Nova Metralhadora de Apoio para o EB

[FCarvalho]

É uma ML, o que interessa se é ou não de um país da OTAN? Para além da MAG o que não faltam para aí são ML em vários calibres.

Na medida em que a Otan defende os interesses de seus países associados Cabeça. E a Bélgica é um deles.

Ou seja, se um dia viermos a divergir política e/ou militarmente de algum país relacionado aquela organização, adeus fontes de suprimentos para nós. Foi o que aconteceu a 36 anos atrás com os hermanos. Conosco não seria diferente penso eu.

Ademais, como comentei, metralhadora leves, tal como um fuzil é um insumo básico de primeira necessidade de qualquer exército. Por aqui fabricamos mísseis, fuzis, morteiros e até partes e peças para programas da Nasa, mas não conseguimos fazer uma simples metralhadora?

A levar em consideração o acima exposto, e considerando que as quantidades envolvidas seriam na casa do milhar, é de se esperar que um projeto nacional fosse algo tão natural quanto lógico. Mas como por aqui não levamos defesa a sério, viria a calhar começarmo do básico e fazer o dever de casa fabricando uma ML por licença, até que tenhamos competência para fazer um projeto próprio. Se vier de um país não alinhado a Otan e seus interesses, melhor ainda.

Digo isso não por temeridade, mas por precaução, dado o histórico que temos de baixo investimento em P&D de defesa e modernização e manutenção de nossas ffaa's.

Nas minhas contas de padaria, somente para a infantaria um ML em 5,56 a demanda em torno das 6 mil undes. Se contar as 7,62 e outros usos que podem ser feitos dela noutras armas e serviços, passa fácil das 10 mil undes. Mas isso sou eu pensando alto.

Aonde vamos conseguir tudo isso, ou melhor dizendo, como vamos conseguir manter tais números com modelos importados, além de seus suprimentos e manutenção? É por aí que as coisas se complicam. Em um entrevero qualquer, mesmo que possamos comprar outro modelo/marca de ML, quanto tempo levaríamos entre comprar, receber, treinar e colocar em uso com qualidade tanta coisa?

Uma coisa é comprar, e até poderíamos, bem outra é saber usar bem. Isso já demora mais um pouquinho.

abs.

[Marechal-do-ar]

Primeiro, se a Bélgica resolvesse nos embargar as ML não iriam parar de funcionar no dia seguinte, elas continuariam funcionando até estarem desgastadas demais, não são equipamentos com manutenção tão complexa quanto aeronaves, seria tempo mais que suficiente para procurar alternativas.

Segundo, acho que você exagerou um pouco nos números, mas deixando isso de lado, mesmo que exista um certo volume são produtos com valor agregado muito baixo, se for preciso comprar uma maquina que custa milhões a ML fabricada aqui já sairia cara demais, mesmo no caso dos fuzis, se a Imbel já não fabricasse fuzis tenho sérias dúvidas de que o EB se interessasse pela fabricação nacional, seria mais econômico simplesmente comprar pronto de fora, e digo mais, BEM mais econômico.

No caso de produtos mais sofisticados, mesmo em alguns casos eu questiono o valor da produção nacional, não adianta querer produzir tudo aqui, ficar caro demais e acabar não comprando nada.

[FCarvalho]

Primeiro, se a Bélgica resolvesse nos embargar as ML não iriam parar de funcionar no dia seguinte, elas continuariam funcionando até estarem desgastadas demais, não são equipamentos com manutenção tão complexa quanto aeronaves, seria tempo mais que suficiente para procurar alternativas.
Bom, a julgar pela realidade da maior parte das tropas do EB, arrumar uma metralhadora leve nova seria talvez o de menos, já que sequer as temos em quantidade e qualidade por aqui.

Segundo, acho que você exagerou um pouco nos números, mas deixando isso de lado, mesmo que exista um certo volume são produtos com valor agregado muito baixo, se for preciso comprar uma maquina que custa milhões a ML fabricada aqui já sairia cara demais, mesmo no caso dos fuzis, se a Imbel já não fabricasse fuzis tenho sérias dúvidas de que o EB se interessasse pela fabricação nacional, seria mais econômico simplesmente comprar pronto de fora, e digo mais, BEM mais econômico.
Salvo engano, são duas 5,56 por GC. Isso daria 72 undes por batalhão. Como temos entre 80 a 85 btl's inf, fiz um cálculo genérico. É bastante coisa sim. E mesmo que fosse só metade disso, ainda seira um número considerável. E estamos falando apenas de infantaria. Suponho que qualque negócio para produzir sob licença uma ML aqui incluiria a Imbel, senão, com certeza o negócio não seria bom do ponto de vista econômico para nós. Mas tendo em vista as quantidades quase inexpressivas que vimos comprando nos últimos anos, acabo achando que fazer aqui talvez não mudasse grandes coisa neste aspecto.

No caso de produtos mais sofisticados, mesmo em alguns casos eu questiono o valor da produção nacional, não adianta querer produzir tudo aqui, ficar caro demais e acabar não comprando nada.
Concordo, mas o que proponho é justamente o contrário. É fazer o básico. O que não for economicamente viável, deixa para as compras de oportunidade e/ou investimentos pontuais do governo. Na minha perspectiva, metralhadoras é uma dessas coisas que deveríamos estar fazendo aqui.

abs.

[FCarvalho]

Uma opção interessante poderá ser a escolha dos russos, que trabalham no projeto Tokar-2.
Trata-se de uma metralhadora leve, alimentada por correia, mas que também pode receber um pente padrão de AK-74/AK-12 de 30 ou 45 munições, caso necessário.

Eu gosto muito desse conceito. E até creio que não seria algo muito difícil de se fazer a partir do IA-2.
Quem sabe até mesmo pedindo ajuda aos universitários russos para ajudar no projeto.

Abs

[gabriel219]

Sei lá, se for escolher outra metralhadora além da fN MINIMI, que seja a KAC LAMG.

[Túlio]

Sei lá, continuo achando que aquele lance dos ianques de aumentar o calibre para .300 (não entendi aquilo de Norma Magnum, por mim seria Lapua Magnum ou até Weatherby) é o que há. Especialmente porque cada vez mais Operadores pedem por Fz 7,62 x 51 no nível GC/Squad, tipo "tiro dado, bugio deitado"...

[gabriel219]

Sei lá, continuo achando que aquele lance dos ianques de aumentar o calibre para .300 (não entendi aquilo de Norma Magnum, por mim seria Lapua Magnum ou até Weatherby) é o que há. Especialmente porque cada vez mais Operadores pedem por Fz 7,62 x 51 no nível GC/Squad, tipo "tiro dado, bugio deitado"...

Tais falando da .300 WIN ou Blackout?

Acho que confundiu-se, Túlio véio, a LAMG que falei é esta, pesa somente 3,9 kg:

Também há versão 7.62 mm, pesando 6 kg: https://www.knightarmco.com/product/mil ... achine-gun
Essas, salvo engano, concorrem com a LSAT para substituir as FN M249 e M240 da US Army. Também bebem da mesma fonte, a Stoner 63A.

Mas se estiver também falando da LWMMG, da General Dynamics, a explicação foi essa:

The .338 Norma Magnum’s performance is very similar to that of the much more popular .338 Lapua Magnum. The .338 NM has a slight advantage in that when loaded with a .300 grain Sierra HPBT MatchKing projectile, its overall length is shorter than the .338 LM loaded with the same bullet. This is why General Dynamics would have chosen this round over the more popular .338 LM.

Ela tem feito sucesso na SOCOM e nos Marines, quando eu a citei aqui, em 2015, me chamaram de maluco...

Creio ser ideal para Plt Ap Fg.

[Túlio]

Ô cupincha @gabriel219, não me conheces mais? Claro que fui ver a arma que citaste (não entendi aquilo sobre o Eugene Stoner, morto em 97, mas tá tri) e apenas lembrei de outra, citada como "sonho de consumo" dos EUA...

[gabriel219]

Essa porra não tem recuo, imagine isso com cano de 18,3"...

Esse link aqui tem alguns textos interessantes, inclusive uma boa materia sobre ela: http://www.thefifthcolumn.xyz/Forum/vie ... php?tid=52

Se for pra se aventurar, creio que esse seja o sonho de consumo, ainda mais se for tão boa quanto a Stoner, quanto a confiabilidade, talvez seja a melhor LMG no mundo.

[gabriel219]

Sobre a Stoner, falo da Mtr Lv usada no Vietnam, a Stoner 63A.

Tanto a KAC e a Textron, com a LMAG e LSAT respectivamente, alegam ser uma evolução da Stoner 63A, com sistema modernizado a partir da Stoner 96.

Eu acredito que a Mtr da KAC possa ser mais confiável, já que são mais familiarizados com a Stoner 96.

[FCarvalho]

Eu acho tudo muito legal e bonito, mas, bem longe da realidade de um. O exército que ainda compra Minimi como se fosse a última bolacha do pacote.

Abs

[gabriel219]

Provavelmente a FN deve encerrar a produção da FN MINIMI Mk2, forçando a comprar a Mk3.

Não duvido que a Mk3 tenha um custo igual ou até superior da LAMG.

Se for uma descendente melhor que a Stoner 96, então tem que ser coisa boa. A USSOCOM possuia algumas Stoner 96 em calibre 6.8 mm, mas nunca vi mais algo mais a respeito.

Desde o ano passado as Forças Especiais da França e da Dinamarca testam a LAMG.

Como eu disse antes, se é pra se aventurar, além da FN Minimi e Mag, melhor ir disso do que algo Sul-Africano ou Russo.

[FCarvalho]

Difícil é convencer o pessoal a ir além do mínimo básico necessário.
As mimini que estavam comprando eram a versão básica, a mais pau de arara possível.
Não deu tempo de sequer discutir o porque de não adquirir as versões mais atuais, seja da MAG ou Minimi.
Enfim.
Imagina comprar algo fora da lista do mercadinho.

Abs

[gabriel219]

Na verdade era a Mk2, há pouca diferença entre ela e a Mk3, muito mais acessórios.

E também é soda comprar equipamento de última geração para conscritos, que vão deixar o serviço no ano seguinte.

[FCarvalho]

Mas da pra ter um começo. Primeiro FE's, depois FAR-E, OM de fronteira e por último e muitos anos depois demais unidades.

Com a velocidade com que compram material novo no Brasil é capaz de quando conseguirmos equipar oa undes prioridade estas armas já estejam ultrapassadas.

O que no nosso caso não deixa de ser exatamente uma novidade.

Abs