
TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
A última edição da Revista ASAS tem uma matéria de 12 páginas sobre o projeto do Gripen E na FAB. Entrevistaram os oficiais encarregados na Força. Vale a pena comprarem.


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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Para quem leu a matéria da revista que eu indiquei acima, viu que a FAB está no processo de ter com o Gripen E/F o mesmo que teve com o A-1: conhecimento afim de ter o controle da plataforma. Nós teremos conhecimento para integrar o que quisermos, passando direto com a empresa do sistema.
Estamos nos capacitando para dar à plataforma a evolução que quisermos. É um processo de aprendizado que vem de anos, com a participação no desenvolvimento.
Aliás, como somos o desenvolvedores principais da versão biposta, foi muito conhecimento passado pela Suécia sobre o caça, com engenheiros trabalhando lado a lado, muito sobre tecnologias que envolvem o projeto e que são necessárias para a evolução.
Estamos nos capacitando para dar à plataforma a evolução que quisermos. É um processo de aprendizado que vem de anos, com a participação no desenvolvimento.
Aliás, como somos o desenvolvedores principais da versão biposta, foi muito conhecimento passado pela Suécia sobre o caça, com engenheiros trabalhando lado a lado, muito sobre tecnologias que envolvem o projeto e que são necessárias para a evolução.
Editado pela última vez por knigh7 em Sex Dez 10, 2021 2:02 pm, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
O que mais me entristece é saber que mesmo a essa altura do século XXI ainda estamos trabalhando na mesma lógica do século passado, ou seja, tendo que quebrar a cabeça com esquemas do tipo decidir entre cobrir os pés ou a cabeça.
É simplesmente vergonhoso um país como o Brasil ter que cortar verbas de um projeto (KC-390?) para tentar manter outro (Gripen E/F) dentro do contrato assinado com os fornecedores. E isto porque o governo atual prevê um défict menor e o aumento da arrecadação, que não deve ficar abaixo da casa do trilhão de reais, como nos últimos anos.
Fazemos um verdadeiro milagre em manter projetos de alta tecnologia em um país tão pobre e mesquinho em educação, civilidade e gestão pública.
É simplesmente vergonhoso um país como o Brasil ter que cortar verbas de um projeto (KC-390?) para tentar manter outro (Gripen E/F) dentro do contrato assinado com os fornecedores. E isto porque o governo atual prevê um défict menor e o aumento da arrecadação, que não deve ficar abaixo da casa do trilhão de reais, como nos últimos anos.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
@FCarvalho ,FCarvalho escreveu: Sex Dez 10, 2021 1:20 pm O que mais me entristece é saber que mesmo a essa altura do século XXI ainda estamos trabalhando na mesma lógica do século passado, ou seja, tendo que quebrar a cabeça com esquemas do tipo decidir entre cobrir os pés ou a cabeça.
É simplesmente vergonhoso um país como o Brasil ter que cortar verbas de um projeto (KC-390?) para tentar manter outro (Gripen E/F) dentro do contrato assinado com os fornecedores. E isto porque o governo atual prevê um défict menor e o aumento da arrecadação, que não deve ficar abaixo da casa do trilhão de reais, como nos últimos anos.
Fazemos um verdadeiro milagre em manter projetos de alta tecnologia em um país tão pobre e mesquinho em educação, civilidade e gestão pública.
Entendo que o Brasil não seja exemplo para muitas coisas, mas do que jeito que você coloca as coisas fica parecendo que esses problemas ocorrem somente aqui. Você está ignorando o fato que estamos atravessando uma pandemia, na qual governadores e prefeitos optaram pelo "fique em casa, a economia a gente vê depois". Não vou entrar no mérito se foi uma decisão acertada ou não, mas a economia é cruel: se as classes menos abastadas não trabalham, não geram renda! O resultado está aí.
Com relação as aquisições de equipamentos militares, apesar dessas reduções, acredito que estamos até bem. Quando a economia se recuperar, nada impede a retomada dos mesmos.
Abraços,
Wesley
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Creio que a questão de fazer projetos pela ,metade é bem mais estrutural que algo ligado à pandemia.FIGHTERCOM escreveu: Sex Dez 10, 2021 3:14 pm@FCarvalho ,FCarvalho escreveu: Sex Dez 10, 2021 1:20 pm O que mais me entristece é saber que mesmo a essa altura do século XXI ainda estamos trabalhando na mesma lógica do século passado, ou seja, tendo que quebrar a cabeça com esquemas do tipo decidir entre cobrir os pés ou a cabeça.
É simplesmente vergonhoso um país como o Brasil ter que cortar verbas de um projeto (KC-390?) para tentar manter outro (Gripen E/F) dentro do contrato assinado com os fornecedores. E isto porque o governo atual prevê um défict menor e o aumento da arrecadação, que não deve ficar abaixo da casa do trilhão de reais, como nos últimos anos.
Fazemos um verdadeiro milagre em manter projetos de alta tecnologia em um país tão pobre e mesquinho em educação, civilidade e gestão pública.
Entendo que o Brasil não seja exemplo para muitas coisas, mas do que jeito que você coloca as coisas fica parecendo que esses problemas ocorrem somente aqui. Você está ignorando o fato que estamos atravessando uma pandemia, na qual governadores e prefeitos optaram pelo "fique em casa, a economia a gente vê depois". Não vou entrar no mérito se foi uma decisão acertada ou não, mas a economia é cruel: se as classes menos abastadas não trabalham, não geram renda! O resultado está aí.
Com relação as aquisições de equipamentos militares, apesar dessas reduções, acredito que estamos até bem. Quando a economia se recuperar, nada impede a retomada dos mesmos.
Abraços,
Wesley
Temos tantos projetos que não levamos a cabo ou investimos a conta-gotas.
Basta ver que o AMX sempre ficou aquém do que deveria.
MSS 1.2 que em 40 anos evoluiu tão devagar que se torna anacrônico.
Projeto de sub nuclear que está aí há 40 anos e não sabemos quando veremos algo concreto.
MAR-1, o que virou?
A-Darter, onde está?
Osório que nasceu bonito e morreu bebê.
A lista é longa, cada caso com suas peculiaridades, mas no fundo começamos muitos projetos e investimos pela metade ou a conta gotas.
Fazíamos isso antes da pandemia, durante e faremos depois.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Tenho que discordar. Eu citei a pandemia para contextualizar as ações recentes. Para períodos anteriores, não podemos ignorar que tivemos outras crises, ou marolinhas, como nosso ex-presidente gostava de recitar. Olha a bagunça financeira que era esse país antes do Plano Real. Eu lembro que o pobre assalariado tinha que sacar o pagamento e correr para o supermercado, caso contrário, iria passar fome no final do mês. Que projeto, que depende de recurso federal, sobrevive a tudo isso?Poti escreveu: Sex Dez 10, 2021 3:31 pmCreio que a questão de fazer projetos pela ,metade é bem mais estrutural que algo ligado à pandemia.FIGHTERCOM escreveu: Sex Dez 10, 2021 3:14 pm
@FCarvalho ,
Entendo que o Brasil não seja exemplo para muitas coisas, mas do que jeito que você coloca as coisas fica parecendo que esses problemas ocorrem somente aqui. Você está ignorando o fato que estamos atravessando uma pandemia, na qual governadores e prefeitos optaram pelo "fique em casa, a economia a gente vê depois". Não vou entrar no mérito se foi uma decisão acertada ou não, mas a economia é cruel: se as classes menos abastadas não trabalham, não geram renda! O resultado está aí.
Com relação as aquisições de equipamentos militares, apesar dessas reduções, acredito que estamos até bem. Quando a economia se recuperar, nada impede a retomada dos mesmos.
Abraços,
Wesley
Temos tantos projetos que não levamos a cabo ou investimos a conta-gotas.
Basta ver que o AMX sempre ficou aquém do que deveria.
MSS 1.2 que em 40 anos evoluiu tão devagar que se torna anacrônico.
Projeto de sub nuclear que está aí há 40 anos e não sabemos quando veremos algo concreto.
MAR-1, o que virou?
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A lista é longa, cada caso com suas peculiaridades, mas no fundo começamos muitos projetos e investimos pela metade ou a conta gotas.
Fazíamos isso antes da pandemia, durante e faremos depois.
Com relação aos projetos citados, teve problema de gestão? Com certeza! Agora, citar o Osório foi phod@, pois nunca foi uma demanda do EB, mas sim da Engesa.
Abraços,
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Olá Wesley.FIGHTERCOM escreveu: Sex Dez 10, 2021 3:14 pm @FCarvalho ,
Entendo que o Brasil não seja exemplo para muitas coisas, mas do que jeito que você coloca as coisas fica parecendo que esses problemas ocorrem somente aqui. Você está ignorando o fato que estamos atravessando uma pandemia, na qual governadores e prefeitos optaram pelo "fique em casa, a economia a gente vê depois". Não vou entrar no mérito se foi uma decisão acertada ou não, mas a economia é cruel: se as classes menos abastadas não trabalham, não geram renda! O resultado está aí.
Com relação as aquisições de equipamentos militares, apesar dessas reduções, acredito que estamos até bem. Quando a economia se recuperar, nada impede a retomada dos mesmos.
Abraços,
Wesley
Eu me limito a falar do que é a nossa realidade, pois só conheço melhor a do nosso país.
Independente da atual condição pandêmica a historiografia dos investimentos em defesa no Brasil não tem sido muito diferente, apesar do aumento relativo dos recursos destinados ao MD. Embora se tenha melhorado aqui e ali o investimento, ainda labutamos regularmente na triste condição de ter de escolher entre este e aquele projeto, entre esta ou aquela ação, ou este e aquele investimento. Sempre.
É só olhar os projetos que temos desde os anos 1990 e ver o que aconteceu com cada um. A maioria sequer chegou ao final, dado que foi defenestrado pelo tempo ou pela falta de recursos, ou por substituído por outros projetos, ou ainda simplesmente cancelado porque mudou o governo, mudou o comando, mudou as prioridades e assim vamos.
Tenho serias dúvidas de que iremos modificar algo neste sentido mesmo com a economia bombando novamente, visto que já tivemos surtos anteriores que não modificaram em nada o quadro geral da defesa e de investimento nela.
Como já disse várias vezes aqui, sem que Defesa entre para o rol de assuntos importantes no país, continuamos de fato tendo que escolher o que fazer, e o que deixar para depois.
O Guarani ficou para 2041, o KC-390 cortado a revelia, as Tamandaré são apenas 4 sem maiores pretensões, o Subnuc está aí há mais de 40 anos...
Enfim, na medida em que mudarmos concretamente o nosso entendimento da realidade da Defesa para o país talvez possamos mudar também o fato de que nossos gestores militares tem de lidar ao escolher o que irá prosseguir e o que ficará para trás em termos de investimento. E assim vamos até que um dia a Defesa seja levada a sério de verdade.
Para ser bem honesto, boa sorte para nós. Vamos precisar, e muito.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
"Fique em casa e a economia a gente vê depois".
A Defesa pediu R$18,8bi em investimento para o ano que vem e consecutivos. Vai levar R$11,8 em 2022. E dado às CNTPs, está bom demais. Quem discorda que saia da bolha e vá ver a situação do povo.

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/nunc ... no-brasil/
A Defesa pediu R$18,8bi em investimento para o ano que vem e consecutivos. Vai levar R$11,8 em 2022. E dado às CNTPs, está bom demais. Quem discorda que saia da bolha e vá ver a situação do povo.

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/nunc ... no-brasil/
Editado pela última vez por knigh7 em Sex Dez 10, 2021 6:32 pm, em um total de 1 vez.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Pois é, taí o resultado: Brasil em recessão técnica!knigh7 escreveu: Sex Dez 10, 2021 6:21 pm "Fique em casa e a economia a gente vê depois".
A Defesa pediu R$18,8bi em investimento para o ano que vem. Vai levar R$11,8. E dado às CNTPs, está bom demais.
https://www.cnnbrasil.com.br/saude/nunc ... no-brasil/
Agora o pessoal que manter todos esses projetos com quais recursos? Diz aí qual a fonte!
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
FCarvalho,FCarvalho escreveu: Sex Dez 10, 2021 6:12 pmOlá Wesley.FIGHTERCOM escreveu: Sex Dez 10, 2021 3:14 pm @FCarvalho ,
Entendo que o Brasil não seja exemplo para muitas coisas, mas do que jeito que você coloca as coisas fica parecendo que esses problemas ocorrem somente aqui. Você está ignorando o fato que estamos atravessando uma pandemia, na qual governadores e prefeitos optaram pelo "fique em casa, a economia a gente vê depois". Não vou entrar no mérito se foi uma decisão acertada ou não, mas a economia é cruel: se as classes menos abastadas não trabalham, não geram renda! O resultado está aí.
Com relação as aquisições de equipamentos militares, apesar dessas reduções, acredito que estamos até bem. Quando a economia se recuperar, nada impede a retomada dos mesmos.
Abraços,
Wesley
Eu me limito a falar do que é a nossa realidade, pois só conheço melhor a do nosso país.
Independente da atual condição pandêmica a historiografia dos investimentos em defesa no Brasil não tem sido muito diferente, apesar do aumento relativo dos recursos destinados ao MD. Embora se tenha melhorado aqui e ali o investimento, ainda labutamos regularmente na triste condição de ter de escolher entre este e aquele projeto, entre esta ou aquela ação, ou este e aquele investimento. Sempre.
É só olhar os projetos que temos desde os anos 1990 e ver o que aconteceu com cada um. A maioria sequer chegou ao final, dado que foi defenestrado pelo tempo ou pela falta de recursos, ou por substituído por outros projetos, ou ainda simplesmente cancelado porque mudou o governo, mudou o comando, mudou as prioridades e assim vamos.
Tenho serias dúvidas de que iremos modificar algo neste sentido mesmo com a economia bombando novamente, visto que já tivemos surtos anteriores que não modificaram em nada o quadro geral da defesa e de investimento nela.
Como já disse várias vezes aqui, sem que Defesa entre para o rol de assuntos importantes no país, continuamos de fato tendo que escolher o que fazer, e o que deixar para depois.
O Guarani ficou para 2041, o KC-390 cortado a revelia, as Tamandaré são apenas 4 sem maiores pretensões, o Subnuc está aí há mais de 40 anos...
Enfim, na medida em que mudarmos concretamente o nosso entendimento da realidade da Defesa para o país talvez possamos mudar também o fato de que nossos gestores militares tem de lidar ao escolher o que irá prosseguir e o que ficará para trás em termos de investimento. E assim vamos até que um dia a Defesa seja levada a sério de verdade.
Para ser bem honesto, boa sorte para nós. Vamos precisar, e muito.
Eu leio esse texto e fico me perguntando se é a mesma pessoa que fica defendendo aviação de asa fixa na MB? Porque se for, é muita incoerência sabendo que os recursos são escassos e achar ruim ter apenas 4 fragatas ou o subnuc se arrastar por 40 anos. Mas vamos lá...
A regra é clara (by Arnaldo Cezar Coelho): se a economia estiver pujante, teremos recursos para Defesa. Caso contrário, não adianta chorar.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Fora que ninguém olha pro próprio Umbigo. Já faz tempo que as aposentadorias e pensões TEM QUE SAIR do orçamento de Defesa, MESMO que o dinheiro vá junto pra uma pasta da Economia. O maior problema hoje pra aumentar orçamento de Defesa é ter que ouvir "Gastamos muito em Defesa, mais que Israel, Itália, Espanha, Turquia", mais que boa parte da OTAN e, em termos de orçamento, isso É VERDADE, mas apenas 5% disso é investimento. São 77,5% com pensões e aposentadorias, 13,5% com custeio do pessoal da ativa (salário, treinamento, rancho e entre outros). Sobra 9% para investimento, P&D e entre outros.
Como justificar que o orçamento vá para R$ 110 Bilhões, quase superando o orçamento de Saúde e Educação? O que mais se escuta no Congresso, em relação a isso, é que o orçamento é alto demais.
Dá pra Defesa ficar muito bem com R$ 85 Bilhões, desde que isso seja gasto SOMENTE COM A ATIVA. Alguém levanta essa bola? Os Militares pensam nisso? Pois é!
Como justificar que o orçamento vá para R$ 110 Bilhões, quase superando o orçamento de Saúde e Educação? O que mais se escuta no Congresso, em relação a isso, é que o orçamento é alto demais.
Dá pra Defesa ficar muito bem com R$ 85 Bilhões, desde que isso seja gasto SOMENTE COM A ATIVA. Alguém levanta essa bola? Os Militares pensam nisso? Pois é!
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Discordar faz parte amigo e entendo seu ponto de vista e é legal quando discordamos com respeito e educação, tal qual você acabou de fazer.FIGHTERCOM escreveu: Sex Dez 10, 2021 4:21 pmTenho que discordar. Eu citei a pandemia para contextualizar as ações recentes. Para períodos anteriores, não podemos ignorar que tivemos outras crises, ou marolinhas, como nosso ex-presidente gostava de recitar. Olha a bagunça financeira que era esse país antes do Plano Real. Eu lembro que o pobre assalariado tinha que sacar o pagamento e correr para o supermercado, caso contrário, iria passar fome no final do mês. Que projeto, que depende de recurso federal, sobrevive a tudo isso?Poti escreveu: Sex Dez 10, 2021 3:31 pm
Creio que a questão de fazer projetos pela ,metade é bem mais estrutural que algo ligado à pandemia.
Temos tantos projetos que não levamos a cabo ou investimos a conta-gotas.
Basta ver que o AMX sempre ficou aquém do que deveria.
MSS 1.2 que em 40 anos evoluiu tão devagar que se torna anacrônico.
Projeto de sub nuclear que está aí há 40 anos e não sabemos quando veremos algo concreto.
MAR-1, o que virou?
A-Darter, onde está?
Osório que nasceu bonito e morreu bebê.
A lista é longa, cada caso com suas peculiaridades, mas no fundo começamos muitos projetos e investimos pela metade ou a conta gotas.
Fazíamos isso antes da pandemia, durante e faremos depois.
Com relação aos projetos citados, teve problema de gestão? Com certeza! Agora, citar o Osório foi phod@, pois nunca foi uma demanda do EB, mas sim da Engesa.
Abraços,
Wesley
Citei casos estatais e não estatais pois falava do Brasil como sociedade.
No fundo todos aqui desejamos a mesma coisa, forças armadas bem equipadas e preparadas. Por outro lado creio não haver consenso sobre como fazer isso e o que seriam forças bem equipadas e preparadas.
Mas não nego que ando quase otimista, Gripen E (meteor, iris-t, AESA), Scorpene (com torpedo F21), quem sabe Centauro 2 chegando, Spike LR (em dose homeopática)...
Já tivemos pior.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
No fundo a previdência deveria ser comum para todos na sociedade. Isso não resolveria totalmente o problema já que se 100 000 militares se aposentam pelo MD, se passar pro ministerio da previdência a verba seria a mesma e saindo do mesmo local (nosso bolso).gabriel219 escreveu: Sex Dez 10, 2021 6:59 pm Fora que ninguém olha pro próprio Umbigo. Já faz tempo que as aposentadorias e pensões TEM QUE SAIR do orçamento de Defesa, MESMO que o dinheiro vá junto pra uma pasta da Economia. O maior problema hoje pra aumentar orçamento de Defesa é ter que ouvir "Gastamos muito em Defesa, mais que Israel, Itália, Espanha, Turquia", mais que boa parte da OTAN e, em termos de orçamento, isso É VERDADE, mas apenas 5% disso é investimento. São 77,5% com pensões e aposentadorias, 13,5% com custeio do pessoal da ativa (salário, treinamento, rancho e entre outros). Sobra 9% para investimento, P&D e entre outros.
Como justificar que o orçamento vá para R$ 110 Bilhões, quase superando o orçamento de Saúde e Educação? O que mais se escuta no Congresso, em relação a isso, é que o orçamento é alto demais.
Dá pra Defesa ficar muito bem com R$ 85 Bilhões, desde que isso seja gasto SOMENTE COM A ATIVA. Alguém levanta essa bola? Os Militares pensam nisso? Pois é!
Mas aumentaria a legibilidade dos gastos e criaria isonomia com o resto da sociedade. Mas não nego que acho que não aumentaria a verba em defesa já que o bolo de dinheiro é o mesmo e os gastos idem.
Na reforma da previdência os militares acabaram sendo privilegiados assim como legislativo e judiciário. Quem se ferrou no geral foi o executivo (enfermeiros, professores, médicos, assistentes sociais) que ja ganham menos.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Mas é justamente a ideia precisa ser tirar o orçamento de pensões e o dinheiro junto, mostrando o real orçamento de Defesa, que é, atualmente, entre R$ 20-35 Bilhões gastos na ativa. Assim termina a falácia de que o orçamento é grande demais.Poti escreveu: Sex Dez 10, 2021 7:43 pmNo fundo a previdência deveria ser comum para todos na sociedade. Isso não resolveria totalmente o problema já que se 100 000 militares se aposentam pelo MD, se passar pro ministerio da previdência a verba seria a mesma e saindo do mesmo local (nosso bolso).gabriel219 escreveu: Sex Dez 10, 2021 6:59 pm Fora que ninguém olha pro próprio Umbigo. Já faz tempo que as aposentadorias e pensões TEM QUE SAIR do orçamento de Defesa, MESMO que o dinheiro vá junto pra uma pasta da Economia. O maior problema hoje pra aumentar orçamento de Defesa é ter que ouvir "Gastamos muito em Defesa, mais que Israel, Itália, Espanha, Turquia", mais que boa parte da OTAN e, em termos de orçamento, isso É VERDADE, mas apenas 5% disso é investimento. São 77,5% com pensões e aposentadorias, 13,5% com custeio do pessoal da ativa (salário, treinamento, rancho e entre outros). Sobra 9% para investimento, P&D e entre outros.
Como justificar que o orçamento vá para R$ 110 Bilhões, quase superando o orçamento de Saúde e Educação? O que mais se escuta no Congresso, em relação a isso, é que o orçamento é alto demais.
Dá pra Defesa ficar muito bem com R$ 85 Bilhões, desde que isso seja gasto SOMENTE COM A ATIVA. Alguém levanta essa bola? Os Militares pensam nisso? Pois é!
Mas aumentaria a legibilidade dos gastos e criaria isonomia com o resto da sociedade. Mas não nego que acho que não aumentaria a verba em defesa já que o bolo de dinheiro é o mesmo e os gastos idem.
Na reforma da previdência os militares acabaram sendo privilegiados assim como legislativo e judiciário. Quem se ferrou no geral foi o executivo (enfermeiros, professores, médicos, assistentes sociais) que ja ganham menos.
O pior que muita gente repete isso sem conhecimento!
Outra coisa seria instituir um imposto tirado de setores estratégicos que seriam defendidos pelas FFAA em caso de conflito, mas uma taxa pequena - ferrovias, portos, extração de minérios e entre outros. Isso iria direto para P&D e tocar projetos de desenvolvimento. Se fosse 1% sob os lucros, já daria um montante considerável. Dá para vivermos com algo entre R$ 75-95 Bi. Mesmo que aumentasse o efetivo (entre 350-400 mil nas Forças, mas é claro diminuindo o Efetivo da MB e fazendo o EB absorver mais) e custos de treinamento, além de rancho, manutenção e exercícios de larga escala, aumentando de R$ 13 bilhões para R$ 45 bilhões, ainda sobraria algo entre R$ 30-50 Bilhões somente para investimentos e P&D.
Enquanto não desindexar o orçamento de defesa, será praticamente impossível que ele seja ampliado. A não ser que criem tal lei