Guerra na Selva
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Retorno à Selva: Um renascimento da guerra em terreno fechado
Pelo Tenente James Lewis, 5 de janeiro de 2018.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 12 de julho de 2019.
A região do Indo-Pacífico está em um período de transformação sem precedentes, acelerada pela mudança na distribuição do poder econômico e político[1]. A importância do Indo-Pacífico para a segurança australiana não pode ser exagerada e o Exército deve se preparar para conduzir operações nesta região cada vez mais complexa e letal, através do espectro de conflitos. Isso significa ter uma força versátil e adaptável que é bem versada em operar em terreno fechado e habilidosa em guerra na selva.
A história operacional do Exército destaca a importância da compreensão profunda da guerra na selva para a segurança australiana. Desde os dias de Kokoda, Bornéu e Malaya, até o Vietnã, Timor Leste e as Ilhas Salomão - para a Austrália, a luta na selva tem sido a regra, não a exceção.
É aqui que o Exército deve reavaliar sua atual abordagem em relação ao treinamento de guerra na selva — reaprender as lições do passado que são úteis, descartar aqueles que não são, e implementar uma abordagem do século XXI para a guerra na selva. Essa abordagem deve se concentrar em duas áreas críticas: um avanço rumo a um treinamento de selva - não apenas duro - mas realista, e treinamento de selva para todas as armas, não apenas para a infantaria.
Treinamento "Duro" e Realidades Operacionais
O Exército tem várias oportunidades de treinamento em guerra na selva, incluindo a Ala de Treinamento na Selva - em Tully (Jungle Training Wing – Tully, JTW), a Companhia de Fuzileiros Butterworth (Rifle Company Butterworth, RCB) e Canungra. Cursos como o Curso de Operações de Selva para Oficiais Subalternos (Junior Officer’s Jungle Operations Course, JOJOC) também foram recentemente recriados, para conduzir treinamento para líderes subalternos em terreno fechado. No entanto, este treinamento é geralmente usado como uma ferramenta para endurecer os soldados, concentrando-se no desenvolvimento de tenacidade mental e física em condições árduas —não experimentar novas táticas, técnicas e procedimentos (Tactics, Techniques and Procedures, TTPs), treinar manobras de armas combinadas ou testar novos equipamentos na selva.
O Exército precisa articular claramente a intenção por trás do treinamento específico de selva— o treinamento é projetado para "endurecer" nossos soldados em um ambiente de treinamento árduo e austero? Ou, ele é projetado para efetivamente preparar nossos soldados para lutar em um cenário moderno e complexo de guerra na selva? É importante enfatizar que estas proposições não são a mesma coisa. O treinamento de guerra na selva por sua própria natureza será desafiador; no entanto, como em qualquer outro treinamento, simplesmente "deixar ralado" não aumentará a letalidade, a capacidade de sobrevivência ou a proficiência geral de combate. O treinamento deve ser inteligente, bem projetado e ter um objetivo específico e realizável, e se não for constantemente revisado e atualizado, ele rapidamente se tornará irrelevante. Além disso, se nós realmente quisermos desenvolver uma proficiência no combate de selva do século XXI, então os TTPs ensinados precisam ser baseados nas realidades operacionais atuais, não em costumes ultrapassados; os tabus que cercam o uso de equipamentos tais quais equipamentos de combate noturno, dispositivos de GPS e redes para dormir precisam ser seriamente reconsiderados; e precisamos rever nosso ambiente de treinamento.
As áreas de treinamento em Tully são na sua maioria selva secundária e são extremamente restritivas — tudo é feito em uma trilha pré-cortada. A exigência de manter essas trilhas significa que os comandantes não podem conduzir a seleção de rotas, posicionamentos noturnos, e há pouca necessidade de navegar além de passos contados. Além disso, os comandantes não podem conduzir um Desenvolvimento de Curso de Ação robusto durante o seu IMAP (Individual Military Appreciation Process, Processo de Apreciação Militar Individual), pois eles são prejudicados pelas rotas de patrulhamento pré-determinadas. A densidade da vegetação não permite de fato um bom treinamento – ela o impede.
É claro que o Exército precisa saber como lutar em terreno altamente restritivo como a selva secundária, mas o treinamento realista para essa vegetação exigiria o uso de facões para limpar as rotas através da selva, cortando os seus próprios portos noturnos e usando técnicas de navegação, como navegação estimada. Isso permitiria aos comandantes obter uma compreensão mais profunda de como a selva afeta os níveis de manobra, navegação e fadiga, e quais tarefas são realistas de se esperar dos subordinados.
Treinamento de Selva para Elementos de Apoio
Outra questão crítica com o treinamento de guerra na selva australiano é que ele se concentra quase exclusivamente em operações de infantaria leve no nível individual, de grupo de combate e de pelotão, negligenciando outros elementos da guerra de armas combinadas. A grande maioria das sub-unidades que participam da rotação de Treinamento de Sub-Unidade (Sub-Unit Training, SUT) na JTW são companhias de fuzileiros de batalhões dentro do RAR (Royal Australian Regiment, Regimento Real Australiano). Auxiliadores críticos de combate, como artilharia e engenheiros de combate, normalmente não conduzem o SUT em Tully, nem os elementos de apoio que são essenciais para operações em qualquer ambiente, tais como elementos de transporte, suprimento e médicos. Como David Hackworth e S.L.A. Marshall argumentaram, na selva "a infantaria de 'esclarecimento' também deve continuar como a força de 'fixação,'" deixando a “finalização” para as armas pesadas que podem tanto matar homens como demolir construções de proteção.”[ii] Sem a integração efetiva da manobra de armas combinadas, será quase impossível para a infantaria sozinha "bloquear as rotas de escape prováveis, atacar as colunas em retirada, e continuar a limpeza."[iii] De fato, no Vietnã, a coordenação de apoio aéreo aproximado, fogo de morteiro e fogo de artilharia era frequentemente um componente essencial na definição das condições para a vitória, e embora não seja o fator mais crítico — era a qualidade dos líderes no terreno e a bravura de seus homens que se provaria decisiva ou não —o apoio ofensivo ainda era de grande importância. McManus resumiu isso no Vietnã quando disse que "o espírito de luta, apoiado pelo poder de fogo sufocante, poderia ser uma combinação formidável".[iv]
Além disso, relatórios de treinamento e análises da Segunda Guerra Mundial indicam que dois dos desafios mais significativos enfrentados pelos soldados australianos operando na Nova Guiné e no Timor durante a Campanha do Pacífico não foram centrados na infantaria, mas sim estavam relacionados com a incorporação de armas de apoio para auxiliar a infantaria. Um dos desafios críticos foi a coordenação de fogo indireto.
A selva impõe desafios únicos para os artilheiros: na Segunda Guerra Mundial, devido à incapacidade de observar o alvo e ajustar o fogo com precisão, bem como a vegetação altamente restritiva, os artilheiros tiveram que modificar seus métodos normais para apoiar a infantaria[v]. Técnicas inovadoras como a estimativa de distância pelo som - que envolvia um observador avançado rastejando perto do inimigo, pedindo fogos e fazendo ajustes baseados no som dos estilhaços de granada assobiando sobre a sua cabeça — tiveram que ser improvisadas. Em pelo menos um caso, "o fogo de artilharia foi pedido por um oficial de posto de observação em pé no mar com água até o pescoço para poder observar a queda de tiros a 19.000 jardas [17.300km] ao longo da costa"[vi].
Enquanto os métodos utilizados pela artilharia evoluíram significativamente desde os dias de Milne Bay e Kokoda, seria ingênuo pensar que armas de apoio como a artilharia seriam simplesmente capazes de se desdobrarem em um ambiente de selva e empregariam exatamente os mesmos TTPs que elas usam em campo aberto. Soldados — independentemente de corpo ou especialização — devem treinar para empregar seus conjuntos de habilidades em qualquer ambiente, especialmente aqueles que representam os maiores desafios.
Conclusão
O Exército deve desenvolver uma nova abordagem para o desenvolvimento de perícia na selva; devemos redescobrir as lições do passado que são úteis e descartar aquelas que se tornaram irrelevantes. Finalmente, devemos adotar uma abordagem de treinamento fundamentada na experimentação, tentativa e erro e um desejo de aprender com os atuais especialistas em guerra na selva, como a Força de Defesa de Papua Nova Guiné e o Exército da Malásia, e tirar lições dos atuais conflitos em nossa região, tais como a insurgência nas Filipinas. Considerando o significado da região do Indo-Pacífico para a Austrália, o Exército deve revigorar seu treinamento de guerra na selva, com foco nas realidades operacionais e nas armas combinadas.
Sobre o autor
Tenente James Lewis é um oficial de Infantaria atualmente servindo na Escola de Infantaria.
Notas finais
[1] The Defence White Paper, Strategic Outlook, Department of Defence, available at <http://www.defence.gov.au/Whitepaper/At ... utlook.asp>
[ii] Hackworth, D. & Marshall, SLA. (1966) Vietnam Primer, US Army, p.8
[iii] Hackworth, D. & Marshall, SLA, Vietnam Primer, p.8
[iv] McManus, J. (2011) Grunts: Inside the American Infantry Combat Experience, World War II Through Iraq, Random House, p.197
[v] Threlfall, A. (2014) Jungle Warriors, Allen & Unwin, p.111
[vi] Threlfall, A. Jungle Warriors, p.113
Original: https://groundedcuriosity.com/return-to ... -X6lUe3uaI
Essa tradução foi publicada no site Warfare Blog em 17 de julho de 2019: https://www.warfareblog.com.br/2019/07/ ... uerra.html
Tradução Filipe do A. Monteiro, 12 de julho de 2019.
A região do Indo-Pacífico está em um período de transformação sem precedentes, acelerada pela mudança na distribuição do poder econômico e político[1]. A importância do Indo-Pacífico para a segurança australiana não pode ser exagerada e o Exército deve se preparar para conduzir operações nesta região cada vez mais complexa e letal, através do espectro de conflitos. Isso significa ter uma força versátil e adaptável que é bem versada em operar em terreno fechado e habilidosa em guerra na selva.
A história operacional do Exército destaca a importância da compreensão profunda da guerra na selva para a segurança australiana. Desde os dias de Kokoda, Bornéu e Malaya, até o Vietnã, Timor Leste e as Ilhas Salomão - para a Austrália, a luta na selva tem sido a regra, não a exceção.
É aqui que o Exército deve reavaliar sua atual abordagem em relação ao treinamento de guerra na selva — reaprender as lições do passado que são úteis, descartar aqueles que não são, e implementar uma abordagem do século XXI para a guerra na selva. Essa abordagem deve se concentrar em duas áreas críticas: um avanço rumo a um treinamento de selva - não apenas duro - mas realista, e treinamento de selva para todas as armas, não apenas para a infantaria.
Treinamento "Duro" e Realidades Operacionais
O Exército tem várias oportunidades de treinamento em guerra na selva, incluindo a Ala de Treinamento na Selva - em Tully (Jungle Training Wing – Tully, JTW), a Companhia de Fuzileiros Butterworth (Rifle Company Butterworth, RCB) e Canungra. Cursos como o Curso de Operações de Selva para Oficiais Subalternos (Junior Officer’s Jungle Operations Course, JOJOC) também foram recentemente recriados, para conduzir treinamento para líderes subalternos em terreno fechado. No entanto, este treinamento é geralmente usado como uma ferramenta para endurecer os soldados, concentrando-se no desenvolvimento de tenacidade mental e física em condições árduas —não experimentar novas táticas, técnicas e procedimentos (Tactics, Techniques and Procedures, TTPs), treinar manobras de armas combinadas ou testar novos equipamentos na selva.
O Exército precisa articular claramente a intenção por trás do treinamento específico de selva— o treinamento é projetado para "endurecer" nossos soldados em um ambiente de treinamento árduo e austero? Ou, ele é projetado para efetivamente preparar nossos soldados para lutar em um cenário moderno e complexo de guerra na selva? É importante enfatizar que estas proposições não são a mesma coisa. O treinamento de guerra na selva por sua própria natureza será desafiador; no entanto, como em qualquer outro treinamento, simplesmente "deixar ralado" não aumentará a letalidade, a capacidade de sobrevivência ou a proficiência geral de combate. O treinamento deve ser inteligente, bem projetado e ter um objetivo específico e realizável, e se não for constantemente revisado e atualizado, ele rapidamente se tornará irrelevante. Além disso, se nós realmente quisermos desenvolver uma proficiência no combate de selva do século XXI, então os TTPs ensinados precisam ser baseados nas realidades operacionais atuais, não em costumes ultrapassados; os tabus que cercam o uso de equipamentos tais quais equipamentos de combate noturno, dispositivos de GPS e redes para dormir precisam ser seriamente reconsiderados; e precisamos rever nosso ambiente de treinamento.
As áreas de treinamento em Tully são na sua maioria selva secundária e são extremamente restritivas — tudo é feito em uma trilha pré-cortada. A exigência de manter essas trilhas significa que os comandantes não podem conduzir a seleção de rotas, posicionamentos noturnos, e há pouca necessidade de navegar além de passos contados. Além disso, os comandantes não podem conduzir um Desenvolvimento de Curso de Ação robusto durante o seu IMAP (Individual Military Appreciation Process, Processo de Apreciação Militar Individual), pois eles são prejudicados pelas rotas de patrulhamento pré-determinadas. A densidade da vegetação não permite de fato um bom treinamento – ela o impede.
É claro que o Exército precisa saber como lutar em terreno altamente restritivo como a selva secundária, mas o treinamento realista para essa vegetação exigiria o uso de facões para limpar as rotas através da selva, cortando os seus próprios portos noturnos e usando técnicas de navegação, como navegação estimada. Isso permitiria aos comandantes obter uma compreensão mais profunda de como a selva afeta os níveis de manobra, navegação e fadiga, e quais tarefas são realistas de se esperar dos subordinados.
Treinamento de Selva para Elementos de Apoio
Outra questão crítica com o treinamento de guerra na selva australiano é que ele se concentra quase exclusivamente em operações de infantaria leve no nível individual, de grupo de combate e de pelotão, negligenciando outros elementos da guerra de armas combinadas. A grande maioria das sub-unidades que participam da rotação de Treinamento de Sub-Unidade (Sub-Unit Training, SUT) na JTW são companhias de fuzileiros de batalhões dentro do RAR (Royal Australian Regiment, Regimento Real Australiano). Auxiliadores críticos de combate, como artilharia e engenheiros de combate, normalmente não conduzem o SUT em Tully, nem os elementos de apoio que são essenciais para operações em qualquer ambiente, tais como elementos de transporte, suprimento e médicos. Como David Hackworth e S.L.A. Marshall argumentaram, na selva "a infantaria de 'esclarecimento' também deve continuar como a força de 'fixação,'" deixando a “finalização” para as armas pesadas que podem tanto matar homens como demolir construções de proteção.”[ii] Sem a integração efetiva da manobra de armas combinadas, será quase impossível para a infantaria sozinha "bloquear as rotas de escape prováveis, atacar as colunas em retirada, e continuar a limpeza."[iii] De fato, no Vietnã, a coordenação de apoio aéreo aproximado, fogo de morteiro e fogo de artilharia era frequentemente um componente essencial na definição das condições para a vitória, e embora não seja o fator mais crítico — era a qualidade dos líderes no terreno e a bravura de seus homens que se provaria decisiva ou não —o apoio ofensivo ainda era de grande importância. McManus resumiu isso no Vietnã quando disse que "o espírito de luta, apoiado pelo poder de fogo sufocante, poderia ser uma combinação formidável".[iv]
Além disso, relatórios de treinamento e análises da Segunda Guerra Mundial indicam que dois dos desafios mais significativos enfrentados pelos soldados australianos operando na Nova Guiné e no Timor durante a Campanha do Pacífico não foram centrados na infantaria, mas sim estavam relacionados com a incorporação de armas de apoio para auxiliar a infantaria. Um dos desafios críticos foi a coordenação de fogo indireto.
A selva impõe desafios únicos para os artilheiros: na Segunda Guerra Mundial, devido à incapacidade de observar o alvo e ajustar o fogo com precisão, bem como a vegetação altamente restritiva, os artilheiros tiveram que modificar seus métodos normais para apoiar a infantaria[v]. Técnicas inovadoras como a estimativa de distância pelo som - que envolvia um observador avançado rastejando perto do inimigo, pedindo fogos e fazendo ajustes baseados no som dos estilhaços de granada assobiando sobre a sua cabeça — tiveram que ser improvisadas. Em pelo menos um caso, "o fogo de artilharia foi pedido por um oficial de posto de observação em pé no mar com água até o pescoço para poder observar a queda de tiros a 19.000 jardas [17.300km] ao longo da costa"[vi].
Enquanto os métodos utilizados pela artilharia evoluíram significativamente desde os dias de Milne Bay e Kokoda, seria ingênuo pensar que armas de apoio como a artilharia seriam simplesmente capazes de se desdobrarem em um ambiente de selva e empregariam exatamente os mesmos TTPs que elas usam em campo aberto. Soldados — independentemente de corpo ou especialização — devem treinar para empregar seus conjuntos de habilidades em qualquer ambiente, especialmente aqueles que representam os maiores desafios.
Conclusão
O Exército deve desenvolver uma nova abordagem para o desenvolvimento de perícia na selva; devemos redescobrir as lições do passado que são úteis e descartar aquelas que se tornaram irrelevantes. Finalmente, devemos adotar uma abordagem de treinamento fundamentada na experimentação, tentativa e erro e um desejo de aprender com os atuais especialistas em guerra na selva, como a Força de Defesa de Papua Nova Guiné e o Exército da Malásia, e tirar lições dos atuais conflitos em nossa região, tais como a insurgência nas Filipinas. Considerando o significado da região do Indo-Pacífico para a Austrália, o Exército deve revigorar seu treinamento de guerra na selva, com foco nas realidades operacionais e nas armas combinadas.
Sobre o autor
Tenente James Lewis é um oficial de Infantaria atualmente servindo na Escola de Infantaria.
Notas finais
[1] The Defence White Paper, Strategic Outlook, Department of Defence, available at <http://www.defence.gov.au/Whitepaper/At ... utlook.asp>
[ii] Hackworth, D. & Marshall, SLA. (1966) Vietnam Primer, US Army, p.8
[iii] Hackworth, D. & Marshall, SLA, Vietnam Primer, p.8
[iv] McManus, J. (2011) Grunts: Inside the American Infantry Combat Experience, World War II Through Iraq, Random House, p.197
[v] Threlfall, A. (2014) Jungle Warriors, Allen & Unwin, p.111
[vi] Threlfall, A. Jungle Warriors, p.113
Original: https://groundedcuriosity.com/return-to ... -X6lUe3uaI
Essa tradução foi publicada no site Warfare Blog em 17 de julho de 2019: https://www.warfareblog.com.br/2019/07/ ... uerra.html
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Membros do 3º Batalhão, Royal 22e Régiment se preparam para a guerra na selva
Artigo do Canadian Army Today, 6 de dezembro de 2018.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de agosto de 2019.
Foto de Édouard Dufour, Adsum Newspaper.
O mandato nacional da Companhia B, 3º Batalhão, Royal 22e Régiment (3 R22eR) é preparar combatentes de elite para realizar missões complexas na selva. Essas missões acontecem no coração de ambientes inóspitos, com níveis de umidade incapacitantes, altos riscos de infecção e com uma ameaça animal onipresente à espreita nas sombras. Vamos voltar os holofotes para o rigoroso processo de seleção do curso de guerra na selva.
Cerca de 10 candidatos do 3 R22eR, os rostos tensos com esforço, começaram os primeiros testes de seleção na Base de Apoio da 2ª Divisão Canadense (2nd Canadian Division Support Base, 2 CDSB) de Valcartier, todos tentando garantir uma das raras vagas abertas neste treinamento especializado. A seleção, que ocorreu de 27 a 29 de agosto de 2018, foi para os membros da Companhia B das graduações de Master Corporal ou superior.
O instrutor encarregado da seleção, Sargento Philipe Paquin-Bénard, foi um dos dois primeiros canadenses a completar com sucesso o curso internacional Jaguar em 2015. Este treinamento de guerra na selva é organizado na Guiana Francesa pela Legião Estrangeira. Este corpo do exército francês é uma verdadeira fonte de orgulho nacional para nossos primos franceses.
O Sgt Paquin-Bénard explicou que a série de testes que compõem a seleção é inspirada diretamente nos mais altos padrões de desempenho estabelecidos pelos países que oferecem o curso na selva, como o Reino Unido, a França e o Brasil.
Seleção ainda envolve um grande número de flexões, abdominais, agachamentos, barras e uma corrida de oito quilômetros em botas de combate que deve ser concluída em menos de 40 minutos. Os candidatos também devem subir duas vezes em uma corda suspensa no teto. Para tornar as coisas mais desafiadoras, a segunda tentativa deve ser feita com um saco de 4,5 quilos anexado ao candidato.
No último dia de seleção, os candidatos são levados para a piscina do Sports Center, onde um teste final os aguarda. Eles têm que nadar uma distância de 400 metros sem parar em menos de 15 minutos. Para aumentar a aposta neste desafio, os candidatos usam botas de combate. Finalmente, eles têm de ficar em permanência na água por 10 minutos, enquanto seguram firmemente uma arma de combate.
“O teste da piscina é muito exigente. Os candidatos não têm outra opção a não ser passar ”, disse o Sargento Paquin-Bénard.
Ele observou que o Canadá se sai bem todos os anos no curso. “Os sargentos Gabriel Dugas e Jonathan Lacroix do 3 R22eR se saíram muito bem. Eles terminaram em primeiro e segundo lugar respectivamente em sua turma no Brasil em 2016 ”, disse ele.
Menos da metade dos candidatos serão selecionados este ano para participar do curso de seis a nove semanas. Este tipo de treinamento é oferecido em diversos centros de treinamento: o Curso de Instrutor de Guerra na Selva (Jungle Warfare Instructor Course) em Brunei, o Centro de Treinamento em Floresta Tropical (Centre d’entraînement en forêt tropicale) na Guiana Francesa e o Centro de Instrução de Guerra na Selva no Brasil.
Membros de todo o mundo orgulhosamente representam seus países neste treinamento ímpar. Os candidatos selecionados da 2 CDSB Valcartier terão o benefício de cinco semanas de treinamento intensivo preliminar, supervisionado por Quentin Martin, um instrutor que treinou como fisioterapeuta.
Martin disse que a quantidade e a intensidade do treinamento serão progressivamente aumentadas com o passar dos dias. “Os candidatos já estão muito motivados, mas nada deve ser deixado ao acaso. Por isso, nos concentramos em suas deficiências ”, disse Martin, que já está em seu terceiro ano como líder do campo. “Será muito difícil porque os treinamos como atletas”, concluiu ele.
O CURSO
O curso de guerra na selva incentiva os candidatos a enfrentar adversidades e desenvolver uma forte resistência. Desistir não é uma opção. Foto: Adsum Newspaper.
Este é um treinamento de guerra na selva de "estilo de comando". Existem três fases separadas. A primeira é a inoculação de batalha, durante a qual os candidatos aprendem manobras básicas de sobrevivência, combate corpo-a-corpo, topografia e orientação. A segunda fase ensina várias técnicas úteis, como construir uma ponte de cordas e amarrar vários tipos de nós.
A fase final é uma fase tática. Os candidatos aprendem a conduzir eficientemente um grupo de combate e um pelotão na selva. Durante o treinamento, os candidatos devem reagir ao fogo inimigo efetivo, lidar com uma baixa e realizar uma extração pelo ar, e neutralizar as ameaças enquanto se deslocam de forma eficiente através do terreno com elevações que podem atingir até 380 metros.
“Esses cursos foram, por muito tempo, descritos como inatingíveis. As pessoas se sentem totalmente operacionais quando retornam e adquirem conhecimentos que poderiam servi-las no futuro ”, disse o Sargento Paquin-Bénard.
BEM VINDO À SELVA
O Sargento Paquin-Bénard descreveu os desafios da selva: “O clima é opressivo e a vegetação é muito densa. O chão é lamacento e as árvores têm mecanismos de defesa como agulhas e veneno. Você também tem que se lavar regularmente para prevenir infecções”, disse ele.
“Insetos estão por toda parte. Por exemplo, você não pode se sentar no chão por causa de formigas-de-fogo. Você seria literalmente "comido" por insetos se estivesse sentado no chão", acrescentou.
“Não há acesso a GPS ou rádios, e os mapas costumam ser imprecisos”, continuou ele. “Também é praticamente impossível chegar do ponto A ao ponto B sem ter que atravessar um rio. Você também tem que tomar cuidado com ameaças de animais, como a cobra fer-de-lance e onças.”
“Quando você trabalha em um ambiente equatorial, você faz isso com equipamentos básicos como o bom e velho C7 ou C8* com mira de ferro. Você tem que estudar as marés para poder cruzar certas hidrovias no momento certo. Extrações por helicóptero exigem o uso de dinamite em árvores e uma motosserra para limpar um perímetro de aproximação ”, explicou o instrutor do 3 R22eR.
Os membros canadenses na selva estão sempre equipados com um facão para abrir caminho através da vegetação exuberante. Eles também carregam mochilas de 23 quilos cujos conteúdos são hermeticamente selados graças a recipientes de plástico à prova d'água.
Soldados canadenses da Equipe de Reconstrução da Província de Kandahar (PRT) em uma patrulha com o C7A2.
*Nota do Tradutor: O Colt Canada C7 é um fuzil de assalto canadense, fabricado pela Colt Canada (anteriormente Diemaco, até 2005), um variante do Armalite AR-15, e tendo o desenho e sistema semelhantes ao Colt M16A3. O Colt Canada C8 é a versão carabina do C7.
A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE SELVA
Durante 1999-2000, um contingente de 250 soldados do 3 R22eR participou de uma missão de paz de seis meses no Timor Leste, um país do sudeste asiático. Embora a missão tenha sido um sucesso político, o relatório pós-desdobramento descreve vários problemas que prejudicaram a eficácia operacional.
Os problemas relacionados a um conhecimento limitado da selva e equipamentos que eram inadequados para esse ambiente hostil. O Exército teve que tomar medidas para readquirir o conhecimento necessário.
Devido ao ritmo acelerado das operações subsequentes, foi somente em 2008 que os 3 R22eR puderam finalmente despender o esforço necessário para desenvolver a “capacidade de selva”. Naquela época, um grupo de 30 soldados de infantaria do pelotão de reconhecimento participaram de um intercâmbio com os Royal Gurkha Rifles, em Brunei, na ilha de Bornéu. Apesar do nível de inoculação de batalha do grupo e do nível de proficiência muito alto, a falta de experiência no nível individual foi um obstáculo para o sucesso do treinamento. A participação individual na selva especializada era, portanto, essencial antes de empreender o treinamento coletivo.
Portanto, a partir do outono de 2011, membros do 3 R22eR foram mobilizados para receber treinamento de guerra na selva em colaboração com os aliados do Canadá. O objetivo era criar um grupo de instrutores dentro do Batalhão para eventualmente desenvolver a capacidade coletiva.
Em 2014, a expertise adquirida possibilitou o desenvolvimento da estrutura necessária para atender ao mandato da selva, que havia sido atribuído à Companhia B da unidade. Para apoiar o treinamento de guerra na selva, foi criada uma célula permanente de treinamento e planejamento dentro da Companhia B. Até o momento, ela continua progredindo em direção ao seu objetivo de capacidade de selva em nível de companhia e está no caminho certo para se tornar uma referência nacional nesse ponto.
Quando se trata de construir capacidade no seio da infantaria leve, integrar elementos de apoio é essencial para capacitar as tropas. Por essa razão, especialistas em reconhecimento, snipers e membros da 5ª Companhia de Ambulâncias de Campanha (5 Field Ambulance, Valcartier) também participam do treinamento.
O objetivo final é fornecer às Forças Armadas do Canadá uma força capaz de se inserir e operar em uma zona tropical e equatorial durante um período prolongado e eliminar a ameaça, independentemente de sua localização.
Original: https://canadianarmytoday.com/members-f ... FPl8oyjtoc
Tradução Filipe do A. Monteiro, 28 de agosto de 2019.
Foto de Édouard Dufour, Adsum Newspaper.
O mandato nacional da Companhia B, 3º Batalhão, Royal 22e Régiment (3 R22eR) é preparar combatentes de elite para realizar missões complexas na selva. Essas missões acontecem no coração de ambientes inóspitos, com níveis de umidade incapacitantes, altos riscos de infecção e com uma ameaça animal onipresente à espreita nas sombras. Vamos voltar os holofotes para o rigoroso processo de seleção do curso de guerra na selva.
Cerca de 10 candidatos do 3 R22eR, os rostos tensos com esforço, começaram os primeiros testes de seleção na Base de Apoio da 2ª Divisão Canadense (2nd Canadian Division Support Base, 2 CDSB) de Valcartier, todos tentando garantir uma das raras vagas abertas neste treinamento especializado. A seleção, que ocorreu de 27 a 29 de agosto de 2018, foi para os membros da Companhia B das graduações de Master Corporal ou superior.
O instrutor encarregado da seleção, Sargento Philipe Paquin-Bénard, foi um dos dois primeiros canadenses a completar com sucesso o curso internacional Jaguar em 2015. Este treinamento de guerra na selva é organizado na Guiana Francesa pela Legião Estrangeira. Este corpo do exército francês é uma verdadeira fonte de orgulho nacional para nossos primos franceses.
O Sgt Paquin-Bénard explicou que a série de testes que compõem a seleção é inspirada diretamente nos mais altos padrões de desempenho estabelecidos pelos países que oferecem o curso na selva, como o Reino Unido, a França e o Brasil.
Seleção ainda envolve um grande número de flexões, abdominais, agachamentos, barras e uma corrida de oito quilômetros em botas de combate que deve ser concluída em menos de 40 minutos. Os candidatos também devem subir duas vezes em uma corda suspensa no teto. Para tornar as coisas mais desafiadoras, a segunda tentativa deve ser feita com um saco de 4,5 quilos anexado ao candidato.
No último dia de seleção, os candidatos são levados para a piscina do Sports Center, onde um teste final os aguarda. Eles têm que nadar uma distância de 400 metros sem parar em menos de 15 minutos. Para aumentar a aposta neste desafio, os candidatos usam botas de combate. Finalmente, eles têm de ficar em permanência na água por 10 minutos, enquanto seguram firmemente uma arma de combate.
“O teste da piscina é muito exigente. Os candidatos não têm outra opção a não ser passar ”, disse o Sargento Paquin-Bénard.
Ele observou que o Canadá se sai bem todos os anos no curso. “Os sargentos Gabriel Dugas e Jonathan Lacroix do 3 R22eR se saíram muito bem. Eles terminaram em primeiro e segundo lugar respectivamente em sua turma no Brasil em 2016 ”, disse ele.
Menos da metade dos candidatos serão selecionados este ano para participar do curso de seis a nove semanas. Este tipo de treinamento é oferecido em diversos centros de treinamento: o Curso de Instrutor de Guerra na Selva (Jungle Warfare Instructor Course) em Brunei, o Centro de Treinamento em Floresta Tropical (Centre d’entraînement en forêt tropicale) na Guiana Francesa e o Centro de Instrução de Guerra na Selva no Brasil.
Membros de todo o mundo orgulhosamente representam seus países neste treinamento ímpar. Os candidatos selecionados da 2 CDSB Valcartier terão o benefício de cinco semanas de treinamento intensivo preliminar, supervisionado por Quentin Martin, um instrutor que treinou como fisioterapeuta.
Martin disse que a quantidade e a intensidade do treinamento serão progressivamente aumentadas com o passar dos dias. “Os candidatos já estão muito motivados, mas nada deve ser deixado ao acaso. Por isso, nos concentramos em suas deficiências ”, disse Martin, que já está em seu terceiro ano como líder do campo. “Será muito difícil porque os treinamos como atletas”, concluiu ele.
O CURSO
O curso de guerra na selva incentiva os candidatos a enfrentar adversidades e desenvolver uma forte resistência. Desistir não é uma opção. Foto: Adsum Newspaper.
Este é um treinamento de guerra na selva de "estilo de comando". Existem três fases separadas. A primeira é a inoculação de batalha, durante a qual os candidatos aprendem manobras básicas de sobrevivência, combate corpo-a-corpo, topografia e orientação. A segunda fase ensina várias técnicas úteis, como construir uma ponte de cordas e amarrar vários tipos de nós.
A fase final é uma fase tática. Os candidatos aprendem a conduzir eficientemente um grupo de combate e um pelotão na selva. Durante o treinamento, os candidatos devem reagir ao fogo inimigo efetivo, lidar com uma baixa e realizar uma extração pelo ar, e neutralizar as ameaças enquanto se deslocam de forma eficiente através do terreno com elevações que podem atingir até 380 metros.
“Esses cursos foram, por muito tempo, descritos como inatingíveis. As pessoas se sentem totalmente operacionais quando retornam e adquirem conhecimentos que poderiam servi-las no futuro ”, disse o Sargento Paquin-Bénard.
BEM VINDO À SELVA
O Sargento Paquin-Bénard descreveu os desafios da selva: “O clima é opressivo e a vegetação é muito densa. O chão é lamacento e as árvores têm mecanismos de defesa como agulhas e veneno. Você também tem que se lavar regularmente para prevenir infecções”, disse ele.
“Insetos estão por toda parte. Por exemplo, você não pode se sentar no chão por causa de formigas-de-fogo. Você seria literalmente "comido" por insetos se estivesse sentado no chão", acrescentou.
“Não há acesso a GPS ou rádios, e os mapas costumam ser imprecisos”, continuou ele. “Também é praticamente impossível chegar do ponto A ao ponto B sem ter que atravessar um rio. Você também tem que tomar cuidado com ameaças de animais, como a cobra fer-de-lance e onças.”
“Quando você trabalha em um ambiente equatorial, você faz isso com equipamentos básicos como o bom e velho C7 ou C8* com mira de ferro. Você tem que estudar as marés para poder cruzar certas hidrovias no momento certo. Extrações por helicóptero exigem o uso de dinamite em árvores e uma motosserra para limpar um perímetro de aproximação ”, explicou o instrutor do 3 R22eR.
Os membros canadenses na selva estão sempre equipados com um facão para abrir caminho através da vegetação exuberante. Eles também carregam mochilas de 23 quilos cujos conteúdos são hermeticamente selados graças a recipientes de plástico à prova d'água.
Soldados canadenses da Equipe de Reconstrução da Província de Kandahar (PRT) em uma patrulha com o C7A2.
*Nota do Tradutor: O Colt Canada C7 é um fuzil de assalto canadense, fabricado pela Colt Canada (anteriormente Diemaco, até 2005), um variante do Armalite AR-15, e tendo o desenho e sistema semelhantes ao Colt M16A3. O Colt Canada C8 é a versão carabina do C7.
A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE DE SELVA
Durante 1999-2000, um contingente de 250 soldados do 3 R22eR participou de uma missão de paz de seis meses no Timor Leste, um país do sudeste asiático. Embora a missão tenha sido um sucesso político, o relatório pós-desdobramento descreve vários problemas que prejudicaram a eficácia operacional.
Os problemas relacionados a um conhecimento limitado da selva e equipamentos que eram inadequados para esse ambiente hostil. O Exército teve que tomar medidas para readquirir o conhecimento necessário.
Devido ao ritmo acelerado das operações subsequentes, foi somente em 2008 que os 3 R22eR puderam finalmente despender o esforço necessário para desenvolver a “capacidade de selva”. Naquela época, um grupo de 30 soldados de infantaria do pelotão de reconhecimento participaram de um intercâmbio com os Royal Gurkha Rifles, em Brunei, na ilha de Bornéu. Apesar do nível de inoculação de batalha do grupo e do nível de proficiência muito alto, a falta de experiência no nível individual foi um obstáculo para o sucesso do treinamento. A participação individual na selva especializada era, portanto, essencial antes de empreender o treinamento coletivo.
Portanto, a partir do outono de 2011, membros do 3 R22eR foram mobilizados para receber treinamento de guerra na selva em colaboração com os aliados do Canadá. O objetivo era criar um grupo de instrutores dentro do Batalhão para eventualmente desenvolver a capacidade coletiva.
Em 2014, a expertise adquirida possibilitou o desenvolvimento da estrutura necessária para atender ao mandato da selva, que havia sido atribuído à Companhia B da unidade. Para apoiar o treinamento de guerra na selva, foi criada uma célula permanente de treinamento e planejamento dentro da Companhia B. Até o momento, ela continua progredindo em direção ao seu objetivo de capacidade de selva em nível de companhia e está no caminho certo para se tornar uma referência nacional nesse ponto.
Quando se trata de construir capacidade no seio da infantaria leve, integrar elementos de apoio é essencial para capacitar as tropas. Por essa razão, especialistas em reconhecimento, snipers e membros da 5ª Companhia de Ambulâncias de Campanha (5 Field Ambulance, Valcartier) também participam do treinamento.
O objetivo final é fornecer às Forças Armadas do Canadá uma força capaz de se inserir e operar em uma zona tropical e equatorial durante um período prolongado e eliminar a ameaça, independentemente de sua localização.
Original: https://canadianarmytoday.com/members-f ... FPl8oyjtoc
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O FAL no Vietnã
Por Bob Carson, The FN FAL Battle Rifle, 2013.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 16 de julho de 2019.
SLR L1A1, o FAL australiano e neo-zelandês.
As unidades australianas e neozelandesas que lutando ao lado de forças dos EUA, do Vietnã do Sul e outras no Vietnã durante as décadas de 1960 e 1970 foram armadas com o fuzil SLR L1A1 semiautomático feito pela Lithgow; eles o consideraram uma arma confiável para a luta na selva. Apesar da mão-de-obra e artilharia e apoio aéreo muito limitados quando comparados com seus aliados americanos, os australianos e neozelandeses, recebendo treinamento especial na selva, derivado das lições aprendidas nas selvas da Malásia e Bornéu, operaram de uma maneira que o Viet Cong e o NVA chegaram a temer. Pequenas patrulhas australianas e neo-zelandesas movimentavam-se como fantasmas e muitas vezes provavam ser superiores ao inimigo quando se tratava de furtividade e habilidades de campanha. Apesar do desprezo geral dos australianos pela “contagem de corpos” como uma medida de sucesso, as estatísticas fornecem uma considerável defesa dos métodos não convencionais que eles usaram..
Batalha de Long Tan, 1966. O relatório oficial pós-ação do exército australiano chamou o FAL de "a arma excepcional da ação". Ilustração de Steve Noon.
Comando SASR com um FAL encurtado conhecido como "The Bitch". "Vietnam ANZACs" Elite 103 da Osprey Publishing.
Algumas estimativas afirmam que as tropas americanas gastaram cerca de 200.000 cartuchos de munição de armas portáteis por baixa inimiga; para os australianos e neozelandeses armados com o L1A1, 275 tiros foram gastos por baixa inimiga (Hall & Ross 2009). As razões para isso foram muitas. Primeiro, os soldados australianos e neozelandeses foram treinados em um padrão de pontaria muito acima e além daquele do soldado de infantaria americano. Em segundo lugar, muitos veteranos da 1ª Força-Tarefa Australiana eram veteranos de Bornéu e da Malásia, reforçando o treinamento na selva que as forças australianas e neozelandesas receberam antes de serem desdobradas para o Vietnã. Em terceiro lugar, os australianos e neozelandeses freqüentemente operavam em patrulhas pequenas, silenciosas e furtivas, em vez de em enormes varreduras do tamanho de um batalhão (ou maiores).
SASR com fuzis FAL modificados, "Vietnam ANZACs" Elite 103 da Osprey Publishing.
O método australiano foi recompensado ao infligir baixas inimigas sem a necessidade de dezenas de aeronaves e milhares de granadas de artilharia por engajamento. Por exemplo, mais de um terço dos contatos inimigos dos australianos foram emboscadas. Em 34% dos casos, os Aussies e os Kiwis emboscaram o Viet Cong/Exército Norte-Vietnamita (VC/NVA), enquanto que em apenas 2% dos contatos o inimigo conseguiu surpreender os ANZACs em suas próprias emboscadas. Um estudo do SAS sobre as ações australianas no Vietnã afirmou que, apesar dos ataques aéreos e de artilharia normalmente bastante oportunos e relativamente pesados que a infantaria ocidental desfrutou na guerra, cerca de 70% das baixas inimigas foram infligidas com armas portáteis de infantaria. Os métodos táticos dos ANZAC também mantiveram o inimigo respondendo a eles em vez de vice-versa, um elemento crítico na guerra de contra-insurgência.
Apesar de seu comprimento de 1.143 mm (45 polegadas) dificilmente ser ideal na selva, o SLR obteve notas muito altas por sua robustez e confiabilidade. A batalha de Long Tan em agosto de 1966 ocorreu sob uma forte chuva de monções e lama viscosa, condições que causaram mais do que alguns problemas para as metralhadoras M60 e suas cintas de munição expostas, bem como o punhado dos novos fuzis americanos Armalite M16 usados pelos australianos. O L1A1 resistiu ao teste com notação perfeita; o relatório oficial pós-ação do exército australiano chamou-lhe "a arma excepcional da ação". (Australian Army 1967: 26)
- Bob Carson, The FN FAL Battle Rifle, pg. 52-53.
Tradução Filipe do A. Monteiro, 16 de julho de 2019.
SLR L1A1, o FAL australiano e neo-zelandês.
As unidades australianas e neozelandesas que lutando ao lado de forças dos EUA, do Vietnã do Sul e outras no Vietnã durante as décadas de 1960 e 1970 foram armadas com o fuzil SLR L1A1 semiautomático feito pela Lithgow; eles o consideraram uma arma confiável para a luta na selva. Apesar da mão-de-obra e artilharia e apoio aéreo muito limitados quando comparados com seus aliados americanos, os australianos e neozelandeses, recebendo treinamento especial na selva, derivado das lições aprendidas nas selvas da Malásia e Bornéu, operaram de uma maneira que o Viet Cong e o NVA chegaram a temer. Pequenas patrulhas australianas e neo-zelandesas movimentavam-se como fantasmas e muitas vezes provavam ser superiores ao inimigo quando se tratava de furtividade e habilidades de campanha. Apesar do desprezo geral dos australianos pela “contagem de corpos” como uma medida de sucesso, as estatísticas fornecem uma considerável defesa dos métodos não convencionais que eles usaram..
Batalha de Long Tan, 1966. O relatório oficial pós-ação do exército australiano chamou o FAL de "a arma excepcional da ação". Ilustração de Steve Noon.
Comando SASR com um FAL encurtado conhecido como "The Bitch". "Vietnam ANZACs" Elite 103 da Osprey Publishing.
Algumas estimativas afirmam que as tropas americanas gastaram cerca de 200.000 cartuchos de munição de armas portáteis por baixa inimiga; para os australianos e neozelandeses armados com o L1A1, 275 tiros foram gastos por baixa inimiga (Hall & Ross 2009). As razões para isso foram muitas. Primeiro, os soldados australianos e neozelandeses foram treinados em um padrão de pontaria muito acima e além daquele do soldado de infantaria americano. Em segundo lugar, muitos veteranos da 1ª Força-Tarefa Australiana eram veteranos de Bornéu e da Malásia, reforçando o treinamento na selva que as forças australianas e neozelandesas receberam antes de serem desdobradas para o Vietnã. Em terceiro lugar, os australianos e neozelandeses freqüentemente operavam em patrulhas pequenas, silenciosas e furtivas, em vez de em enormes varreduras do tamanho de um batalhão (ou maiores).
SASR com fuzis FAL modificados, "Vietnam ANZACs" Elite 103 da Osprey Publishing.
O método australiano foi recompensado ao infligir baixas inimigas sem a necessidade de dezenas de aeronaves e milhares de granadas de artilharia por engajamento. Por exemplo, mais de um terço dos contatos inimigos dos australianos foram emboscadas. Em 34% dos casos, os Aussies e os Kiwis emboscaram o Viet Cong/Exército Norte-Vietnamita (VC/NVA), enquanto que em apenas 2% dos contatos o inimigo conseguiu surpreender os ANZACs em suas próprias emboscadas. Um estudo do SAS sobre as ações australianas no Vietnã afirmou que, apesar dos ataques aéreos e de artilharia normalmente bastante oportunos e relativamente pesados que a infantaria ocidental desfrutou na guerra, cerca de 70% das baixas inimigas foram infligidas com armas portáteis de infantaria. Os métodos táticos dos ANZAC também mantiveram o inimigo respondendo a eles em vez de vice-versa, um elemento crítico na guerra de contra-insurgência.
Apesar de seu comprimento de 1.143 mm (45 polegadas) dificilmente ser ideal na selva, o SLR obteve notas muito altas por sua robustez e confiabilidade. A batalha de Long Tan em agosto de 1966 ocorreu sob uma forte chuva de monções e lama viscosa, condições que causaram mais do que alguns problemas para as metralhadoras M60 e suas cintas de munição expostas, bem como o punhado dos novos fuzis americanos Armalite M16 usados pelos australianos. O L1A1 resistiu ao teste com notação perfeita; o relatório oficial pós-ação do exército australiano chamou-lhe "a arma excepcional da ação". (Australian Army 1967: 26)
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Guerra na Selva
UM SOLDADO AMERICANO SE FORMA NA SELVA BRASILEIRA.
UM BOINA VERDE NO CIGS
Tradução Filipe do A. Monteiro, 2010.
FORT BRAGG, N.C. (North Carolina - Carolina do Norte] (História e Fotos cortesia do Comando de Operações Especiais Sul dos EUA - U.S. Special Operations Command South, 16 de setembro de 2009) – Nas selvas do Panamá um major brasileiro chamado Jorge Teixeira de Oliveira cursou o Centro de Treinamento de Operações na Selva (Jungle Operations Training Center) do Exército dos EUA. A experiência encorajou o oficial a desenvolver uma escola similar em seu país. O resultado é o que se conhece por Centro de Instrução de Guerra na Selva.
Localizado em Manaus, a escola foi fundada em 2 de junho de 1964 e é tida como um dos cursos mais duros de seu gênero no mundo. Especialistas de selva do Exército Brasileiro têm ministrado treinamento para milhares de militares do Brasil e outros países.
Agora, 40 anos depois, a parceria entre os Estados Unidos e o Brasil completou o ciclo, com as Forças de Operações Especiais dos EUA participando e se formando no treinamento de guerra de selva de classe mundial que as forças armadas brasileiras criaram.
O Warrant Officer (Oficial Técnico, sem equivalente no Brasil] Javier Alejandro, 7º Grupo de Forças Especiais (Airborne (Aerotransportado), Fort Bragg, N.C. participou recentemente e completou o duro curso de oito semanas. Ele foi o primeiro americano a se formar nesse exigente curso nos últimos sete anos.
Alejandro foi escolhido, após retornar de uma operação prolongada para participar do curso devido à sua fluência em português. O experiente Boina Verde aceitou de bom grado sabendo que era uma oportunidade rara e um grande privilégio, segundo Alejandro.
“Quando no Brasil, eu fui informado que a maioria dos oficiais cursando treinou bem mais que seis meses para estarem prontos para o curso," lembrou Alejandro: "(O Curso) é muito exigente fisicamente, e não estar acostumado com o clima (temperatura média de 90ºF [acima de 32ºC] e 80% de umidade) poderia determinar se você conseguiria aguentar a primeira semana de treinamento."
O curso é organizado em quatro fases. A primeira fase é “Vida na Selva”. Os alunos aprendem técnicas de sobrevivência, identificação de plantas e animais, aquisição de água e outras habilidades necessárias para a sobrevivência na selva. A segunda fase se concentra no patrulhamento e na navegação pelo terreno da selva. A terceira fase ensina o planejamento operacional dos alunos e a fase final reúne todas as habilidades durante um exercício culminante.
Apesar de já ser um Oficial Técnico das Forças Especiais altamente treinado e experiente, Alejandro ficou muito satisfeito com a experiência e acredita que as habilidades aprendidas e a oportunidade de trabalhar com as forças armadas brasileiras serão inestimáveis durante o resto de sua carreira. Essa oportunidade de treinar lado a lado com os brasileiros expandiu uma importante relação entre as Forças Armadas brasileiras e as Forças Armadas norte-americanas.
Alejandro recomendou o curso como uma boa oportunidade, particularmente para os soldados que têm um bom conhecimento da língua portuguesa. Agora que a porta foi aberta por Alejandro, a oportunidade de parceria e treinamento oferecida pelos brasileiros continuará enquanto houver soldados que estejam abertos para participar.
Desde a formatura de Alejandro, outro Boina Verde se formou no curso em 21 de agosto (de 2009).
Fonte: https://www.shadowspear.com/2009/09/spe ... le-school/
Nota do Tradutor:
Militares estrangeiros da turma do WO Javier Alejandro segundo o Almanaque do CIGS de 2009, folhas 127 e 128.
26 Jun COS "B" 09/1
- 4705, 2º Ten Inf Rodney John Menig (Suriname)
- 4714, Cap Inf Granger Pierre (França)
- 4727, 1º Ten Inf Fransua Llacuachaqui Hinojosa (Peru)
- 4728, WO Inf Javier Alejandro (EUA, marcado como 1º Tem Inf)
- 4729, Ten Jaime castelo (Guiana)
- 4739, Ten Manuel Jesus Delgado Nauca (Peru)
- 4740, Ten Sebastian Sosa Bari (Argentina)
O outro militar americano citado na notícia foi o Staff-Sergeant Special Forces Nelson Mathew da turma seguinte, 21 de Ago COS "C" 09/2 com o número 4768. Os últimos americanos haviam se formado nas turmas de 07 Jun de 02 COS "B" (CIGS), 3490 1º Ten Abraham Reyes, e de 07 de Jun de 02 COS "C" (CIGS), 3523 2º Sgt Ignacio Antion Juarez.
Para conhecer um pouco mais sobre o centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército Brasileiro, assistam o vídeo abaixo.
Esse artigo chegou a ser publicado pelo site Warfare Blog no dia 30 de setembro de 2018: https://www.warfareblog.com.br/2018/09/ ... selva.html
UM BOINA VERDE NO CIGS
Tradução Filipe do A. Monteiro, 2010.
FORT BRAGG, N.C. (North Carolina - Carolina do Norte] (História e Fotos cortesia do Comando de Operações Especiais Sul dos EUA - U.S. Special Operations Command South, 16 de setembro de 2009) – Nas selvas do Panamá um major brasileiro chamado Jorge Teixeira de Oliveira cursou o Centro de Treinamento de Operações na Selva (Jungle Operations Training Center) do Exército dos EUA. A experiência encorajou o oficial a desenvolver uma escola similar em seu país. O resultado é o que se conhece por Centro de Instrução de Guerra na Selva.
Localizado em Manaus, a escola foi fundada em 2 de junho de 1964 e é tida como um dos cursos mais duros de seu gênero no mundo. Especialistas de selva do Exército Brasileiro têm ministrado treinamento para milhares de militares do Brasil e outros países.
Agora, 40 anos depois, a parceria entre os Estados Unidos e o Brasil completou o ciclo, com as Forças de Operações Especiais dos EUA participando e se formando no treinamento de guerra de selva de classe mundial que as forças armadas brasileiras criaram.
O Warrant Officer (Oficial Técnico, sem equivalente no Brasil] Javier Alejandro, 7º Grupo de Forças Especiais (Airborne (Aerotransportado), Fort Bragg, N.C. participou recentemente e completou o duro curso de oito semanas. Ele foi o primeiro americano a se formar nesse exigente curso nos últimos sete anos.
Alejandro foi escolhido, após retornar de uma operação prolongada para participar do curso devido à sua fluência em português. O experiente Boina Verde aceitou de bom grado sabendo que era uma oportunidade rara e um grande privilégio, segundo Alejandro.
“Quando no Brasil, eu fui informado que a maioria dos oficiais cursando treinou bem mais que seis meses para estarem prontos para o curso," lembrou Alejandro: "(O Curso) é muito exigente fisicamente, e não estar acostumado com o clima (temperatura média de 90ºF [acima de 32ºC] e 80% de umidade) poderia determinar se você conseguiria aguentar a primeira semana de treinamento."
O curso é organizado em quatro fases. A primeira fase é “Vida na Selva”. Os alunos aprendem técnicas de sobrevivência, identificação de plantas e animais, aquisição de água e outras habilidades necessárias para a sobrevivência na selva. A segunda fase se concentra no patrulhamento e na navegação pelo terreno da selva. A terceira fase ensina o planejamento operacional dos alunos e a fase final reúne todas as habilidades durante um exercício culminante.
Apesar de já ser um Oficial Técnico das Forças Especiais altamente treinado e experiente, Alejandro ficou muito satisfeito com a experiência e acredita que as habilidades aprendidas e a oportunidade de trabalhar com as forças armadas brasileiras serão inestimáveis durante o resto de sua carreira. Essa oportunidade de treinar lado a lado com os brasileiros expandiu uma importante relação entre as Forças Armadas brasileiras e as Forças Armadas norte-americanas.
Alejandro recomendou o curso como uma boa oportunidade, particularmente para os soldados que têm um bom conhecimento da língua portuguesa. Agora que a porta foi aberta por Alejandro, a oportunidade de parceria e treinamento oferecida pelos brasileiros continuará enquanto houver soldados que estejam abertos para participar.
Desde a formatura de Alejandro, outro Boina Verde se formou no curso em 21 de agosto (de 2009).
Fonte: https://www.shadowspear.com/2009/09/spe ... le-school/
Nota do Tradutor:
Militares estrangeiros da turma do WO Javier Alejandro segundo o Almanaque do CIGS de 2009, folhas 127 e 128.
26 Jun COS "B" 09/1
- 4705, 2º Ten Inf Rodney John Menig (Suriname)
- 4714, Cap Inf Granger Pierre (França)
- 4727, 1º Ten Inf Fransua Llacuachaqui Hinojosa (Peru)
- 4728, WO Inf Javier Alejandro (EUA, marcado como 1º Tem Inf)
- 4729, Ten Jaime castelo (Guiana)
- 4739, Ten Manuel Jesus Delgado Nauca (Peru)
- 4740, Ten Sebastian Sosa Bari (Argentina)
O outro militar americano citado na notícia foi o Staff-Sergeant Special Forces Nelson Mathew da turma seguinte, 21 de Ago COS "C" 09/2 com o número 4768. Os últimos americanos haviam se formado nas turmas de 07 Jun de 02 COS "B" (CIGS), 3490 1º Ten Abraham Reyes, e de 07 de Jun de 02 COS "C" (CIGS), 3523 2º Sgt Ignacio Antion Juarez.
Para conhecer um pouco mais sobre o centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército Brasileiro, assistam o vídeo abaixo.
Esse artigo chegou a ser publicado pelo site Warfare Blog no dia 30 de setembro de 2018: https://www.warfareblog.com.br/2018/09/ ... selva.html
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Re: O FAL no Vietnã
Se o FAL tivesse sido usado pelos EUA no Vietnã a guerra tinha durado 6 meses, pois, enquanto a munição 5,56 desvia em folhas, a do fauzão atravessa tronco de árvore e vai matando tudo e todos em seu caminho! FAL é Foda!
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Re: O FAL no Vietnã
6 meses? kkkkkkkkkkkkkk
Então o FAL não é um fuzil e sim um Fazer!kkkkkkk
Explique e fundamente estrategicamente porque o FAL daria tamanha vantagem ao soldado americano? Esta de atravessar arvores não é uma explicação digna já que o uso do fuzil é tático e não estratégico. Os americanos tinham acesso a armas 7,62 x 51 na Guerra e também foram empregadas. Por favor traga documentos do Pentágono que apoie este pensamento ja que a vitória estava ali e nenhum General teve esta ideia magnifica.
- FilipeREP
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Re: Guerra na Selva
Militar do Royal Montreal Regiment, Exército Canadense, em treinamento no CEFE (Centre d'entraînement en forêt équatoriale), na Guiana Francesa.
Militar do Royal 22e Régiment "Vandoos", também canadense, no mesmo exercício.
Eles estão armados de FAMAS porque é curso é ministrado pelos legionários do 3e REI.
- Alfa BR
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Re: Guerra na Selva
Artigo que mostra como o Exército Australiano treina e combate no ambiente de selva e as lições aprendidas pela Companhia Alfa do 1º Batalhão, Real Regimento Australiano (1 RAR) que passou 3 meses em treinamento nas selvas da Malásia e Tailândia realizando experimentações doutrinárias.
Link da publicação (pág. 40-47): https://www.contactairlandandsea.com/fr ... tact60.pdf
Link da publicação (pág. 40-47): https://www.contactairlandandsea.com/fr ... tact60.pdf
- FilipeREP
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Re: Guerra na Selva
Muito legal esse artigo que você achou, Alfa. Verei se tiro um tempo pra traduzir e postar aqui.Alfa BR escreveu: ↑Seg Nov 25, 2019 9:52 am Artigo que mostra como o Exército Australiano treina e combate no ambiente de selva e as lições aprendidas pela Companhia Alfa do 1º Batalhão, Real Regimento Australiano (1 RAR) que passou 3 meses em treinamento nas selvas da Malásia e Tailândia realizando experimentações doutrinárias.
Link da publicação (pág. 40-47): https://www.contactairlandandsea.com/fr ... tact60.pdf
Re: Guerra na Selva
tem um documentario que se chama guerreiro da selva que mostra o cigs treinando ( se nao me engano é no discovery) os caras são tão mal preparados que um nem colocar po carregador no fal conseguiu, só assistindo pra ver se for verdade aquilo estamos mal mesmo.
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Re: Guerra na Selva
Falhas humanas são para serem assimiladas e corrigidas no e durante o treinamento e formação dos militares. É para isso que serve o curso. Por isso nem todos terminam o mesmo. Ao mesmo tempo que se ensina, se avalia as qualidades e competências do militar para desenrolar-se nas missões e atividades propostas durante o curso.
Conquanto, depois de uma ou duas noites acordado ou mal dormidas, encharcado, com fome, sede, no limite da exaustão, até as tarefas mais simples como colocar um carregador no fuzil pode virar uma ação hecurlea.
abs.
Conquanto, depois de uma ou duas noites acordado ou mal dormidas, encharcado, com fome, sede, no limite da exaustão, até as tarefas mais simples como colocar um carregador no fuzil pode virar uma ação hecurlea.
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Re: Guerra na Selva
Salvo erro um CIGS só dá cursos a Sargentos e Oficiais, como tal já têm mais do que obrigação de saber coisas tão básicas como colocar um carregador numa espingarda automática.artenobre escreveu: ↑Ter Nov 26, 2019 5:07 pm tem um documentario que se chama guerreiro da selva que mostra o cigs treinando ( se nao me engano é no discovery) os caras são tão mal preparados que um nem colocar po carregador no fal conseguiu, só assistindo pra ver se for verdade aquilo estamos mal mesmo.
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Re: Guerra na Selva
Cabeça, o CIGS também forma seus próprios soldados, via SMO. Há de se ver se por acaso eles não pegaram uma dessas formações de conscritos. Isso poderia explicar, caso for, a dificuldade ou falta de manejo na colocação do carregador na arma.cabeça de martelo escreveu: ↑Qua Nov 27, 2019 2:39 pmSalvo erro um CIGS só dá cursos a Sargentos e Oficiais, como tal já têm mais do que obrigação de saber coisas tão básicas como colocar um carregador numa espingarda automática.artenobre escreveu: ↑Ter Nov 26, 2019 5:07 pm tem um documentario que se chama guerreiro da selva que mostra o cigs treinando ( se nao me engano é no discovery) os caras são tão mal preparados que um nem colocar po carregador no fal conseguiu, só assistindo pra ver se for verdade aquilo estamos mal mesmo.
Ademais, o resto é como disse acima. Até os mais experientes padecem para fazer coisas simples. Isso acontece e é corriqueiro neste tipo de curso. Principalmente no CIGS.
Muita gente é desligada por simplesmente "não aguentar mais" as exigência do curso. Seja oficial ou sargento.
abs
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Re: Guerra na Selva
Acho que estão confundindo o CIGS com o 1ºBIS.FCarvalho escreveu: ↑Qua Nov 27, 2019 6:07 pmCabeça, o CIGS também forma seus próprios soldados, via SMO. Há de se ver se por acaso eles não pegaram uma dessas formações de conscritos. Isso poderia explicar, caso for, a dificuldade ou falta de manejo na colocação do carregador na arma.cabeça de martelo escreveu: ↑Qua Nov 27, 2019 2:39 pm
Salvo erro um CIGS só dá cursos a Sargentos e Oficiais, como tal já têm mais do que obrigação de saber coisas tão básicas como colocar um carregador numa espingarda automática.
Ademais, o resto é como disse acima. Até os mais experientes padecem para fazer coisas simples. Isso acontece e é corriqueiro neste tipo de curso. Principalmente no CIGS.
Muita gente é desligada por simplesmente "não aguentar mais" as exigência do curso. Seja oficial ou sargento.
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