BOMBEIROS DOS CÉUS

[Vinícius Almeida]

O problema dos incêndios florestais é que por mais que seja de responsabilidade os CBMs, essas instituições carecem de efetivo, o ideal seriar criar politicas públicas para que os municípios de grandes extensões territoriais tenham suas próprias brigadas de incêndios florestais, e que as brigadas do IBAMA e do ICMBio sejam fortalecidas (e coordenadas pelos CBMs, para não virar bagunça).

Obs, infelizmente grandes incêndios como esses que estão ocorrendo na amazônia só são combatidos com incêndios controlados e aceiros.

[P44]

The Amazon rainforest is burning at a record rate: The Brazilian Amazon has experienced more than 74,000 fires this year, whereas last year's total was around 40,000.

https://www.businessinsider.com/amazon- ... rds-2019-8

[FCarvalho]

O problema dos incêndios florestais é que por mais que seja de responsabilidade os CBMs, essas instituições carecem de efetivo, o ideal seriar criar politicas públicas para que os municípios de grandes extensões territoriais tenham suas próprias brigadas de incêndios florestais, e que as brigadas do IBAMA e do ICMBio sejam fortalecidas (e coordenadas pelos CBMs, para não virar bagunça).
Obs, infelizmente grandes incêndios como esses que estão ocorrendo na amazônia só são combatidos com incêndios controlados e aceiros.

Na minha opinião por justamente grande parte dos CBM não ter as condições necessárias para fazer o seu trabalho de forma eficiente, é que o governo federal deve, em um primeiro momento, entrar como gestor das ações. Ressalto, o papel do GF deve ser de gestão, a execução é dos CBM, que devem ser capacitados para isso. Como os governos estaduais vivem com o pires na mão, é importante que em uma primeira fase se oportunize a reestruturação destes, mais objetivamente das corporações dos Estados mais pobres, dado que nas regiões sul/sudeste os CBM possuem uma infraestrutura melhor e mais adequada as suas demandas. Além do que, a parte financeira é melhor resolvida.

A questão deve começar primeiramente no norte e centro-oeste, em um segundo momento ir para o Nordeste, e por último as regiões sul e sudeste, dado que é naquelas regiões que se concentram a maior parte dos incêndios, e que não por acaso, são os Estados mais pobres e menos aquinhoados do país com recursos para os seus CBM.

Exemplo. Aqui no Amazonas, existem pelo menos 6 bases do CBM no interior em municípios que contam com uma infraestrutura urbana um pouco melhor. Nenhuma delas contudo possui os recursos que possam ajudá-los a cumprir com seus trabalho. Falta na prática de um tudo um pouco, desde veículos a botes e meios aéreos. Se fosse o caso de colocar helos em cada uma delas, só aí teríamos uma demanda para, pelo menos, 24 unidades, a fim de manter-se uma capacidade mínima de disponibilidade.

Colocar brigadas de incêndio em municípios pode ser muito útil nas localidades onde estes municípios possuem autonomia financeira e econômica para sustentar tais atividades. Isso na prática pode se revelar um diferencial para lugares situados nas regiões sul/sudeste, mas não para o restante do país, onde os prefeitos peregrinam anualmente a Brasília e capitais dos Estados a fim de mendigar recursos para suas cidades.

Por fim, é bom lembrar as áreas onde a maioria dos incêndios acontecem são de difícil acesso, e não raras vezes, sequer o tem por via terrestre, dependo de meios aéreos e fluviais para tal. Quando existem.

Na região norte faz mais sentido um avião ou helo bombeiro do que um veículo, dado que aqui as vias de trânsito são em sua imensa maioria fluviais. As pouquíssimas estradas não oferecem as mínimas condições e também, não raras vezes, são intrafegáveis a maior parte do ano.

E sim, precisamos de veículos especiais para dotar as unidades de CBM que ficam no interior. Algo no estilo Agrale Marruá Bombeiro, pois qualquer outra coisa que seja meramente uma adaptação, vai ficar só de enfeite nos centros urbanos ganhando poeira.

abs

[jambockrs]

Prezado F. Carvalho
O jornal Zero Hora publicou uma foto de um C-130 da FAB apagando incêndio e informando que duas aeronaves C-130 estão utilizando os dois únicos equipamentos de propriedade da FAB contra-incêndio.
http://www.edrotacultural.com.br/fab-te ... incendios/

[FCarvalho]

Prezado F. Carvalho
O jornal Zero Hora publicou uma foto de um C-130 da FAB apagando incêndio e informando que duas aeronaves C-130 estão utilizando os dois únicos equipamentos de propriedade da FAB contra-incêndio.
http://www.edrotacultural.com.br/fab-te ... incendios/

Olá jambockrs,

Infelizmente essa é a nossa realidade. A FAB vive de apagar "incêndios" em diversas áreas e situações há décadas, mesmo não sendo estas sua atividade fim. Faz parte da falta de cultura aeronáutica do país.

Como tenho colocado aqui, temos que descentralizar ações e focar na gestão neste primeiro momento. Querer deixar a responsabilidade de gerir esse tipo de eventos nas mãos do GF é no mínimo enxugar gelo com toalha. Já está mais que provado que não dá certo e não funciona.

Ou se descentraliza as responsabilidades e capacidades, ou daqui um tempo essa lenga-lenga toda vai começar de novo.

Alias, a região norte, como de resto o pais inteiro, tem queimadas e incêndios florestais desde sempre. E pouquíssimas pessoas falaram ou falam em aviões ou helos bombeiros por aqui. Já nem me surpreende o assunto volta e meia aparecer no noticiario,mesmo que a título de mera curiosidade.

Política pública para esse setor que é bom, nada.

Abs

[Marcelo Ponciano]

Aeronave usada para combater queimadas em Rondônia foi adquirida com recursos do Fundo Amazônia
Avião custou R$ 12 milhões e foi entregue em dezembro do ano passado à 2° Base Aérea Integrada de Combate a Incêndios Florestais da Amazônia Legal em Porto Velho - Corpo de Bombeiros de Rondônia



https://noticias.uol.com.br/ultimas-not ... ia.amp.htm

No entanto, lendo a reportagem não ficou claro se a aeronave transporta água para ser lançada. Aparentemente é usada apenas para identificar focos de incêndios e direcionar o pessoal.

[J.Ricardo]

https://www.windy.com/pt/-Concentra%C3% ... ,-40.605,3

Ao que parece a mancha de fogo no Brasil já diminuiu do que foi dias atrás, mas na fronteira do Paraguai com a Bolívia esta feio, também tem muitos focos pelo mundo.

Angola aparentemente esta fervendo, será que o Macron vai enviar seus Atlas bombeiros (ops, tem essa versão?) pra ajuda-los?

[FCarvalho]

Marcelo, o Caravan é para transporte e reconhecimento.
Apesar disso, não seria problema algum adaptar o mesmo na função bombeiro. A Cesna oferece essa capacidade. Mas claro, isso tem o seu custo.

Ademais, esse avião não é interessante nesta função. Para isso existem modelos mais adequados. E de preferência anfíbios para atuar aqui

Lastimável que ninguém tenha pensado nisso em relação ao fundo Amazônia.

Porque do GF não sai nada, desde sempre.

Abs

[Fab-Wan]

Uma meia duzia desses Cl-415 pra FAB já fariam seriam de uma ajuda absurda, é inacreditável a força não possuir uma aeronave assim, principalmente anfibia.

[Marcelo Ponciano]

Em um país com uma bacia hidrográfica tão extensa, com rios tão volumosos, é simplemente inexplicável não existir a cultura do uso de hidroavião por aqui.

[henriquejr]

Dada a estrutura já existe, e considerando o know-how que a FNSP já possui como força expedicionária de reação rápida em operações policiais e de defesa civil que já realizou em diversos pontos no Brasil (e até no exterior, como recentemente no continente africano), acho que seria a instituição ideal para operar aviões bombeiros, até para ajudar a formar doutrina e pilotos para os Estados que podem possuir esse tipo de equipamento.
Um esquadrão de aviões bombeiros sediados em Brasília poderiam ser deslocados para qualquer ponto do país, onde for necessário.
Poucos estados tem condições de adquirir e operar aviões especializados desse tipo, principalmente se forem de maior capacidade.

[gogogas]

A força nacional deveria ter um grupamento especializado em combate a incêndio , o GF deveria comprar alguns hidroaviões e operar o KC 390 em versão mais simples , para transporte de tropa ou para combate a incêndios , deixando a FAB para outras funções

[FCarvalho]

Uma meia duzia desses Cl-415 pra FAB já fariam seriam de uma ajuda absurda, é inacreditável a força não possuir uma aeronave assim, principalmente anfibia.

Há muitos outros órgãos civis e militares no poder público federal e estaduais que podem assumir essa missão que não a FAB.

Com tudo que a FAB já tem nas costas empurrada pelo GF a fazer, a imensa maioria sem nada a ver com sua atividade fim, querer empurrar função de bombeiro é chover no molhado. Simplesmente não há condições com os meios existentes e com os que virão.

Combater incêndios é uma obrigação estadual por princípio legal. O GF entra quando Estados e Municípios não conseguem cumprir com suas obrigações. E raramente eles o fazem.

Então, o problema não é dar mais um ofício para o GF, mas capacitar Estados e Municípios a cumprir com suas obrigações. Sem isso vamos estar dando voltas e mais voltas sem resolver realmente o problema.

abs

[FCarvalho]

Dada a estrutura já existe, e considerando o know-how que a FNSP já possui como força expedicionária de reação rápida em operações policiais e de defesa civil que já realizou em diversos pontos no Brasil (e até no exterior, como recentemente no continente africano), acho que seria a instituição ideal para operar aviões bombeiros, até para ajudar a formar doutrina e pilotos para os Estados que podem possuir esse tipo de equipamento.
Um esquadrão de aviões bombeiros sediados em Brasília poderiam ser deslocados para qualquer ponto do país, onde for necessário.
Poucos estados tem condições de adquirir e operar aviões especializados desse tipo, principalmente se forem de maior capacidade.

Henrique, a FNSP já tem muitos problemas para dar conta, e ela não tem os recursos materiais e humanos para fazer isso hoje. Impingir mais essa missão para quem não dá conta do seu serviço na íntegra é esperar demais.
Eu sou de opinião que deveríamos dispor aqui de um Corpo de Carabineiros no lugar da FNSP, a nível federal e que cumprisse todas as missões de segurança pública, inclusive de fronteira, fluvial e costeira. Mas para isso seria necessário no mínimo dobrar efetivos, meios e recursos. Algo que estamos muito longe de conseguir fazer. Aliás, nem há disposição para alocar à FNSP o que ela demanda.
Assim, continuo no entendimento que é mais fácil e prático capacitar os CBM nos estados. Já temos infraestrutura e pessoal. Resta dispor os recursos materiais necessários.

abs

[FCarvalho]

A força nacional deveria ter um grupamento especializado em combate a incêndio , o GF deveria comprar alguns hidroaviões e operar o KC 390 em versão mais simples , para transporte de tropa ou para combate a incêndios , deixando a FAB para outras funções

Já listei aqui alguns dos poucos modelos anfíbios hoje disponíveis no mercado. Nenhum deles é exatamente barato. Mas para começar, o CL-415 seria uma boa, já que é um avião simples e de fácil manutenção.
Em todo caso, sua operação nos Estados onde as queimadas e incêndios são mais frequentes ajudaria a fomentar novamente o uso deste tipo de aeronave no Brasil.
Em todo caso, o KC-390 e outros modelos maiores, mostrados aqui também, podem ser utilizados nos Estados mais ricos ou em parceria com o GF pelos Estados.
Só não adianta querer colocar a FAB para fazer um serviço que não é dela, dado que o muito que ela já faz sequer diz respeito a sua atividade fim.
Governadores e prefeitos tem que assumir suas responsabilidades. Esse centralismo é nefasto e prejudicial ao desenvolvimento de qualquer política pública no país.

abs