Há um ponto que deveria ser visto: a quantidade de caças (nossos) e a necessidade de sempre levar um míssil BVR para a missão contra forças aéreas com caças capazes de (bem ou mal)combater em BVR.Túlio escreveu: ↑Dom Jun 09, 2019 9:21 pmFCarvalho escreveu: ↑Dom Jun 09, 2019 8:07 pm
A Venezuela possui quase 50 caças. Se todos estão operacionais ou não é outra coisa. Mas qualquer planejamento aqui leva em conta que os caças dos vizinhos possam estar disponíveis. Um único Su-30MKV leva mais mísseis que uma esquadrilha inteira de F-5. E mesmo contra um Gripen E no 1x1 ainda leva vantagem numérica.
A Colômbia possui em torno de 11/14 Kfir C10/TC-10, e todos podem levar os Phython 5 e Derby ER. Cada Kfir pode levar até 4 Derby ER e 2 Phython 5.
O Peru possui os 19 Mig-29 sendo que cada um pode levar até 6 R-27 ou R-77, além dos RR-73. Os 12 Mirage 2000 não tem misseis modernos, pois operam apenas os R-530/R-550.
O restante dos países vizinhos não possuem caças e nem armamento para bancar uma briga conosco.
Por enquanto, no curto e médio prazo, não existe ameaça concreta em termos aéreos para nós na AS. Mas a partir da próxima década, Colombia e Peru, além de Argentina num prazo mais longo, estarão equipados com novos caças, vide os programas em andamento naqueles dois países, e no caso portenho, bem, uma hora eles irão encontrar uma solução, mesmo que para isso tenham de recorrer á China ou Russia.
Então, melhor prevenir do que remediar. De qualquer forma os Meteor vão quebrar um galho por uns 10/15 anos no GDA até que um outro vetor os substitua, ou mais sejam adquiridos para complementar eventuais lotes subsequentes de Gripen E/F.
Por outro lado temos de pensar sempre no caso de algum ator extra regional resolver vir aqui querer arrumar confusão. Mesmo que isso seja um cenário muito surreal.
Mas os últimos anos provaram que de surrealidade o mundo está cheio, e a AS não é uma exceção.
absCupincha véio, números só se contrapõem a um grande desnível tecnológico se forem esmagadoramente superiores, o que não me parece ser o caso, senão vejamos: Su-30 da VZ se não engano foram comprados novos mas, novamente se não me engano, foram entregues meio que a toque de caixa, desviados de uma remessa que, se não me falha a memória, ia para o Vietnã ou China (desculpes, debatemos muito isso aqui mas foi lá na década passada, brabo de lembrar dos detalhes); já então estavam meio longe de serem o que de melhor se podia comprar da Rússia, incluindo sensores (radar, IRST), aviônica, armamentos (incluindo os BVRs) e sistemas EW, tudo com tecnologia do século XX. Eram se não me engano 2 dúzias e pelo menos um eu sei que já se despencou por aí. Assim, a menos que eles tenham F-16A/B aos balaios (brabo, né? ) e ainda por cima alguns AEW&C, a nossa vantagem técnica é BEM grande. Colômbia nem se fala e Peru, bueno, que eu saiba nem metade dos MiG-29 - todos já bem usados - foi modernizada para um padrão sequer próximo ao dos do começo deste século, enquanto os M2000 são do mesmo tipo dos Matusas que tínhamos na década passada em BSB, cujo BVR é pra lá de obsoleto, o S-530. Novamente, ninguém com AEW/AWACS. Todos os modelos que citaste - eu falei TODOS - poderiam até ser páreo difícil para os F-5M, enquanto olharmos apenas para o envelope; no que formos ver a diferença que um só -99 faz, a partir daí temos de um lado caças com um desempenho soberbo operando praticamente às cegas enquanto outros, menos capazes, entram no "modo-deus" via datalink, ou seja, não precisam emitir para saber onde estão os adversários e ainda podem ser vetorados para atacar e fugir se mantendo nos blindspots do IN.
Isso com F-5, pois no que chegar Gripen já era, o desnível se torna ABISSAL...
Com 2/3 de disponibilidade, que é planejado para os nossos Gripens, teríamos 24 caças disponíveis. Na hipótese de conflito seriam utilizados sempre. O Gripen pode levar 2 mísseis BVR em missões de ataque (pois tem uma capacidade de carga acima de 5 toneladas) como autoproteção ou swingrole num cenário contra aquelas forças aéreas do continente que tem capacidade de combate nessa arena.
Ficar retirando os mísseis do caça para ser empregado nos próximos que voarão seria trabalhoso, poderia dar problemas, toma tempo- além da possibilidade de ter de lançar mão daquele caça. Ou seja, só para deixar nos caças 2 Meteors já seriam 48. Fora os que irão se acrescer nas missões ar-ar.
Vale ressaltar que deve-se descontar desses cerca de 100 os misseis de manejo (pequena quantidade, mas incerta, em comparação ao total).