Programa CBERS

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Programa CBERS

#1 Mensagem por Brazilian Space » Sex Fev 05, 2010 10:40 pm

Olá amigos!

Convido vocês a assistirem o vídeo de uma reportagem exibida em 26 de agosto de 2009 no "Jornal Band Cidade" da “TV BAND vale” destacando os preparativos do satélite CBERS-3. O programa CBERS, uma parceria do Brasil com a China que completou em 2009 vinte e um anos de existencia, e para comemorar, o INPE de São José dos Campos realizou em agosto de 2009 o primeiro teste com o CBERS-3 em uma nova câmara que simula um ambiente espacial.

Duda Falcão
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TV BAND Vale - 26/08/2009




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Re: Programa CBERS

#2 Mensagem por Brazilian Space » Seg Fev 08, 2010 3:48 pm

Programa CBERS - Contrato de Lançamento Assinado

Olá amigos!

O contrato relativo ao serviço de lançamento do satélite "CBERS-3" do "Programa CBERS" foi assinado no final de dezembro do ano passado. Abaixo segue o extrato desse contrato.

Duda Falcão
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EXTRATO DE CONTRATO Nº 1320/2009

Nº Processo: 01340000647200990.
Contratante: MINISTERIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CNPJ do Contratado: Estrangeiro.
Contratado: CGWIC CHINA GREAT WALL INDUSTRY CORPORATION.
Objeto: Prestação de Serviços de Lançador pela CGWIC para o lançamento do Satélite CBERS-3, conforme o Acordo I, Acordo II e Protocolo Complementar assinados, em veículo lançador a ser fornecido pela CGWIC e Local de Lançamento de acordo com os termos e condições do Contrato (R.D. 01.06.132.0/2009).
Fundamento Legal: Inciso XIV do Artigo 24, da Lei nº 8.666/93.
Vigência: 30/12/2009 a 30/12/2014.
Valor Total: R$ 27.000.000,00.
Fonte: 100000000 - 2009NE903050.
Data de Assinatura: 30/12/2009.


Fonte: Diário Oficial da União edição 06 de 11/01/2010

Comentário: Notem o valor do contrato e o tempo de vigência. Será que o INPE está esperando mais atrasos no desenvolvimento desse satélite? Só resta esperar para ver.




Editado pela última vez por Brazilian Space em Sex Mai 14, 2010 7:07 am, em um total de 1 vez.
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Re: Programa CBERS

#3 Mensagem por Brazilian Space » Sex Mai 07, 2010 10:52 am

CENIC Desenvolve Estrutura dos Painéis do CBERS 4

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria publicada na nova edição da Revista Espaço Brasileiro (Jan. Fev. Mar. de 2010) informando que a empresa brasileira CENIC do “Vale do Paraíba” projetará e fabricará pela primeira vez no Brasil a estrutura dos painéis solares de um dos satélites do Programa CBERS (CBERS 4).

Duda Falcão
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Indústria

CENIC Desenvolve Estrutura dos Painéis do CBERS 4

Localizada na região do Vale do Paraíba, a empresa,
que já atua junto ao Programa Espacial Brasileiro,
projetará e fabricará, pela primeira vez no Brasil, a peça


Raíssa Lopes/CCS

Imagem
CBERS em teste no LIT

A empresa CENIC, situada em São José dos Campos (SP), está desenvolvendo a estrutura dos painéis solares do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres 4 (CBERS 4). Até então a China era a responsável pelo projeto. Segundo o responsável técnico e pelo contrato de desenvolvimento da peça da CENIC, Francisco Manoel Corrêa Dias, “o know-how e o kwon-why do projeto destas estruturas nunca era, efetivamente, transferido para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) - órgão responsável em âmbito nacional pelo desenvolvimento do CBERS”.

A estrutura esta sendo desenvolvida em painéis tipo sanduíche com núcleo de colméia de alumínio (aluminum honeycomb) e folhas de face (face sheets) em material compósito (material em cuja composição entra dois ou mais tipos de materiais diferentes, como metais e polímeros, metais e cerâmica ou polímeros e fibras orgânicas e inorgânicas), à base de fibra de carbono e resina epóxi. “Para atender aos requisitos de rigidez dos painéis, utilizamos fibras de carbono de alto módulo de elasticidade”, conta Francisco. Com o objetivo de reduzir ao máximo a massa da estrutura dos painéis, a CENIC desenvolveu uma folha de face (face sheet) para os painéis sanduíche em material compósito (dois ou mais tipo de materiais diferentes) em forma de tela plana. “Até então, os painéis solares que havíamos fabricado eram construídos com folhas de face em laminados de fibra de carbono homogêneos. Isto é, independente do número e da orientação das camadas (stacking sequency), a estrutura do laminado é continua”, explica Francisco. Nessa fase do desenvolvimento, a empresa responsável pelo projeto contou com o apoio do professor de Engenharia Mecânica do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Sérgio Francino Müller, e do tecnologista sênior do INPE, Mário Kataoka.

Francisco acredita que o mais importante da engenharia de análise estrutural e da engenharia necessária ao desenvolvimento dos processos de fabricação das estruturas dos painéis estarem sendo desenvolvidas no Brasil é que “o aprendizado de todas as etapas fica na indústria nacional com total transparência para os especialistas do INPE”. Segundo ele, as estruturas anteriores eram entregues prontas e a tecnologia nunca era repassada ao Brasil.

Projeto - O número de pessoas envolvidas no projeto varia de acordo com a fase do desenvolvimento. No entanto, há cerca de 12 pessoas, entre engenheiros e técnicos de diversas especialidades, diretamente envolvidas na fabricação dos painéis solares.

Segundo a assessória de comunicação do INPE, os contratos nacionais para os CBERS-3 e 4 totalizam R$ 300 milhões. O Brasil tem 50% de participação no desenvolvimento do satélite. Para a fabricação da estrutura dos painéis solares do CBERS 4 foram destinados R$ 2,5 milhões.

A CENIC, consorciada com a empresa FIBRAFORTE, de São José dos Campos (SP), é responsável pelo desenvolvimento da estrutura dos satélites CBERS 3 e 4. Pela primeira vez a estrutura para um satélite de 2,0 toneladas está sendo desenvolvida e fabricada no Brasil. A fase de qualificação foi totalmente concluída no ano passado, quando se iniciou a fabricação e montagem das estruturas dos Modelos de Vôo dos satélites CBERS 3 e 4. O consórcio CENIC/FIBRAFORTE foi o vencedor de um edital de concorrência aberto pelo INPE, em dezembro de 2004.

Segundo o responsável pelo projeto na FIBRAFORTE, Jadir Nogueira Gonçalves, na associação CENIC e FIBRAFORTE a participação é igual na receita e na divisão de tarefas. “Ambas as empresas atuam em atividades de engenharia, ensaios e fabricação”, explica.

Contribuição - Tanto a FIBRAFORTE quanto a CENIC são empresas brasileiras que há vários anos contribuem para o Programa Espacial Brasileiro. ”Produzimos equipamentos para todos os programas de satélites desde a nossa criação, em 1994”, conta Jadir, da FIBRAFORTE. Além da estrutura dos painéis solares dos CBERS, a empresa também é responsável pelo desenvolvimento dos containers de transporte dos satélites. “É a primeira vez que uma indústria brasileira assume esse desafio”, completa.

Fundada há 17 anos por engenheiros egressos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a CENIC participa, também, do desenvolvimento da estrutura da Plataforma Multimissão (PMM) e do Satélite Suborbital (SARA). A empresa fabrica, ainda, tubeiras, coifas e envelopes motores para os Veículos Lançadores e Foguetes de Sondagem desenvolvidos pelo DCTA.


Fonte: Revista Espaço Brasileiro - num. 8 Jan. Fev. Mar. de 2010 - pág 28




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Re: Programa CBERS

#4 Mensagem por Edu Lopes » Qui Mai 13, 2010 8:47 am

Brasileiros perdem contato com satélite CBERS-2B e encerram missão

RAFAEL GARCIA
da Reportagem Local


O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) anunciou na manhã desta quarta feira o fim das operações do satélite CBERS-2B, o principal fornecedor de imagens do território brasileiro.

Construído no Brasil, lançado por chineses, e operado em parceria entre os dois países, o satélite vinha apresentando problemas desde 11 de março. Em 16 de abril, técnicos perderam contato com o satélite e não conseguiram mais restabelecê-lo.

Como o Inpe já tinha um plano de contingência para essa situação, porém, a perda do CBERS-2B não deve afetar o Prodes, programa de monitoramento do desmate na Amazônia que era o principal usuário de imagens.

O satélite perdido agora era o terceiro do programa CBERS, que deverá ficar com uma lacuna na produção de imagens até o segundo semestre do ano que vem, quando deverá ser lançado o CBERS-3.

Segundo Ricardo Cartaxo, diretor do programa, pode-se considerar que o CBERS-2B tenha sido um sucesso, pois foi projetado para ter vida útil de dois anos. "No final do ano passado, a gente já estava feliz por ele estar cumprindo a missão", disse à Folha. "Mas a gente esperava que ele durasse um pouco mais, a exemplo do que tinha ocorrido com o CBERS-1 e o CBERS-2".

A menor robustez do CBERS-2B, segundo o Cartaxo, se deve ao fato de ele não ter sido um projeto novo. Ele foi feito em grande parte com equipamentos que haviam sobrado dos projetos dos outros dois predecessores.

Dalton Valeriano, diretor do Prodes, diz que a falta do CBERS-2B será compensada com imagens do satélite indiano Resourcesat e do americano Landsat-7, que também estão no fim da vida útil. Desde 2005, o país também vem comprando imagens do consórcio DMC (Disaster Monitoring Constellation), para cobrir eventuais lacunas.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cien ... 4090.shtml




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Re: Programa CBERS

#5 Mensagem por Brazilian Space » Ter Mai 18, 2010 5:19 pm

Embargo a Componentes Atrasa Lançamento de Satélites

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (18/05) no Jornal “Valor Econômico” destacando que o embargo à venda de componentes eletrônicos é o grande responsável pelo atraso no desenvolvimento do Satélite CBERS-3.

Duda Falcão
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Embargo a Componentes Atrasa Lançamento de Satélites

Envio ao espaço está previsto para 2011

Virgínia Silveira
Valor Econômico
18/05/2010


O embargo à venda de componentes eletrônicos de aplicação espacial, imposto à China pelos Estados Unidos, atrasou o desenvolvimento do satélite CBERS-3, uma produção binacional entre Brasil e China. O lançamento está previsto para o segundo semestre de 2011, mas o fim das operações do satélite anterior CBERS-2, que terminou sua vida útil no espaço, deixou o Brasil sem um substituto imediato para seu principal instrumento de produção de imagens do território nacional. O CBERS-2b era usado, principalmente, para monitorar o desmatamento na Amazônia.

O vazio de imagens deixado pelo CBERS-2B está sendo compensado com o uso dos satélites americanos TERRA/MODIS e LANDSAT-5, e do indiano RESOURCESAT. "Existe uma restrição dos americanos ao projeto do satélite (do Brasil) com a China, e por isso eles dificultam a venda de componentes ao Brasil", diz César Ghizoni, diretor-presidente da Equatorial, uma das fornecedoras do programa CBERS. "Isso mostra a importância de o país ter uma estrutura para qualificar componentes de aplicação espacial."

A restrição à venda desses componentes ocorre porque o governo dos Estados Unidos acredita que a China não segue as normas do International Traffic in Armas Regulations (ITAR), afirma o coordenador do projeto no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ricardo Cartaxo. Segundo o coordenador, os EUA temem que a China faça uma aplicação militar do programa CBERS e, por isso, restringem a venda de componentes espaciais para institutos e indústrias brasileiras envolvidas no projeto.

A Equatorial desenvolveu uma câmera especial que equipará o terceiro satélite da série CBERS. Porém, foi atingida pela restrição dos americanos. Os componentes eletrônicos que equipam a câmera são especificados e comprados pelo INPE e integrados no equipamento pela Equatorial. O INPE realiza a compra dos componentes por meio de empresas qualificadas na Europa e nos EUA.

Segundo o diretor-presidente da Equatorial (que tem como parceiro estratégico o grupo europeu EADS, controlador da Astrium, maior fabricante de satélites do mundo), a existência de laboratórios de testes de resistência à radiação como o do IEAv, é um passo fundamental para o Brasil conquistar a sua independência no desenvolvimento do seu programa espacial.

Com quatro contratos de fornecimento de equipamentos para o CBERS-3, a empresa Omnisys também pretende utilizar os laboratórios do IEAv para testar a blindagem à radiação que desenvolveu para alguns dos componentes que produz para o INPE. "Não conseguimos comprar os componentes com os níveis de radiação exigidos para o ambiente espacial e por isso vamos usar os recursos do IEAv para resolver esse problema", explica um dos diretores da empresa, Jorge Ohashi.

Um dos componentes relacionados pelo executivo é um transistor de potência que seria usado no transmissor de dados das câmeras do CBERS, mas teve que ser substituído por válvulas do tipo TWTA (Traveling Wave Tube Amplifier), adquiridas posteriormente de um fornecedor francês. "Isso causou um impacto considerável no projeto do CBERS-3, porque fomos obrigados a mudar todo o conceito de desenvolvimento do sistema", comentou.

Para o coordenador do programa no INPE, uma das alternativas que vem sendo estudadas para superar esse tipo de obstáculo é a compra de componentes de uso comercial, menos sujeita a controle e embargos: "A situação de embargo hoje é mais crítica e os testes de resistência à radiação são importantes para que possamos utilizar um maior número de componentes comerciais, comprados no mercado de fornecedores confiáveis e depois qualificados em nossos próprios laboratórios".

Segundo o diretor do CBERS, como o programa espacial brasileiro não produz nada em grande escala, o ideal seria ter uma linha de produção pequena para componentes mais simples, como resistores e capacitores, pois a montagem de uma infra-estrutura para todos os componentes de um satélite seria inviável pelo alto custo e nível de complexidade.

O INPE dispõe de um Laboratório de Integração e Testes (LIT), único no hemisfério Sul capacitado para fazer testes com qualificação espacial e militar. O laboratório realiza testes de vibração e choque, vácuo, temperatura e umidade, interferência e compatibilidade eletromagnética de satélites, de seus subsistemas e de cargas úteis para operação no espaço.

As indústrias automobilística e de telecomunicações são as principais usuárias do laboratório do INPE, com a realização de testes de interferência eletromagnética em telefones celulares e antenas e na eletrônica embarcada dos veículos.


Fonte: Jornal Valor Econômico - 18/05/2010

Comentário: O título da matéria deveria ser: A Incompetência Governamental Atrasa Lançamentos de Satélites. Sete anos de governo LULA e não obtivemos nenhum avanço significativo nessa área. O problema com o ITAR não é de agora amigos, diversos exemplos ocorreram antes mesmo do governo LULA (inclusive no Programa CBERS) e a verdade é que nada foi feito nem antes e nem nos sete anos desse governo para pelo menos amenizar este problema. É muito fácil ficar jogando a culpa nos outros para esconder a nossa incompetência. Os componentes são americanos e eles vendem a quem eles acharem que devem vender, ponto. Cabe a nós buscar soluções para os nossos problemas e não ficar culpando os outros por adotarem regras para venda de componentes desenvolvidos por eles, afinal quem produz é que dita às regras. Tome como exemplo a CHINA, que apesar do embargo americano está com seu programa espacial em franco desenvolvimento. Um verdadeiro “Melô do Chororô”. Lamentável.




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Re: Programa CBERS

#6 Mensagem por Brazilian Space » Sáb Mai 22, 2010 2:49 am

Fim de Operação de Satélite não Influencia Monitoramento

Olá amigos!

Segue uma notícia publicada dia (29/05) no site “globoamazonia.com” do globo.com informando que o fim da operação do satélite CBERS-2B não influenciará o monitoramento na Amazônia.

Duda Falcão
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Desmatamento

Fim de Operação de Satélite não
Influencia Monitoramento na Amazônia


Pesquisadores usavam 500 imagens por ano enviadas pelo Cbers-2B.
Satélite indiano que opera desde outubro tem capacidade semelhante.


Lucas Frasão
Do Globo Amazônia, em São Paulo
20/05/10 - 11h38


O fim da operação do satélite CBERS-2B, anunciado por Brasil e China na semana passada, não deve prejudicar o monitoramento de áreas de desmatamento na Amazônia. O CBERS-2B foi lançado ao espaço em 2007 e chegou a completar cerca de 13 mil voltas na órbita da Terra, gerando cerca de 270 mil imagens para usuários brasileiros e outras 60 mil para mais de 40 países.

Sua contribuição para a medição do corte ilegal de madeira na Amazônia significava o envio de imagens da floresta a cada 26 dias. Por ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) utilizava cerca de 500 fotografias enviadas pelo satélite, cada uma cobrindo uma área de 14400 quilômetros quadrados. Com o fim do satélite, as imagens deixam de ser enviadas.

Imagem
Lançamento do CBERS-2, em 2003, satélite que
deu origem ao CBERS-2B (Foto: CBERS/INPE/ Divulgação)


"Com a perda do CBERS-2B, contratamos uma campanha de imageamento da Amazônia para fazer isso durante certo tempo", diz João Vianei Soares, responsável pela Coordenação-Geral de Observação da Terra do INPE. "Não existe hipótese de o monitoramento ser prejudicado pela falta de um satélite, por que há outros".

O pesquisador explica que, desde 2003, o instituto usa uma série de satélites para ajudar no monitoramento. A vantagem dessa estratégia é que diminuem as chances de ter a visão prejudicada pelo excesso de nuvens.

Além de usar imagens dos satélites americanos TERRA/MODIS e LANDSAT-5, o INPE recebe dados do indiano RESOURCE SAT desde outubro do ano passado, que tem desempenho semelhante ao CBERS-2B no que diz respeito ao desmatamento na Amazônia, segundo Soares.

O INPE também tem parceria com a empresa britânica DMC, que gerencia um consórcio de satélites de diversos países, os quais podem ser programados de acordo com a necessidade do cliente. "São dados que servem como um backup. Se outros falharem, usamos esses. Também usamos essa opção geralmente entre julho e agosto, quando a cobertura de nuvens é a menor possível e podemos registrar mais imagens", explica Soares.


Fonte: Site globoamazonia.com




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Re: Programa CBERS

#7 Mensagem por jambockrs » Sáb Dez 21, 2019 11:02 am

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Satélite CBERS 04A é transportado para a torre de lançamento
São José dos Campos-SP, 13 de dezembro de 2019
O satélite CBERS 04A foi transportado na manhã desta quinta-feira (12/12) para a torre de lançamento da base de Taiyuan, na China, para ser acoplado ao lançador Longa Marcha 4B. O lançamento está previsto para o dia 20/12, à 00:21 (horário de Brasília) e será acompanhado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos, por áudio.
Este é o sexto satélite desenvolvido e a ser lançado pelo Programa Sino Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), fruto de acordo firmado entre os governos do Brasil e da China, em 1988. O último satélite lançado pelo Programa, o CBERS 4, permanece em órbita e operacional. Com o lançamento do CBERS 04A, o fornecimento de imagens será duplicado, trazendo benefícios a uma série de aplicações, estudos e monitoramentos sobre recursos naturais e dinâmicas de uso do solo.
As imagens dos satélites CBERS vem sendo utilizadas no monitoramento do desmatamento da Amazônia, pelo sistema DETER, além de estudos e mapeamentos nas áreas de recursos hídricos, agricultura, vegetação, planejamento urbano, entre outras.
A menos de uma semana para a contagem regressiva, as equipes do INPE e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) realizam os últimos preparativos para o lançamento do satélite. O foguete chinês Longa Marcha 4B é composto de três estágios que atingem uma altura aproximada de 45 metros. Todos os estágios utilizam combustível líquido, hidrazina e tetróxido de nitrogênio (N2O4) como oxidante.
O foguete vazio pesa cerca de 17 toneladas. Seus tanques têm capacidade para 232 toneladas de combustível. O peso total no instante do lançamento será de aproximadamente 250 toneladas, considerando o peso do CBERS 04A, de aproximadamente 1,8 tonelada.
O Programa CBERS, imagens e aplicações
O Programa CBERS, com mais de 30 anos de trabalhos conjuntos, está em sua segunda geração de satélites. Brasil e China dividem em 50% os investimentos e a participação no desenvolvimento do satélite.
O CBERS 04A leva a bordo duas câmeras brasileiras (MUX e WFI) e uma chinesa (WPM). A MUX irá gerar imagens de 16 metros de resolução, com revisitas a cada 31 dias. A WFI possui resolução de 55 metros, com revisitas a cada 5 dias, enquanto a WPM, conta com resolução de 2 metros em modo pancromático e de 8 metros em RGB (Red-Green-Blue, multiespectral). Por ter uma altitude de órbita mais baixa em relação ao CBERS-4, em operação atualmente, as imagens a serem geradas pelo CBERS 04A será de melhor resolução espacial.
Os dados do Programa CBERS estão disponíveis aos usuários no catálogo online do INPE. A oferta gratuita de imagens de satélites, a partir de uma política de dados abertos adotada pelo INPE, em 2004, traz benefícios aos diversos sistemas de gestão do território do país, desenvolvidos em instituições de pesquisa, universidades e empresas privadas.
Além disso, estudos apontam que o Programa CBERS, com base no desenvolvimento de tecnologias espaciais de sensoriamento remoto, geram empregos, novas oportunidades de negócio e maior lucratividade a empresas que utilizam suas imagens em seus serviços e produtos.
Mais informações sobre o Programa CBERS: www.cbers.inpe.br
Imagem
Imagem
Imagem
Satélite CBERS 04A, na coifa do foguete Longa Marcha 4B, é transportado à torre de lançamento da Base de Taiyuan




Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
claudioseverinodasilva41@gmail.com
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Re: Programa CBERS

#8 Mensagem por jambockrs » Sáb Dez 21, 2019 11:11 am

Meus prezados
Satélite CBERS 04A é lançado com sucesso
São José dos Campos-SP, 20 de dezembro de 2019
Imagem
O Satélite CBERS 04A foi lançado e colocado em órbita com sucesso no início da madrugada dessa sexta-feira (20/12), pelo foguete Longa Marcha 4B, a partir da base de lançamento de Taiyuan, na China, a 500 km de Pequim. O lançamento ocorreu à 00:22 (horário de Brasília), um minuto além do previsto, e cerca de 15 minutos depois, o terceiro estágio do foguete liberou o satélite na órbita prevista.
Outros oito satélites, de pequeno porte – um deles brasileiro, o FloripaSat-1, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina –, foram de “carona” no lançador chinês.
A primeira passagem do satélite CBERS 04A sobre o território brasileiro acontecerá na manhã desta sexta-feira por volta das 10h, quando as Estações Terrenas de Rastreio e Controle de Alcântara (MA) e Cuiabá (MT) irão receber os dados do CBERS 04A.
O satélite CBERS 04A é o sexto desenvolvido em parceria com a China, fruto de um acordo de cooperação tecnológica firmado entre os dois países em 1988. Brasil e China dividem em 50% os investimentos e a participação nos desenvolvimentos dos satélites do Programa Sino Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS), sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pelo Brasil, e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), pela China.
Os recursos utilizados para o desenvolvimento e fabricação do CBERS 04A, incluindo investimentos na área de controle do satélite em órbita e aplicações, foram de R$ 160 milhões para o Brasil. Para o lançamento, o custo foi de US$ 15 milhões para o país.
O CBERS 04A garante a continuidade no fornecimento de imagens que beneficiam o sistema de gestão do território do país (monitoramentos ambientais e de recursos terrestres), as pesquisas em universidades e os desenvolvimentos em empresas, que utilizam as tecnologias de geoinformação e de sensoriamento remoto.
Quando o CBERS 04A estiver plenamente operacional, os usuários do sistema CBERS terão o dobro de imagens disponíveis, já que o satélite CBERS-4, lançado em dezembro de 2014, continua em órbita. Desde a implementação da política de livre acesso a dados e imagens do INPE, em 2004, já foram distribuídas gratuitamente quase 2,4 milhões de imagens CBERS a cerca de 20 mil instituições do país.
Em outro setor da economia, o Programa CBERS vem estimulando a participação e capacitação da indústria nacional para o desenvolvimento e fabricação de sistemas e subsistemas de satélites. Os benefícios se estendem à criação de novos empregos e à geração de inovações tecnológicas e de processos, presentes em novos produtos e serviços.
Assista o vídeo do lançamento do CBERS 04A:

Mais informações sobre o Programa CBERS: www.cbers.inpe.br




Um abraço e até mais...
Cláudio Severino da Silva
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