JL escreveu: ↑Qua Nov 28, 2018 2:45 pm
A criação de uma guarda costeira mudaria a atuação da Marinha, pois apesar de a maioria somente conhecer a Marinha pela sua esquadra sediada no Rio de Janeiro e quase a maior parte do tempo atracada existem as forças Distritais, as quais são responsáveis por todos os documentos de embarcações, através das capitanias dos portos. E são muito mais poderosas em termos legais nesta área do que a parte de patrulha marítima que é bem incipiente. Ou seja, hoje a Marinha detêm um poder legal muito grande em termos de registro, controle, fiscalização de embarcações desde uma lancha, passando por um rebocador e chegando a um mega iate. Será que a MB quer perder isso?
Mas o que pensam sobre a nova influência norte americana aqui nestas bandas? Como afetará a nossa MB?
Em termos práticos JL, nada. Com a economia do país em estado de insolvência qualquer mudança atual na ordem financeira do orçamento da defesa vai depender exclusivamente da melhoria do ambiente fiscal do país. E isso vai demorar ainda. Na verdade, bem mais que os 4 anos do Bolsonaro no governo.
Mas claro, com esse alinhamento patológico às políticas estadunidenses, pode ser que alguns projetos da MB ganhem fôlego, naquilo que o FMS puder ser utilizado de forma a compensar a inadimplência orçamentária da MB. Mas é bem pouca coisa.
Atualmente a MB quer um navio de apoio logístico. Isso parece já estar meio encaminhado com os ingleses.
O projeto dos A-4 e C-1 andarão a contento, e se o orçamento do MD não for realmente cortado como de praxe nos próximos 4 anos, talvez vejamos alguns avanços.
Pode ser que os americanos queiram nos empurrar alguma coisa a mais, no entanto, nada aparentemente do que eles poderiam dispor no curto prazo interessa a MB.
No caso dos helos de instrução e emprego geral leve eles podem ser favorecidos, já que a Bell é uma das competidoras. O FMS nestas horas ajuda, apesar de ajudar também a apertar mais ainda a coleira.
A CCT já tem seus finalistas.
O Prosub é mal visto desde sempre. E isso não irá mudar agora. Até pelo contrário, é possível que haja mais pressão para que o projeto seja de vez descontinuado.
Com a Embraer sendo absolvida pela Boeing, talvez em um futuro mais a longo prazo o desenvolvimento de versões militares da linha comercial seja algo facilitado... talvez.
No mais, a formação de uma guarda costeira por aqui seria a única colaboração efetiva, e mais interessante do ponto de vista geoestratégico e histórico dos USA em relação ao Brasil.
Eles continuam vendo nossas ffaa's mais como polícia do que outra coisa. E isso não mudará.
Neste aspecto, qualquer ação nossa aqui que vise facilitar ou acentuar o papel policialesco das ffaa's contará sempre com o apoio americano.
E transformar mais da metade da MB - que é a parte real dela que cuida do que seira a missão de uma GC, seria para eles como um sonho de verão. Para nós seria algo extremamente benéfico.
Só a MB que não concorda com isso.
abs.