem receber algumas aeronaves, mas, francamente, seriam uma gota no balde. Sem mencionar os requisitos necessários para suportar esses tipos de surtidas de longa distância, quanto mais longe for, menores serão as surtidas e mais protegido o continente chinês ficará. O processo para literalmente voar para fora desses pontos pode ser feito muito rápido. Tinian e Palau têm boas infraestruturas nas instalações aéreas, e levaria apenas uma semana ou mais para que ambos os pontos estivessem prontos. No entanto, a construção de armazenamento de munições, armazenamento de combustível, posições de estacionamento de aeronaves, etc... pode levar mais de 2 meses. Como tal, eu diria que de 2 a 3 meses podem passar antes que uma geração de surtidas eficiente e em escala significativa possa ser conduzida a partir desses tipos de ilhas.
ACE não é mágica. Você ainda precisa de aeroportos com pessoas que possam apoiá-los e com sistema de defesa aérea para proteger a aeronave, já que não haverá bunkers endurecidos em nenhum lugar.
02:12:00
Tem vários motivos para se afirmar que os preços da China são bem menores proporcionalmente do que os EUA, incluindo os diferentes valores de métrica a se verificar como o PIB PPC da China que já é de US$33 trilhões, enquanto seu PIB nominal é de US$19 trilhões, darei apenas cinco motivos para isso.
Primeiro: A escala industrial.
A China é a primeira no quesito produção naval global, postei hoje mesmo a notícia de que a China já tem 50% da participação da construção naval no segundo semestre de 2023 e em termos anualizados no tópico da China. Digamos que, para uma determinada demanda militar, se deseja cortar uma placa de aço com uma configuração muito difícil, você pode encontrar equipamentos relevantes em qualquer base de construção naval na China. Mas, nos Estados Unidos, a atual indústria de construção naval basicamente definhou completamente. Restaram apenas alguns estaleiros que constroem navios de guerra. Todos os outros estaleiros civis foram fechados. Portanto, definitivamente não basta a integridade de sua cadeia industrial, outra é que só tem encomendas de navios de guerra, o que inevitavelmente fará com que o estaleiro aumente os preços. Em uma economia que detém uma escala gigante em termos de construção naval, achar esses insumos e equipamentos se torna uma tarefa fácil, já que sempre haverá demanda. Compare com uma economia que não tem uma produção naval industrial e que depende sempre de encomendas militares para manter os estaleiros funcionando, achar esses insumos e equipamentos é muito mais difícil, se tornando mais caro produzir. Com exceção de alguns países da Europa, a maioria do Ocidente não tem essa escala. Portanto, o custo de manutenção anual do estaleiro não pode ser repassado para o preço do navio, mesmo que tal custo entre na somatória do custo de construção do navio militar, será um valor irrelevante, isso porque esse custo já é dividido entre os navios civis que o próprio estaleiro constrói ou de navios militares para exportação, simplesmente não tem a necessidade do estaleiro incluir esse preço para o PLAN.
https://english.news.cn/20230420/6fb6b9 ... 6eb/c.html
https://www.marineinsight.com/shipping- ... ew-orders/
https://www.chinadaily.com.cn/a/202306/ ... 6b9eb.html
https://www.thedrive.com/the-war-zone/a ... g-capacity
Segundo: Poder de compra.
A taxa média do yuan é 6,38 por cada dólar, em outras palavras, a moeda chinesa é nominalmente seis ou sete yuan por cada dólar, mas isso não significa que os preços de um determinado objeto de um dólar seja cotado no preço exato do câmbio oficial, precisa levar em conta o poder de compra da moeda. Por exemplo, um big mac pode custar US$1 nos EUA, mas não necessariamente custará 6,38 yuan na China, pode custar 3 yuan. Em termos de poder de compra da moeda, o poder de compra do yuan supera a taxa de câmbio oficial do yuan. Em outras palavras, embora a moeda chinesa seja nominalmente seis ou sete yuans para trocar por um dólar, na verdade, são necessários apenas três yuans ou menos para comprar bens que os americanos possam comprar na China por um dólar. Fatores como custos trabalhistas, cadeia da indústria de construção naval e poder de compra da moeda determinam, até certo ponto, que a construção de navios de guerra na China seja muito mais barata do que nos EUA. Basta olhar a composição do preço de casco e equipamentos, o preço de US$2000/tonelada para o aço militar, na China, o custo do aço comum é 3000 yuan/tonelada, já o aço usado para navios militares é precificado em 7000 yuan/tonelada, isso equivale a menos de US$1.100/tonelada a preço corrente, isso dando um exemplo dessa diferença entre os preços relativos na China e EUA.
Terceiro: Custos de mão de obra.
Os custos trabalhistas e as vantagens industriais desempenham um certo papel nesse sentido. A renda média atual dos trabalhadores de um estaleiro é relativamente alta. Pelo menos é relativamente alto entre todos os tipos de trabalho de todo o povo chinês. A renda dos trabalhadores comuns da construção civil naval é de cerca de 80.000 a 150.000 yuans por ano, o que hoje equivale entre US$12.500 a US$23.500, respectivamente. Essa despesa é muito inferior à dos Estados Unidos. A renda média industrial naval dos EUA é em média US$60.000, simplesmente não tem como comparar os salários entre os países. Em termos de custos trabalhistas, a China ainda tem uma grande vantagem, embora a longo prazo e com o crescimento econômico, esses custos só tendem a subir, exatamente por essa questão já se fala em deslocar a produção para outros países da Ásia.
Quarto: O custo de P&D.
Na China, todos os custos de P&D não incidem sobre o preço do navio. Assim como os estaleiros de construção naval são estatizados, os custos P&D já são pagos pelo orçamento de defesa ou por alguma agência externa, o estaleiro simplesmente não tem como incluir no preço, porque ele não gastou efetivamente nada em termos de pesquisa e desenvolvimento para os navios militares, tudo sai do orçamento militar. No PLA, já existe 10 grandes nomes que comandam toda a área de pesquisa militar, Ma Weiming é um deles, o chefe do Estado-maior da China simplesmente coloca tudo o que é possível em termos de orçamento de P&D na mão dessas 10 pessoas que são responsabilizadas por efetuarem os avanços militares chineses em todas as áreas. Ou seja, as despesas de P&D são comissionadas na forma de projetos e não estão incluídas no custo de construção. Veja, por exemplo, a diferença da classe Zumwalt, o custo individual total incluído o P&D é US$7 bilhões, porque simplesmente é dividido entre 3 navios, se a encomenda tivesse sido de 30 navios como realmente era o seguimento que a US Navy planejou, esse custo unitário do navio seria muito menor, porque o custo de P&D seria diluído entre os 30 navios. Na China, isso sequer é considerado, pela escala industrial chinesa, os estaleiros se mantém apenas com a construção naval civil e a construção naval militar é colocada em 2ª mão, porque o CMC limita o lucro do estaleiro, o que será o próximo motivo a ser mencionado.
Quinto: Lucro fixo.
Os produtos navais militares chineses são baseados em um sistema de lucro fixo, que é diferente do mecanismo de preços dos EUA. Para navios de guerra do PLAN, os estaleiros não podem cobrar uma taxa de lucro acima de 5% sob o preço do custo de construção, portanto, qualquer navio de guerra que seja construído em um estaleiro, só pode cobrar até 5% de lucro do PLA, já no mercado civil e produção militar para exportação, não há esse sistema de lucro fixo. Eu não tenho a menor dúvida de que na Coreia do Sul e no Japão, respectivamente o segundo e terceiro colocado nos países de maior construção naval do mundo, não existe esse sistema, mesmo que suas respectivas indústrias navais tenham escala necessária para suportar esse lucro pequeno em navios de guerra, pois já existe demanda suficiente para diluir os custos operacionais dos estaleiros para cada navio civil produzido.
02:16:00
O Valle comete o mesmo erro em comparar os preços nominais, se fosse colocar em uma perspectiva de gasto militar PPC da China, onde hoje o PIB PCC da China é de US$33 trilhões, com o gasto militar apresentado fica em torno de 1,5% do PIB, esse gasto representaria US$495 bilhões, a diferença diminuiria significativamente, infelizmente não há como ter certeza de tais valores, mas os gastos militares chineses são maiores do que US$300 bilhões pela paridade do poder de compra, além disso, a China gasta metade proporcionalmente em % sobre o PIB do que os EUA, o Sipri alega que a China gasta 1,5% do PIB, mesmo tomando como verdade isso, representaria a metade do que os EUA gastam percentualmente, algo na faixa de 3,4% do PIB. Se a China quisesse se igualar aos EUA em gastos militares nominais, dobrando sua % em relação ao PIB, hoje os gastos ultrapassariam US$500 bilhões, o que representaria em torno de 70% do que gasta os EUA atualmente, ou seja, não existe tanto essa diferença quando se considera o potencial da China em aumentar e se igualar até mesmo em gastos militares nominais, isso por si só já representa uma grande ameaça a vantagem tecnológica dos EUA.
Uma outra coisa, considerando a paridade do poder de compra, a China gasta muito menos em aquisição e manutenção dos seus equipamentos militares proporcionalmente, os EUA gastam 40% do seu orçamento em operação e manutenção, isso por si só representaria US$300 bilhões em valores atuais, o problema é que a China dentro do seu orçamento, detém uma % maior de investimento e compra do que os EUA proporcionalmente, gastando uma menor % do seu respectivo orçamento, talvez isso pode ser atribuído as novas expansões do PLA que ainda não dão grandes despesas de manutenção, mas o fator de crescimento econômico real garante essa sustentação de gasto real.
https://www.thedrive.com/the-war-zone/r ... to-vietnam
China Is Building A Runway On Its Closest Island Outpost To Vietnam
https://www.aspistrategist.org.au/dista ... nce-asset/
- cabeça de martelo
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Re: Mar da China!
Os chineses haviam colocado barreiras flutuantes separando a.regiao reclamada por eles da ZEE das Filipinas. E hoje as.Filipinas resolveram desfazer essas barreiras...
Vamos ver como a China vai reagir....
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Re: Mar da China!
Ele estava conduzindo uma missão para monitorar se as sanções da ONU contra a Coreia do Norte estavam sendo violadas.
Mas logo pelo menos dois caças chineses armados com mísseis ar-ar começaram a interferir no voo.
Os caças chineses chegaram a 5 metros de Aurora, movendo-se para seu ponto cego e disparando sinalizadores várias vezes.
Além do major-general Iain Huddleston da Real Força Aérea Canadense que estava em Aurora na época
Também estava a bordo um repórter do meio de comunicação canadense “Global News” para uma entrevista.
“Ao contrário da primeira vez que jatos chineses dispararam foguetes perto de Aurora”, disse o general Huddleston.
A última vez que recebemos relatos de sinalizadores sendo disparados perto da frente. “Esta é uma medida muito perigosa”, disse ele aos repórteres.
“Estamos agora no domínio público internacional”, disse o major-general Huddleston aos repórteres.
- Suetham
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Re: Mar da China!
Li que foi 3 metros.akivrx78 escreveu: ↑Qua Out 18, 2023 10:02 am
Ele estava conduzindo uma missão para monitorar se as sanções da ONU contra a Coreia do Norte estavam sendo violadas.
Mas logo pelo menos dois caças chineses armados com mísseis ar-ar começaram a interferir no voo.
Os caças chineses chegaram a 5 metros de Aurora, movendo-se para seu ponto cego e disparando sinalizadores várias vezes.
Além do major-general Iain Huddleston da Real Força Aérea Canadense que estava em Aurora na época
Também estava a bordo um repórter do meio de comunicação canadense “Global News” para uma entrevista.
“Ao contrário da primeira vez que jatos chineses dispararam foguetes perto de Aurora”, disse o general Huddleston.
A última vez que recebemos relatos de sinalizadores sendo disparados perto da frente. “Esta é uma medida muito perigosa”, disse ele aos repórteres.
“Estamos agora no domínio público internacional”, disse o major-general Huddleston aos repórteres.
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Re: Mar da China!
https://news.yahoo.co.jp/articles/68ad1 ... 293e5c4314
Filipinas vai comprar mais 5 navios de patrulha do Japão.
Novo Diretor Geral Gaban responde entrevista à imprensa em frente ao prédio da Guarda Costeira Filipina no dia 19 (Manila (Kyodo)
[Manila Kyodo] O novo secretário-geral da Guarda Costeira das Filipinas, Gaban, anunciou no dia 19 que o país deverá receber mais cinco grandes navios de patrulha do Japão. No ano passado, o Japão entregou dois barcos-patrulha com comprimento total de aproximadamente 97 metros que foram construídos com empréstimos em ienes, mas a Guarda Costeira, que está sob pressão de navios de guerra chineses no Mar da China Meridional, solicitou o fornecimento de cinco barcos-patrulha adicionais. do mesmo tipo. Os ajustes continuaram.
Após a cerimônia de substituição do chefe, o Sr. Gavan expressou sua gratidão em resposta a uma pergunta dos repórteres, dizendo: "O Japão nos deu a oportunidade de expandir nossa frota. Adquiriremos mais cinco navios". Embora tenha dito que não foi possível chegar a um acordo formal entre o Japão e as Filipinas relativamente a subvenções adicionais até ao final deste ano e que “o período de preparação pode demorar muito tempo”, sublinhou que os procedimentos estão em curso e há ``sem obstáculos.''
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Re: Mar da China!
Por que a China está em rota de colisão com as Filipinas
O navio Sierra Madre tem quase 80 anos de história
Rupert Wingfield-Hayes e Atahualpa Amerise
Role,BBC News e BBC News Mundo
28 outubro 2023
China e Filipinas vivem atualmente o seu momento de maior tensão dos últimos anos.
Ambos os países disputam territórios no Mar da China Meridional (também conhecido como Mar do Sul da China) incluindo o arquipélago Ilhas Spratlye e o Atol de Scarborough.
Estes territórios ficam a cerca de 200 km a leste das Filipinas, que os controla. Mas Pequim reivindica as áreas como suas e tem posicionado a sua força naval nas águas ao redor.
No último domingo (22/10), um navio da Guarda Costeira chinesa atingiu intencionalmente um dos barco filipinos.
Não é a primeira vez que isso acontece - e tampouco foi um impacto violento (foi um golpe leve e sem consequências) -, mas as imagens, registadas por uma equipa de jornalistas filipinos a bordo do navio, deram a volta ao mundo.
Manila apresentou uma queixa diplomática sobre o confronto entre os dois países, cujas relações sempre foram tensas, mas se deterioraram nos últimos anos.
O navio atingido transportava suprimentos para soldados que estão estacionados em um outro barco, parado em um ponto-chave da disputa entre China e Filipinas.
E não se trata de uma embarcação qualquer: os soldados estão no Sierra Madre, um antigo navio da Segunda Guerra Mundial.
O navio de 5 nomes
Coberto de ferrugem e com buracos no casco, o Sierra Madre fica encalhado no banco de areia de Ayungin (também chamado de Second Thomas Shoal, em inglês).
Em 1997, as Filipinas posicionaram a embarcação estrategicamente no local, dentro da sua zona econômica exclusiva, a 194 km da Ilha de Palawan.
Desde então, este navio de desembarque de tanques de 100 metros de comprimento tem servido como uma peculiar base militar com a qual - para desgosto da China - o Estado filipino defende a sua soberania na área.
Apesar da sua condição precária, o Sierra Madre abriga permanentemente um grupo de soldados filipinos
Hoje maltratado e decadente, o Sierra Madre tem uma longa história que remonta à intervenção americana na 2ª Guerra Mundial.
Fabricado no estado de Indiana, nos Estados Unidos, entrou na guerra no final de novembro de 1944, sob o nome de USS LST-821. Ele transportou suprimentos por toda a Ásia e Pacífico, o que lhe valeu uma estrela de batalha do Exército americano.
No final da guerra, em setembro de 1945, ele foi enviado de volta aos Estados Unidos, desativado e renomeado como USS Harnett County.
Depois de anos na reserva, voltou à ação em 1970. Os EUA o transferiram para a força naval do seu aliado Vietnã do Sul, que o utilizou como navio de transporte logístico após lhe atribuir um novo nome: My Tho.
Navio durante sua missão no Vietnã, quando era chamado de My Tho
Com a derrota dos sul-vietnamitas em 1975, o navio transportou cerca de 3.000 refugiados de Saigon para a Baía de Subic, que abrigava bases americanas a norte de Manila, na ilha filipina de Luzon.
Um ano depois passou a fazer parte da Marinha das Filipinas, primeiro com o nome de BRP Dumagat e finalmente de Sierra Madre, em homenagem à cordilheira que corre ao longo da costa nordeste de Luzon, a mais longa do país.
Nas duas décadas seguintes foi utilizado como navio de transporte anfíbio até que, já em declínio, assumiu a sua atual e mais famosa missão: proteger a soberania marítima das Filipinas contra as ambições territoriais da China.
A disputa
Após iniciar seu mandato em junho de 2022, o presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., abandonou as políticas de aproximação com a China de seu antecessor, Rodrigo Duterte, para se aproximar do tradicional aliado do país, os Estados Unidos.
Desde então, a antiga colônia espanhola e americana de 100 milhões de habitantes tem sido mais firme na defesa das suas reivindicações contra o gigante asiático, o que gera crises perigosas como a que ocorreu no domingo.
O Mar da China Meridional – onde estão localizadas as ilhas Spratly e Paracel – tem sido palco de diversas disputas territoriais durante séculos, mas a tensão aumentou na última década.
As extensas reivindicações da China - que incluem a disputa pela posse de bancos de areia e as águas adjacentes - irritaram os países que historicamente reivindicam essas águas, não apenas as Filipinas, mas também Vietnã, Taiwan, Malásia e Brunei.
Numa tentativa de reafirmar a sua soberania, Pequim construiu ilhas artificiais e implantou patrulhas navais na área.
Uma das ilhas artificiais que a China construiu nas Spratlys para ganhar o controle da região
Os Estados Unidos e o Japão, que não estão envolvidos conflito, enviaram navios e aviões militares para conter a China e garantir a liberdade de navegação.
Embora nunca tenham ocorrido incidentes graves, existe a preocupação de que a área possa se tornar um ponto crítico de conflito com potenciais consequências globais, uma vez que os EUA têm compromissos de defesa tanto com as Filipinas como com Taiwan, caso estes sejam atacados.
A importância destas águas
Mas por que as águas do Mar da China Meridional são consideradas tão importantes?
Em primeiro lugar, é uma rota fundamental, uma vez que mais de 20% do comércio marítimo mundial passa por ela todos os anos.
É também o lar de extensos pesqueiros onde trabalham navios de pesca de todo o mundo.
No caso dos arquipélagos Paracel e Spratly, que são desabitados, acredita-se que possam existir reservas de recursos naturais, como petróleo e gás, nas proximidades.
Contudo, a área não foi explorada detalhadamente e as estimativas se baseiam na riqueza mineral de outras regiões vizinhas.
A questionada “linha de nove pontos”
A China reivindica a maior parte do território de uma área delimitada pela chamada “linha dos nove traços”, que se estende por centenas de quilômetros a sul e a leste da sua província mais meridional, Hainan.
Em 1947, Pequim publicou um mapa antigo para apoiar as suas reivindicações, segundo o qual as ilhas Paracel e Spratly foram supostamente consideradas parte da nação chinesa durante séculos.
Os seus críticos salientam que este mapa carece de legitimidade e nem sequer inclui as coordenadas da área que reivindica, enquanto o Vietnã alega que a China nunca reivindicou os arquipélagos antes de 1940 e afirma ter controlado as áreas desde o século 17.
As Filipinas, por sua vez, argumentam a seu favor que são o país geograficamente mais próximo dos Spratlys.
Manila também está em disputa com Pequim pelo Atol de Scarborough (conhecido na China como Ilha Huangyan), uma ilhota localizada a pouco mais de 160 quilômetros das Filipinas e a mais de 800 quilômetros da costa chinesa.
A Malásia e o Brunei, por seu lado, reivindicam territórios no Mar da China Meridional que afirmam estar dentro das suas zonas econômicas exclusivas.
Em 2013, as Filipinas levaram as suas reivindicações ao Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia, que três anos mais tarde decidiu a favor, considerando que a China tinha violado os seus direitos de soberania.
O governo chinês, no entanto, classificou a decisão como “infundada” e se recusou a cumprir.
Política filipina
O confronto entre Manila e Pequim no Mar da China Meridional já dura décadas. Mas nos últimos meses algo mudou. Os conflitos estão agora se desenrolando sob o olhar atentos dos meios de comunicação televisivos.
Nas imagens da colisão entre os dois navios do domingo passado, é possível ver uma equipe de televisão filipina lutando para filmar o momento.
Essa é a segunda vez em poucas semanas que jornalistas filipinos filmam um encontro entre embarcações chinesas e filipinas perto de um recife particularmente sensível conhecido como Second Thomas Shoal, Ayungin Shoal ou Ren Ai Reef.
O navio filipino estava a caminho do Sierra Madre quando houve a colisão com o barco chinês
Tudo isso não aconteceu por acidente. Faz parte de uma política deliberada do governo filipino para chamar a atenção para o que chamou de “força bruta” da China.
“Penso que assistimos a uma mudança significativa este ano. É o que chamo de uma campanha de transparência assertiva”, afirma o coronel reformado Raymond Powell, do Gordian Knot Center da Universidade de Stanford.
A partir de janeiro, o governo filipino começou a enviar mais vídeos dos encontros à mídia local. Durante o período do verão na região, levou diversos jornalistas, incluindo da BBC, a bordo dos seus barcos e aviões que se dirigiam para as águas disputadas.
“Foi como acender uma luz para mostrar as operações da China na zona cinzenta”, diz o coronel Powell.
A China parece ter ficado surpreendida com estas novas táticas.
Durante algum tempo, parecia que a estratégia estava funcionando, diz Oriana Skylar Mastro, do Instituto Freeman Spogli de Estudos Internacionais: “Vimos uma certa calmaria nas atividades da China”.
Com isso, Manila conseguiu fazer várias viagens de reabastecimento ao Sierra Madre.
Mas a maioria dos analistas acredita que a China se contenta em jogar um jogo a longo prazo.
Quando as relações entre Pequim e Manila estão boas, a guarda costeira da China permite que os reabastecimentos do Sierra Madre prossigam. Já quando as relações azedaram, eles agem para bloquear os navios filipinos.
Mas a avaliação geral de Pequim é que o Sierra Madre não poderá continuar na região para sempre e que, em algum momento, as Filipinas serão forçadas a evacuar os fuzileiros navais.
Durante os seis anos do governo Duterte, essa suposição parecia bem fundamentada. Mas desde a eleição de Ferdinand Marcos Jr., no ano passado, a política externa das Filipinas deu uma volta de 180 graus.
Os navios da Guarda Costeira chinesa interrompem frequentemente os trabalhos dos navios de pesca e abastecimento das Filipinas
Além da reversão da aproximação com a China, fontes em Manila dizem que comida e água não são as únicas coisas que as Filipinas têm levado para o Sierra Madre nas operações de reabastecimento.
As fontes dizem que o governo filipino tem transportado discretamente materiais de construção, incluindo cimento e andaimes, com o objetivo de escorar o navio enferrujado e manter ele funcionando.
“É muito difícil imaginar como eles poderiam prolongar a vida útil do navio”, diz o coronel Powell. "Acho que estamos chegando a um ponto de crise. O fim do Sierra Madre está próximo. Ele poderá se desintegrar muito em breve."
Talvez este seja o motivo da urgência que está levando tanto Manila como Pequim a uma maior assertividade. As Filipinas estão desesperadas para manter a sua presença em Ayungen Shoal. E Pequim reitera mais uma vez o seu poder, determinado que o Sierra Madre não sobreviverá.
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd1kdxw3ew1o
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Re: Mar da China!
Japão oferecerá radares de vigilância às Filipinas
Uma captura de tela tirada de um vídeo – divulgado pela guarda costeira chinesa em outubro – mostra uma colisão entre um navio da guarda costeira chinesa (à direita) e um barco de reabastecimento filipino. | APOSTILA / VIA GUARDA COSTEIRA CHINESA / VIA AFP-JIJI
1º de novembro de 2023
O Japão planeja fornecer radares de vigilância às Filipinas no âmbito do programa de assistência oficial à segurança (OSA) de Tóquio, disseram fontes governamentais na quarta-feira.
Espera-se que as Filipinas se tornem o primeiro país a receber ajuda no âmbito do programa, que foi introduzido no exercício financeiro de 2023.
O primeiro-ministro Fumio Kishida deverá afirmar o plano quando se encontrar com o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., durante sua visita ao país do sudeste asiático na sexta-feira.
A ajuda de segurança japonesa surge num momento em que uma disputa territorial entre as Filipinas e a China se intensifica no Mar da China Meridional, levando a uma série de colisões de navios.
O programa OSA foi concebido para ajudar a aumentar as capacidades militares de países com ideias semelhantes, fornecendo equipamento de defesa e promovendo o desenvolvimento de infra-estruturas.
O Japão planeia utilizar o programa de ajuda à Malásia, Bangladesh e Fiji também no atual ano fiscal até março de 2024.
Kishida visitará as Filipinas e a Malásia por três dias até domingo. Ele deverá se tornar o primeiro primeiro-ministro japonês a fazer um discurso no Congresso das Filipinas, planejando anunciar a política diplomática de próxima geração de Tóquio em relação ao Sudeste Asiático. Kishida se reunirá com seu homólogo malaio, Anwar Ibrahim, no domingo.
“Ao mesmo tempo em que fortalecemos drasticamente as próprias defesas do Japão, é essencial melhorar a segurança e as capacidades de dissuasão de países que pensam da mesma forma”, dada a grave situação de segurança do Japão, disse o secretário-chefe de gabinete, Hirokazu Matsuno, em entrevista coletiva na quarta-feira.
Localizadas numa rota marítima estrategicamente importante, as Filipinas são “nosso importante parceiro de segurança”, disse ele.
Na próxima reunião, Kishida e Marcos deverão confirmar que o Japão e as Filipinas iniciarão conversações sobre um acordo de acesso recíproco para permitir que as Forças de Autodefesa Japonesas e os militares filipinos visitem facilmente os países um do outro.
https://www.japantimes.co.jp/news/2023/ ... ce-radars/
Assistência Oficial de Segurança (OSA)
4 de julho de 2023
Dado que o Japão se encontra no meio do ambiente de segurança mais severo e complexo desde o final da Segunda Guerra Mundial, é essencial que reforcemos drasticamente as nossas próprias capacidades de defesa, bem como melhoremos as capacidades de segurança e dissuasão de países com ideias semelhantes. a fim de evitar tentativas unilaterais de alterar o status quo pela força, garantir a paz e a estabilidade da região Indo-Pacífico em particular, e criar um ambiente de segurança desejável para o Japão.
Para atingir este objectivo, além da “Assistência Oficial ao Desenvolvimento (ODA)”, que visa o desenvolvimento económico e social dos países em desenvolvimento, o Japão decidiu estabelecer um novo quadro de cooperação “Assistência Oficial à Segurança (OSA)” em benefício de forças armadas e outras organizações relacionadas, fornecendo materiais e equipamentos, bem como assistência ao desenvolvimento de infra-estruturas com base nas necessidades de segurança dos países. A OSA é referida na nova “Estratégia de Segurança Nacional” aprovada pelo Conselho de Ministros em 16 de dezembro de 2022.
Trecho da Estratégia de Segurança Nacional do Japão (dezembro de 2022)
VI Abordagens Estratégicas Priorizadas pelo Japão
2. Abordagens estratégicas e principais formas e meios
(1) Desenvolver esforços centrados na diplomacia para prevenir crises, criar proativamente um ambiente internacional pacífico e estável e fortalecer uma ordem internacional livre e aberta
(vii) Utilização Estratégica da ODA e Outras Cooperações Internacionais
“Com o objectivo de aprofundar a cooperação em segurança com países com ideias semelhantes, para além da ODA para o desenvolvimento económico e social dos países em desenvolvimento e outros fins, será estabelecido um novo quadro de cooperação em benefício das forças armadas e outras organizações relacionadas. O Japão fornecerá equipamento e suprimentos, bem como assistência para o desenvolvimento de infra-estruturas a países que partilham as mesmas ideias, com vista a reforçar as suas capacidades de segurança e a melhorar as suas capacidades de dissuasão. Isto faz parte dos esforços para reforçar a arquitetura de defesa abrangente.”
Ameaça da China leva o Japão a explorar o pacto militar com as Filipinas, enquanto ambas as nações permanecem cautelosas com o PLA
Por Ashish Dangwal -2 de novembro de 2023
Face à escalada das ações militares da China na região do Indo-Pacífico, o Japão está preparado para iniciar conversações para um novo acordo de segurança com as Filipinas, destinado a reforçar a colaboração na defesa e a permitir exercícios militares conjuntos.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que deverá visitar as Filipinas em 3 de novembro, pretende estabelecer o quadro inicial para um novo tratado de segurança.
Kishida está programado para se reunir com o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr. Durante as discussões, eles deverão considerar o início de negociações para um “acordo de acesso recíproco”.
Este acordo visa agilizar os procedimentos para as Forças de Autodefesa do Japão e os militares filipinos enviarem tropas e equipamentos nos países uns dos outros. A implementação de tal acordo facilitaria a execução de exercícios militares conjuntos.
Se estas negociações forem bem sucedidas, as Filipinas tornar-se-ão o terceiro país a estabelecer tal acordo com o Japão. Tóquio mantém acordos de acesso recíproco com o Reino Unido e a Austrália, ambos considerados quase-aliados.
O “acordo de acesso recíproco” representa uma componente crucial da estratégia de Tóquio para reforçar a sua rede de “quase-aliados” para formação colaborativa e cooperação na região Indo-Pacífico.
No dia 30 de outubro, ao discutir a sua próxima visita, Kishida pretendia promover a colaboração nos vários desafios que a região e a comunidade global enfrentam.
Durante a sua visita, ele deverá tornar-se o primeiro primeiro-ministro japonês a discursar no Congresso das Filipinas, onde revelará a futura estratégia diplomática do Japão no Sudeste Asiático.
Shashank S. Patel, analista geopolítico e de defesa, disse ao EurAsian Times: “A visita do PM Kishida às Filipinas é uma farra de definição de políticas antes de sediar a Cimeira Japão-ASEAN para celebrar 50 anos de relações diplomáticas no próximo mês. O seu discurso político planeado ao Parlamento filipino levará a uma arquitetura de segurança renovada para os países da ASEAN.”
Patel explicou: “Irá iniciar um novo capítulo na diplomacia do Sudeste Asiático através da resposta clínica ao desafio chinês. Os recentes confrontos no Mar da China Meridional entre a China e as Filipinas atraíram as tão necessárias implantações de defesa reforçada dos EUA e do Japão.”
“O Japão sabe que as capacidades de defesa marítima das Filipinas são as mais eficazes entre os membros da ASEAN para combater a China no Mar da China Meridional, que precisava de ser apoiada por parceiros internacionais em tempos críticos”, acrescentou.
Além disso, Tóquio está a melhorar as capacidades de vigilância marítima das Filipinas, fornecendo-lhes sistemas de radar costeiro e navios de patrulha. Além disso, o Japão também está a considerar a transferência de aeronaves e outros equipamentos para fortalecer ainda mais a sua parceria com as Filipinas.
Após sua visita às Filipinas, Kishida deverá viajar para a Malásia, onde deverá discutir a oferta de apoio no âmbito do programa de assistência oficial à segurança (OSA) com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim.
Novo acordo de segurança para combater a China
Se for estabelecido, o Acordo de Acesso Recíproco (RAA) com as Filipinas representaria o primeiro acordo do Japão com um membro da Associação das Nações do Sudeste Asiático e o terceiro no geral, na sequência de acordos semelhantes com a Austrália e a Grã-Bretanha.
Estes acordos destinam-se a facilitar o intercâmbio de pessoal de defesa para operações de formação e socorro em catástrofes, ao mesmo tempo que relaxam as restrições ao transporte de armas e fornecimentos.
No âmbito da RAA Filipinas-Japão, ambos os países teriam a capacidade de enviar as suas tropas para os territórios um do outro para vários fins operacionais e de treino.
Em Abril de 2022, durante uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa do Japão e das Filipinas, foi alcançado um acordo para iniciar discussões sobre como avançar e agilizar a cooperação em defesa.
Isto incluiu a exploração de quadros para visitas recíprocas e apoio logístico, significando um compromisso de reforçar a sua colaboração no domínio da defesa.
Por exemplo, após a assinatura do Acordo de Acesso Recíproco (RAA) com a Austrália, os caças stealth F-35 japoneses de quinta geração embarcaram na sua primeira implantação no exterior em agosto de 2023.
Além disso, Tóquio está planejando a implantação de caças na Austrália de forma rotativa, com a iniciativa prevista para começar já no próximo ano fiscal.
Esta implantação visa facilitar exercícios conjuntos para melhorar as suas capacidades combinadas para combater potenciais ameaças ou ataques na região australiana.
O Japão e as Filipinas partilham desafios marítimos comuns colocados por Pequim nos mares do Leste e do Sul da China. As Filipinas tiveram um incidente recente em que um dos seus navios de abastecimento colidiu com um navio da Guarda Costeira da China perto das disputadas Ilhas Spratly, em 22 de Outubro, aumentando ainda mais as tensões na região.
Tóquio e Manila também estão empenhadas em reforçar a sua cooperação nas operações de tropas. Nomeadamente, a Força Terrestre de Autodefesa (SDF) do Japão participará, pela primeira vez, em discussões com as forças dos EUA e das Filipinas para planear um exercício anfíbio que simule a recaptura de uma ilha remota, agendado para Novembro.
Simultaneamente, no mesmo mês, a Marinha das Filipinas participará pela primeira vez em exercícios conjuntos ao lado das forças marítimas japonesas, norte-americanas e australianas, embora a título de observação.
Além disso, estão em curso discussões entre Tóquio e Manila sobre a possibilidade de oficiais filipinos receberem formação em guerra submarina e operações de reabastecimento offshore a bordo de navios das SDF.
https://www.eurasiantimes.com/china-thr ... ance-with/