O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Modernizar Gepard é a mesma coisa que modernizar 1A5: colocar um motor 6.2 L V12 num Monsa.
Para SHORAD anti-PGM, gostaria de ver mix de canhões (35 mm AHEAD) e mísseis. O sistema MANTIS tem praticamente 99% de chance de acerto, com munição AHEAD e travamento por EO/IR independente - guiado previamente por um radar, claro - numa dupla com um Iron Dome ou similar deixaria aquela região protegida ao nível máximo possível, mesmo contra ataques de saturação.
Para SHORAD anti-PGM, gostaria de ver mix de canhões (35 mm AHEAD) e mísseis. O sistema MANTIS tem praticamente 99% de chance de acerto, com munição AHEAD e travamento por EO/IR independente - guiado previamente por um radar, claro - numa dupla com um Iron Dome ou similar deixaria aquela região protegida ao nível máximo possível, mesmo contra ataques de saturação.
- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Pergunta capciosa: alguém na Ares já pensou em providenciar uma versão naval da TORC 30 para a MB e exportação?
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Como a ideia é utilizar todos os sistemas de radares e C3I hoje em produção/projeto no Brasil, podemos nos dar ao luxo de apenas escolher a parte mais barata do sistema que é a munição. Isso no mercado não falta, e existem muitas opções.Brasileiro escreveu: ↑Ter Mai 14, 2019 11:41 am É o seguinte: o EB quer integrar o SABER-M200 e estação de comando de média altura ao sistema AAe que for adquirido, seja qual for.
Eu vejo os sistemas Spyder e CAMM como sendo os com maiores chances, especialmente se este segundo for mesmo o utilizado nas futuras fragatas Tamandaré. O grande trunfo será a possibilidade de utilizar viaturas e outros meios do Astros-2020.
A grande desvantagem, na minha opinião, é que como são mísseis com guiamento por radar ativo, são mísseis bastante caros. Muito bons se pensarmos em uso contra aeronaves, mas pouco custo-efetivas contra mísseis stand-off e bombas guiadas planadoras. Você acaba disparando uma salva de mísseis, cada um custando o mesmo, senão algumas vezes mais caro do que a munição que pretende lhe atingir.
Como na camada inferior teremos basicamente mísseis portáteis (RBS-70 e Igla-S), além do Gepard teríamos poucas chances de defensa anti-míssil. Por isso que eu insisto em uma modernização do Gepard, ou mesmo uma TORC-30 com RBS-70 acoplado, adaptado com esta capacidade anti-munição e anti-drone.
O que falta é definir claramente as competências e limites de atuação e interação das ffaa's no que compete à defesa AAe. E neste aspecto ainda estamos muito a dever, já que ainda estamos limitados por uma doutrina fundamentada nos anos pós GM II
Sem melhorar essa parte, fica difícil avançar no resto. Mas o resto só avança quando pararmos de comprar apenas manpads e shorad.
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- gabriel219
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Se o Exército pagar milhões de euros nessa bosta, pode fechar as portas e virar uma Gendarmerie. Não tem como entender uma coisa dessa, com um sistema que ninguém quis, que é caro (não tem nenhuma produção de escala), curto alcance e monocanal, a não ser dar uma boquinha a mais pra SAAB. Se quer comprar, MUITO melhor comprar mais RBS-70NG e pronto.
Um sistema como o Bamse é somente um RBS-70, com duas vezes o alcance mas trinta vezes mais caro.
https://www.forte.jor.br/2019/05/28/ofi ... LxESwf3byc
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O problema todo é que nunca tivemos qualquer coisa parecida com isso em tempo algum. Os Roland não contam porque eram de outra categoria. E os alemães cortaram as asinhas do EB assim que o CTEx tentou fazer engenharia reversa com eles.
Fato é que a nossa AAe é basicamente uma falácia, uma história de mal gosto e indigesta. Além de na prática inexistente.
Sendo bem honesto, somos o único país dentre as maiores economias que simplesmente não possui nenhuma defesa AAe em plena era de "chuva de bombas".
Chega a ser risível, se não fosse trágico.
abs
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Sabe a diferença RBS-70NG pro RBS-23? Somente o alcance e que o Bamse é guiado por rádio, nada mais do que isso. Continua sendo um monocanal de curto alcance. Não importa ele ter 20 km de alcance, vai ser atingido por bombas e mísseis stand-off do mesmo jeito que um RBS-70NG, com praticamente a mesma eficiência. Até mesmo o Pantsir e o Iron Dome serão atingidos do mesmo jeito, mas a eficiência em poder enfrentar um número grande de alvos (Iron Dome) e em ser móvel, podendo disparar em movimento (Pantsir). O Bamse não reúne nenhuma dessas qualidades, não é um sistema móvel quanto o Pantsir e nem pode enfrentar mais de um alvo por vez.FCarvalho escreveu: ↑Ter Mai 28, 2019 6:21 pm O problema todo é que nunca tivemos qualquer coisa parecida com isso em tempo algum. Os Roland não contam porque eram de outra categoria. E os alemães cortaram as asinhas do EB assim que o CTEx tentou fazer engenharia reversa com eles.
Fato é que a nossa AAe é basicamente uma falácia, uma história de mal gosto e indigesta. Além de na prática inexistente.
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Hoje qualquer Força Aérea do mundo tem grana pra comprar kits como FPG, com 40 km de alcance e um custo muito baixo, fora mísseis anticarro com alcance entre 30 km-40 km, que são muito mais baratos que uma única viatura do Bamse. Por isso a minha fala antes sobre a inutilidade de qualquer sistema AAe de médio alcance, tornando-se armas anti-pgm's de luxo, com mísseis muitas vezes bem mais caros que os projéteis inimigos.
O Sonsra-R, que é um sistema feito somente para cobertura antiaérea de tropas Mecanizadas, é muito mais eficiente que o Bamse em basicamente tudo, até em defesa de ponto, já que se utilizar mísseis guiador por laser e por rádio, pode travar em dois alvos ao mesmo tempo, guiando alvos pelo seu EOCS (laser) e por um pequeno radar diretor.
Um sistema como o Bamse ser pior que o Sonsra-R, que é um sistema concebido para ser o mais simples possível, mostra o absurdo de se avaliar o Bamse.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Gabriel, lembra que não existe ROB para sistema de AAe até hoje. Portanto não há qualquer compromisso com esse ou aquele sistema, ou esta ou aquela característica.
O que basicamente o EB esta fazendo, independente da COPAC que gere este suposto programa de defesa Aae para as ffaa's, é a mesma coisa que o GEA da Avex vem fazendo com os helos de ataque. Experiências a partir de modelo prático que temos com os Fennec, e ver o que se encaixa melhor. Depois virá o ROB definitivo para a aeronave e o processo seletivo oficial. Ou seja, essa visita para ver o Banse nada mais é do que colher informações para poder definir lá na frente o que realmente precisamos e o que há no mercado para atender isso.
Como já disse aqui, as três forças tem entendimento e conceitos completamente diferentes no que diz respeito à AAe. Já começa difícil por ai. Escolher então entre desenvolver um sistema próprio ou simplesmente comprar pronto e usar vai ter que ser uma discussão de antemão ao início de qualquer processo de aquisição.
E via de regra como cada força trabalha olhando apenas e tão somente para o próprio umbigo, bem, essa conversa de defesa Aae tem tudo pra ser mais uma daquelas novelas com começo, meio e um fim que nunca chega.
A ver.
Abs
O que basicamente o EB esta fazendo, independente da COPAC que gere este suposto programa de defesa Aae para as ffaa's, é a mesma coisa que o GEA da Avex vem fazendo com os helos de ataque. Experiências a partir de modelo prático que temos com os Fennec, e ver o que se encaixa melhor. Depois virá o ROB definitivo para a aeronave e o processo seletivo oficial. Ou seja, essa visita para ver o Banse nada mais é do que colher informações para poder definir lá na frente o que realmente precisamos e o que há no mercado para atender isso.
Como já disse aqui, as três forças tem entendimento e conceitos completamente diferentes no que diz respeito à AAe. Já começa difícil por ai. Escolher então entre desenvolver um sistema próprio ou simplesmente comprar pronto e usar vai ter que ser uma discussão de antemão ao início de qualquer processo de aquisição.
E via de regra como cada força trabalha olhando apenas e tão somente para o próprio umbigo, bem, essa conversa de defesa Aae tem tudo pra ser mais uma daquelas novelas com começo, meio e um fim que nunca chega.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Sobre o BAMSE a questão é muito "terrena" ( não plana, obviamente ), não se o sistema é mono-canal, multi-canal, sem canal, é com o laser da Interprise, mas sim aquele que mexe com o que importa: dinheiro!
Os suecos fizeram uma proposta por seus sistemas já em uso a preço convidativo. O EB viu nela a possibilidade de começar a aprender o que é uma AAAe de médio alcance. O EB foi conferir se vale a pena de fato.
É a fome com a vontade de comer, com pouca grana. Vindo, não se pode nem reclamar, mas o choro é livre também.
Att.
Os suecos fizeram uma proposta por seus sistemas já em uso a preço convidativo. O EB viu nela a possibilidade de começar a aprender o que é uma AAAe de médio alcance. O EB foi conferir se vale a pena de fato.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Duvido que o Bamse seja barato. Os radares já são caros e muito provavelmente o Exército iria comprar umas duas ou três baterias, que mal teria escala de produção, já que basicamente ninguém quis comprar por ser ruim.Energys escreveu: ↑Sáb Jun 08, 2019 3:40 pm Sobre o BAMSE a questão é muito "terrena" ( não plana, obviamente ), não se o sistema é mono-canal, multi-canal, sem canal, é com o laser da Interprise, mas sim aquele que mexe com o que importa: dinheiro!
Os suecos fizeram uma proposta por seus sistemas já em uso a preço convidativo. O EB viu nela a possibilidade de começar a aprender o que é uma AAAe de médio alcance. O EB foi conferir se vale a pena de fato.
É a fome com a vontade de comer, com pouca grana. Vindo, não se pode nem reclamar, mas o choro é livre também.
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Fora a radical adaptação que fizeram ao Bolide, inclusive no corpo do míssil para ser guiado por CLOS.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
É, cada um se vira como pode. Não é a solução dos sonhos, mas ao menos já seria um começo para quem a coisa mais moderna em AAe durante 3 ou 4 décadas foram canhões cujo projeto é da década de 1930 do século passado.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Sugiro que faça a distinção entre discordar de pontos e trazer outros pontos sobre o tema, principalmente na questão de custo. Existe uma larga diferença entre ambos e eu me mantive na segunda.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Acertou o alvo
Vídeo – 1º tiro com o IGLA pelo 12° Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva
https://www.defesaaereanaval.com.br/exe ... a-de-selva
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Gogogas !
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Você sabe por quanto os suecos proporam o pacote hora em análise?gabriel219 escreveu: ↑Dom Jun 09, 2019 9:58 amSugiro que faça a distinção entre discordar de pontos e trazer outros pontos sobre o tema, principalmente na questão de custo. Existe uma larga diferença entre ambos e eu me mantive na segunda.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Óbvio. Muitos ainda pensam que o Brasil é a Dinamarca. Não tem dinheiro, tem que tirar leite de pedra e aprender o máximo que isso permitir.
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