Não é difícil. Muito pelo contrário, seria muito mais fácil operacionalmente falando. Ainda mais se comparado ao cenário de desembarque visando Kherson que é um ponto mt mais fortificado do que em Energodar, os mapeamentos das fortificações comprovam a extensão dessa natureza de vulnerabilidade nessa frente, além de que, não se sabe o motivo dos russos ainda terem construído as barreiras e fortificações em Energodar e áreas adjacentes, tiveram quase 1 ano inteiro para construir o aparato defensivo e até o momento não vejo a área tão fortificada, visada e distribuída como Kherson.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am @Suetham, vou por partes, espero que eu não seja trollado pelo meu PC kkkkk.
Enegodar:
Dificílimo, talvez mais do que a travessia através de Kherson visando Dachi. A menor distância entre Nikipol e a outra margem é de 4.86 km. Os Russos vão saber e reagir antes que cheguem até a metade disso e é uma margem enorme para usar ferry boats para transportar material pesado, especialmente carros de combate, que seriam indispensáveis, pois em torno de Enegodar - ou Enegohar, como preferirem - são 51.84 km cobertos por áreas edificadas, o que dá a vantagem aos Russos de se limitar a utilizar infantaria leve, talvez poucos blindados, para suprimir uma primeira onda que seria formada por infantaria leve do outro lado, que já estaria levando fumo ainda na água.
Acredito que vc deve estar pensando na seguinte abordagem ucraniana:
A AFU vai concentrar tudo relacionado ao MEM próximo de Nikopol com os russos localizando previamente essa intenção ucraniana e quando eles lançarem o desembarque, os russos terão tempo para reagir diante dessa tentativa de desembarque, com toda a preparação incluindo apoio aéreo em máxima prontidão.
Os ucranianos só fariam isso se forem completamente idiotas, sendo bem sincero. As tentativas anteriores de desembarque na área em torno de Energodar não seriam o melhor exemplo para se usar, pq agora seria uma Op Anf inerentemente diferente que atende a um propósito estratégico com tropas mt melhor adestradas e equipadas. Eu não vejo isso ocorrendo, ainda mais se estivermos falando das unidades que receberam treinamento da OTAN e provavelmente receberão assistência operacional dos aliados europeus.
Antes da acumulação de tropas e equipamentos na outra margem, seja ela próxima ou mais afastada, os ucranianos realizarão barragens de artilharia visando atingir unidades e instalações sensíveis que dão apoio as tropas russas em Energodar. Antes de qualquer transposição, haverá rapidamente uma preparação de fogos de artilharia visando deixar um desembarque mais permissivo, a abordagem que eu acho que vc está considerando não é a que eu acho que a AFU irá seguir, sendo assim, os ucranianos terão que agir de acordo com o emprego combinado de artilharia e com as For Dbq. Ontem mesmo, os ucranianos atacaram o assentamento em Mykhailivka que continha-se segundo o informante ucraniano que transmitiu as coordenadas, um QG russo lá, esse assentamento é próximo onde estava baseado a unidade AAe russa:
O elemento fundamentalmente importante que vc esqueceu de mencionar aqui é o fator aeromóvel nessa composição da operação. Em conjunto com o emprego da artilharia, antes da tentativa de travessia do rio Dnieper pela For Dbq, após a sucessão de efeito supressivo da artilharia da AFU, haverá a Op Amv combinado da AFU visando estabelecer cobertura helitransportado para locais da travessia, de modo para assegurar a cabeça de ponte visando a transposição de todos os escalões da For Dbq cumulativas no T.O visado. Muito provavelmente também nessa Op Amv, eles visarão estabelecer a conquista nos assentamentos na retaguarda de Energodar, eles conseguem fazer isso pq não existe fortificação alguma entre tais assentamentos e a margem direita do rio Dnieper nessa direção, talvez eles tenham o objetivo de capturar Dniprovka-Zapovitne-Novodniprovka. Além disso, pelo que vejo os ucranianos estão bastante capacitados em operações de baixa altitude com Mi-8(provavelmente também com o UH-60A):
Possíveis pontos conectivos(demonstrado pelo alcance do translado) da For Dbq:
Como eu disse, não dá para confiar plenamente em mapas de código aberto, mas em Nikopol, de acordo com dados de OSINT, anteriormente só estava a unidade 301st Anti-Aircraft Missile Regiment da AFU, recentemente, tivemos confirmação de que uma outra unidade estava baseado em Nikopol, o 71st Jager Infantry(Amv), isso claramente nos dá uma indicação de uma unidade em pronta-resposta para uma provável Op Amv.
Além disso, não há necessidade efetiva de desembarcar do grosso da For Dbq em Energodar, existem 4-5 possíveis locais de desembarque inerentemente permissivos para explorar a área de operação ao redor do objetivo principal. Além disso, os ucranianos são mt bons em explorar áreas permissivas como demonstrado na ofensiva em Kharkiv que eu considero como a única ofensiva ucraniana realmente vitoriosa:
Vale destacar aqui que isso só foi possível devido ao nível de consciência situacional provavelmente derivado do conjunto de satélites da empresa ICEYE, com as imagens SAR fornecidas por tal constelação, permitiu a Ucrânia coletar dados e imagens acerca do pequeno agrupamento russo em Kharkiv. Já abordei sobre a ICEYE aqui:
https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 0#p5620170
A Ucrânia ainda tem a possibilidade de comprar imagens de satélite de empresas como Planet Labs e Maxar Technologies e receber apoio efetivo diretamente do próprio USSF(https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 5#p5620735), além de ser apoiado pelas agências espaciais de coleta e distruição de imagens NRO/NGA subordinados ao DoD.
Tá, mas e quanto aos russos?
Estão muito pior do que os ucranianos. Para começar o comando espacial das forças estratégicas russas possui 109 satélites, mas apenas 11 são capazes de captar imagens EO de média ou alta resolução e apenas 3 deles são modernos. São 62 satélites para comunicação, 26 para GLONASS e etc. Recentemente em uma notícia vinculada, um especialista(da qual não lembro o nome agora) falou sobre 6 satélites militares funcionais, se não me falha a memória, é certo que os 3 satélites de reconhecimento militar mencionados anteriormente poderiam ter sido apontados.
Os russos nessa deficiência podem buscar os chineses. É o que sugere como o Wagner comprando imagens de satélite da empresa chinesa Spacety, mas ainda isso permanece como incerto sem evidência concreta e não existe a menor possibilidade de se provar isso ativamente, apenas se comprovassem os dados da compra ou vazasse internamente essa informação.
https://www.reuters.com/article/usa-chi ... NL1N3581PC
Talvez os próprios chineses poderiam estar usando seus satélites militares para dar as imagens e dados aos russos, entretanto, novamente entramos na mesma dúvida, não tem como provar isso. Desde o início da guerra, tem sido quase um clichê que a guerra não durou 3 dias porque o ISR(incluindo espacial) americano pegou as forças ucranianas nas costas que só tiveram que apertar o botão, recebendo todas as coordenadas do alvo e reconhecimento dados através da sua própria kill chain. Esta é uma vantagem infinita para os ucranianos, tanto que até trouxe algum tipo de paridade contra as forças russas. No espaço, a Rússia está anos-luz atrás dos países ocidentais, principalmente por falta de dinheiro e também permanece muito atrás dos chineses que estão alcançando os americanos nessa área. Abordei sobre isso aqui entre essa comparação do PLA e do VKS:
https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 1#p5622431
Eu não descartaria que a Rússia estivesse recebendo apoio da China com relação as imagens de satélites. Essa é uma ótima maneira encoberta do próprio PLASSF promover seu apoio ISR espacial para os russos, dessa forma, testando e validando a sua kill chain em um cenário real de guerra, inteirando a cadeia de comando e reconhecimento e designação de alvo, explorando e entregando coordenadas de alvos prontas e processados aos russos, isso seria uma experiência de ouro para o PLASSF e o próprio PLA de uma forma geral, testando sua capacidade ao vivo contra a Ucrânia recebendo apoio ISR espacial americano.
Para os russos, isso seria especialmente estratégico para eles na tentativa de melhorar sua consciência situacional que é inferior aos ucranianos devido ao apoio ocidental. A frequência de atualização de dados pode ser comprimida se vários satélites sobrevoarem a mesma área (e não exatamente ao mesmo tempo), para que os algoritmos de processamento de imagem tenham uma chance melhor de detectar diferenças valiosas no T.O. A China não é beligerante, dessa forma interferir em seus dispositivos espaciais é um ato de guerra que as forças ucranianas e ocidentais não podem pagar o preço. Só com relação a uma segmentação, a constelação SAR chinesa tem 2-3 satélites a menos do que a ICEYE que tem a maior constelação SAR do mundo, os russos se estivessem recebendo apoio chinês, teriam uma das melhores tecnologias espaciais do mundo, além de um sistema de comunicação melhor.
A única indiferença aqui é se for verdade dos russos recebendo apoio chinês, a que nível essa interação estaria sendo realizado. De qualquer forma, os ucranianos estarão mt melhor informados através dos dados e imagens fornecidos pelos dispositivos espaciais ocidentais.
Tudo isso relacionado ao fator espacial vai ter fundamental importância na hora de constituir a execução da pré-operação pq os ucranianos criarão desinformação em algum outro setor da linha de frente para os russos focarem seus recursos ISR lá, incluindo espaciais, sendo auxiliados pela China ou não, por isso que eu deixo em aberto que a contraofensiva começando em Energodar seria imprudente, deixaria os russos totalmente alertas sobre esse setor vulnerável, por isso acredito que os ucranianos farão algum ataque diversionário em Kherson ou mesmo no eixo VMP pra mascarar suas reais intenções com relação a Energodar, pq é a frente menor fortificada da Rússia como os mapeamentos demonstram visivelmente.
Sim. Eu lembro bem dessa tentativa de desembarque. O único problema é que as forças ucranianas foram detectadas na pré-operação em Stepnohirs'k(Stepnogorsk) e Kam'yans'ke(Kamensky), o que deu tempo de reação aos russos, inclusive com o Ka-52 sendo implantado lá. A única diferença entre essa tentativa de desembarque e a que eu estou imaginando é que os ucranianos não darão possibilidade dos russos reconhecerem que farão uma tentativa de travessia ali, o erro dos ucranianos foram ao mesmo tempo usar a artilharia combinado com essa preparação de desembarque em Stepnogorsk e Kamensky que denunciou para os russos, após essa denúncia clara os Ka-52 foram acionados.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Eu lembro das duas tentativas que os Ucranianos tentaram, inclusive com apoio de Mi-8 e apareceram dois Ka-52 em Vodiane a acabou com a festa, inclusive um Mi-8 teria sido abatido por um Ka-52.
O problema da consciência situacional não é só com relação em Nikopol. O problema se estende a uma frente ampla de 70 km desde Novovorontsovka até Chervonodniprovka ou mais de 100 km desde Novovorontsovka até Kamensky. Se considerarmos toda a área da retaguarda nessa frente que compreende a faixa que os russos precisariam cobrir é efetivamente mais do que 2.000 km2. A impossibilidade de prever o curso de ação ucraniano é um dos fatores mais fundamentais aqui, com a consciência situacional que eu falei lá em cima permitiria uma superioridade ucraniana frente aos ativos ISR russos. Eu duvido muito de que a faixa compreendida em torno de Energodar seja tão monitorada quanto Kherson. Primeiramente não há tanta forças russas nessa área de ação, não se comparado ao cenário de Kherson, exatamente pelas ações ucranianas em tentar desembarcar em Kherson farão os russos ter mais visibilidade nessa frente, em contraposição a Nikopol-Energodar. Segundo, como eu imagino que seria uma contraofensiva ucraniana, assim que começasse a ofensiva em uma frente como o eixo VMP, a atenção máxima estaria nessa frente, mas a russa estaria dobrando suas apostas em outras áreas sensíveis possíveis de empurrão ucraniano, eu duvido mt de que os russos direcionassem essa atenção a área de Energodar pq as possíveis áreas são justamente o eixo em Vasylivka até Polohy, Kherson, Soledar e Svatove/Kreminna. A terceira questão é que para essa operação ser bem-sucedida, seria extremamente necessário o fator surpresa, uma coisa que não foi possível durante as tentativas anteriores por causa do deslocamento MEM para as margens denunciando a intenção de desembarque ucraniano, caso a Ucrânia tenha realmente melhorado e aprendido com isso, eles farão algum ataque diversionário para dissimular os russos de suas intenções, a mais provável o possível curso de ação de desembarque em Kherson, tornando o desembarque em Energodar uma surpresa tática da operação ucraniana.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Os Russos monitoram Nikopol tanto quanto monitoram Kherson e Berislav, tanto que a cada dois dias essa cidade é alvo da artilharia Russa. Acho que até uma primeira leva de infantaria leve consiga cruzar e o ideal seria mirar a Usina Nuclear em si, mas a segunda leva não passaria da metade do Rio. E o problema é enfrentar a OMON, tidos como superiores até que algumas tropas Spetnaz que os Russos possuem, esses Chechenos são muito bons no que fazem, lembro de ter pesquisado bastante sobre eles principalmente pelo que fizeram em Popasna.
Quanto ao fato de Nikopol ser bombardeado por artilharia a cada 2 dias, eu não vejo isso não. A maioria das intervenções russas em Nikopol são devido a ataques do VKS com mísseis de cruzeiro e/ou talvez as bombas planadoras do kit UMPC, ações de artilharia russa em Nikopol não são tão recorrentes, apenas esporadicamente. Esses ataques do VKS acontecem uma vez semanalmente, na tentativa de brecar a acumulação de tropas da AFU em Nikopol, também atingindo Zaporizhzhia e o Dnipropetrovsk.
Os russos estão cientes disso, embora está nitidamente comprovado de que a situação em Energodar é bem mais vulnerável do que Kherson em um desembarque.
Além disso, estou absolutamente convicto de que a Ucrânia terá uma superioridade de artilharia aqui, se realmente for esse setor o pretendido pela AFU, pois, os recursos de peças de artilharia são abundantemente menores do que em outros cenários, incluindo Kherson, a Ucrânia poderia suprimir a artilharia e DAAe russa, podendo atacar os pontos logísticos e comunicação dos russos que dão apoio as unidades russas:
Trouxe esses mapas do Jomini apenas para exemplificar as rotas ferroviárias que oferecem apoio as unidades russas em Energodar. Veja que Melitopol é o mesmo entroncamento ferroviário que dá apoio efetivo em todo o setor de Zaporizhzhia, incluindo Tokmak, Vasylivka, Polohy e Energodar. Até mesmo se a Ucrânia realizar a barragem de artilharia em Melitopol, onde todos pensam que o avanço começaria na área em torno de Polohy, os russos não saberão onde ocorrerá o desembarque, podendo mascarar em relação ao eixo VMP e avançar em direção a Energodar.
Eu não acredito nisso. Eles já conseguiram distrair os russos com relação a ofensiva em Kharkiv, vejo uma possibilidade bem grande disso acontecer novamente, ainda mais considerando um movimento dissimulado ucraniano em outra frente, provável em Kherson - o que já está acontecendo, embora eu só esperaria esse tipo de ação abstruso antes da contraofensiva no eixo VMP ter iniciado, além de tudo o que eu já falei anteriormente acima.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Concordo contigo que irão tentar cruzar o rio, mas creio que vão cruzar uma primeira leva e não voltam mais, não vejo como o suficiente para distrair os Russos de Zaporizhzhia. Aliás, eu vou tentar checar uma informação, mas parece que as defesas desses locais foram separadas para Generais diferentes, o que evitaria disrupção na cadeia de comando.
Essa talvez seja a ideia da doutrina russa de defesa ativa. Dispondo dos meios e unidades necessárias pra evitar um avanço inimigo, a força de manobra(VDV) elimina a ameaça de flanqueamento e explora a fronteira do AFU, com isso a unidade de artilharia de reserva operacional prepara o emprego de fogo de projéteis de artilharia pra repelir o avanço ucraniano nas áreas ameaçadas de avanço pelas unidades mecanizadas e blindadas ucranianas.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Fortificações Russas:
Essa imagem aqui descreve bem o que eu vinha falando anteriormente sobre como os Russos constituem as linhas de defesa.
O que os Russos mais fazem em suas táticas de defesa é criar Killzone para a artilharia. Em Kherson, por exemplo, eles usaram a mobilidade da VDV para spottar, abrir fogo e atrair tropas da AFU que acabavam caindo na zona de destruição da artilharia Russa, vimos isso em várias e várias imagens onde blindados da AFU, com tropas desembarcadas - ou seja, houve um primeiro engajamento pelos Russos - avançavam e acabavam caindo numa chuva de artilharia, tendo que recuar, quando conseguiam recuar.
Assim como vc, eu vejo uma postura defensiva completamente diferente dos russos em relação a essa contraofensiva. Diferentemente no cenário anterior da tática russa que vc exemplificou na qual concordo, aqui agora a Rússia está implementando a defesa posicional, colocando fortalezas e fortificações para infligir perdas máximas que puder para a AFU, mantendo as posições preparadas o quanto aguentar.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Essas barreiras anticarro criam justamente essas zonas, o que me indica que neste caso os Russos não irão apostar em defesas mais móveis, como em Kherson, talvez também pela especialidade das tropas que estão em Zaporizhzhia, a maioria Mecanizada, Motorizada e a MPR, devem usar a VDV que estavam estacionadas em Kherson como reserva estratégica. A ideia vai ser atrasar e encher o local de artilharia não para recuar, mas para eliminar.
Talvez a ideia aqui seja prender tropas blindadas dentro do círculo, pois não irão romper a linha inteira de de devils teeth e também não terão pontes para atravessar todas as trincheiras anticarro. Muito provavelmente também há campos minados interligando as Killzones.
Colocando um cenário em um fator analítico micro, em Zaporizhzhia, a Rússia deve ter mais de 80-90 SU de rifles motorizados a nível pelotão(Motorized Rifle Platoon), na sua maioria constituída e subordinado ao 19th Motor Rifle Division, isso considerando que a estrutura de força das unidades seja em torno de 70%, porque se ao menos fosse 100%, o número de MRP subiria para 110-130 SU a nível pelotão.
https://www.battleorder.org/rus-bmp-platoon
Segundo a doutrina russa publicado pelo Battle Order:
Sendo assim, conclui-se que único pelotão de rifle motorizado consegue defender uma posição estendida em 400 metros de largura e até 300 metros de profundidade. Com 100 SU a nível pelotão de rifle motorizado, visando essas barreiras e trincheiras que claramente existem um espaçamento aberto igual ou maior do que a largura de operação dessa SU entre uma ligando a outra, os russos conseguem só com a 19th Motor Rifle Division com pessoal em torno de até 12.000 totais, uma capacidade para defender toda a extensão da frente de Vasylivka até Polohy. Considere também que tais SU podem oferecer suporte as demais SU em outras fortificações, dessa forma protegendo e repelindo eventuais confrontos mal sucedidos durante a contraofensiva ucraniana, até mesmo poderia proteger os flancos de outra SU que segue em uma direção ameaçada entre outros tipos de táticas. Vai depender mt do tipo de equipamento que essas SU estarão equipadas, o caso da própria 19th MRD é notável, pois, provavelmente receberia a conversão do CC T-72 para o CC T-90 e do BMP-2 para o BMP-3 e assim sucessivamente.Russian doctrine is combined arms focused, typically combining the capabilities of motorized rifle and tank units in a single formation. A common configuration, and one which is often seen in Russia’s modern-day Battalion and Company Tactical Groups, is the attachment of a tank company to a motorized rifle battalion or a tank platoon to a motorized rifle company. A motorized rifle platoon alone can cover a frontage of up to 300 meters (50 meters per squad plus a 50 meter interval between squads). The formation would be headed by a tank, up to 100-200 meters ahead of the motorized rifle platoon. The dismounts would advance closely ahead of or in line with their vehicles. Meanwhile, the Platoon Commander, Sniper, any fire support elements (like an AGS grenade launcher squad) and a BMP can trail the platoon’s assault by up to 50 meters, but could also be part of the body of the formation.
Além disso, vc citou o VDV, tbm dependeria mt do tipo de reequipamento que estaria sendo colocado em serviço para as unidades mobilizadas na linha de frente, no caso do VDV, o 11th Guards Air Assault Brigade. Armamentos como D-30s, BMP-2s e/ou BMD-2s, 2S9s, ZU-23-2s entre outros. Observe que comprovadamente alguns VDV perto de Kreminna receberam BMP-2Ms para substituir os BMD-2s. Dadas as condições em perdas no T.O e a natureza do combate, esta é uma escolha bastante lógica. Notavelmente, como uma força menor e mais leve, também é interessante o tamanho pequeno das formações, ficando ausentes os obuseiros AP, qualquer artilharia pesada e quaisquer VBTPs. Além disso, normalmente, os rifles motorizados definem como uma Cia CC apoiando um BI, no caso do VDV existe um Pel CC, porque as DE do VDV detém apenas um Btl CC e não um Rgt CC.
Eu não tenho a menor dúvida de que 100% dos Leopard 2A6 estarão. Só que o problema é que a Rússia também está colocando muitos CC no eixo em Svatove, a não ser que eles realmente venham a ir pra ofensiva, não faria sentido não despachar o Leo 2A6 para essa frente também, isso na perspectiva de que a AFU fará uma contraofensiva aqui, sendo que, o Leo 2A6 é o único CC viável a bater de frente com o T-90M que está em sua maioria constituído em várias unidades blindadas russas em Svatove, ao que parece pela unidade 1GTA(Guard Tank Army). Vale-se aqui de como se configurará essa contraofensiva, embora tudo indique ser Zaporizhzhia, o que eu concordaria em relação ao Leo 2A6.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Equipamentos:
Quanto ao equipamento que a AFU recebeu, pode ter certeza, 95% dele será utilizado em Zaporizhzhia. Quanto aos carros de combate, 100%.
A AFU deve ter aprendido que enviar T-64BV e T-72M1 até mesmo contra o T-72B3 de 2006 foi um erro crasso, vide o que ocorreu em Kherson, onde não era incomum T-72B3 emboscar uma coluna blindada escoltada por esses carros da AFU que não conseguiam detectar o T-72 devido aos seus ópticos muito obsoletos, então irão precisar de tudo ocidental, mesmo que a maioria deles seja óptico térmico de primeira geração, ainda serão muito mais úteis, até porque os Russos estavam enviando T-90M para Zaporizhzhia há alguns meses atrás e eu imaginava que seria para substituir perdas da 155ª em Ugledar, mas não, estes receberam T-80BVM da BTRZ (1PN96MT-02) para substituir suas perdas. T-72M2022 também devem ter sido enviados.
Não tenho certeza se 100% dos CC que a Ucrânia recebeu irão ser utilizados só em Zaporizhzhia, eu não tenho a menor dúvida de que a maioria será, uma maioria ampla. Tenho plena convicção de que ambos os lados estão aprendendo com os seus próprios erros e também com os acertos do outro. No caso da Ucrânia, por exemplo, as brigadas de defesa territoriais(TDF) já estão sendo equipados com carros de combate, tornando-se parte integrante da AFU.
https://mil.in.ua/uk/news/dlya-pidgotov ... hyly-t-62/
Embora tenha-se aqui um uso de um T-62M capturado, ainda assim, isso seria um upgrade em relação as atuais composições de unidades do TDF ucraniana. O equipamento ocidental dependendo do nível de entrega poderia liberar os atuais T-64BV para a TDF, o que ainda seria uma atualização incremental.
Já com relação ao Leopard 2A4, este usa o EMES 15 FCS (que é totalmente digital e foi uma das atualizações do 2A4 em comparação com os versões anteriores). O Leopard 1A5 usa o EMES 18, que é basicamente idêntico. De certa forma, o Leopard 1A5 é uma boa notícia para a Ucrânia, mesmo que seja significativamente mais antigo que o Leopard 2A, sendo de certa forma o que a Ucrânia precisaria. O problema mesmo com relação ao Leo 1A5 é o canhão L7, mas a boa notícia é de que existe alguns cartuchos decentes para o emprego do canhão 105 mm da NEXTER:
Permanece a dúvida de quantos restariam. A melhor rodada seria o DM63/M426, isso vai depender de Israel que seria um problema delicado, embora exista relatos de que a Eslovênia entregou o DM-63 no pacote junto ao M55S, o que certamente exigiria aprovação de Israel.
Só que o problema vai além disso, exigiria um esforço incomum de treinamento e adestramento, além da manutenção dos novos CC que a Ucrânia recebeu, eu duvido muito de que essas unidades ucranianas que retornaram do treinamento na Europa estão plenamente capazes de atender a um critério alto de desempenho favorável com tais armamentos, ainda poderia levar algumas semanas até isso ser verdadeiro.
Eu diria que o 3BM-60 só foi implantado(não usado) provavelmente por conta do Leopard 2A5/2A6, porém, a maioria(leia-se ukrops) entende que os russos só estão usando o 3BM-60 por causa da escassez de Svinets, embora não tenham evidências dessa alegação. Sobre a Lekalo, realmente não vimos o registro na Ucrânia, o que é bem interessante, uma notícia de 2020 sugere que o 2A46-M não podia disparar os projéteis Lekalo, o que inviabilizaria o uso no T-90A/M, acredito de que alguma forma os russos tenham trabalhado em novos projetos de 125 mm, então dessa forma, vc realmente deve ter razão, os russos provavelmente desistiram da Lekalo e adotaram o Svinets.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Possa ser realmente que os Russos tenham colocado pra "produzir" a 3BM-21M, que aliás é algo muito simples. Os Russos não usaram as 3BM-44 Lekalo, pois até que se tenha registro foram somente a 3BM-22, 3BM-42 e agora a 3BM-60. A Lekalo foi produzidas aos milhares em duas épocas diferentes, entre 1996-2003 e 2016-2019, aliás foi em 2018 que apareceu justamente a 3BM-21M. Eu imagino que os Russos desistiram da Lekalo quando veio a Svinets, então podemos imaginar que, como T-62 é uma viatura na reserva, os Russos tenham feito a conversão da Lekalo na 3BM-21M, que é estojada no cartucho 3UBK10, que é o mesmo cartucho dos mísseis lançados no tubo.
Os poloneses poderiam ter tirado vantagem para sua indústria oferecendo em grandes quantidades para todos os tipos de CC, os ucranianos mais precisariam disso, o irônico de tal comentário é que o ERAWA-2 era mt mais necessário do que o Kontakt-1 que colocaram no Leo 2A4(https://archive.ph/q4EuQ), além disso, isso não prejudicaria em nada a Polônia já que estão avançando em direção ao novo ERA, o Pangolin. Com relação ao PT-91, ainda vejo mt vantagem nele por causa do FCS Drawa-T que pode ser equipado com um dos dois tipos de termovisores: TES ou KLW-1 Asteria.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Será importantíssimo pro T-62 ter acesso a essa munição especialmente se formos imaginar o enfrentamento contra alguns carros de combate, como o PT-91. A ERAWA, especialmente a ERAWA-2, tem poder de degradar bastante a penetração de mísseis tandem, o que se faria necessário o uso de APFSDS. Já para os Leopard 2A4 e Challenger, se o T-62 tiver acesso ao Arkan e ao Boltak - que muito provavelmente terão, já que o BMP-3 está disparando ambas na guerra - é muito provável que até o no arco frontal possa penetrar ou imobilizar permanentemente qualquer um deles, na dúvida quanto ao Leopard 2A5 e 2A6. Aquela Kontakt-1 que colocaram no Leopard 2A4 não fará diferença alguma e duvido que seja Nozh, pois esta precisa ser instalada em um ângulo bem agudo, semelhante a Kontakt-5 (4S22) e a Relitk (4S23).
http://www.army-guide.com/eng/product5391.html
Eles usaram muitos mísseis Tochka como decoy para a DAAe russa enquanto empregava o Himars em Kherson, atacando os depósitos de munições e também durante todo o tempo que a AFU disparou contra a ponte Antonov inviabilizando os russos de atravessar a ponte com veículos pesados, obrigando-os a utilizar as balsas. Os russos até tentaram criar uma ponte flutuante, mas não conseguiram devido ao emprego do Himars com a precisão acurada, provavelmente contando com apoio ISR ocidental, mas deixaram os russos incapazes de sustentar a ofensiva em Kherson, obrigando-os a se retirar da margem direita do rio Dnieper. Deu certo.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Veja que a AFU tinha centenas de mísseis pro sistemas Tochka e eram usados das formas mais idiotas possíveis, atiraram até em Severodonetsk, ao invés de tentar infringir danos na retaguarda, fora o uso bem questionável dos drones Tu-141. Então, penso que assim como o HIMARS, só faria sentido mesmo se fossem operados por tropas da OTAN mesmo.
Eu vi isso. Foi dentro da cidade onde não poderia estar nenhum SAM Shorad devido a inviabilidade da busca aérea pelo radar cercado de prédios ao redor. Aquilo foi mt estranho, realmente. Não creio que tenha sido propositalmente aquilo. Ainda fico na dúvida.gabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am A AFU disparou um HARM contra Donetsk, pra se ter uma ideia!
kkkkgabriel219 escreveu: ↑Ter Mai 02, 2023 9:15 am Não leve o que o @knigh7 disse como uma piada, existe General, muitos do CAEx e de Serviço de Inteligência que visitam e acompanham o fórum - por que achas que xingo tanto? kkkkk - e já comentou um de meus posts, @Túlio que o diga. De vez em quando vejo uns nicknames online ali e já desconfio de quem seja.
Pena que, ao que parece, isso não costuma influenciar muito nas decisões.
Ok. Entretanto, acompanhar o fórum é uma coisa totalmente diferente de se basear em comentários aqui para execução de planejamentos operacionais. Eu não tenho a menor dúvida de que o fórum e outros tipos de blogs e sites de Defesa sejam acompanhados pelas forças e serviços de inteligência nacionais(ou internacionais talvez), agora se basear na tomada de decisões através de comentários aqui é no mínimo contrassenso. Tudo aqui é baseado em fontes abertas, os próprios serviços de inteligência detém ferramentas e pessoal qualificado para antever qualquer republicação que eventualmente seria postado aqui, até mesmo já existe isso gratuitamente, embora bastante jurássico e sem filtros(eu mesmo conheço um ou dois embora não uso ativamente), no caso dos serviços de inteligência e outras agências, dá para contratar uma empresa T.I mequetrefe para programar um algoritmo para filtrar todo e qualquer tipo de informação, até mesmo em tempo real.