Missilhouse do Brasil
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Re: Missilhouse do Brasil
Enquanto cada força estiver apenas olhando para o seu próprio umbigo e o MD continuar sendo o fake de gestor da defesa que é, vamos continuar jogando dinheiro fora em projetos que nunca tem começo, meio e fim.
O MSS 1.2 apesar de estar no rol dos produtos da SIATT até hoje não rendeu um míssil funcional. Foram comprados lotes pelo EB e CFN para testes já há uns 3/4 anos e até hoje não deu em nada. Esse projeto já tem mais de trinta anos.
Será que já não deu para perceber que seria melhor, e mais lúcido, acabar de vez com esse trambolho que já mostrou que não tem futuro, e envidar esforços no sentido de produzir algo em parceria com alguém, ou comprar pronto lá de fora, ou simplesmente tentar produzir sob licença algo que funcione? Existe uma miríade de projetos e mísseis AC prontos no mercado. É só ir lá fora e ver o que é melhor para nós. A demanda para este tipo de míssil é gigantesca no Brasil já que por aqui este tipo de armamento sempre foi exceção. Até hoje. O que falta acontecer para esse MSS 1.2 sair do caixão em que ele está há mais de trinta anos? Dinheiro eu sei que não é.
abs
O MSS 1.2 apesar de estar no rol dos produtos da SIATT até hoje não rendeu um míssil funcional. Foram comprados lotes pelo EB e CFN para testes já há uns 3/4 anos e até hoje não deu em nada. Esse projeto já tem mais de trinta anos.
Será que já não deu para perceber que seria melhor, e mais lúcido, acabar de vez com esse trambolho que já mostrou que não tem futuro, e envidar esforços no sentido de produzir algo em parceria com alguém, ou comprar pronto lá de fora, ou simplesmente tentar produzir sob licença algo que funcione? Existe uma miríade de projetos e mísseis AC prontos no mercado. É só ir lá fora e ver o que é melhor para nós. A demanda para este tipo de míssil é gigantesca no Brasil já que por aqui este tipo de armamento sempre foi exceção. Até hoje. O que falta acontecer para esse MSS 1.2 sair do caixão em que ele está há mais de trinta anos? Dinheiro eu sei que não é.
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Re: Missilhouse do Brasil
Me desculpem pelo pleonasmo.
O post que sugere ao Carvalho reler um meu não foi relido por mim....
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Re: Missilhouse do Brasil
Pessoal,
A artilharia antiaérea está acertando cada vez mais longe e o míssil antirradiação precisa de não só mais alcance, mas aumentar a velocidade porque o centro de comando está tendo mais tempo para reagir desligando o radar e se mover.
Obviamente, bombas standoffs são bem mais lentas. Mas bem bem mais baratas podendo serem lançadas em maior quantidade.
O MAR-1 é subsônico e de curto alcance se comparado aos mais modernos (cerca de 60-70km) . Para sair da obsolescência certamente iria muito investimento.
A artilharia antiaérea está acertando cada vez mais longe e o míssil antirradiação precisa de não só mais alcance, mas aumentar a velocidade porque o centro de comando está tendo mais tempo para reagir desligando o radar e se mover.
Obviamente, bombas standoffs são bem mais lentas. Mas bem bem mais baratas podendo serem lançadas em maior quantidade.
O MAR-1 é subsônico e de curto alcance se comparado aos mais modernos (cerca de 60-70km) . Para sair da obsolescência certamente iria muito investimento.
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Re: Missilhouse do Brasil
O ponto é que a tecnologia desenvolvida para um míssil captar e ir atrás das emissões do radar era muito valiosa para ser desperdiçada e perdida, principalmente porque teve recurso gasto.
Posso estar errado, sempre ressalto que sou bem leigo nesses assuntos, mas creio que um sensor desses poderia muito bem melhorar a precisão do MTC300 e até do MANSUP.
Posso estar errado, sempre ressalto que sou bem leigo nesses assuntos, mas creio que um sensor desses poderia muito bem melhorar a precisão do MTC300 e até do MANSUP.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: Missilhouse do Brasil
Denel Dynamics oferece parceria ao Brasil nos mísseis Marlin e Umkhonto.
O ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo, foi informado pela Denel Dynamics sobre sua linha de mísseis, incluindo A-Darter, Umkhonto e Marlin, durante sua recente visita ao país, e discutiu a divisão do trabalho futuro entre Brasil e Denel.
Azevedo foi convidado a participar da inauguração presidencial sul-africana no final do mês passado e visitou o Grupo Denel na manhã de 27 de maio. Ele foi apresentado pelo CEO do Denel Group, Danie du Toit, que disse que gostaria de continuar o relacionamento entre o Brasil e a África do Sul.
Japie Mare, gerente do programa A-Darter, fez uma apresentação sobre a história e o status atual do míssil A-Darter, mostrando o sucesso do programa e a futura divisão de trabalho entre a Denel e a indústria brasileira.
O desenvolvimento do A-Darter começou no âmbito do Projeto Assegai em 1995, mas os cortes de financiamento interromperam o desenvolvimento até que o Brasil aderisse ao programa em 2006. Os testes começaram em 2010 e a linha de base do produto foi estabelecida em 2018, abrindo caminho para a industrialização e a fabricação.
A Força Aérea da África do Sul estabeleceu um contrato de produção com a Denel para o míssil em março de 2015, com os primeiros quatro mísseis de instrução programados para entrega no ano fiscal de 2018/19 e o lote final de mísseis operacionais programados para entrega no ano civil de 2021.
Devido a restrições de financiamento, a arma só será transportada pelos jatos Gripen C/D da Força Aérea da África do Sul. No Brasil, o A-Darter equipará os 36 novos caças Gripen E/F da Força Aérea Brasileira.
Jaco Botha, Gerente de Defesa Aérea da Denel Dynamics, falou sobre o míssil Marlin beyond visual range (BVR) e discutiu a atual oportunidade de colaboração em mísseis BVR entre a África do Sul e o Brasil.
O sistema de mísseis superfície-ar Umkhonto foi apresentado à delegação por Erick Huysamer, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da arma. O desempenho do míssil Umkhonto-IR de infravermelho foi ilustrado por meio de vídeos capturados em ensaios de voo na África do Sul e no exterior. Seguiu-se a apresentação do Umkhonto-EIR de alcance estendido e do Umkhonto-R guiado por radar e confirmando que a Denel está agora contratada para o desenvolvimento e produção do míssil Umkhonto-R. A Denel confirmou que o projeto da linha de mísseis Umkhonto é adequado para a implantação em um sistema de defesa aérea naval e terrestre.
Houve conversas sobre o desenvolvimento do Umkhonto como um míssil ar-ar, com o interesse da Força Aérea Brasileira por seus Gripens para lhes dar uma capacidade além do alcance visual.
O ministro foi levado a um passeio pela Denel Dynamics, onde teve a oportunidade de ver o portfólio de produtos ar-ar e o restante da oferta de produtos da empresa.
“Existe um desejo real de continuar com o relacionamento que foi estabelecido ao longo de muitos anos e explorar oportunidades futuras. Há uma exigência dos dois países para desenvolver capacidades e compartilhar o trabalho entre as duas indústrias ”, disse Denel sobre a visita do ministro.
No lado de produção do A-Darter e no desenvolvimento dos mísseis Umkhonto e Marlin, Botha disse que há uma oportunidade para a indústria participar e aumentar a base de habilidades para apoiar o produto. Isso dependerá do financiamento do Ministério da Defesa do Brasil e do Departamento de Defesa da África do Sul. “As respectivas equipes estão ansiosas para ampliar o relacionamento no futuro”, disse Denel.
Azevedo disse à delegação da Denel que existe um novo ambiente político no Brasil após a eleição de um novo presidente com formação militar e bom entendimento das forças armadas. Ele acrescentou que o Brasil é um país vasto, com um espaço aéreo que precisa ser controlado 24 horas por dia e que ele está procurando meios de melhorar as capacidades das forças armadas, o que o levou à Denel. Ele disse também que há uma base para novas oportunidades de compartilhamento de trabalho com a Denel no futuro e que o Brasil está interessado em tecnologia de mísseis superfície-ar.
https://www.aereo.jor.br/2019/06/06/den ... -umkhonto/
O ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo, foi informado pela Denel Dynamics sobre sua linha de mísseis, incluindo A-Darter, Umkhonto e Marlin, durante sua recente visita ao país, e discutiu a divisão do trabalho futuro entre Brasil e Denel.
Azevedo foi convidado a participar da inauguração presidencial sul-africana no final do mês passado e visitou o Grupo Denel na manhã de 27 de maio. Ele foi apresentado pelo CEO do Denel Group, Danie du Toit, que disse que gostaria de continuar o relacionamento entre o Brasil e a África do Sul.
Japie Mare, gerente do programa A-Darter, fez uma apresentação sobre a história e o status atual do míssil A-Darter, mostrando o sucesso do programa e a futura divisão de trabalho entre a Denel e a indústria brasileira.
O desenvolvimento do A-Darter começou no âmbito do Projeto Assegai em 1995, mas os cortes de financiamento interromperam o desenvolvimento até que o Brasil aderisse ao programa em 2006. Os testes começaram em 2010 e a linha de base do produto foi estabelecida em 2018, abrindo caminho para a industrialização e a fabricação.
A Força Aérea da África do Sul estabeleceu um contrato de produção com a Denel para o míssil em março de 2015, com os primeiros quatro mísseis de instrução programados para entrega no ano fiscal de 2018/19 e o lote final de mísseis operacionais programados para entrega no ano civil de 2021.
Devido a restrições de financiamento, a arma só será transportada pelos jatos Gripen C/D da Força Aérea da África do Sul. No Brasil, o A-Darter equipará os 36 novos caças Gripen E/F da Força Aérea Brasileira.
Jaco Botha, Gerente de Defesa Aérea da Denel Dynamics, falou sobre o míssil Marlin beyond visual range (BVR) e discutiu a atual oportunidade de colaboração em mísseis BVR entre a África do Sul e o Brasil.
O sistema de mísseis superfície-ar Umkhonto foi apresentado à delegação por Erick Huysamer, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da arma. O desempenho do míssil Umkhonto-IR de infravermelho foi ilustrado por meio de vídeos capturados em ensaios de voo na África do Sul e no exterior. Seguiu-se a apresentação do Umkhonto-EIR de alcance estendido e do Umkhonto-R guiado por radar e confirmando que a Denel está agora contratada para o desenvolvimento e produção do míssil Umkhonto-R. A Denel confirmou que o projeto da linha de mísseis Umkhonto é adequado para a implantação em um sistema de defesa aérea naval e terrestre.
Houve conversas sobre o desenvolvimento do Umkhonto como um míssil ar-ar, com o interesse da Força Aérea Brasileira por seus Gripens para lhes dar uma capacidade além do alcance visual.
O ministro foi levado a um passeio pela Denel Dynamics, onde teve a oportunidade de ver o portfólio de produtos ar-ar e o restante da oferta de produtos da empresa.
“Existe um desejo real de continuar com o relacionamento que foi estabelecido ao longo de muitos anos e explorar oportunidades futuras. Há uma exigência dos dois países para desenvolver capacidades e compartilhar o trabalho entre as duas indústrias ”, disse Denel sobre a visita do ministro.
No lado de produção do A-Darter e no desenvolvimento dos mísseis Umkhonto e Marlin, Botha disse que há uma oportunidade para a indústria participar e aumentar a base de habilidades para apoiar o produto. Isso dependerá do financiamento do Ministério da Defesa do Brasil e do Departamento de Defesa da África do Sul. “As respectivas equipes estão ansiosas para ampliar o relacionamento no futuro”, disse Denel.
Azevedo disse à delegação da Denel que existe um novo ambiente político no Brasil após a eleição de um novo presidente com formação militar e bom entendimento das forças armadas. Ele acrescentou que o Brasil é um país vasto, com um espaço aéreo que precisa ser controlado 24 horas por dia e que ele está procurando meios de melhorar as capacidades das forças armadas, o que o levou à Denel. Ele disse também que há uma base para novas oportunidades de compartilhamento de trabalho com a Denel no futuro e que o Brasil está interessado em tecnologia de mísseis superfície-ar.
https://www.aereo.jor.br/2019/06/06/den ... -umkhonto/
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Re: Missilhouse do Brasil
Bom, me parece questão de lógica a continuação da parceria com os sul africanos. Os ganhos para ambos são inequívocos. E não somente na área de mísseis, como muitas outras nas quais pagar um pouco mais e esperar um pouco mais pelos resultados significa autonomia e desenvolvimento da P&D nacional e da BID no longo prazo.
Já que ninguém por aqui tem uma guerra agendada na semana que vem, nada demais que os programas tenham efeito e duração mais longeva.
A ver.
Abs
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Re: Missilhouse do Brasil
Algumas considerações:
- Pagamos pelo desenvolvimento do A-Darter e não estamos vendo perspectiva de fabricação total do míssil aqui. Será que esse povo não está no fundo querendo dinheiro nosso para desenvolver um armamento para eles?
- Já temos o A-Darter quase pronto. Porque decidiram (A Denel) desenvolver um míssil totalmente diferente para a função antiaérea? A princípio, um simples booster tornaria o desenvolvimento de uma versão antiaérea muito mais rápido e barato. Faço analogia ao israelense Spyder, com Python-5.
- O próprio CAMM faz uso de uma modularidade e comunalidade de componentes com o ASRAAM. É praticamente o mesmo míssil. Desenvolvendo o primeiro, o segundo é quase uma consequência natural. Então porque temos de gastar uma grana para fazer um sistema antiaéreo?
- Prefiro o Umkhonto (ou A-Darter+booster) para defesa de ponto contra CAMM ou Spyder/Python-5, que fazem praticamente a mesma coisa, porém vêm de fora. Quem gastou uma fortuna para desenvolver um míssil de 5ª geração, não faz o menor sentido importar esses sistemas. Avisem a MB.
- Cai como uma luva, como auto-proteção para o Astros-2020, lançado pela mesma viatura.
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- Já temos o A-Darter quase pronto. Porque decidiram (A Denel) desenvolver um míssil totalmente diferente para a função antiaérea? A princípio, um simples booster tornaria o desenvolvimento de uma versão antiaérea muito mais rápido e barato. Faço analogia ao israelense Spyder, com Python-5.
- O próprio CAMM faz uso de uma modularidade e comunalidade de componentes com o ASRAAM. É praticamente o mesmo míssil. Desenvolvendo o primeiro, o segundo é quase uma consequência natural. Então porque temos de gastar uma grana para fazer um sistema antiaéreo?
- Prefiro o Umkhonto (ou A-Darter+booster) para defesa de ponto contra CAMM ou Spyder/Python-5, que fazem praticamente a mesma coisa, porém vêm de fora. Quem gastou uma fortuna para desenvolver um míssil de 5ª geração, não faz o menor sentido importar esses sistemas. Avisem a MB.
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Re: Missilhouse do Brasil
Hoje os mísseis da Denel oferecem várias opções de compra e desenvolvimento. Desde os AAe até os anti-carro, passando pelos ar-ar.Brasileiro escreveu: ↑Qui Jun 06, 2019 7:52 pm Algumas considerações:
- Pagamos pelo desenvolvimento do A-Darter e não estamos vendo perspectiva de fabricação total do míssil aqui. Será que esse povo não está no fundo querendo dinheiro nosso para desenvolver um armamento para eles?
Até onde eu sei, os A-Dater para a FAB seriam fabricados aqui. Claro, algumas partes referentes a participação dos sul-africanos seriam feitas por lá. O míssil está em fase final de conclusão de desenvolvimento, faltando apenas, salvo engano, o contrato de encomenda dos lotes iniciais para os dois países. Conquanto, com o desaparecimento da Mectron não sei como a FAB vai equacionar essa parte em relação à produção do míssil. No caso de novos projetos, a Denel já tem encaminhado o Umkhonto, precisando apenas de alguém que ajude a financiar o desenvolvimento das versões R e IER, além do uso como AAe também disponibilizado por eles. O Marlin, um BVR interessa tanto a Africa do Sul quanto a nós. Financiar ou não deve ser uma decisão técnica e orçamentária. Outros tipos de mísseis também interessam, mas fica a critério verificar qual/quais nos interessam para possível participação e/ou aquisição.
- Já temos o A-Darter quase pronto. Porque decidiram (A Denel) desenvolver um míssil totalmente diferente para a função antiaérea? A princípio, um simples booster tornaria o desenvolvimento de uma versão antiaérea muito mais rápido e barato. Faço analogia ao israelense Spyder, com Python-5.
A Denel tem no Umkhonto o míssil AAe comercializado pela Denel. Naval e terrestre. Derivar uma versão AAe do A-Dater é uma questão de escolha e oportunidade. O Marlin, BVR, também poderia derivar um míssil AAe de longo alcance, algo que também interessa para nós. Como disse, é questão de escolha e oportunidade. O que é melhor para nós?
- O próprio CAMM faz uso de uma modularidade e comunalidade de componentes com o ASRAAM. É praticamente o mesmo míssil. Desenvolvendo o primeiro, o segundo é quase uma consequência natural. Então porque temos de gastar uma grana para fazer um sistema antiaéreo?
Tudo depende dos requisitos estabelecidos para o que se deseja de um sistema AAe. Até o momento, nenhuma das forças armadas estabeleceu esses requisitos para um sistema AAe terrestre conjunto, ou mesmo em separado. Sem isso, as opções estão todas em aberto. Ver o quanto podemos ou estamos dispostos a pagar para ter algo que atenda efetivamente nossas necessidades é algo que só o tempo nos mostrará. Uma hora teremos de decidir o que fazer, o que e de quem comprar.
- Prefiro o Umkhonto (ou A-Darter+booster) para defesa de ponto contra CAMM ou Spyder/Python-5, que fazem praticamente a mesma coisa, porém vêm de fora. Quem gastou uma fortuna para desenvolver um míssil de 5ª geração, não faz o menor sentido importar esses sistemas. Avisem a MB.
Me parece que a ideia de dar continuidade a cooperação é justamente verificar as oportunidades que os mísseis do catálogo da Denel podem nos oferecer, não somente em termos de preenchimento das necessidades operacionais, mas sobretudo, tecnológicas e industriais. Se vai vingar, veremos.
- Cai como uma luva, como auto-proteção para o Astros-2020, lançado pela mesma viatura.
O Umkhonto tem lançador próprio terrestre. Mas nada impede de ser adaptado ao lançador do Astros, ou simplesmente adaptar aquele lançador à viatura do mesmo.
No momento o Umkhonto oferece alcance entre 20 e 60 kms, com guiagem IR e R. Há possibilidades de outros desdobramentos tanto em alcance como guiagem. O míssil pode ser empregado tanto naval como terrestre.
O Marlin, como já disse, é um BVR que promete um desempenho no mínimo equivalente aos melhores mísseis atuais. Como só deve estar pronto daqui uns dez anos, provavelmente ele deverá ser equivalente em desempenho aos BVR concorrentes. Seu uso para outras missões também é cabível como viável, em sendo assim demandado.
Estes são, em tese, os vetores que mais interessam ao MD vide os programas hoje em desenvolvimento no que compete aos vetores que se espera obter no futuro e, curto e médio prazo.
A Denel também está desenvolvendo um novo míssil AAe, o Cheetah, junto com os alemães da Rheinmentall.
Enfim, há muitas possibilidades. Falta saber se vamos aproveitar ou não.
abs
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Re: Missilhouse do Brasil
Uma informação interessante sobre dois novos mísseis da Denel, e que provavelmente devem ter sido demonstrados para a comitiva do MD que recentemente visitou a Africa do Sul.
https://www.janes.com/article/81207/den ... ram-system
abs
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Re: Missilhouse do Brasil
O Paquistão ainda compra MAR-1s ou só compraram aquele lote pra fazer engenharia reversa?knigh7 escreveu: ↑Qua Abr 10, 2019 7:30 pm Pessoal,
A artilharia antiaérea está acertando cada vez mais longe e o míssil antirradiação precisa de não só mais alcance, mas aumentar a velocidade porque o centro de comando está tendo mais tempo para reagir desligando o radar e se mover.
Obviamente, bombas standoffs são bem mais lentas. Mas bem bem mais baratas podendo serem lançadas em maior quantidade.
O MAR-1 é subsônico e de curto alcance se comparado aos mais modernos (cerca de 60-70km) . Para sair da obsolescência certamente iria muito investimento.
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Re: Missilhouse do Brasil
Viktor Reznov escreveu: ↑Ter Jun 11, 2019 10:07 pm
O Paquistão ainda compra MAR-1s ou só compraram aquele lote pra fazer engenharia reversa?
Essa ia ser engraçada, engenharia reversa da engenharia reversa (Shrike 1982)...
Mas fiquei com uma curiosidade: não seria válido um ARM com tecnologia furtiva (menor tempo de reação para as defesas) e motor turbojet, para maior alcance, capacidade relativa de manobra (Waypoints via INS/GPS, com emprego do sensor passivo apenas na corrida final contra o alvo) e menor sinal IR? Não me parece que seria tão maior, mais pesado nem tão mais caro que o MAR-1; já a letalidade...
Mas fiquei com uma curiosidade: não seria válido um ARM com tecnologia furtiva (menor tempo de reação para as defesas) e motor turbojet, para maior alcance, capacidade relativa de manobra (Waypoints via INS/GPS, com emprego do sensor passivo apenas na corrida final contra o alvo) e menor sinal IR? Não me parece que seria tão maior, mais pesado nem tão mais caro que o MAR-1; já a letalidade...
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Re: Missilhouse do Brasil
Eu acho incrível o tanto que o fato de a África do Sul ter passado as últimas décadas da Guerra Fria cercada por nações comunistas hostis, e o embargo econômico, fez bem pra indústria de defesa deles. Com um orçamento menor que o nosso, com uma força área operando bem menos aeronaves de caça, ainda sim a indústria de defesa deles está bem a frente da nossa.
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Re: Missilhouse do Brasil
Viktor Reznov escreveu: ↑Ter Jun 11, 2019 10:21 pm Eu acho incrível o tanto que o fato de a África do Sul ter passado as últimas décadas da Guerra Fria cercada por nações comunistas hostis, e o embargo econômico, fez bem pra indústria de defesa deles. Com um orçamento menor que o nosso, com uma força área operando bem menos aeronaves de caça, ainda sim a indústria de defesa deles está bem a frente da nossa.
Para mim é até fácil de entender: de um lado temos um País que, décadas atrás, tinha que mandar seus caças darem no pé a cada vez que percebessem que vinha um MiG-23 Angolano em sua direção, porque enquanto os então soviéticos vendiam BVR aos montes e a preço de banana pela África e OM, os EUA impediam que o Ocidente vendesse BVR aos Sul-Africanos porque mimimi; do outro lado temos um País que, da última vez que foi atacado em seu território, nem existia avião...
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Re: Missilhouse do Brasil
O negócio acabou sendo cancelado.Viktor Reznov escreveu: ↑Ter Jun 11, 2019 10:07 pmO Paquistão ainda compra MAR-1s ou só compraram aquele lote pra fazer engenharia reversa?knigh7 escreveu: ↑Qua Abr 10, 2019 7:30 pm Pessoal,
A artilharia antiaérea está acertando cada vez mais longe e o míssil antirradiação precisa de não só mais alcance, mas aumentar a velocidade porque o centro de comando está tendo mais tempo para reagir desligando o radar e se mover.
Obviamente, bombas standoffs são bem mais lentas. Mas bem bem mais baratas podendo serem lançadas em maior quantidade.
O MAR-1 é subsônico e de curto alcance se comparado aos mais modernos (cerca de 60-70km) . Para sair da obsolescência certamente iria muito investimento.
(sim, existiram matérias posteriores sobre a venda, do mesmo molde que está havendo sobre o suposto AV MTC aereolançado: ou seja jornalistas especializados em defesa sabidões pegando algo oficial e criando em cima dele...)
Editado pela última vez por knigh7 em Ter Jun 11, 2019 11:56 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Missilhouse do Brasil
Não acho que seria uma boa ideia: voando baixo, a cabeça de guiagem apenas iria captar o sinal eletromagnético no final, que pode ser desligado. Se o míssil vai chegar próximo, voando baixo, melhor usar uma cabeça de guiagem por TV/IIR.Túlio escreveu: ↑Ter Jun 11, 2019 10:20 pmViktor Reznov escreveu: ↑Ter Jun 11, 2019 10:07 pm
O Paquistão ainda compra MAR-1s ou só compraram aquele lote pra fazer engenharia reversa?Essa ia ser engraçada, engenharia reversa da engenharia reversa (Shrike 1982)...
Mas fiquei com uma curiosidade: não seria válido um ARM com tecnologia furtiva (menor tempo de reação para as defesas) e motor turbojet, para maior alcance, capacidade relativa de manobra (Waypoints via INS/GPS, com emprego do sensor passivo apenas na corrida final contra o alvo) e menor sinal IR? Não me parece que seria tão maior, mais pesado nem tão mais caro que o MAR-1; já a letalidade...
As cabeças de guiagem por imagem já tem programados o que se deve priorizar nos ataques, o que se pode fazer com as antenas.