Produzir nacionalmente um produto pronto e desenvolver um trará os mesmos resultados, ainda continuaremos importando várias peças.FCarvalho escreveu: Qui Abr 30, 2020 2:23 pm Volto a colocar uma questão que penso fulcral: logística de apoio.
Como disse várias vezes aqui, o EB se recente há décadas dentro de sua força blindada da dependência de fornecedores externos para garantir a manutenção, e a operação, de seus blindados.
Isto foi, em partes, resolvido duas vezes com os M-113, e uma vez com o M-41, ao se atualizar os bldos com insumos nacionais.
Mas isto ao que tudo indica não é possível, ou factível neste momento, diria, com os Leo 1A5, haja vista qualquer modificação no veículo por parte do EB não ser permitida por força de contrato. Horas, o contrato acaba em 2027. Após isso, em tese, o exército vai poder fazer com eles o que quiser, mas a seu próprio risco.
Vale a pena? Penso que o ROB da VBC CC Corrente serve justamente para tentar sanar esta questão, tanto do ponto de vista técnico, como comercial, industrial e tecnológico, e com base na BID de preferência. Do contrário, vê-se o que há no mercado externo e volta-se ao ponto inicial.
Teoricamente, se a BID for capaz de propor algo que valha a pena em termos de atualização dos Leo 1A5, isto em partes pode ajudar na conjuntura da VBC CC que se pretende mais para a frente, dado que do ponto de vista do apoio logístico estaríamos mais ou menos capacitados a oferecer tal apoio com um mínimo de dependência exterior para nossa frota blindada.
Mas tudo isso são teorias, que podem dar certo, ou não.
Penso que qualquer que seja a solução adotada no futuro, ela terá de resolver duas estas duas questões fulcrais para o EB: custos aceitáveis para manter e operar, e logística doméstica, a fim de diminuir e/ou eliminar dependências de fornecedores externos e a imposição de limitações ao pleno uso dos blindados.
Não sei se K2, Leo II ou Armata podem resolver a contento estas duas questões. Ou mesmo se um MMBT, como dito no texto, será suficiente para isso. No momento temos projeções e conceitos que ainda estão sendo avaliados. Tudo pode mudar a depender da realidade, hoje e no curto e médio prazo, está e estará para lá de volátil.
Penso que se tudo o mais falhar, negociar um K1A2 BR seria saída mais sensata e objetiva. Ele não é obviamente o mais avançado e tecnológico dos CC atuais, mas pode muito bem atender nosso TO sul-americano e as HE que hora o exército assume.
E até que elas mudem, ou a realidade nos force a mudar antes, este CC pode muito bem atender dentro de custos aceitáveis nossa realidade, se caso tudo o mais falhar quanto aos ROB elencados nos últimos dias.
ps: o K-1 possui uma família VBE sobre o mesmo chassi, quais sejam, engenharia, socorro e ponte. mais um motivo para olhar este bldo com mais atenção, caso as coisas não saiam como planejado.
abs
Precisaríamos de décadas para desenvolver e produzir o suficiente para eliminar a dependência, porém não temos esse tempo.
K1A2 seria muito melhor do que qualquer IFV disfarçado de MMBT, mas ainda sim precisamos de algo que tenha continuidade de desenvolvimento tecnológico, seja o K2, Armata, Leo III. Precisamos dessa continuidade tecnológica para aprender em conjunto com o outro país e assim irmos desenvolvendo nós mesmos nossos produtos.
Esse programa não trata-se de um "Programa Guarani" e sim de um "F-X2 do Exército".