NOTÍCIAS POLÍTICAS

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25561 Mensagem por Túlio » Seg Mai 28, 2018 12:21 pm

Bourne escreveu: Seg Mai 28, 2018 12:07 pm Ué... A Rússia é conhecida pelas oligarquias, corrupção que as decisões são tomadas no topo. Por isso, lá funciona um Putin que é muito democrático para os padrões russos. Nada dessa história de "golpe militar". Lá as FA's não pensam e agem sozinhos, recebem ordens dos civis.

O Brasil não começou do nada. Respeita nossa zona de mais de 200 anos de tradição. Olha para os EUA é tão desnorteado quanto. Só tomou jeito depois da guerra civil e Primeira Guerra Mundial.
Charla, o antecessor do Putin já ia levando um golpe militar - ou já esqueceste do Exército Russo, à falta do que fazer e até do que comer, tendo que colher batatas? - que por pouco não trouxe de volta a URSS. Com o Putin isso acabou.

Sobre "padrões de democracia", não sei sequer se temos algum; só votar não quer dizer nada, até na URSS votavam e...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25562 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mai 28, 2018 12:25 pm

País - Editorial
28/05 às 08h19 - Atualizada em 28/05 às 09h27

Jornal do Brasil

Nação apática

Observação, no mínimo instigante, tem sido revelada por deputados já engajados na garimpagem dos votos de outubro. Nas andanças que praticam pelo interior, o que têm visto não é, propriamente, antes de tudo, ser a favor ou contra o governo. Como também menosprezam-se conceitos de esquerda e direita. O que se percebe, de acordo com os que testemunham, é certa tendência a encarar a próxima eleição com espírito de profunda apatia; gente que chega à triste conclusão de que nada vale a pena; que os políticos se igualam no mesmo baixo nível de escassez de competência ou fartura de imoralidade. Portanto, tanto faz, como tanto se fará, votando-se em qualquer um.

A se confirmar semelhante situação, as coisas andarão piores, muito além da imaginação dos pessimistas. O cidadão apático é capaz de conduzir malefícios superiores àquele que se vai praticar com um voto inconsciente. Outra conclusão lamentável é que esse quadro de desânimo significa que o brasileiro manda, para o mesmo cadafalso, sem distinção e injustamente, os bons e os maus; e nisso acaba enforcando a própria política, a instituição sagrada, vítima dos que dela se aproveitam para praticar crimes. Nivelar bons e maus políticos, como se nada os diferenciasse, é péssimo; a começar pelo fato de os bons se envergonharem da comparação e se ausentam. Recolhem-se, sob os aplausos dos maus, que calçam a cara e vão em frente; na verdade, os indesejáveis acabam contemplados e favorecidos, pois já não têm gente séria a enfrentar.

Isso posto, há que se considerar que, à frente dos desafios que nos reserva a campanha eleitoral, segue, como bandeira descorada e sinistra, essa apatia endêmica. Haverá tempo para abatê-la, impedindo que influencie e comprometa a eleição? Teriam os candidatos fôlego e disposição para sacudir o que resta de ânimo na alma da sociedade brasileira? Está longe de ser fácil a tarefa a enfrentar, se, no descortinar dos fatos de agora, o que se vê são tropeços, crises dentro e fora do governo.

O estado de desânimo, a bem da verdade, não é de hoje; vem prosperando há algum tempo, principalmente quando ganharam publicidade os ensaios de analistas que se debruçavam sobre consultas à opinião pública, que pretenderam aferir o grau de confiabilidade das instituições. Ocorreu há menos de duas décadas: observou-se que a quebra de credibilidade, consequentemente, da admiração e do respeito, acabaria por conduzir, em futuro não muito distante, a um quadro coletivo de esmaecimento e indiferença em relação a elas e aos que as dirigem. Não seria mera coincidência se comparadas antigas previsões com a realidade que se projeta sobre nossos dias.

Naquele passado a que se referem essas linhas, o respeito e a admiração populares contemplavam, entre os primeiros, a Igreja, o Exército e a Justiça. Corroeram-se, em parte, os números simpáticos à religião, que paga pelas indefinições e pelos pecados de uma minoria praticante de abusos sexuais, além da hipertrofia que sofreu, resultando na migração que levou milhões a seitas exóticas. Dos ombros dos militares ainda não foi possível remover o ônus do fatídico 64.

A Justiça consta como o mais recente prestígio a capitular, por conviver com o elitismo que tolera os poderosos, eterniza recursos protelatórios e festeja caríssimos causídicos, absolutamente inacessíveis aos não milionários. Nos tribunais nem falta o cenário de pugilatos verbais, quando esquentam as divergências.

Pergunta-se, então, ao fim e ao cabo, o que dizer ao eleitor para automedicar-se contra o mal-estar da apatia. Outro remédio inexiste, a não ser aplicar, quando chegar a hora, o voto rigorosamente consciente. Pode ser até que depois sobrevenha a decepção, mas, antes, convém saber que, se o Estado está enfermo, quem pode curá-lo é a nação. Ninguém mais.





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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25563 Mensagem por Túlio » Seg Mai 28, 2018 12:32 pm

Precisamente, caro @cassiosemasas : me vi no texto (MY CONGRATZ, tens postado uns magníficos!). De fato, não dou a mínima para quem vai ou não se eleger, e me considero como Cidadão com cultura acima da média, mas cheguei a um ponto em que nem é mais questão de saber ou não discernir o joio do trigo mas simplesmente de duvidar que sequer haja algum trigo, só joio mesmo...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25564 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mai 28, 2018 12:38 pm

vamos ver uma opinião conservadora

A velhíssima política

Há parlamentares que exploram a política como instrumento para a satisfação de seus interesses privados e, assim, não se importam em promover o atraso no País
664


O Estado de S.Paulo

28 Maio 2018 | 03h00


É certo que o “novo” não é, necessariamente, sinônimo de “bom” na política. Pode ser, ao contrário, um retrocesso - um flerte com soluções autoritárias, que prescindem do Congresso por considerar a atividade política insalubre por princípio. O País deve, portanto, resistir ao discurso segundo o qual basta expulsar do poder todos os que se identificam com a “velha” política para que os problemas se resolvam. Contudo, há uma velhíssima política que, esta sim, precisa ser eliminada urgentemente do cenário nacional. Trata-se de parlamentares que exploram a política como instrumento para a satisfação de seus interesses privados e, assim, não se importam em promover o atraso no País se isso facilitar a manutenção de seus currais eleitorais.

É o caso, por exemplo, do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Embora seja do mesmo partido do presidente da República, Michel Temer, o senador Eunício tem sido um opositor de fazer inveja a muitos petistas. Agora mesmo, no auge da complexa crise que resultou na alta dos combustíveis e, por conseguinte, no protesto de caminhoneiros que paralisou parte do País, o presidente do Senado partiu para a simplificação rasteira, típica dos palanques. Em entrevista ao Estado, referindo-se à política de preços da Petrobrás sob a gestão de Pedro Parente - que respeita a oscilação dos preços internacionais do petróleo e, portanto, dispensa os subsídios que tanto prejuízo deram à estatal durante o governo petista -, o senador Eunício saiu-se com esta: “Entre os ‘Parentes’ e os consumidores, eu fico com os consumidores”.

Na mesma entrevista, o presidente do Senado tratou de forma igualmente ligeira outro assunto delicado, a privatização das falidas distribuidoras da Eletrobrás no Norte e no Nordeste, passo necessário para a privatização da própria Eletrobrás. Questionado se apoiava a decisão da Câmara de não votar a medida provisória que destravaria o leilão das distribuidoras, anunciada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Eunício declarou: “Já temos o aumento do combustível e agora vamos aprovar outra medida provisória preparativa para o aumento de energia? Pelo amor de Deus! Energia, gasolina, gás de cozinha. As pessoas estão com medo de voltar ao fogão a lenha e ainda serem penalizadas pelo Ibama”.

Tal reação nem para comício deveria prestar. A Eletrobrás e suas distribuidoras estão quebradas, em razão da política suicida para o setor de energia levada adiante pelo governo de Dilma Rousseff, e os consumidores já estão pagando a conta dessa irresponsabilidade. Caso a privatização continue a ser sabotada, o prejuízo será ainda maior. Só para constar, a perda do País com a transformação da Eletrobrás em laboratório da incúria petista já custou, no total, R$ 228 bilhões.

O senador Eunício coroou sua entrevista confirmando sua indisposição de retomar a discussão da reforma da Previdência ainda neste ano, como pretende o presidente Temer. Nada surpreendente para quem já declarou que não admitia a reforma porque, em suas palavras, não aceitava “mexer na aposentadoria dos mais pobres” - uma das tantas mistificações produzidas pelas corporações interessadas na manutenção da Previdência tal como está.

Compreende-se o comportamento do presidente do Senado quando se observa que entre seus principais aliados está o ex-presidente Lula da Silva, preso por corrupção e líder da sabotagem ao atual governo. Como Lula ainda é muito popular no Nordeste, políticos como Eunício não pensam duas vezes antes de abraçar a demagogia lulopetista, muito mais vantajosa, do ponto de vista eleitoral, do que a desgastante defesa das reformas. Eunício é, também, aliado da oligarquia Gomes.

E Eunício não está sozinho. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também não perde oportunidade para se distanciar da agenda reformista do atual governo. Apesar de relativamente novo, o deputado Maia tem encarnado igualmente essa anacrônica política movida a indiferença com o interesse público, que tão mal tem feito ao País. E ambos, Maia e Eunício, estão no comando do Congresso. Poucas situações retratam melhor o atraso brasileiro.

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25565 Mensagem por Bourne » Seg Mai 28, 2018 12:39 pm

Túlio escreveu: Seg Mai 28, 2018 12:21 pm
Charla, o antecessor do Putin já ia levando um golpe militar - ou já esqueceste do Exército Russo, à falta do que fazer e até do que comer, tendo que colher batatas? - que por pouco não trouxe de volta a URSS. Com o Putin isso acabou.

Sobre "padrões de democracia", não sei sequer se temos algum; só votar não quer dizer nada, até na URSS votavam e...
O antecessor do Putin comandou a derrubada da URSS. Era um bêbado desnorteado, mas a Russia existe hoje dessa forma por causa dele, o Yeltsin. E foi o contra-golpe dos dirigentes soviéticos que tentavam manter a URSS que deu errado. Em boa parte porque o exército vermelho se dividiu e ficaram com os países de origem.

O mérito do Putin foi conseguir manter as oligarquias unidas e que dessem suporte ao governo e ao estado russo que ele representa. Por isso está duas décadas no poder e tudo está. Apesar de existirem certo descontentamento nos jovens putinianos, aqueles que nasceram sob o governo Putin. Algo que o Yelstin tentou, quase teve sucesso, mas não conseguiu.

Os militares como força política nascem em determinados países como na América Latina, Coreia do sul, Aqueles países do sudeste Asiático, oriente médio, turquia. Existe uma lógica porque eles são daqueles jeito e tem sucesso em derrubar governos.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25566 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mai 28, 2018 12:41 pm

Túlio escreveu: Seg Mai 28, 2018 12:32 pm
... duvidar que sequer haja algum trigo, só joio mesmo...
Obrigado Tulio!
Sabe, estou nas mesma crise...Mas vamos continuar procurando mesmo que pareça inócuo...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25567 Mensagem por Bourne » Seg Mai 28, 2018 12:46 pm

E tem outra coisa. A atuação política dos militares dos militares não tem nada a ver com equipamento ou inimigo. O ponto central é prestigio, interesses dos militares mais pessoais e busca de influenciar o destino do país. Ou seja, as forças militares pode ou não ser equipadas, depende do inimigo externo que combata ou movimentos insurgentes. Por exemplo, Brasil sempre teve muito pessoal e pouco equipamento. A Turquia muito pessoal e muito bem equipado para enfrentar a invasão soviética. Os dois tiveram longo histórico de lobbies dos militares, intervenções e golpes. Os brinquedos são muitos legais de ver, mas não tem efeito prático. Um soldadinho com fuzil e caminhões é mais que suficiente para derrubar um governo e atacar estruturas debilitadas de poder.

E quem era o grande inimigo do exército russo na década de 1990? Os movimentos separatistas. O estado e forças armadas russas não poderiam permitir províncias rebeldes e novos países. Mesmo lutando contra heterogeneidade da sociedade russos e grandes saladas em certas regiões. Na década de 2000, já com Putin, a ideia passou a se voltar para atuação internacional. Especialmente a partir de 2008.
Editado pela última vez por Bourne em Seg Mai 28, 2018 12:49 pm, em um total de 1 vez.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25568 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mai 28, 2018 12:47 pm

E para fechar essa sessão de Editoriais vamos a só mais um...esse ultimo não da data de hoje
Petrobras: da pilhagem à justa greve

27/05 às 08h12 - Atualizada em 27/05 às 08h19

Jornal do Brasil
Quem é o dono da Petrobras? Legalmente, é o povo, seu maior acionista, através do Estado Brasileiro. Mas, então, sendo o povo o “dono” da maior empresa do país, por que ela estaria agindo contra seu próprio acionista, aumentando os preços dos produtos acima da inflação e reajustando-os pela variação e paridade ao dólar?

A base para essa política, implantada pela atual diretoria, comandada pelo senhor Pedro Parente, é um grande equívoco, por princípio contábil, mas principalmente por ir contra os interesses do “dono” da empresa, o povo brasileiro.

A Petrobras produz cerca de 2,5 milhões de barris/ dia. O custo desse processo de extração e industrialização de derivados é composto, basicamente, de reais (salários, impostos, boa parte dos equipamentos, logística etc.). A decisão do senhor Parente, de atrelar o preço de venda do diesel e todos os demais produtos ao dólar, gera uma distorção que acaba, claro, na bomba do posto, no bolso do consumidor brasileiro. O resultado “benéfico” dessa política para o caixa da empresa mostra uma forte, mas fictícia geração de caixa, dando demonstração de “tranquilidade” para especuladores e para os bancos. Para o povo brasileiro, o resultado foi essa greve de caminhoneiros, que parou o país.

Em outras palavras, o senhor Pedro Parente quer vender em dólar o que paga e produz em real, sob a alegação de que o produto petróleo é cotado, internacionalmente, na moeda americana e, por paridade, o consumidor brasileiro tem de arcar com esse insustentável custo. O Brasil é autossuficiente e exportador do produto. Se fosse o inverso, como no passado, ou seja, se fôssemos importadores de petróleo, seria justificável o reajuste do diesel, da gasolina e de derivados pela variação cambial.

Tão importante quanto o prejuízo imposto ao consumidor brasileiro pela política de paridade aplicada pelo senhor Parente, em relação aos preços internacionais do petróleo, é o fato de que a estatal exporta cerca de 400 mil barris/dia – o equivalente a 20% de sua produção de óleo bruto – para importar o equivalente em diesel e gasolina. Até aí, nada demais, pois exportaria se fosse o excedente. Mas esse não é o caso. O que é mais grave e suspeito é o resultado dessa nefasta política para a empresa e para o país, comprovada pela ociosidade de 28% na capacidade de produção de suas refinarias. Em outras, palavras, o que a empresa exporta poderia ser refinado aqui, criando renda, empregos e impostos para brasileiros. E, o mais importante, a um preço bem mais competitivo do que a estatal paga pelos produtos que importa. Um total contrassenso. Por esse motivo é imprescindível que a Petrobras pare imediatamente com essa política suicida e volte a refinar aqui, para ocupar a capacidade ociosa de suas refinarias . Brazil first, senhor Parente!

E, convenhamos, se for essa a prática para apuração de custos e formação de preço, vários outros setores da indústria nacional deveriam reajustar seus produtos em dólar. Ou seja, os produtores brasileiros de frango, carne, automóveis, aparelhos eletrônicos etc. também poderiam reajustar seus preços, diariamente, pela moeda americana, pois são produtos de nossa pauta de exportação. Por que não? Tudo isso é cotado em dólar no mercado internacional. Sem nos esquecermos que as companhias aéreas brasileiras são obrigadas a pagar, pelo combustível, 40% mais do que as concorrentes estrangeiras. O senhor Parente, além de causar um desastre na economia brasileira, dá um péssimo exemplo ao dolarizar os produtos da Petrobras.

Exportar petróleo para importar derivados, só traz um resultado: abertura para refinarias estrangeiras tomarem o mercado da Petrobras, causando, aqui, desemprego e aumento dos produtos importados nos postos, como está acontecendo, motivo da greve dos caminhoneiros. E, o mais grave, desarticulando toda a cadeia de transporte rodoviário brasileiro, aliás, o único modal, de fato, existente em nosso país. Diferentemente do Japão, Alemanha e tantos países não produtores de petróleo e que, por esse motivo, são obrigados a cobrar do consumidor o preço do mercado internacional. O Brasil, reiteramos, é autossuficiente e exportador do produto.

A Petrobras foi e continua sendo fundamental na história do desenvolvimento econômico do Brasil. Não só pela importância do produto que explora, processa e vende – o petróleo –, mas pelo monopólio que sempre exerceu e, principalmente, pelo volume de recursos que investe e fatura; o que influencia, de forma direta e indireta, a todos os demais setores da economia nacional. Sua liderança no PIB brasileiro é inquestionável. Mas não devemos deixar de reconhecer que a Petrobras conseguiu crescer e ser o que é por sua competência científica e também pelo volume de recursos investidos e disponibilizados pela nação, através do monopólio que exerceu na exploração e que ainda permanece no refino, onde detém 95% do mercado. Antes de se tentar sacrificar e atribuir à empresa todos os males, por ser ela estatal, vale uma constatação sobre políticas nacionais de desenvolvimento: na Europa, particularmente na França, Itália, Noruega e outros, todas as principais empresas de energia são estatais.

No caso brasileiro, a Petrobras demonstrou para o mundo sua competência ao descobrir e explorar petróleo em águas territoriais brasileiras, em profundidade jamais imaginada e passível de extração. Bateu todos os recordes e é líder mundial nessa tecnologia, proporcionando ao país a tão sonhada autossuficiência em petróleo. Como homenagem, lembramos aqui do nome de Carlos Walter, um dos mais importantes geólogos da história da empresa e um dos maiores responsáveis pelas descobertas das grandes reservas de petróleo em nossa bacia continental.

A empresa dispõe de cientistas e engenheiros responsáveis por esse sucesso. Ainda que totalmente desconhecidos pelo público, eles seriam motivo de orgulho para qualquer universidade de ponta no mundo. Seu quadro de funcionários, de alto nível, é remunerado de acordo com o que pagam suas competidoras internacionais. Fala-se muito em grandes salários e privilégios dos empregados da estatal. Se, vis-à-vis o salário médio do trabalhador brasileiro, o empregado da Petrobras vive em outro planeta; quando comparado à concorrência, a remuneração se mostra absolutamente compatível. Um engenheiro da estatal brasileira não ganha e não custa mais, por exemplo, do que um engenheiro da holandesa Shell.

Assim, o problema da maior empresa do Brasil não se localiza nos custos de pessoal, muito menos de produção, sabido que o custo médio do barril de óleo extraído pela estatal é, a rigor, igual ou mais barato do que qualquer outra grande empresa do setor. O problema da Petrobras encontra-se nas decisões tomadas por seu acionista controlador, ou seja, o governo e os políticos brasileiros.

Prova disso é que, nos últimos 30 anos, quem nomeou, “em nome do povo”, dono da Petrobras, as mais importantes diretorias da estatal, foram os principais líderes do MDB, tais como Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Jader Barbalho, Sérgio Cabral, Edson Lobão, Romero Jucá etc. Mas também do PSDB , PP e outros.

Vale lembrar que os ministros do presidente Fernando Henrique Cardoso, que nomearam diretorias da Petrobras durante a gestão tucana (Renan Calheiros, Romero Jucá, Eliseu Padilha e outros), foram, também, ministros de Lula. Ou seja, sempre os mesmos “representantes” do acionista e dono da estatal, o povo. São essas personalidades e mais tantas outras, muitas delas presas, como Eduardo Cunha, as responsáveis por tudo o que aconteceu na estatal e que a nação, estarrecida, tomou conhecimento. O que poderíamos esperar desses personagens que há décadas mandam no país e no aparelho do Estado?

É incontestável que a pilhagem na Petrobras foi acentuada e, finalmente, descoberta, por ordem de políticos durante os governos PT. Mas essa infeliz constatação decorre do fato de que a empresa, que produzia 800 mil barris no governo FHC, pulou para mais de 2 milhões durante os governos Lula e Dilma. Em outras palavras, a pilhagem sempre existiu, mas amplificada com o crescimento da empresa nos últimos 15 anos.

Na Petrobras, os políticos roubam desde sempre, quando nomeiam bandidos para sua diretoria. E o mais grave e triste: empregados da empresa são cooptados para fazer parte de quadrilhas organizadas. As diretorias, com funcionários concursados e de carreira, são (foram) nomeadas por políticos. E, para serem diretores, esses mesmos funcionários só podiam autorizar a compra de bens e serviços com ordem dos políticos que as indicavam. Aí encontra-se o resultado da roubalheira que levou a estatal a apresentar os piores resultados de sua história. Assim, por pressão e acordos políticos espúrios foram nomeados Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró, Renato Duque, Pedro Barusco etc., todos funcionários concursados da estatal. Todos presos pela Lava Jato por roubo e lavagem de dinheiro. Todos roubaram, em conluio com as empreiteiras Odebrecht, Queiroz Galvão, OAS e outras, sem contar as multinacionais, como a holandesa SBM, que já fizeram acordo de leniência para devolver centenas de milhões dos dólares que roubaram da Petrobras.

Pedro Parente não faz parte desse grupo de ladrões. Mas está presidente para gerar um forte caixa, via reajuste de preços dos produtos pelo dólar, que tem como objetivo atender, exclusivamente, aos bancos e aos grandes especuladores. Logrou êxito, o senhor Parente, que não tem nenhum compromisso com o “dono” da estatal, o povo brasileiro, mas que teve, como resposta, a justa greve dos caminhoneiros que paralisou o país e desarticulou o abastecimento de toda a cadeia produtiva de nossa economia.

Quanto vai custar tudo isso à nação, pouco importa para Pedro Parente. Para ele, o que importa, via venda de ativos e correção dos produtos pelo dólar, é o lucro que está “conseguindo mostrar” para os grandes bancos, incluindo o pagamento de R$ 2 bilhões que teriam sido feitos, antecipadamente, ao banco americano JP Morgan, onde trabalha sócio do presidente da Petrobras. A conferir.

Resumo da opereta: a Petrobras é uma grande empresa, orgulho nacional. Quem não presta são os governos que a administram, em nome de seu acionista majoritário, o povo brasileiro.






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Editado pela última vez por cassiosemasas em Seg Mai 28, 2018 9:20 pm, em um total de 1 vez.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25569 Mensagem por Bourne » Seg Mai 28, 2018 1:01 pm

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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25570 Mensagem por cassiosemasas » Seg Mai 28, 2018 1:13 pm

Bourne escreveu: Seg Mai 28, 2018 1:01 pm https://www.facebook.com/rain.angain/vi ... 97047/?t=6

Já pode virar anime
Massa, muito bem feito mesmo.... :)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25571 Mensagem por Marcelo Ponciano » Seg Mai 28, 2018 5:30 pm

Túlio escreveu: Sáb Mai 26, 2018 2:35 pm
Marcelo Ponciano escreveu: Sex Mai 25, 2018 7:28 pm É sempre assim no Brasil. Taca-se fogo no cabaré achando que é fácil apagar. Depois não acha ninguém capaz de botar ordem na casa.

[...]

Saudações
Li ontem teu post, caro amigo, mas preferi pensar mais antes de responder. Bueno:

Identifico apenas três grandes mudanças na ordem política do Brasil: a primeira sendo naturalmente a Independência (1822), a segunda sendo a derrubada da Monarquia para tentar estabelecer uma República Federativa (1889) e a terceira a federalização dos partidos políticos, que só veio a ocorrer no pós-Segunda Guerra Mundial (1945). Para encurtar o post e simplificar o debate, irei me ater apenas ao terceiro ponto:

A proclamação da república teve como um de seus efeitos a extinção da vida política como a conhecíamos, que era a rivalidade nacional entre Monarquistas e Republicanos; extinta a monarquia, extintos foram os partidos monárquicos. Como já éramos agora uma república, não fazia mais sentido haver um partido republicano de expressão nacional, eis que o Grande Objetivo já havia sido alcançado. Com a ênfase no Federalismo (lembrar, recomeçamos como República dos Estados Unidos do Brazil), as agremiações políticas tenderam à internalização nos agora Estados, criando-se entidades como o Partido Republicano Paulista, o PR Mineiro, o Libertador Gaúcho ou o Democrata Paulista. E nem poderia ser tão diferente, dadas as imensas dificuldades de comunicação entre as então entidades federativas.
Um corolário perverso desta pulverização dos partidos pelos Estados foi o chamado coronelismo, onde a elite política de um Estado necessitava da econômica para chegar (e se manter) no poder; esta necessitava dos políticos para enriquecer sempre mais. Notemos que os então Estados não tinham, como hoje, governadores, mas Presidentes. Assim, em cada Estado as municipalidades de então tinham sempre o seu "coronel", encarregado de obter os votos necessários, não importando os meios (como o voto de cabresto) de modo a promover/manter os políticos e, por conseguinte, partidos que melhor servissem aos seus interesses, enquanto prejudicava e mesmo combatia quem se opusesse, fosse político ou partido. Coordenando tudo, o Presidente do Estado e sua equipe, conselheiros e apaniguados.

E como entrava o então Governo Federal nisso? Apoiando, num complexo jogo de xadrez geopolítico, as elites econômicas e políticas de cada Estado, que por sua vez se comprometiam a beneficiá-lo com seus representantes ("eleitos" da forma usual) na Capital Federal, garantindo a maioria nas votações de leis e projetos e mesmo em eleições. Isso veio a desembocar no chamado "Café com Leite", a alternância entre um Presidente da República de SP e outro de MG. E ruptura do "pacto" por São Paulo foi o estopim de 1930 e Vargas.

Tudo o que foi relevante na política e partidos do Brasil nasceu aí, com base nos citados antecedentes. Muito do que foi desenvolvido naquelas estruturas arcaicas permanece intacto ou modificado apenas na forma, sem tocar no conteúdo até hoje, e é a raiz das atuais mazelas. O que Dilma e Temer experimentaram/experimentam hoje não lembra as mazelas de Deodoro e Floriano? Os Movimento dos Caminhoneiros e seu crescente apoio pela população não lembra a Segunda Revolta da Armada? Não há como não notar o denominador comum: a grave crise financeira!

Acabou ficando longo o post. Poderemos (e quem mais se interessar) prosseguir mais adiante.
Prezado Túlio, inicialmente peço desculpa na demora em responder. Vi seu post final de semana, mas estava impossibilitado de escrever uma reposta. Se eu não der atenção à família no final de semana enfrento um tipo de greve pior que a dos caminhoneiros :lol:

De fato, as suas considerações são bem relevantes. Muito da nossa estrutura política é derivada do contexto desses 03 grande momentos históricos, e não apenas da Constituição de 1988 como culpei inicialmente. Mas se você observar seus marcos históricos delineados (Independência/República/Pós 2º GM) é fácil observar que ao redor desses fatos há crises de diversas ordens. Me permita aproveitar esses marcos temporais para argumentar o ponto que defendi no post anterior (acerca do parlamentarismo como alternativa).

Alguns historiadores apontam, ao meu ver corretamente, que a independência do Brasil se deu de maneira improvisada e em virtude da nossa recusa em sermos rebaixados ao nível de Colônia. Isso porque fomos elevados a Reino Unido com Portugal, mas a revolução liberal do Porto impôs o retorno da família real e a limitação do poder monárquico. Naquela época as chamadas "Cortes Portuguesas" exigiam que o Brasil retornasse a condição de colônia, uma vez que a transferência da família real deixou Portugal à míngua. Esses mesmos historiadores apontam que é curioso observar que a identidade nacional das pessoas nascidas no Brasil nessa época era de identificação com o Reino Unido de Portugal, sendo que a identidade nacional Brasileira surge com essa citada tentativa de nos rebaixar ao nível de colônia. É nesse contexto que as Cortes dão o ultimato ao Príncipe Dom Pedro para que ele retorne à Portugal e este nega com o famoso "Dia do Fico". Daí surge a independência e o maravilhoso trabalho de Bonifácio de Andrade em manter a Unidade Nacional, evitando nosso esfacelamento como ocorreu com a América Espanhola. Mas deve-se observar que durante o período monárquico enfrentamos crises internas (como a sucessão de Pedro I com o período regencial) e externas, como as Guerras da Bacia do Prata.

O segundo ponto histórico delineado, a República, também é envolto em crises. Aluns historiadores apontam três fatores para a queda da Monarquia: a) perda do apoio da classe religiosa (pois na década de 1860 Dom Pedro II se negou a obedecer uma bula papal que impunha que todos os monarcas católicos deviam obediência ao Papa); b) perda do apoio da classe militar (com vários motivos aí envolvidos, mas o principal deles relacionado com o fim da Guerra do Paraguai); c) perda do apoio da classe cafeicultora (em virtude da abolição da escravidão).

Observe que a República já começa com um fenômeno bem interessante e comum na nossa vida política atual: a clássica briga entre o presidente e o vice. Tivemos isso com Deodoro X Floriano (que culminou na renúncia do Deodoro), Jânio Quadros X Jango (Jango era chapa da oposição, já que na época o vice era o segundo mais votado na eleição), Tancredo X Sarney (suspeitas conspiratórias nunca confirmadas), Collor X Itamar (suspeitas que também carecem de provas, mas há indícios que Itamar conspirou pelo Impeachment), Dilma X Temer (esse não precisa dizer nada).

Esse é um fenômeno muito interessante, uma vez que não existem estruturas políticas que permitam a mudança de poder sem ruptura institucional, nos momentos de crises os vices-presidentes assumem papel de alternativa política e agem para assumir o poder.

O terceiro ponto histórico citado, pós segunda guerra, também é um período de agitação social, com a saída do Getúlio e depois o seu retorno por via dos votos e, por fim, seu suicídio. Nesse período tivemos inclusive uma rápida experiência parlamentarista até culminar na agitação social que levou ao 31 de Março de 1964.

Existe um mito falacioso e mentiroso de que somos um país pacífico. Se eu pudesse fazer uma analogia, diria que o Brasil é como um palhaço fazendo malabarismo...com granadas. Não teve uma única década de nossa história como Nação Brasileira, de 1822 até agora, que não tivéssemos gravíssimas crises (maioria delas internas, mas algumas externas). Historiadores apontam que é um milagre a unidade nacional mantida pela dobradinha "Pedro I - Bonifácio de Andrade" no pós independência. Mas eu me permito dizer que milagre mesmo é ainda sermos uma nação 200 anos depois diante de tantas crises. A única coisa que não somos é um povo pacífico, talvez um povo com amnésia seja uma colocação melhor.

O ponto que quero chegar é que nesses 200 anos de crises o que mais nos faltou foram instrumentos políticos de oxigenação do poder sem provocar a ruptura institucional. Repito minha frase anterior, taca-se fogo no cabaré e não há meios de apagar o incêndio. Fala-se que Ulisses Guimarães apontava o parlamentarismo como solução. A chamada "esquerda" no Brasil tem pesadelos com o parlamentarismo, se quiser chamar um esquerdista para a briga basta ofender o Lula ou falar em parlamentarismo. A "direita" olha com desconfiança e nada faz.

Um dos raros momentos de sanidade mental política foi justamente quando a Constituição de 1988 permitiu que escolhêssemos entre o Presidencialismo e o Parlamentarismo e entre a República e a Monarquia. O que fizemos com essa chance? Deputados, encabeçados por José Serra, fizeram uma emenda constitucional adiantando o plebiscito. Pessoas defensoras do parlamentarismo na época disseram que essa manobra suprimiu o tempo de debate e divulgação dessas ideias na sociedade. Os monarquistas, que agora curiosamente estão voltando a ganhar seguidores no Brasil, também alegam as mesmas coisas. O erro que aponto e culpo na Constituição de 1988 é justamente ela ter sido preparada pelo Ulisses para receber um parlamentarismo que ao final não veio. Um dos indícios disso é que o Texto Constitucional previu que haveria uma Emenda Constitucional de Revisão depois de um certo período de tempo. Essa Emenda de Revisão servia justamente para adequar a escolha do plebiscito ao texto da constituição. Como o presidencialismo ganhou, acharam que nada precisava ser revisado e pouco foi mudado na Emenda de Revisão. Isso foi um engano, pois o presidente é refém do Congresso no Brasil e nada pode fazer a não ser espúrias alianças políticas para se manter no poder.

Particularmente eu vejo o parlamentarismo como um mecanismo inteligente de oxigenação e alternância de poder, tanto do executivo como do legislativo, sem que necessariamente haja ruptura institucional. Analisando nossa história entendo que é justamente isso que precisamos. É inconcebível que em momentos de crise como o atual não seja possível a troca da classe política com novas eleições (tanto para o executivo como para o legislativo). Quando há crises políticas nós só temos duas alternativas no Brasil: 1ª Esperamos a próxima eleição (que pode demorar 4 anos); 2ª Algum grupo derruba as peças de xadrez e toma o poder, em menor ou maior escala (nessa alternativa inclui-se o micro-fenômeno do "vice rebelde" que é a apontado como alternativa para oxigenar). Não há a alternativa de fazer uma nova eleição geral para enfrentar a crise, ou esperamos ou esperamos. Em qualquer dos cenários a população é chicoteada com crises em cima de crises. É o que temos vivido desde de 2013.

Penso que o Parlamentarismo conseguiria inclusive resolver nosso histórico problema de pulverização partidária. Como esse mecanismo permite a dissolução do parlamento pelo Chefe de Estado, os partidos seriam obrigados a se aglutinar para sobreviver. Em um único ano pode ter várias eleições até conseguir achar o ponto de equilíbrio. É impossível em um sistema como esse existirem mais de 30 partidos como atualmente há.

Enfim, já me alonguei MUITO. Peço desculpas pela falta de objetividade. Caso estejamos saindo demais do assunto do tópico poderíamos abrir um para discutir esse tema, se já não existir.

Saudações!!!
Editado pela última vez por Marcelo Ponciano em Seg Mai 28, 2018 7:36 pm, em um total de 1 vez.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25572 Mensagem por knigh7 » Seg Mai 28, 2018 6:20 pm

Há críticas sobre a atuação da ABIN para prever esse caos.

Aliás, se é para a ABIN ser esse zero à esquerda (nunca se mostrou a que veio) é melhor acabar com ela e deixar a inteligência para a PF.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25573 Mensagem por zapata » Seg Mai 28, 2018 6:48 pm

knigh7 escreveu: Seg Mai 28, 2018 6:20 pm Há críticas sobre a atuação da ABIN para prever esse caos.

Aliás, se é para a ABIN ser esse zero à esquerda (nunca se mostrou a que veio) é melhor acabar com ela e deixar a inteligência para a PF.
Abin só serve para monitorar comunistas e o MST, mais nada.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25574 Mensagem por yuri » Seg Mai 28, 2018 7:54 pm

Manifestações do povo em varias cidades bombando no zap e a midia nada....
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS

#25575 Mensagem por prp » Seg Mai 28, 2018 8:05 pm

Depois da Globo dedicar um fantástico inteiro para detonar os caminhoneiros?

Engraçado é que estão escondendo o Pedro Parente, tá sumido o rapazinho.

No póximo apagão ele já pode pedir música no fantástico. kkkkkk

O cara que conseguiu destruir o país duas vezes, uma em 2001 com o apagão, outra agora . É um gênio.
Trancado