ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Mais um excelente texto com que nos brinda o colega Edson no tópico sobre o conflito na Ucrãnia. Desta vez sobre a artilharia de campanha ucraniana conflito. Vale muito a leitura.
Uma ilustração bastante eloquente do quanto ainda é importante se dispor de uma arma de artilharia moderna e consoante a realidade do combate atual.
Não sei se há artilheiros do EB lendo o fórum sobre esse assunto, mas presumo que pela mudança de atitude em relação à artilharia de campanha, e pelos acontecimentos naquele TO distante - dentre vários outros exemplos de conflitos recentes - podemos concordar que alguém resolveu dar uma força, já que desde 2016 existe um estudo do comando de artilharia arguindo sobre a situação atual e os desafios pela frente. Os números apresentados e a situação atual estão relatados na edição 156 da T&D em matéria do Paulo Bastos e Helio Higuchi.
Muito do que os textos que o Edson traz naquele tópico são uma excelente oportunidade de aferir nossos próprios erros e mazelas no que compete à capacidade militar, e que não é medida apenas pelas quantidades de homens e material em linha.
Venho acompanhando algum tempo um pouco mais de perto as ações voltadas para tentar renovar a artilharia de campanha do EB. É um trabalho hercúleo, dado o muito tempo em que a arma foi deixada de lado nos planos de reequipamento da força. Mas parece que diante dos fatos e acontecimentos não é mais possível esperar.
As várias informações coletadas aqui neste tópico por vários colegas foristas tem demonstrado que modernizar a artilharia não se trata apenas e tão somente da simples substituição de peças antigas por novas. A coisa é bem mais ampla e complicada, e vai desde pensar uma nova logística como o apoio tecnológico e operacional/doutrinário para a mesma.
Espero e desejo sinceramente que as iniciativas que hora estão sendo demandadas tenham um bom termo, e que para em um futuro o mais breve possível tenhamos mais notícias boas sobre a modernização do sistema de artilharia de campanha do EB e, porque não dizer, do CFN, também.
abs
Uma ilustração bastante eloquente do quanto ainda é importante se dispor de uma arma de artilharia moderna e consoante a realidade do combate atual.
Não sei se há artilheiros do EB lendo o fórum sobre esse assunto, mas presumo que pela mudança de atitude em relação à artilharia de campanha, e pelos acontecimentos naquele TO distante - dentre vários outros exemplos de conflitos recentes - podemos concordar que alguém resolveu dar uma força, já que desde 2016 existe um estudo do comando de artilharia arguindo sobre a situação atual e os desafios pela frente. Os números apresentados e a situação atual estão relatados na edição 156 da T&D em matéria do Paulo Bastos e Helio Higuchi.
Muito do que os textos que o Edson traz naquele tópico são uma excelente oportunidade de aferir nossos próprios erros e mazelas no que compete à capacidade militar, e que não é medida apenas pelas quantidades de homens e material em linha.
Venho acompanhando algum tempo um pouco mais de perto as ações voltadas para tentar renovar a artilharia de campanha do EB. É um trabalho hercúleo, dado o muito tempo em que a arma foi deixada de lado nos planos de reequipamento da força. Mas parece que diante dos fatos e acontecimentos não é mais possível esperar.
As várias informações coletadas aqui neste tópico por vários colegas foristas tem demonstrado que modernizar a artilharia não se trata apenas e tão somente da simples substituição de peças antigas por novas. A coisa é bem mais ampla e complicada, e vai desde pensar uma nova logística como o apoio tecnológico e operacional/doutrinário para a mesma.
Espero e desejo sinceramente que as iniciativas que hora estão sendo demandadas tenham um bom termo, e que para em um futuro o mais breve possível tenhamos mais notícias boas sobre a modernização do sistema de artilharia de campanha do EB e, porque não dizer, do CFN, também.
abs
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Com base na matéria da edição 156 sobre a Artilharia de Campanha do EB na T&D de autoria do Paulo Bastos e Helio Higuchi, passo a expor o que segue.
ARTILHARIA DE CAMPANHA EXÉRCITO BRASILEIRO
AD
6 GAC AR – 12 BIA > 72 OBUS
2 GAC AP SL – 6 BIA > 36 OBUS
ART BGDA CAV BLDA
2 GAC AP SL – 8 BIA > 32 OBUS
ART BGDA CAV MEC
4 GAC AP SR – 12 BIA > 72 OBUS
4 GAC AP SL – 16 BIA > 64 OBUS
ART BGDA INF MEC
4 GAC AP SL – 12 BIA > 72 OBUS
ART BGDA INF LV
3 GAC AR – 9 BIA > 54 OBUS ( 87 )
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AR 155 – 6 OBUS
BIA AR 105 – 8 OBUS
BIA AP SL 155 – 4 OBUS
BIA AP SR 155 – 6 OBUS
CIBld
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
ARTILHARIA DE CAMPANHA EXÉRCITO BRASILEIRO
AD
6 GAC AR – 12 BIA > 72 OBUS
2 GAC AP SL – 6 BIA > 36 OBUS
ART BGDA CAV BLDA
2 GAC AP SL – 8 BIA > 32 OBUS
ART BGDA CAV MEC
4 GAC AP SR – 12 BIA > 72 OBUS
4 GAC AP SL – 16 BIA > 64 OBUS
ART BGDA INF MEC
4 GAC AP SL – 12 BIA > 72 OBUS
ART BGDA INF LV
3 GAC AR – 9 BIA > 54 OBUS ( 87 )
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AR 155 – 6 OBUS
BIA AR 105 – 8 OBUS
BIA AP SL 155 – 4 OBUS
BIA AP SR 155 – 6 OBUS
CIBld
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
OBUSEIROS AUTO PROPULSADOS 155 SL – M-109 A5 BR +
AD
2 GAC AP SL – 6 BIA > 36 OBUS
ART BGDA CAV BLDA
2 GAC AP – 8 BIA > 32 OBUS
ART BGDA CAV MEC
4 GAC AP SL – 16 BIA > 64 OBUS
AMAN – 4 GAC AP SL
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
ESA – 4 GAC AP SL
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AP SL
BIA AP SL 155 – 4 OBUS
CIBld
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
TOTAL: 184 OBUS
OBUSEIROS AUTO PROPULSADOS 155 SR
ART BGDA CAV MEC
4 GAC AP SR – 12 BIA > 72 OBUS
ART BGDA INF MEC
4 GAC AP SR – 12 BIA > 72 OBUS
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AP SR 155 – 6 OBUS
CIBld
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
TOTAL: 204 OBUS
OBUSEIROS AUTO REBOCADO 105
ART BGDA INF LV
3 GAC AR – 9 BIA > 54 OBUS ( 87 )
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AR 105 – 6 OBUS
TOTAL: 96 OBUS
OBUSEIRO AUTO REBOCADO 155
AD
6 GAC AR – 12 BIA > 72 OBUS
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AR 155 – 6 OBUS
TOTAL: 114 OBUS
AD
2 GAC AP SL – 6 BIA > 36 OBUS
ART BGDA CAV BLDA
2 GAC AP – 8 BIA > 32 OBUS
ART BGDA CAV MEC
4 GAC AP SL – 16 BIA > 64 OBUS
AMAN – 4 GAC AP SL
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
ESA – 4 GAC AP SL
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AP SL
BIA AP SL 155 – 4 OBUS
CIBld
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
TOTAL: 184 OBUS
OBUSEIROS AUTO PROPULSADOS 155 SR
ART BGDA CAV MEC
4 GAC AP SR – 12 BIA > 72 OBUS
ART BGDA INF MEC
4 GAC AP SR – 12 BIA > 72 OBUS
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AP SR 155 – 6 OBUS
CIBld
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
TOTAL: 204 OBUS
OBUSEIROS AUTO REBOCADO 105
ART BGDA INF LV
3 GAC AR – 9 BIA > 54 OBUS ( 87 )
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AR 105 – 6 OBUS
TOTAL: 96 OBUS
OBUSEIRO AUTO REBOCADO 155
AD
6 GAC AR – 12 BIA > 72 OBUS
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AR 155 – 6 OBUS
TOTAL: 114 OBUS
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Comentários à matéria
Quanto a artilharia divisionária, é preciso saber em que pé ficará a organização dos GAC afetos a ela, já que hoje as três existentes não possuem nada em comum, com a AD 5, por exemplo, possuindo um único GAC AP, enquanto a AD 1 é composta por 3 GAC AR e a AD 3 possuindo 2 GAC AR e 1 GAC AP, enquanto a AD 6, e seu único grupo AR será transferida para o planalto central, se tornando o comando de artilharia do exército, tal como já está previsto e em funcionamento por agora desde Porto Alegre. O seu grupo espera por uma destinação.
Na matéria falou-se na necessidade de 141 peças 155 AR para substituir os M-114 e equipar as AD e quiçá demais OM que utilizam tal peça. Até onde eu possa saber, apenas a AD dispõe deste obuseiro, conquanto os GAC que apoiam, ou deveriam apoiar, os RCB possivelmente também disponham dessas peças, se é que existem de fato. As bgda Cav Mec, suponho, possuem GAC AR equipados os M-101, que por sua vez esperam também um substituto, que no caso destas OM’s, ao que parece serão novos obuseiros AP SR.
Se o EB está considerando os GAC de apoio aos RCB ainda equipados com obuseiros AR 155 isto justificaria em partes a quantidade apontada na matéria, mas como a doutrina atual diz que unidades bldas ou mec devem possuir o mesmo tipo de veículos e tração, isso por sí só já justificaria a aquisição de mais M-109 junto aos estoques americanos a fim de mobiliar aqueles regimentos, aumentando significativamente a quantidade dos mesmos na força. Como não tenho informação sobre qual é a organização atual das bgda cav mec no que diz respeito à artilharia de campanha, fica a dúvida a se esclarecer.
No que diz respeito a artilharia AP SR tudo indica que as 4 bddas inf mec que por hora serão obtidas por transformação irão equipar-se com tais bldos. Isso significa que no curto e médio prazo os M-101 orgânicos das mesmas serão descartados. Mas como se trata de um negócio bastante caro, mesmo que se tratasse apenas da aquisição de um punhado destes obuseiros, este projeto chegar a um bom termo será algo que possivelmente não se verá tão cedo. Há a clara possiblidade de que um processo seletivo decidirá nas melhore condições e ofertas qual será o obuseiro que melhor se adequa as nossas necessidades e requisitos. Como existe muita oferta no mercado, o lançamento do ROB para este modelo deve indicar quais e quantos ofertantes se disporão a encarar o desafio de tentar vender o seu produto ao EB. Tanto as bgdas cav como infantaria mec devem receber este novo veículo, e os números que apontei acima indicam a envergadura e importância que este projeto terá no futuro. Não creio que a Avibrás fique de fora, de uma forma ou outra, do processo de inserção deste novo obuseiro no exército, pelosclaro e inequívoco envolvimento da empresa com a artilharia do EB. Ademais, do ponto de vista logístico, tecnológico, comercial e industrial a participação da empresa no obuseiro AP SR com certeza trará mais benefícios e assegura ainda longevidade financeira à mesma. É sempre bom lembrar que a nossa BID é pequena e muito dependente ainda das poucas encomendas e programas e projetos das ffaa’s. Portanto, não dá para ficar diversificando muito em termos de fornecedores nacionais, sendo um sacrifício já bastante árduo manter os poucos existentes.
A artilharia leve, por incrível que pareça tem um papel interessante no que diz respeito também ao fomento da BID. Por mais que o M-119 pareça ser a escolha mais óbvia, por questões financeiras, existem algumas opções no mercado prontas, ou em vias de, e que com algum esforço a mais se poderia obter uma certa autonomia neste quesito, ao menos em termos de apoio logístico e quiçá comercial. Os franceses oferecem o LG 1 Mk III, mas o preço não é exatamente atrativo. Os sul-africanos possuem um projeto de obuseiro leve a partir do seu Leo G-7 e que atenderia, em tese, aos requisitos do EB. O problema é que ele precisa de um financiador. Os chineses dispõe de peças de 105mm, mas montadas em veículos. Não conheço se a mesma tem aplicações como obuseiro AR. Por fim, uma grata surpresa para mim, os turcos estão oferecendo o BORAN 105mm, um projeto já testado e em fins de desenvolvimento, e que pelas informações disponíveis atende aos requisitos de um obuseiro leve. Falta verificar o quão os turcos são capazes, e dispostos, a atender as exigências da END e do EB em relação a uma eventual venda do obuseiro deles para nós. Pelos números iniciais citados na matéria da T&D, 87 é o mínimo para começo de conversa. Este número serve, a meu ver, para equipar os 3 GAC das bgdas Pqdt, 12ª Amv e a 4ª Mth, esta última até hoje com o seu GAC Lv equipado ainda com os M-101. Talvez a substituição do L-118 também possa entrar nessa conta, ou não. De qualquer forma, para equipar, inicialmente, essas três unidades de pronta resposta e a demanda das escolas, 96 obuseiros leves seria número mais adequado que encontrei. Mas isso, claro, levando-se em conta a atual organização daqueles GAC Lv e a parte formacional. Não conheço o critério adotado pelo EB para chegar aos números citos na matéria.
Falta ainda resolver a situação das bgdas inf slv, que pelo indicado na matéria ficariam ainda equipadas com os vestutos, mas eficazes, M-56 e os morteiros 120mm. Pela quantidade hoje disponível, seria possível equipar mais adequadamente os dois GAC Slv existentes e ainda formar, ou transferir, se for o caso, outros GAC Slv para a região norte, já que apenas 2 bgdas inf possuem este apoio. A liberação destes obuseiros para as bgdas de inf slv seria de grande ajuda e mais que oportuna.
No fim, ficaria ainda a definir a situação de quantas bgdas inf leve o EB efetivamente disporá, dado que o número das que serão transformadas em mecanizadas aparentemente ainda não está fechado. Ou seja, há a clara possiblidade de que os números destes obuseiros leves venha a subir quase que exponencialmente, principalmente se no futuro as previstas 8 bdas de inf slv forem aquinhoadas com a nova peça que vier a compor os GAC Lv.
É preciso lembrar, novamente, que junto com a substituição das peças mais antigas, a artilharia de campanha brasileira também precisa avançar no que diz respeito aos seus processos de C3I e ISR, posto que, sem isso, pouco ou nada adianta obter e operar obuseiros novos sem a necessária e impositiva organização dos fogos que deve fazer. E na minha visão, esta é a parte da modernização da artilharia mais cara, abrangente e complexa de todo o processo. E se pudermos de algum modo, como o EB já está fazendo em partes, dispor à BID do máximo possível de insumos sobre ela, tanto melhor para nós. E falo isso não por ufanismo nacionalista, mas por aqui e ali olhar os exemplos dos fracassos e acertos da artilharia em conflitos como os da Ucrânia, Síria, Iraque e Afeganistão.
Aprender com os erros e acertos dos outros não é apenas questão de humildade e bom senso, mas de sobrevivência.
Torço para que nossos artilheiros estejam aprendendo algo com tudo isso.
Abs.
Quanto a artilharia divisionária, é preciso saber em que pé ficará a organização dos GAC afetos a ela, já que hoje as três existentes não possuem nada em comum, com a AD 5, por exemplo, possuindo um único GAC AP, enquanto a AD 1 é composta por 3 GAC AR e a AD 3 possuindo 2 GAC AR e 1 GAC AP, enquanto a AD 6, e seu único grupo AR será transferida para o planalto central, se tornando o comando de artilharia do exército, tal como já está previsto e em funcionamento por agora desde Porto Alegre. O seu grupo espera por uma destinação.
Na matéria falou-se na necessidade de 141 peças 155 AR para substituir os M-114 e equipar as AD e quiçá demais OM que utilizam tal peça. Até onde eu possa saber, apenas a AD dispõe deste obuseiro, conquanto os GAC que apoiam, ou deveriam apoiar, os RCB possivelmente também disponham dessas peças, se é que existem de fato. As bgda Cav Mec, suponho, possuem GAC AR equipados os M-101, que por sua vez esperam também um substituto, que no caso destas OM’s, ao que parece serão novos obuseiros AP SR.
Se o EB está considerando os GAC de apoio aos RCB ainda equipados com obuseiros AR 155 isto justificaria em partes a quantidade apontada na matéria, mas como a doutrina atual diz que unidades bldas ou mec devem possuir o mesmo tipo de veículos e tração, isso por sí só já justificaria a aquisição de mais M-109 junto aos estoques americanos a fim de mobiliar aqueles regimentos, aumentando significativamente a quantidade dos mesmos na força. Como não tenho informação sobre qual é a organização atual das bgda cav mec no que diz respeito à artilharia de campanha, fica a dúvida a se esclarecer.
No que diz respeito a artilharia AP SR tudo indica que as 4 bddas inf mec que por hora serão obtidas por transformação irão equipar-se com tais bldos. Isso significa que no curto e médio prazo os M-101 orgânicos das mesmas serão descartados. Mas como se trata de um negócio bastante caro, mesmo que se tratasse apenas da aquisição de um punhado destes obuseiros, este projeto chegar a um bom termo será algo que possivelmente não se verá tão cedo. Há a clara possiblidade de que um processo seletivo decidirá nas melhore condições e ofertas qual será o obuseiro que melhor se adequa as nossas necessidades e requisitos. Como existe muita oferta no mercado, o lançamento do ROB para este modelo deve indicar quais e quantos ofertantes se disporão a encarar o desafio de tentar vender o seu produto ao EB. Tanto as bgdas cav como infantaria mec devem receber este novo veículo, e os números que apontei acima indicam a envergadura e importância que este projeto terá no futuro. Não creio que a Avibrás fique de fora, de uma forma ou outra, do processo de inserção deste novo obuseiro no exército, pelosclaro e inequívoco envolvimento da empresa com a artilharia do EB. Ademais, do ponto de vista logístico, tecnológico, comercial e industrial a participação da empresa no obuseiro AP SR com certeza trará mais benefícios e assegura ainda longevidade financeira à mesma. É sempre bom lembrar que a nossa BID é pequena e muito dependente ainda das poucas encomendas e programas e projetos das ffaa’s. Portanto, não dá para ficar diversificando muito em termos de fornecedores nacionais, sendo um sacrifício já bastante árduo manter os poucos existentes.
A artilharia leve, por incrível que pareça tem um papel interessante no que diz respeito também ao fomento da BID. Por mais que o M-119 pareça ser a escolha mais óbvia, por questões financeiras, existem algumas opções no mercado prontas, ou em vias de, e que com algum esforço a mais se poderia obter uma certa autonomia neste quesito, ao menos em termos de apoio logístico e quiçá comercial. Os franceses oferecem o LG 1 Mk III, mas o preço não é exatamente atrativo. Os sul-africanos possuem um projeto de obuseiro leve a partir do seu Leo G-7 e que atenderia, em tese, aos requisitos do EB. O problema é que ele precisa de um financiador. Os chineses dispõe de peças de 105mm, mas montadas em veículos. Não conheço se a mesma tem aplicações como obuseiro AR. Por fim, uma grata surpresa para mim, os turcos estão oferecendo o BORAN 105mm, um projeto já testado e em fins de desenvolvimento, e que pelas informações disponíveis atende aos requisitos de um obuseiro leve. Falta verificar o quão os turcos são capazes, e dispostos, a atender as exigências da END e do EB em relação a uma eventual venda do obuseiro deles para nós. Pelos números iniciais citados na matéria da T&D, 87 é o mínimo para começo de conversa. Este número serve, a meu ver, para equipar os 3 GAC das bgdas Pqdt, 12ª Amv e a 4ª Mth, esta última até hoje com o seu GAC Lv equipado ainda com os M-101. Talvez a substituição do L-118 também possa entrar nessa conta, ou não. De qualquer forma, para equipar, inicialmente, essas três unidades de pronta resposta e a demanda das escolas, 96 obuseiros leves seria número mais adequado que encontrei. Mas isso, claro, levando-se em conta a atual organização daqueles GAC Lv e a parte formacional. Não conheço o critério adotado pelo EB para chegar aos números citos na matéria.
Falta ainda resolver a situação das bgdas inf slv, que pelo indicado na matéria ficariam ainda equipadas com os vestutos, mas eficazes, M-56 e os morteiros 120mm. Pela quantidade hoje disponível, seria possível equipar mais adequadamente os dois GAC Slv existentes e ainda formar, ou transferir, se for o caso, outros GAC Slv para a região norte, já que apenas 2 bgdas inf possuem este apoio. A liberação destes obuseiros para as bgdas de inf slv seria de grande ajuda e mais que oportuna.
No fim, ficaria ainda a definir a situação de quantas bgdas inf leve o EB efetivamente disporá, dado que o número das que serão transformadas em mecanizadas aparentemente ainda não está fechado. Ou seja, há a clara possiblidade de que os números destes obuseiros leves venha a subir quase que exponencialmente, principalmente se no futuro as previstas 8 bdas de inf slv forem aquinhoadas com a nova peça que vier a compor os GAC Lv.
É preciso lembrar, novamente, que junto com a substituição das peças mais antigas, a artilharia de campanha brasileira também precisa avançar no que diz respeito aos seus processos de C3I e ISR, posto que, sem isso, pouco ou nada adianta obter e operar obuseiros novos sem a necessária e impositiva organização dos fogos que deve fazer. E na minha visão, esta é a parte da modernização da artilharia mais cara, abrangente e complexa de todo o processo. E se pudermos de algum modo, como o EB já está fazendo em partes, dispor à BID do máximo possível de insumos sobre ela, tanto melhor para nós. E falo isso não por ufanismo nacionalista, mas por aqui e ali olhar os exemplos dos fracassos e acertos da artilharia em conflitos como os da Ucrânia, Síria, Iraque e Afeganistão.
Aprender com os erros e acertos dos outros não é apenas questão de humildade e bom senso, mas de sobrevivência.
Torço para que nossos artilheiros estejam aprendendo algo com tudo isso.
Abs.
Carpe Diem
- Fab-Wan
- Intermediário
- Mensagens: 156
- Registrado em: Seg Mar 09, 2009 11:17 pm
- Agradeceu: 28 vezes
- Agradeceram: 26 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Eu sou leigo, não entendo do assunto, mas contei 164 peças para as escolas e 402 para brigadas. Não é muito Obus para as escolas?FCarvalho escreveu: ↑Sáb Mai 18, 2019 1:45 pm Com base na matéria da edição 156 sobre a Artilharia de Campanha do EB na T&D de autoria do Paulo Bastos e Helio Higuchi, passo a expor o que segue.
ARTILHARIA DE CAMPANHA EXÉRCITO BRASILEIRO
AD
6 GAC AR – 12 BIA > 72 OBUS
2 GAC AP SL – 6 BIA > 36 OBUS
ART BGDA CAV BLDA
2 GAC AP SL – 8 BIA > 32 OBUS
ART BGDA CAV MEC
4 GAC AP SR – 12 BIA > 72 OBUS
4 GAC AP SL – 16 BIA > 64 OBUS
ART BGDA INF MEC
4 GAC AP SL – 12 BIA > 72 OBUS
ART BGDA INF LV
3 GAC AR – 9 BIA > 54 OBUS ( 87 )
AMAN – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
ESA – 4 GAC AR/AP
GAC AR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AR 105 – 3 BIA > 18 OBUS
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
EscMatBel – 4 BIA AR/AP
BIA AR 155 – 6 OBUS
BIA AR 105 – 8 OBUS
BIA AP SL 155 – 4 OBUS
BIA AP SR 155 – 6 OBUS
CIBld
GAC AP SL 155 – 4 BIA > 16 OBUS
GAC AP SR 155 – 3 BIA > 18 OBUS
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Olá Fab-Wan,
Os números das escolas são apenas estimativos, nada a ver com a realidade. Elenquei segundo o que entendo como sendo o mínimo necessário para que a formação dos estudantes não sofra soluções de continuidade.
Na minha opinião de professor, com formação, ainda mais militar, não se brinca e não se pode lançar mão de meias soluções.
Claro, esse é apenas a minha reles e ignóbil opinião.
abs
Os números das escolas são apenas estimativos, nada a ver com a realidade. Elenquei segundo o que entendo como sendo o mínimo necessário para que a formação dos estudantes não sofra soluções de continuidade.
Na minha opinião de professor, com formação, ainda mais militar, não se brinca e não se pode lançar mão de meias soluções.
Claro, esse é apenas a minha reles e ignóbil opinião.
abs
Carpe Diem
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Revisando os números apontados na matéria da T&D disposta nos post anteriores, quanto as necessidades de novos obuseiros 105 AR, o que temos é o seguinte:
OM Prioritárias - Tropas FAR-E: Bgda Pqdt, 12a Bgda Amv, 4a Bgda Mth
Cada GAC pode dispor de 18 a 24 obuseiros. Neste sentido, apenas para estas unidades a demanda somada é de 54 a 72 unidades.
OM Não Prioritárias - Tropas Regulares Região Norte: 1a Bgda Inf Slv, 23a Bgda Inf Slv.
Cada GAC pode dispor de 18 a 24 obuseiros. Neste sentido, apenas para estas unidades a demanda somada é de 36 a 48 unidades.
No caso da região norte, abarcada pelos CMA e CMN, ainda há outras 3 bgdas inf slv que não possuem GAC orgânicos. Além destas, o planejamento do EB vislumbra um total de 8 Bgdas na região. Para equipar todas as bgdas já existentes seriam necessárias de 90 a 120 novas unidades de obuseiros 105 AR. Considerando a totalidade prevista de OM para a região, serão entre 144 a 192 unidades.
OM Não Prioritárias - Tropas Regulares Região Centro Oeste: 18a Bgda Inf Fronteira, 13a Bgda Inf Mtz.
Essas duas bdas de inf localizadas no centro oeste do país até o momento mantém a sua atual organização, não tendo, salvo engano, nenhuma previsão de mecanização de uma ou outra. Neste caso, a permanecer assim, os dois GAC orgânicos demandam 36 a 48 novos obuseiros.
OM Não Prioritárias - Tropas Regulares Bgda Inf Mtz - 7a, 8a, 10a, 11a, 14a
Estas cinco brigadas, aparentemente, serão transformadas em Bgda Inf Lv tal como previsto no programa de modernização do EB. Estas unidades não foram selecionadas para a mecanização da infantaria, sendo as escolhidas as 3a, 9a, 11a(?) e 15a. Até o momento apenas estas 4 OM serão efetivamente transformadas das 8(10?) originalmente previstas. É possível, mediante a mudança do quadro econômico do país como um todo, que eventualmente o EB possa vir a transformar mais bgdas para o padrão de mecanizadas no futuro, ou não. Não há realmente uma definição clara quanto a este aspecto. Conquanto, se eventualmente aquelas 5 OM forem empregadas definitivamente como undes leves, a demanda para novos obuseiros para equipá-las será de 90 a 120 unidades.
Assim, somando todas as OM que hoje são, ou podem vir a ser, empregadas como inf leve, a demanda para o apoio de fogo em relação aos obuseiros 105 AR deve ser:
Tropas FAR-E: Bgda Pqdt, 12a Bgda Amv, 4a Bgda Mth - 54 a 72 unidades.
Tropas Regulares Região Norte: 1a Bgda Inf Slv, 23a Bgda Inf Slv - 2 Bgda - 36 a 48 > 5 Bgdas - 90 a 120 > 8 Bgdas -144 a 192
Tropas Regulares Região Centro Oeste: 18a Bgda Inf Fronteira, 13a Bgda Inf Mtz - 36 a 48
Tropas Regulares Bgda Inf Mtz - 7a, 8a, 10a, 11a, 14a - 90 a 120
Total: 216 a 432
Estes números consideram apenas o equipamento dos GAC operacionais, não contabilizando os obuseiros que seriam utilizados nas escolas e centros de formação.
De toda forma, é possível verificar que a demanda é mais que suficiente para gerar mais que uma simples compra de oportunidade.
Neste sentido, não é preciso dizer que, apesar da oferta de material ser bastante limitada tanto em modelos quanto fornecedores, ainda assim podemos conseguir um bom negócio relativo a modernização deste setor da artilharia de campanha.
No momento, aparentemente, o M-119 parece ser a escolha mais crível diante do quadro limitante de investimentos que o EB é capaz de realizar. Todavia, tanto franceses, como agora os turcos, podem ser uma alternativa viável, desde que, obviamente haja o interesse em se obter o novo obuseiro via processo seletivo. Os chineses apesar de dispor de um modelo de obuseiro 105 no portfólio da Norinco, o mesmo não é AR, e portanto, não entraria no escopo de alternativas.
Por fim, aproveitar as oportunidades pode ser uma ação coerente e racional dada a nossa realidade. Mas é importante também vislumbrar-se que com um pouco de esforço e planejamento, e quiçá, diria, boa vontade, é possível conseguir material novo e com uma longeva carreira pela frente. E ainda, por tabela, colaborar para fomentar a BID e sustentar uma logística local que nos permita certa autonomia no uso e desenvolvimento de novas soluções para as necessidades de modernização permanente da artilharia de campanha.
abs
OM Prioritárias - Tropas FAR-E: Bgda Pqdt, 12a Bgda Amv, 4a Bgda Mth
Cada GAC pode dispor de 18 a 24 obuseiros. Neste sentido, apenas para estas unidades a demanda somada é de 54 a 72 unidades.
OM Não Prioritárias - Tropas Regulares Região Norte: 1a Bgda Inf Slv, 23a Bgda Inf Slv.
Cada GAC pode dispor de 18 a 24 obuseiros. Neste sentido, apenas para estas unidades a demanda somada é de 36 a 48 unidades.
No caso da região norte, abarcada pelos CMA e CMN, ainda há outras 3 bgdas inf slv que não possuem GAC orgânicos. Além destas, o planejamento do EB vislumbra um total de 8 Bgdas na região. Para equipar todas as bgdas já existentes seriam necessárias de 90 a 120 novas unidades de obuseiros 105 AR. Considerando a totalidade prevista de OM para a região, serão entre 144 a 192 unidades.
OM Não Prioritárias - Tropas Regulares Região Centro Oeste: 18a Bgda Inf Fronteira, 13a Bgda Inf Mtz.
Essas duas bdas de inf localizadas no centro oeste do país até o momento mantém a sua atual organização, não tendo, salvo engano, nenhuma previsão de mecanização de uma ou outra. Neste caso, a permanecer assim, os dois GAC orgânicos demandam 36 a 48 novos obuseiros.
OM Não Prioritárias - Tropas Regulares Bgda Inf Mtz - 7a, 8a, 10a, 11a, 14a
Estas cinco brigadas, aparentemente, serão transformadas em Bgda Inf Lv tal como previsto no programa de modernização do EB. Estas unidades não foram selecionadas para a mecanização da infantaria, sendo as escolhidas as 3a, 9a, 11a(?) e 15a. Até o momento apenas estas 4 OM serão efetivamente transformadas das 8(10?) originalmente previstas. É possível, mediante a mudança do quadro econômico do país como um todo, que eventualmente o EB possa vir a transformar mais bgdas para o padrão de mecanizadas no futuro, ou não. Não há realmente uma definição clara quanto a este aspecto. Conquanto, se eventualmente aquelas 5 OM forem empregadas definitivamente como undes leves, a demanda para novos obuseiros para equipá-las será de 90 a 120 unidades.
Assim, somando todas as OM que hoje são, ou podem vir a ser, empregadas como inf leve, a demanda para o apoio de fogo em relação aos obuseiros 105 AR deve ser:
Tropas FAR-E: Bgda Pqdt, 12a Bgda Amv, 4a Bgda Mth - 54 a 72 unidades.
Tropas Regulares Região Norte: 1a Bgda Inf Slv, 23a Bgda Inf Slv - 2 Bgda - 36 a 48 > 5 Bgdas - 90 a 120 > 8 Bgdas -144 a 192
Tropas Regulares Região Centro Oeste: 18a Bgda Inf Fronteira, 13a Bgda Inf Mtz - 36 a 48
Tropas Regulares Bgda Inf Mtz - 7a, 8a, 10a, 11a, 14a - 90 a 120
Total: 216 a 432
Estes números consideram apenas o equipamento dos GAC operacionais, não contabilizando os obuseiros que seriam utilizados nas escolas e centros de formação.
De toda forma, é possível verificar que a demanda é mais que suficiente para gerar mais que uma simples compra de oportunidade.
Neste sentido, não é preciso dizer que, apesar da oferta de material ser bastante limitada tanto em modelos quanto fornecedores, ainda assim podemos conseguir um bom negócio relativo a modernização deste setor da artilharia de campanha.
No momento, aparentemente, o M-119 parece ser a escolha mais crível diante do quadro limitante de investimentos que o EB é capaz de realizar. Todavia, tanto franceses, como agora os turcos, podem ser uma alternativa viável, desde que, obviamente haja o interesse em se obter o novo obuseiro via processo seletivo. Os chineses apesar de dispor de um modelo de obuseiro 105 no portfólio da Norinco, o mesmo não é AR, e portanto, não entraria no escopo de alternativas.
Por fim, aproveitar as oportunidades pode ser uma ação coerente e racional dada a nossa realidade. Mas é importante também vislumbrar-se que com um pouco de esforço e planejamento, e quiçá, diria, boa vontade, é possível conseguir material novo e com uma longeva carreira pela frente. E ainda, por tabela, colaborar para fomentar a BID e sustentar uma logística local que nos permita certa autonomia no uso e desenvolvimento de novas soluções para as necessidades de modernização permanente da artilharia de campanha.
abs
Carpe Diem
- RobsonBCruz
- Sênior
- Mensagens: 1201
- Registrado em: Seg Out 24, 2005 5:46 pm
- Localização: Niterói - RJ
- Agradeceu: 451 vezes
- Agradeceram: 235 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
PORTARIA N º 143-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais do Sistema de Posicionamento e Pontaria para o Sistema de Artilharia de Campanha
(EB20-RTLI-04.044), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 144-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais do Sistema de Posicionamento e Pontaria para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.036),
1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 145-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais do Subsistema de Comunicações do Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.038), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 146-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais da Viatura Tratora Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha
(EB20-RO-04.040), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 147-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais do Subsistema de Comunicações do Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RTLI04.046), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 148-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais da Viatura Tratora Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia
de Campanha (EB20-RTLI-04.048), 1ª Edição, 2019.
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais do Sistema de Posicionamento e Pontaria para o Sistema de Artilharia de Campanha
(EB20-RTLI-04.044), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 144-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais do Sistema de Posicionamento e Pontaria para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.036),
1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 145-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais do Subsistema de Comunicações do Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.038), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 146-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais da Viatura Tratora Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha
(EB20-RO-04.040), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 147-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais do Subsistema de Comunicações do Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RTLI04.046), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 148-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais da Viatura Tratora Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia
de Campanha (EB20-RTLI-04.048), 1ª Edição, 2019.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Muito legal, a artilharia aos poucos vai tendo as suas deficiências encaminhadas para chegar a bom termo. Nos últimos 2/3 anos as notícias tem sido auspiciosas sobre a evolução da arma.
Até que enfim.
abs
Até que enfim.
abs
Carpe Diem
- RobsonBCruz
- Sênior
- Mensagens: 1201
- Registrado em: Seg Out 24, 2005 5:46 pm
- Localização: Niterói - RJ
- Agradeceu: 451 vezes
- Agradeceram: 235 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
PORTARIA Nº 156-EME, DE 4 DE JUNHO DE 2019
Aprova a Diretriz de Implantação do Subprograma Sistema de Artilharia de Campanha - SAC (EB20-D-08.030).
Aprova a Diretriz de Implantação do Subprograma Sistema de Artilharia de Campanha - SAC (EB20-D-08.030).
- RobsonBCruz
- Sênior
- Mensagens: 1201
- Registrado em: Seg Out 24, 2005 5:46 pm
- Localização: Niterói - RJ
- Agradeceu: 451 vezes
- Agradeceram: 235 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
PORTARIA N º 189-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais da Viatura Posto Meteorológico Computadorizado para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.037), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 190-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais do Conjunto Viatura Tratora de Transporte não Especializada e Viatura Semirreboque Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.041), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 191-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais do Conjunto Viatura Tratora de Transporte não Especializada e Viatura Semirreboque Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RTLI-04.049), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 192-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais da Viatura Posto Meteorológico Computadorizado para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RTLI-04.045), 1ª Edição, 2019.
Aprova os Requisitos Operacionais da Viatura Posto Meteorológico Computadorizado para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.037), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 190-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais do Conjunto Viatura Tratora de Transporte não Especializada e Viatura Semirreboque Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.041), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 191-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais do Conjunto Viatura Tratora de Transporte não Especializada e Viatura Semirreboque Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RTLI-04.049), 1ª Edição, 2019.
PORTARIA N º 192-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Técnicos, Logísticos e Industriais da Viatura Posto Meteorológico Computadorizado para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RTLI-04.045), 1ª Edição, 2019.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Ronson, sabes dizer o porque de duas viatura na mesma descrição e o que seria essa viatura semi-reboque?RobsonBCruz escreveu: ↑Sex Jul 12, 2019 8:50 am PORTARIA N º 190-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais do Conjunto Viatura Tratora de Transporte não Especializada e Viatura Semirreboque Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.041), 1ª Edição, 2019.
Em tempo, os item acima tem alguma coisa a ver com o descrito neste abaixo?
absPORTARIA N º 146-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais da Viatura Tratora Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.040), 1ª Edição, 2019.
Carpe Diem
- RobsonBCruz
- Sênior
- Mensagens: 1201
- Registrado em: Seg Out 24, 2005 5:46 pm
- Localização: Niterói - RJ
- Agradeceu: 451 vezes
- Agradeceram: 235 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
FCarvalho escreveu: ↑Sex Jul 12, 2019 11:44 pmRonson, sabes dizer o porque de duas viatura na mesma descrição e o que seria essa viatura semi-reboque?RobsonBCruz escreveu: ↑Sex Jul 12, 2019 8:50 am PORTARIA N º 190-EME, DE 27 DE JUNHO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais do Conjunto Viatura Tratora de Transporte não Especializada e Viatura Semirreboque Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.041), 1ª Edição, 2019.
Em tempo, os item acima tem alguma coisa a ver com o descrito neste abaixo?
absPORTARIA N º 146-EME, DE 27 DE MAIO DE 2019
Aprova os Requisitos Operacionais da Viatura Tratora Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés para o Sistema de Artilharia de Campanha (EB20-RO-04.040), 1ª Edição, 2019.
Não faço a menor idéia. Assunto para o eligioep.
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37940
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5734 vezes
- Agradeceram: 3272 vezes
Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE
Olá Robson,
A curiosidade falou mais alto aqui e fui dar uma espiada na net e suponho que o descrito acima esteja se referindo ao que segue. Se eu estiver errado, o Eligio, ou o Jauro, me corrigem depois.
Viatura Tratora Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés
Viatura Tratora de Transporte não Especializada
Viatura Semirreboque Especializada Porta Contêiner
No final, no que tange os dois últimos itens, o EB deve estar pensando em algo assim, só que com o container de 20 pés.
Se a minha curiosidade estiver certa, fica a dúvida do que me parece uma duplicidade de meios. Ou estes últimos, em todo caso, devem servir para uma função diferente daqueles primeiros veículos, já que não existe uma especificação de qual função e/ou modelo de container o EB está requerendo.
abs
A curiosidade falou mais alto aqui e fui dar uma espiada na net e suponho que o descrito acima esteja se referindo ao que segue. Se eu estiver errado, o Eligio, ou o Jauro, me corrigem depois.
Viatura Tratora Especializada Porta Contêiner de Vinte Pés
Viatura Tratora de Transporte não Especializada
Viatura Semirreboque Especializada Porta Contêiner
No final, no que tange os dois últimos itens, o EB deve estar pensando em algo assim, só que com o container de 20 pés.
Se a minha curiosidade estiver certa, fica a dúvida do que me parece uma duplicidade de meios. Ou estes últimos, em todo caso, devem servir para uma função diferente daqueles primeiros veículos, já que não existe uma especificação de qual função e/ou modelo de container o EB está requerendo.
abs
Carpe Diem