O Reino Unido tem o interesse de adquirir 138 F-35 (que equiparão em conjunto tanto a RAF como a RN). A partir do próximo ano, o 617 Squadron será o primeiro esquadrão operacional da RAF equipado com o F-35. Ao mesmo tempo, estaremos recebendo o nosso
protótipo do Gripen. França e Alemanha já estão se juntando para fazer o seu próprio caça enquanto os seus programas do Rafale e Eurofighter cheguem ao seu fim. Quanto as forças aéreas de verdade, até o meio da próxima década os seguintes países terão caças de quinta geração em quantidades razoáveis: EUA, China, Rússia, Reino Unido, Japão, Coréia do Sul, Austrália, Israel, Itália, Dinamarca, Holanda, Noruega e Turquia. Talvez alguns outros como Canadá, Espanha, Índia e Indonésia. Quem sabe algum país árabe que nada no petróleo. Maioria desses estará talvez em operação inicial ou coisa assim, mas o que importa é que os caças já estarão sendo recebidos.
Agora quando a China em específico, um primeiro lote de 20 unidades do J-20 em versão LRIP entrou em IOC na Força Aérea Chinesa (
fonte) no ano passado, logo o que o Lima disse é verdade. E conhece-se pouco o projeto devido o secretismo dos projetos chineses. Já essa história de "ainda não tem motor definitivo, confiável blá blá blá whiskas saché", coisa que é recorrente escutar quando se fala também do PAK FA/Su-57, é antiga e normal no meio da aviação. O próprio F-14, que é endeusado com razão, voou por anos com um motor emprestado do F-111, o TF-30, que era muito pouco confiável, dava diversas panes, mas não impediu a operação por todo esse tempo até começar a receber o motor definitivo F-110 em 1987. Então é um celeuma sem sentido toda essa história do motor, é um problema, mas contornável. O J-20 no momento voa com o WS-10B, mas no começo da próxima década receberá os WS-15.
Mas a grande questão que fica é que paralelamente que estaremos recebendo caças de quarta geração, boa parte do mundo estará recebendo caças de quinta geração, o que é um problema, pois quando encerrarmos o nosso programa do Gripen, muito dificilmente iremos entrar em outro programa do mesmo porte (como o francês e o europeu), no máximo adquirimos mais um lote de Gripen e ficaremos assim até 2030 e além. Daí quando quisermos um caça de quinta geração lá pra 2040, esses programas já estarão completamente desenvolvidos, senão até obsoletos, e os de sexta geração estarão já entrando em desenvolvimento final ou mesmo entrando em operação. Pegamos o bonde sempre atrasado, é incrível como repetimos isso desde o Gloster Meteor até hoje.